MEMORIAL DESCRITIVO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PEDRO MOURA SAMPAIO
	
“MEMORIAL DESCRITIVO”.
Sobral - CE
2016	
MEMORIAL DESCRITIVO
Características
1.1-OBRA: Edificação de uso residencial
1.2-LOCAL: Lote nº 02, quadra de nº 08, Rua José Ricehelieu de Andrade
Bairro Planalto – Tianguá -CE
1.3-PROPRIETÁRIO: Pedro Moura Sampaio
1.4-ÁREA CONSTRUIDA: 104,5 m²
1.5 - Descrição da residência: Dois dormitórios (sendo um suíte), sala de estar e jantar, banheiro social, área de serviço, cozinha e garagem.
 O presente memorial descritivo tem por objetivo estabelecer as condições que receberão o uso dos materiais, equipamentos e serviços a serem utilizados na execução da construção. Todos os materiais que foram empregados na construção desta obra, foram de boa qualidade e servirão corretamente a fim que se destinaram pela demanda do projeto.
2-ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS:
2.1 LIMPEZA
 Foi feita uma roçada parcial do terreno, somente eliminando árvores e arbustos necessários para execução da obra. O terreno foi devidamente movimentado, através de pequenos cortes e aterros, compatibilizando suas cotas com as de projeto.
 Diariamente foi feito a limpeza do terreno, removendo os entulhos, tanto no interior da mesma, como no canteiro de serviço, inclusive capina, esta foi realizado sempre ao final do dia de trabalhos pelos trabalhadores.
 Foi decapada a camada de terra com resíduos orgânicos, até 10 cm, para limpeza do terreno, onde foram arrancadas as vegetações rasteiras e pequenos arbustos, para que sejam transferidos as dimensões e alinhamentos previstos no projeto, para o terreno onde será executada a obra.
2.2 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
 Foi construído um barraco em madeira bruta, sendo que em seu interior deveria estar isento de umidade, provido também de porta com fechadura de segurança para guarda dos materiais e ferramentas. Foram construídas instalações provisórias, de acordo a demanda da obra, conforme a NR 18. 
O tapume foi em madeira, com fechamento em chapa de aço galvanizada ou chapa de compensado. Almoxarifado, vestiário de funcionários e escritório da obra, foram em madeira com piso em madeira e cobertura em fibrocimento. O banheiro dos funcionários será em alvenaria, composto de chuveiros, bacia sanitária e lavatório. 
 Foram feitas ligações de energia, água potável e ligação de esgoto sanitário do canteiro no sistema tipo fossa e filtro.
3.0. PLACA DA OBRA
As placas dos responsáveis deverão ser fixadas na parte frontal da obra em local visível.
4.0. LOCAÇÃO DA OBRA
 Foi realizada a partir das cotas fixadas no projeto. O quadro de marcação será executado com guias de cedrinho 2,5 x 15 cm, fixadas em escoras de eucalipto, 50 cm enterradas no solo e espaçados em 1,80 m. As cotas foram ser marcadas no gabarito, observando-se o nivelamento de esquadro da obra. Após o término deste serviço o responsável será comunicado para que possa fazer as devidas verificações.
 Com o fim de que sejam transferidos as dimensões e alinhamentos previstos no projeto, para o terreno onde foi executada a obra, foi feita à locação da obra utilizando-se de gabaritos, trenas, aparelhos de medição, etc...
ESCAVAÇÕES.
 Foram feitas as escavações necessárias para a execução da fundação, que será do tipo rasa com sapatas e vigas de baldrame. Nos aterros foram utilizados materiais isentos de matéria orgânica, em camadas sucessivas de 20 cm e molhadas e apiloadas, garantindo a estabilidade do terreno.
ESCAVAÇÃO MANUAL EM SOLO.
 Todos os serviços de movimento de terra foram executados de maneira que se atinja as cotas e nivelamentos necessários às especificações do projeto.
REATERRO COMPACTADO
 Deverão ser reaterrados os espaços abertos após a execução das fundações, devidamente compactados manualmente em camadas de no máximo, 15 cm. Neste item, também foi incluído o aterro compactado para a implantação do contrapiso da edificação, que deverá coincidir com o nível superior do vigamento de baldrame 15 cm.
 Neste item, também foi incluído o aterro compactado para a implantação do contrapiso da edificação, que deverá coincidir com o nível superior do vigamento de baldrame.
