Buscar

Resenha critica direito do trabalho " Assédio moral"

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESENHA CRÍTICA: André Jobim de Azevedo, Assédio moral no trabalho.
Florianópolis 
2018
RESUMO
O presente artigo elaborado por André Jobim de Azevedo, trás a problemática do assédio moral no trabalho.
Para o autor o tema é recente para a observação do direito. Data de pouco mais do que uma década a observação dos juristas, formação de Doutrina.
Uma Pesquisa do ano de 1996 da OIT apurou que em torno de 12 milhões de trabalhadores na União Europeia já viveram situações humilhantes no trabalho com consequências em sua saúde mental. Margarida Barreto em seu trabalho de conclusão de mestrado, pesquisou e concluiu que 42% dos trabalhadores entrevistados foram vítimas de assédio moral no trabalho.
O Tribunal da Relação do Porto em sede de acórdão nº 0812216, JTR P 00041552, do de 2008, em demanda de trabalhadora contra sua entidade patronal definiu assim o assédio, o qual, em terras além mar, comumente se vale da expressão em inglês mobbing (atacar, tratar mal alguém, maltratar), sumariza:
I.Entende-se por assédio todo o comportamento indesejado relacionado com os factores indicados no nº 1 do art. 23 do Código do Trabalho (ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, patrimônio genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência ou doença crônica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical).
 II. Preenche a previsão do assédio moral a atitude da entidade patronal que, perante uma trabalhadora que não apresentava níveis de produção considerados satisfatórios, a retirou de sua posição habitual na linha de produção e a colocou numa máquina de costura, colocada propositalmente para este efeito para além do corredor de passagem e de frente para a sua linha de produção, em destaque perante todas as colegas da seção de costura!”.
Há autores que tratam o Assédio, como tortura moral e/ou psicológica pelo que até a norma da Constituição brasileira, do artigo 5º, inciso III, que garante que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” poderia, por igual, ser invocada como fundamento à devida proteção contra o Assédio.
O assédio constitui-se em omissões ou ações negativas em relação ao trabalhador, em sua maioria provocada pelo chefe, ou “pela estrutura do empregador” e com a conivência deste (até por omissão), mas com ocorrência, por igual, de outras maneiras.
Várias são as formas que se leva a efeito o assédio. Passivamente é através de isolamento do trabalhador, o esvaziamento de suas atividades, o descaso, a ofensa pelo desconsiderar, pelo não relacionar-se, pela supressão dos aspectos próprios de cada atividade. Operando-se por meio de ridicularizações, hostilizações, do deboche.
Se tratando de agir ou omitir ensejador de constrangimento no ambiente de trabalho capaz de produzir moléstia física ou mental, há que se o evidenciar de maneira sistemática. É repetição insistente de posturas indevidas. A denominada intencionalidade e que traz à discussão o aspecto subjetivo do assédio.
Deve ter destinatário certo, seja ele individual ou coletivo. Dirigido a um ou a vários empregados, componentes ou não de um mesmo setor, seção ou departamento.
O certo é que um agir a esmo, generalizado, não configurará o assédio, que tem como pressuposto de sua ocorrência a eleição de uma ou mais vítimas, às mesmas destinadas o agir reiterado.
Como pressuposto final, o efeito sobre o ambiente de trabalho que se degrada deliberadamente, com transformação em ambiente desagradável, pesado, desconfortável, características alheias inclusive àquele próprio de boa produtividade.
Muitas são as formas de identificação dos efeitos do Assédio sobre os empregados que o sofrem, todas elas em tese decorrentes de um ambiente de trabalho que apresenta características impróprias de pressão e/ ou retaliação omissiva.
Quando se está diante de algumas formas de assédio, percebe-se claramente que decorreu de indevido uso do direito comandar e de alterar o contrato, muitas vezes inclusive enquadrando-se na hipótese do artigo 468 da CLT que atribui nulidade ao ato que enseje prejuízo ao trabalhador.
Ao empregador não é dado o direito de tolerar agressões e comportamentos como o em discussão. Não pode conviver com a ocorrência, nem ser conivente, nem omisso cabendo-lhe afastar do ambiente de trabalho as ocorrências e posturas impróprias.
Se tratando de assédio horizontal, são os colegas que o impõe e o asseveram de vez que a vítima se apresenta como de menor potencial realizador de trabalho, colocando em risco os resultados do grupo e a expectativa empresarial sobre o grupo, com os riscos e prejuízos econômicos daí resultantes.
O dano decorrente das más ações ou omissões pode dar-se em duas ordens. O dano moral e o material, moral aquele que o trabalhador que se vê inferiorizado pelas constantes micro acusações, das reiteradas reclamações forçadas sobre seu agir e que o faz sentir-se mal e menor, o dano material pode redundar em não percebimento de gratificações, bonificações, promoções, perda de participação das vantagens de Planos de Participação em lucros ou resultados, perda de novos negócios, de crédito e até do próprio empregado, quando então o assédio atinge sua conclusão plena.
A depressão é a doença mais frequentemente observada como oriunda do assédio moral, portanto, o assédio moral passa-se a compor a sua compensação material.
A indenização por danos morais deve ser fixada em valor que produza no trabalhador humilhado, sensação contrária à de sua dor, de sua tristeza, de seu constrangimento.
A conclusão do autor é de que anda a passos rápidos a edição de inúmeras regras legais em todos os âmbitos. A proteção maior que a Constituição Federal brasileira alcança ao tema tem elementos suficientes para amparar a construção de firme entendimento de rechaço à situação do Assédio moral. Assim estão se movimentando os envolvidos e estudiosos. Estão lançadas as noções básicas acerca de inaceitável comportamento no ambiente de trabalho, protagonizado por qualquer de seus atores, sejam eles empregadores ou seus prepostos, colegas, de nível hierárquico superior ou inferior, que deliberadamente agem contra um destinatário certo.
Ao Direito do Trabalho incumbe a obrigação de fomento da discussão, busca de elementos norteadores da compreensão desse fenômeno contemporâneo
CRÍTICA
As ideias trazidas pelo autor são de plena concordância, visto que o trabalhador está amparado pela constituição federal e pela consolidação das leis do trabalho a garantias que a ele são asseguradas no seu ambiente empregatício no qual o empregador deve garantir ao seu empregado o igual tratamento em relação aos demais garantindo a segurança no trabalho e seus devidos direitos.
Carece ainda de leis especificas contendo o tema do assedio no trabalho, porém o autor em sua conclusão prevê que em passos rápidos serão elaborados estes protegendo ainda mais o trabalhador de sofrer assédios tanto de seus colegas como de seus empregadores.
O assédio no trabalho deve ser tratado com suma importância pela empresa empregadora, pois ela deve garantir todos os direitos do trabalhor e também que não virá a acontecer atos de assedio em seu ambiente empregatício, seja eles concretizados por seu funcionários ou por seus representantes, pois ela ficara obrigada a reparar quem sofreu o dano conforme o artigo 927 do código civil, em que o autor traz julgados responsabilizando empresas por esses atos, então caberá as empresas sempre estarem fiscalizando as relações de trabalho seja de seus funcionários e de seus representantes afim de que estes não possam advir nesse tipo de conduta.
O direito do trabalho deve garantir que o Assédio no Trabalho não possa ser tolerado, pois constitui uma infração gravíssima a fim de se evitar ao máximo esse tipo conduta pelo empregador ou seus prepostos, punindo severamente aqueles que praticarem, pois essa conduta afeta muito ao trabalhador seja no seu plano moral ou material, garantindo seus amplosdireitos e a indenização satisfatória aquele que este direito seja violado.

Continue navegando