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Direito Constitucional I

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Direito constitucional 
Direito constitucional: Ramo do direito publico que estuda o direito da constituição federal.
Direito Público: Estado faz parte da relação jurídica (Ramos: Direto administrativo, penal, constitucional, processual, tributário, Internacional).
Direito Privado: Relação entre particulares (Ramos: Civil, Comercial)
Direito Social: Direito do trabalho e Previdenciário.
Força normativa da constituição: Eu posso ir ate um tribunal e pleitear os princípios que estão na constituição.
Hierarquia constitucional (Kelsen – Teoria pura do Direito): Elabora uma pirâmide que traz o escalonamento da const. No ápice dela existe uma norma hipotética fundamental: algo além da própria constituição formal, sendo uma junção dos principais valores (vida, liberdade, dignidade da pessoa humana, etc.) que regem uma sociedade. Seguida pelas leis ordinárias, Leis constitucionais, Decreto de regime internacional. 
O fato de não haver uma norma escrita não significa que não há uma constituição.
Reativação do Pacta Sund Sevanda: houve uma constitucionalização de um direito civil.
Por que a constituição não prevalece sobre o tratado internacional? – Porque o Supremo diz que se houver um conflito prevalece aquilo que for mais favorável ao ser humano.
José Afonso da Silva, Pedro Lenz, Paulo bonavides, Luiz Alberto Araújo, pesquisar!!!
Surgimento do constitucionalismo: Em 1.215 na Inglaterra, O rei João sem terra possuía um pequeno governo, então os barões da época impuseram a ele a magna carta libertatum que foi escrita em latim, para limitar os tributos ao rei. Por isso o constitucionalismo não veio para garantir direito mas para limitar poderes. 
Magna Carta Libertatum 
Princípio do devido processo legal
Habeas Corpus
Liberalismo/Parlamento
1969: Ver. Inglesa – Ver. Gloriosa – Bill of Rights
1776: Rev. Americana – 1787
1789: Ver. Francesa
Classificação das Constituições
Forma
Escrita
Não escrita > consuetudinária > baseada nos costumes e valores que a sociedade forma a partir de sua história
Conteúdo (teor dos dispositivos que compõem a constituição)
Material: conteúdo mais importante; ex.: direitos e garantias individuais, estrutura e organização do estado; cláusulas que, se modificadas, mudam a estrutura do Estado;
Formal: conteúdo menos importante; cláusulas que, se modificadas, não mudam a estrutura do Estado.
Origem
Promulgada: democrática ou popular; vêm de uma assembléia nacional constituinte; em função de rupturas de sistemas se convoca a Assembléia Nacional Constituinte, que será responsável por estabelecer a constituição; a ANC é um poder constituinte originário; poder constituinte originário é Inicial, Ilimitado e Absoluto; todo o exercício do poder legislativo posterior à ANC ocorre a partir do Poder Constituinte Derivado, que é Limitado e não pode legislar sobre todo e qualquer assunto (art. 60, § 4, CF, cláusulas pétreas); Poder Constituinte Decorrente: decorre do poder delegado pela CF para as Assembléias Legislativas do estados federados criarem suas constituições estaduais; Constituições promulgadas no Brasil: 1891, 1934, 1946 e 1988;
Outorgada: imposta pelo governante; 1824, 1937, 1967 e 1969 (emenda à Constituição de 1967 pela visão de alguns teóricos); entre 1964 e 1979 ocorreram as principais demonstrações totalitárias no Brasil, através dos atos institucionais;
Cesarista: constituições que são impostas pelo governante e após são submetidas à referendo popular; ex.: Hugo Chaves, Pinochet;
Estabilidade (nível de dificuldade para mudar a CF)
Imutável: normalmente as constituições são mutáveis a partir da evolução das relações sociais; porém, existem imutabilidades temporárias, como por ex. o art. 174 da CF de 1824, que estabeleceu que a CF não poderia ser modificada por 4 anos... (o art. 3º, ADCT, que estabeleceu uma revisão da CF/88 cinco anos depois da sua promulgação não se trata de imutabilidade temporária, já que não proíbe modificações anteriores à revisão; a EC número 1 foi promulgada em 1992 e teve como objeto o aumento do salário dos congressistas);
Rígida: somente pode ser modificada por emenda constitucional;
Semi-Rígida: algumas cláusulas poderão ser alteradas por um procedimento (emenda constitucional) e outras cláusulas poderão ser alteradas por outro procedimento (lei ordinária); a CF/1824 é considerada semi-rígida;
Flexível: é alterada pelo procedimento de Lei Ordinária.