5.0. FUNDAÇÕES E A ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO.
 Foram do tipo rasa com sapatas e vigas baldrame.
Sobre a fundação será executada a viga de baldrame, nas dimensões de projeto.
 Sobre a viga de baldrame, curada, e foi executada a impermeabilização com duas de mãos de hidroasfalto, aplicando e cobrindo as laterais da viga no mínimo 10 cm.
6.0 ESTRUTURA.
 A estrutura da obra será em concreto armado, sendo a fundação do tipo rasa, composta por sapatas e vigas baldrame. O concreto usado foi confeccionado em obra de forma mecânica, atingindo um FCK >= 30 Mpa, toda a estrutura foi de tipo armada conforme determinou o projeto estrutural, foram colocados ganchos nas vigas cintas para fixação da cobertura.
 A estrutura foi constituída por pilares, vigas, vergas e contra vergas de concreto armado, conforme projeto estrutural, com previsão para passagem da tubulação elétrica e hidráulica.
 As lajes serão do tipo pré-moldadas conforme projeto estrutural, com distribuição das caixas de passagem e conduítes plásticos embutidos.
LAJES: 
 As lajes serão pré-moldadas com vigotas e tavelas ou painéis treliçados de concreto, conforme projeto estrutural. 
 O concreto a ser utilizado será do tipo convencional, com as características determinadas no projeto estrutural. 
 O nivelamento e a vedação das fôrmas foi criteriosamente executado, para que se obtenha um perfeito acabamento do concreto. 
Após o lançamento do concreto o mesmo será adensado, reguado e alisado.
7.0. ALVENARIA.
 Serão executadas em tijolo cerâmico de oito furos, nas dimensões de projeto. Os tijolos deverão ser molhados antes de sua colocação.
 As paredes serão executadas com tijolos cerâmicos estruturados E=9 cm; nas paredes externas e internas, assentados com argamassa mista, à base de areia, cimento e cal hidratada, regularmente colocada, perfeitamente nivelada e aprumada, nos alinhamentos e dimensões indicados nos projetos e detalhes de execução.
 Sobre os vãos de portas e janelas, foram colocadas as vergas ou cintas de concreto convenientemente dimensionado.
 Nos trechos onde a alvenaria estiver em contato direto com o solo, será aplicado tratamento à base de material impermeabilizante, que obedecerão as recomendações do fabricante, a boa técnica e o que descrevem as normas da ABNT.
 Para a Fixação das esquadrias de madeira foram empregados tacos de madeira de lei. Sobre todas as portas e janelas deverão existir vigas armadas conforme o tamanho do vão, com no mínimo duas barras de ferro Ø6,3mm, apoiadas em pelo menos 20cm em cada lado do vão.
 As paredes de elevação em geral tiveram espessura de 15 cm acabadas, serão de alvenaria de tijolo cerâmicos furados de 9x19x19 cm. Deverão ser executadas, nos locais indicados, devidamente assentados. As juntas serão a prumo e o assentamento foi feito com argamassa de 1:2:8 de cal hidratada e areia grossa.
8.0 CONTRAPISO.
 No esquadro da obra após a compactação do solo, foram feitas em camadas de 20 cm, foi colocada uma camada de brita n.º 01 com 5cm de espessura. Após ser molhada esta camada, será colocada uma camada de concreto FCK>=13,5Mpa, na espessura mínima de 5 cm, devendo ser reguada. Para impermeabilização do contrapiso, será adicionada ao concreto, solução impermeabilizante, na proporção indicada pelo fabricante. Todos os caimentos para as águas de lavação deverão ser dados no contrapiso.
9.0 COBERTURA.
 A cobertura será com telhas cerâmicas tipo colonial, sobre estrutura de madeira de qualidade dura, imunizada contra pragas com caibrose terças apoiadas em pontaletes, na laje. 
- Os pontaletes terão o peso distribuído sobre a laje de concreto por calços feitos por pedaçosde caibros. 
- Quando o forro for inclinado as terças serão apoiadas na alvenaria, afastamento máximo dos caibros é de 70 cm. 
Foi utilizada telha cerâmica do tipo colonial com inclinação de 30%. 
- O sarrafo utilizado deverá ser de madeira de lei com a dimensão de 3x5cm. 
A estrutura foi em tesouras de madeira, devidamente estruturada para aguentar o esforço sobre elas, e seu projeto ficará a cargo do responsável técnico.
