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URBANISMO II
MORFOLOGIA URBANA
Estudo da forma urbana, nas suas partes fisicas, tanto na sua produção como na sua transformação no tempo. Um conceito relacionado à imagem, à leitura que os indivíduos fazem dos objetos arquitetônicos e urbanos (edifícios, praças, ruas, cheios e vazios).
O que ela estuda ? Os aspectos exteriores do meio urbano e as suas relações recíprocas, definindo e explicando a paisagem urbana e sua estrutura.
Quais são as dimensões espaciais da morfologia urbana ?
A malha, trama ou traçado urbano é uma planta da cidade representada pelo seu sistema viário e os espaços delimitados pelas vias
Formas da trama urbana: malha regular, irregular, anel, etrela, linear, rádio concêntrica
MALHA OU TRAÇADOS URBANOS Podem ser classifcados:
Os padrões de traçados viários urbanos estão classificados em: Xadrez: Descrição típica: malha regular em grelha; vias dispostas de forma paralela e ortogonal com ângulos iguais a 90°, ou próximo, marcadas pela continuidade. Quateirões quadrados, cujas quadras possuem dimensões variadas
 
Radial: Descrição típica: malha regular; padrão de malha em teia de aranha, composta por linhas retas divergentes a partir de um centro e vias concêntricas; vias divergentes compostas de linhas retas apresentando continuidade, nem sempre partindo do centro e vias concêntricas dispostas com regularidade Quarteirões com forma trapeizoidal e triângulo com lados de dimensões bastante variáveis
Cluster: Descrição típica: malha regular, padrão raiz ou árvore; a partir de uma via principal derivam vias que forma o “cluster” (grupo; aglomerado); vias em linhas retas, ou curvas, exibindo continuidade Quadras com tamanhos variados
Semi-reticular: Descrição típica: malha irregular; vias constituem-se de linhas quebradas, cujos ângulos e segmentos possuem dimensãoes variadas entre segmentos; vias apresentando ontinuidade Quarteirões com forma e tamanho irregular
Podemos classificar os tipos de malha ou traçado urbano de acordo com a organização das vias: Malha Linear: caracteriza-se por vias retas em sequência, podendo apresentar-se como linear aberta, linear fechada, linear semi-fechada, linear fechada com praça central e linear em alça. Os parcelamentos configurados por uma malha linear possuem uma rua central com os lotes voltados para ela. Este tipo de configuração é caracterizado pela reprodução em série na distribuição dos lotes, ou seja, há uma repetição das características formais das glebas – morfologia, dimensões e orientação.
Classificação das malhas lineares: Malha Linear Aberta: possui mais de uma articulação com a malha viária do entorno, sendo bastante comum em pequenas glebas.
Classificação das malhas lineares: Malha Linear Fechada: possui uma rua central sem saída (em “cul-de-sac”) e um ponto de articulação com a malha externa
Malha Linear semi-fechada: pode se dizer uma junção da aberta com a fechada na qual uma das extremidades da rua é para retorno e possui uma via intermediária transversal, o que garante um maior contato com as áreas vizinhas.
Malha Linear Fechada c/ Praça Central: praça central apresenta aspectos muito similares a esta última, porém, neste caso, a rua contorna uma praça central, criando um grande largo na frente dos lotes.
Malha Linear em alça: configura-se de forma muito semelhante à linear com praça central, uma vez que em ambos os casos, a rua sofre uma bifurcação, mas neste caso, contorna não mais um espaço de uso público, mas sim uma quadra, um espaço privado.
Malha Reticulada: formada por feixes paralelos de vias e que ocupam uma área maior caracterizada como ortogonal e irregular. Classificação URBANISMO II FAU - UNIDERP Malha Reticulada Ortogonal: As cidades com este tipo de planta apresentam um traçado geométrico muito regular, com ruas direitas e perpendiculares, formando entre elas ângulos retos (de 90 graus.)
Classificação das Malhas Reticuladas: Malha Reticulada Irregular: as ruas não seguem uma disposição regular, seguindo várias direções.
Malha Radial: as ruas convergem para um mesmo ponto.
Segunda parte
Parcelamento – qualquer divisão do solo, com ou sem abertura de vias de circulação, que resulte em novas unidades imobiliárias. Loteamento – é a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.
De acordo com a Lei complementar N0 74 , de 6 de Setembro de 2005 (LOUS): Gleba – porção de terra rústica que ainda não foi objeto de arruamento ou parcelamento.
Parcelamentos: Mata do Jacinto, Conjunto Mata do Jacinto, Carandá Bosque (parte), Favela do Limão, Loteamento Municipal Ceasa, Loteamento Municipal Nazaré, Loteamento Abaeté, Loteamento Sóter.
Quadra – é o lote ou conjunto de lotes delimitados por vias de circulação. 
Lote – é o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos por lei municipal para a zona ou corredor em que se situe.
Desdobro – é um empreendimento de parcelamento de divisão de área de um lote para
formação de novos lotes.
Desmembramento – é um empreendimento de parcelamento de subdivisão de gleba em lotes com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique em na abertura de novas vias de circulação nem no prolongamento ou ampliação das já existentes.