Modo de Elaboração
Dogmáticas
Históricas
Extensão
Analítica
Sintética
Número de votos (quórum) necessários à Legislação:
Emenda Constitucional: 3/5 dos votos (Senado 48 dos 81 senadores; Câmara )
Lei Complementar: Maioria Absoluta, 50% + 1 (Senado 41 senadores; Câmara )
Lei Ordinária: Maioria Simples dos presentes na sessão de votação, com quórum mínimo de mais de 50% dos membros da casa (Senado 41 senadores; Câmara )
Senado: 81; Câmara 513 deputados...
A CF/88 é considerada Rígida, já que exige um quórum considerável para modificação de suas cláusulas, assim como estabelece Cláusulas Pétreas, que não poderão ser objeto de mudança; seu procedimento de mudança é solene e dificultoso. Cláusulas Pétreas não são Imutáveis, já que podem ser modificadas para melhor, como é o exemplo do artigo 5º da CF, Direitos e Garantias Individuais, que não pode ter nenhum de seus dispositivos excluído, mas permite a inclusão de novos dispositivos.
Constituição de 1891: encabeçada por Rui Barbosa, que baseou-se na constituição americana;
Aplicabilidade das Normas Constitucionais
Plena: normas que a partir do momento da entrada em vigor da constituição já passam a surtir efeitos; no primeiro dia logo após a publicação da constituição suas normas já são válidas; ex.: art. 5º, § 1º (direitos e garantias fundamentais):
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Contida: também chamadas de normas restringíveis; aquelas normas, que embora tragam uma liberdade, acabam restringindo tal liberdade; ex.: art. 5º, XIII; ex.: art. 5º, IX:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; (devem ser respeitadas as classificações indicativas; entendimento doutrinário e jurisprudencial)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Limitada ou sem eficácia: são normas que dependem de alguma legislação complementar para que adquiram eficácia; o remédio constitucional que pode ser utilizado na inexistência de lei regulamentadora é o Mandado de Injunção, que serve para comunicar o órgão responsável pela missão legislativa de que este deve regulamentar tal norma; ex.: ex.: art. 192, § 3º, extinto, que previa o limite de 12% aa dos juros praticados no Brasil, sendo considerado crime de usura a aplicação de taxa superior a este limite, “nos termos em que a lei determinar”, sendo que tal lei nunca chegou a existir e muitas ações foram impetradas e, por conseqüência, muitos mandados de injunção, que não ??????????; Lei de Usura, de 1933, que previa que os juros não poderiam ser superiores à 1% am; STF baixou a Súmula 596 dizendo que a Lei de Usura não se aplicava às instituições financeiras; ex.: art. 7º, XI:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...]
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; (lei 10101/2000)
Preceptivas: sinônimo de Norma de Eficácia Plena; possui eficácia Imediata;
Programáticas: norma que prevê programas de governo, ideais a serem cumpridos; uma espécie de norma que dirige as atividades do governo, mas que ao mesmo tempo não tem eficácia imediata, tendo eficácia Mediata; a aplicação deste tipo de norma depende de vontade política; ex.: arts. 3º e 196º:
Art. 3º Constituem objetivosfundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Limitações do Poder de Reforma (certas matérias não podem ser)
Temporais: são limitações de tempo para o Poder de Reforma; em determinado tempo a CF não pode está sujeita a emendas constitucionais; art. 174 da CF de 1824 (previa que a CF não poderia ser modificada por um período de 4 anos) é considerado uma Imutabilidade Temporária; art. 3º do ADCT da CF de 1988 não significa uma Imutabilidade Temporária;
Circunstanciais: em determinadas circunstâncias a CF não pode ser modificada; situações: Estado de Defesa (antecede a guerra) e Estado de Sítio (praticamente declarada ou declarada a guerra);
Materiais: matérias que não podem ser objeto de reforma em nenhuma hipótese; Cláusulas Pétreas; não se pode sucumbir direitos, mas pode-se acrescentar direitos; art. 60, § 4º (relação de limitações materiais)
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Repristinação
Recepção
2º BIMESTRE
Poder Constituinte: 
Poder Constituinte Originário: manifesta-se através da Assembléia Nacional Constituinte – ANC, que é responsável por promulgar uma nova Constituição; é um poder Temporário, já que é convocado exclusivamente para criar uma nova Constituição e se dissolve posteriormente a sua promulgação; é um poder Inicial (inicia uma nova forma de governo, um novo ordenamento jurídico, uma nova ordem constitucional, de forma livre); é Ilimitado; e é Absoluto; a legitimidade do Poder Constituinte Originário é concedida pelo povo à ANC, em favor do povo; uma Constituição outorgada não se trata de Poder Constituinte Originário, já que é imposta por um governante; segundo José Afonso da Silva, a CF de 1967 é, em essência, uma constituição Outorgada, já que a ANC convocada não era livre para a sua criação;
Outorgadas: 1824, 1937, 1967 e 1969
Promulgadas: 1891, 1934, 1946 e 1988
Poder Constituinte Derivado: é um poder Limitado, Condicionado (limitações Materiais, art. 60 § 4º CF; Circunstanciais, em Estado de Guerra ou Estado de Sítio; e Temporais, quando a CF estabelece algum tempo em que não poderá ser modificado o seu texto); são todas as formações do Poder Legislativo subseqüentes ao Poder Constituinte Originário;
Obs.: não seria necessário convocar uma nova ANC para se mudar a Forma de Governo (Monarquia ou República) ou o Sistema de Governo (Parlamentarismo ou Presidencialismo) no Brasil, já que o Poder Constituinte Derivado pode deliberar a respeito destas questões;
Poder Constituinte Decorrente: manifesta-se através das Assembléias Legislativas dos Estados; a CF outorga poderes para que cada um dos Estados Federados possua a sua Assembléia Legislativa e promulgue a sua Constituição Estadual, que deve manter harmonia com a CF;
Preâmbulo da Constituição: não possui força normativa, é apenas uma introdução à constituição; não é justiciável.