Remembramento - reagrupamento de glebas ou lotes contíguos para a constituição de uma ou mais unidades imobiliárias.
Por que estudar a MORFOLOGIA URBANA ?
Organização do espaço urbano e suas relações.
Para compreender a formação, a evolução e a transformação do espaço urbano e de seus elementos, e suas relações, possibilitando a identificação de formas mais apropriadas para a intervenção na cidade e o desenho de novas áreas.
A solução não se destina a toda e qualquer rua. Rodovias de velocidade permanecerão sendo necessárias e carros ainda terão um papel importante em nossas cidades. O que não significa que devamos nos sujeitar ao carro de forma irrestrita.
Sobre a ausência de placas e orientações de como se portar nas Woonerfs, Monderman dizia: “Quando você trata as pessoas como idiotas, eles vão se comportar como idiotas…” “As pessoas aqui têm que encontrar seu próprio caminho, negociar para si, utilizar os seus próprios cérebros.”
O projeto urbanístico permite a integração de várias funções na mesma via, não havendo limite rígido entre a calçada e a rua.
A criação destas áreas também pode significar uma solução em regiões periféricas, onde a população não tem, de forma qualitativa e bem estruturada, a definição para espaços públicos de lazer
O modelo de via pública holandês woonerf traz muitos benefícios. Além de pregar o respeito às pessoas, reduz crimes e acidentes, permite que as crianças brinquem nas ruas, valoriza as propriedades e proporciona um convívio social mais tranquilo e harmônico entre vizinhos e os habitantes da cidade
Medidas Moderadoras de Tráfego A segurança do pedestre
ENGENHARIA DE TRÁFEGO 
Até a década de 60 – ambiente geral das vias urbanas:
 • Passagem livre para os veículos
 • Oferta de espaço público 
• Níveis aceitáveis de segurança
MEDIDAS MODERADORAS DE TRÁFEGO (TRAFFIC CALMING) 
Final da década de 60:
 • Conclusão de que para melhorar a qualidade de vida não bastava melhorar as condições da habitação 
 • Necessidade de reduzir a velocidade dos veículos utilizando alterações no layout das vias 
• Surge a ideia do “traffic calming”, associada a novas filosofias de vida urbana
OBJETIVOS PRINCIPAIS: 
• Melhorar as condições de segurança e conforto para os usuários mais vulneráveis da via, incluindo os pedestres, ciclistas e pessoas com mobilidade reduzida, diminuindo a ocorrência e a severidade dos acidentes
 • Desencorajar a utilização não essencial de rotas inadequadas pelo tráfego de passagem de veículos motorizados 
• Promover uma melhoria geral do ambiente com a oferta de espaços para atividades nãoligadas ao tráfego de veículos; 
• Oferecer espaço para o tratamento paisagístico e utilização de mobiliário urbano;
 • Devolver ao cidadão o espaço comum da sua cidade, contribuindo para a formação da identidade urbana e para a sensação de bem estar para residentes e pedestres
EM RESUMO: • Melhorar as condições de segurança nas vias (redução de acidentes)
 • Reduzir o tráfego de passagem 
• Reduzir a velocidade veicular 
• Criar mais áreas para convivência
 • Criar mais áreas para amenidades, árvores e vegetação
Como alcançar os principais objetivos:
 • Redução da velocidade veicular • Realocação do espaço viário para atividades não ligadas ao tráfego • Mudança no comportamento de motoristas • Criação de uma nova concepção para o uso do ambiente viário
Como alcançar os principais objetivos: 
• Redução da velocidade veicular 
• Realocação do espaço viário para atividades não ligadas ao tráfego 
• Mudança no comportamento de motoristas
• Criação de uma nova concepção para o uso do ambiente viário
ELEMENTOS: • Utilização de elementos paisagísticos (árvores, arbustos, flores, vegetação em geral) valorizando a paisagem da área); 
• Nivelamento da via com a calçada, com o objetivo de descaracterizar, reduzir ou eliminar a preferência do veículo sobre o pedestre;
ELEMENTOS: • Ciclovias
 • Alterações verticais do perfil viário
 • Alterações horizontais do perfil viário
Pavimentação com materiais de cores e textura variadas 
• Utilização de mobiliário urbano, valorizando a paisagem urbana e a identidade cultural da área
O que se atinge basicamente: 
• Redução da velocidade veicular
 • Mudança do comportamento dos motoristas
 • Redução eventual do volume de veículos
 Em consequência disso:
 • Redução das emissões atmosféricas
 • Redução do nível de ruído e vibração
 • Redução do efeito segregador da via
O que se atinge:
 • Melhoria da paisagem urbana; 
• Melhoria da segurança;
 E, principalmente:
 • Melhoria da qualidade ambienta
l • Melhoria da qualidade de vida
CONCEITOS COMPATÍVEIS COM A MODERAÇÃO:
 • Projetos de pedestrianização
 • Tratamento preferencial ao transporte público 
• Políticas de restrição ao tráfego em áreas centrais
 • Estímulo a centros regionais 
• Política de controle do uso de calçadas