Princípios Constitucionais: os princípios são justiciáveis, possuem força normativa; princípios Integrativos são aqueles que estão a mercê de uma legislação que lhes dê eficácia; princípios Prospectivos possuem eficácia a partir do momento de promulgação da constituição; princípios Programáticos são aqueles que dependem do desenvolvimento do Estado e não tem aplicabilidade imediata, sendo que constituem a diretriz a ser seguida pelos programas de governo com vistas ao alcance de sua eficácia. Os princípios são o alicerce, a base de sustentação do ordenamento jurídico. Os princípios podem ser tanto explícitos quanto implícitos. Os princípios são os principais valores que devem reger a vida em sociedade. Quando existe um conflito entre uma norma e um princípio, em regra, prevalece o conteúdo do princípio.
Princípio da Legalidade: está Explícito na CF (art. 5º, II: II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei); este princípio evita abusos de autoridade; enquanto não haver proibição de algum ato, este está liberado; é um divisor de águas entre o Estado Absolutista e o Estado Constitucional, pois limita a atuação do governo.
Princípio da Isonomia: também conhecido como Princípio da Igualdade; está expresso no art. 5º, Caput (Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ...); a parte negrita constitui um furo da CF, pois não atribui os mesmos direitos aos estrangeiros em passagem pelo país; o STF já deliberou de forma a garantir que todas as pessoas que estão no território nacional são asseguradas pelos direitos e garantias fundamentais. Este princípio não assegura que todos serão tratados de forma rigorosamente igual; todos são iguais perante a lei, na medida em que se desigualam (John Raws), o que justifica as diferenças de tratamento existente entre diferentes pessoas, como por ex. o foro privilegiado para certas autoridades. É necessário que se evidencie o nexo de causalidade da desigualdade para se tratar diferente as pessoas; tem que ser racional; tem que ter justificativa (ex.: cobrar mais impostos de quem ganha mais e menos de quem ganha menos; ex.: cotas, que discriminam pessoas de forma positiva, ou discriminação compensatória, que visam a busca da igualdade, estão de encontro ao Princípio da Isonomia).
Igualdade material: igualdade prevista no ideário marxista; visa a utopia; prega a igualdade utópica, em que todas as pessoas sejam exatamente iguais;
Igualdade formal: igualdade perante a lei; igualdade aplicada na CF; a lei atua planificando as desequiparações, os desequilíbrios, o acesso a recursos, visando a busca da igualdade; a idéia é a busca de igualdade de oportunidades;
Princípio do Estado Democrático (social) de Direito: previsto no art. 1º, caput da CF; o estado democrático visa a inserção social e não a exclusão; o direito não pode sofrer influências ideológicas; este Estado caminha junto aos princípios da Dignidade da Pessoa Humana, do Devido Processo Legal, etc.;
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: expresso na CF/88 no art. 1º, III, sendo a primeira constituição brasileira a se iniciar com a afirmação de direitos na primeira parte da CF, evidenciando o respeito aos direitos humanos; para Rafael Brugnerotto, o homem deve passar a ser visto como sujeito de direito e não como objeto de direito; o homem passa a ser o eixo principal de cuidado do ordenamento jurídico; para Nelson Neri este princípio não é apenas uma arma de argumentação, ???????? ver o resto no livro do Rafael;
Princípio do Devido Processo Legal: também chamado de Due Process Of Law; um exemplo em que o Estado não usa este princípio é nas apreensões da fiscalizaçãotributária, que apreende os bens do suspeito sem que haja um processo judicial, havendo apenas um processo administrativo;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Princípio da Ampla Defesa: direito de produzir amplamente as provas do processo; direito à defesa técnica de qualidade;
Princípio do Contraditório: possibilita à parte contrária expor os seus argumentos; oportunidade de ser ouvido;
Princípio do Livre Convencimento do Juiz: as partes têm como objetivo convencer o julgador; o juiz forma o seu convencimento de forma autônoma, sem necessariamente se vincular às teses defendidas pelas partes;
Princípio da Verdade Real: o processo deve buscar o fato como foi, a Verdade Real; a verdade real se distancia da verdade formal, à medida que o processo não alcança a contemplação dos fatos tal como foram na realidade;
Princípio do Acesso ao Poder Judiciário: princípio que prevê que a todos a justiça deve alcançar;
Princípio da Insignificância: de acordo com a gravidade do fato ilícito, quando não alcança grave lesão à sociedade, pode ser aplicado o Princípio da Insignificância;
Princípio da Presunção de Inocência: 
Art. 5º [...] LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Princípio da Proporcionalidade: utilizado quando há conflito de normas hierarquicamente iguais; deve ser utilizado como uma norma secundária, como uma balança; verifica-se no caso concreto qual princípio deve ser aplicado, segundo a proporcionalidade ou razoabilidade, buscando a melhor justiça para o caso; (ex.: em conflito entre o Direito à Vida e Liberdade de Crença, como o caso da transfusão de sangue de alguma pessoa que é Testemunha de Jeová, prevalece o Direito à Vida);
Princípio da Razoabilidade: para alguns doutrinadores, o conceito é o mesmo que o da Proporcionalidade; mas, não se trata de resolver conflito entre normas e sim é aplicado ao caso concreto; (ex. de utilização: em situações que a menor que fez sexo com maior, sendo esta já “conhecida no bairro”, talvez não seja razoável aplicar o Princípio da Violência Presumida para a tipificação do homem como estuprador);
Hierarquia das Normas Legais:
Pirâmide de Kelsen original: Constituição >> Leis Complementares >> Leis Ordinárias
Situação atual, conforme jurisprudência do STF: Constituição >> Leis Complementares >> Tratados Internacionais de Direitos Humanos >> Leis Ordinárias >> Demais normas de regulamentação
Tratados Internacionais: aqueles que são relacionados a Direitos Humanos aprovados em votação nas duas casas do Congresso Nacional pelo mesmo processo das Emendas Constitucionais possui a mesma hierarquia da Constituição;
Controle de convencionalidade: é a possibilidade de utilização dos Tratados Internacionais dentro do ordenamento jurídico nacional; objetiva trazer o conteúdo dos tratados internacionais para dentro do ordenamento jurídico nacional; é diferente do Controle de Constitucionalidade.
Controle de Constitucionalidade
Se a CF não fosse a norma suprema de vigência no país, não haveria necessidade do Controle de Constitucionalidade. O Controle de Constitucionalidade é formado pelos instrumentos que visam dar garantia da supremacia da Constituição.
Controle Político Preventivo de Constitucionalidade: exercem o controle político os legisladores e presidente da república; no Brasil, o controle político é Preventivo (antes da entrada em vigor da lei, exercido através das CCJs do Senado e da Câmara e do Presidente da República, que tem o poder de Veto ou Sanção); os Vetos do Presidente da República voltam para o Congresso Nacional, que tem a possibilidade de anula- o veto, através de votação por maioria absoluta; Emendas Constitucionais não necessitam de sanção do Presidente da República, que também não tem poder de veto;
Controle Político Repressivo de Constitucionalidade: em algumas situações, o Controle é Político Repressivo, como é o caso de Medidas Provisórias, já que tais medidas possuem aplicação imediata e o controle é exercido posteriormente. O controle é Repressivo, pois a Medida Provisória já está em vigor, diferentemente das Leis, que passam pelo Controle Preventivo.
Controle Jurídico de Constitucionalidade: é Repressivo, já que atua sempre com relação às leis que já estão em vigor; é exercido pelo Poder Judiciário:
Controle Difuso: também chamado de controle concreto ou via de exceção ou via incidental; é o controle utilizado no cotidiano, na realidade concreta; é realizado por qualquer juiz ou tribunal; possui efeito interpartis; não elimina a lei do ordenamento jurídico, apenas pode reconhecer a inconstitucionalidade aplicada ao caso em questão;
Controle Concentrado: concentrado em dois órgãos, ou no TJ em caso de violação da Constituição Estadual ou no STF em caso de violação da Constituição Federal; apenas os elencados no art. 103 da CF podem propor ações de inconstitucionalidade no controle concentrado; possui efeito erga omnes; se algum dispositivo for declarado inconstitucional, é extirpado do ordenamento jurídico.
Controle Misto de Constitucionalidade: não há uma posição doutrinária unânime a respeito deste conceito; ver José Afonso da Silva... partindo da idéia de que as leis já estão em vigor, o controle exercido é o Jurídico.

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