 Foi utilizada madeira de boa qualidade sendo que durante sua execução, a fiscalização se reserva o direito de refugar madeira de má qualidade. E vetada à utilização de madeira de pinus.
Os telhados foram em duas águas, sendo executadas nos níveis conforme o projeto.
10.0 – FORRO.
Forro em laje maciça.
11.0 – REVESTIMENTOS.
 Nas paredes externas e internas o revestimento foi com chapisco e emboço único, sendo que as paredes internas dos banheiros e lavanderia receberão apenas chapisco e emboço, para posterior colocação de azulejos.
Chapisco: o traço para o chapisco foi feito de 1:3 com cimento e arreia grossa, ou seja, a que passa na peneira 4,8 mm e fica redita na 2,4mm, e foi aplicada na parede limpa a vassoura e abundantemente molhada com esguicho de mangueira.
Emboço: os emboços só foram iniciados após completa pega de argamassa das alvenarias e chapisco, e depois de embutidas todas as canalizações que por ele devam passar. A superfície foi molhada como anteriormente descrito. Os emboços foram fortemente comprimidos contra as superfícies e apresentaram parâmetro áspero para facilitar a aderência. A espessura do emboço não ultrapassou 15 mm.
 O traço para o emboço foi de 1:2:9 de cimento, cal em pó e arreia média.
Disposições gerais: as argamassas foram preparadas mecanicamente ou manualmente. O amassamento manual foi de regra para as argamassas que contenham cal em pasta.
 As argamassas contendo cimento foram usadas dentro de 2,5 horas, a contar do primeiro contato do cimento com a água. Nas argamassas de cal contendo pequena proporção de cimento, adição do cimento foi realizada no momento do emprego.
 A argamassa retirada ou caída das alvenarias e revestimentos em execução não pode ser novamente empregada.
12.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.
 Toda a parte elétrica e instalações obedeceram aos projetos, bem como as normas da ABNT. Os condutores que foram usados para alimentação das cargas foram do tipo antichama, isolados com PVC para 70º/750V, de fio ou cabo de cobre, de seção conforme o projeto, quando isolados embutidos em eletrodutos na parede ou teto.
 Os eletrodutos usados para passagem e proteção dos condutores foram ser de PVC rígidos, específicos para a aplicação em eletricidade.
A fiação que ficar sobre o forro também deverá ser embutida nos eletrodutos para maior segurança da obra.
Todas as instalações elétricas serão executadas com esmero e bom acabamento, com todos os condutores, condutos e equipamentos cuidadosamente arrumados e firmemente ligados às estruturas de suporte e os respectivos pertences, formando um conjunto mecânico e eletricamente satisfatório e de boa qualidade.
Só serão empregados matérias rigorosamente adequados para a finalidade em vista e que satisfaçam as normas da ABNT que lhes sejam aplicáveis.
13.0 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS.
Deverão ser respeitados rigorosamente os detalhes do projeto e normas da ABNT e CASAN.
Toda a tubulação será executada com tubos e conexões de PVC rígido tipo esgoto e soldável. As tubulações sanitárias enterradas deverão ter um caimento de no mínimo 2% para tubulações até 100 mm. As caixas de inspeção serão executadas em alvenaria, revestidas internamente. O esgoto das águas servidas se dará através de uma fossa séptica de concreto pré-moldado indo posteriormente para o filtro e sumidouro.
As instalações de água fria foram estabelecidas atendendo as mínimas exigências técnicas quanto a higiene, segurança, economia e conforto. Foram visados os pontos de consumo para o dimensionamento dos tubos de alimentação, sendo os mesmos localizados em planta, juntamente com a caixa-d’água.
O dimensionamento da tubulação foi elaborado de forma a garantir um abastecimento continuo de água ao sistema, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento.
14.0 PAVIMENTAÇÃO
Piso em Cerâmica: será utilizado piso em cerâmica, em toda a edificação. Este piso será de 1ª qualidade, que deverão ser encharcados de água previamente a colocação, sendo fixadas em argamassa colante industrializada. Ao colocar cada peça cerâmica, fixá-la a argamassa através de pressão com martelo de borracha de modo que não fique vazio entre a argamassa e a cerâmica. Após a fixação da cerâmica e esta adquirir certa resistência proceder à limpeza da mesma.
15.0 ESQUADRIAS
As janelas e portas externas serão em vidro temperado de 8 e 10 mm. As portas internas serão de madeira, com folhas semi-ocas.
Ferragens: todas as ferragens para esquadrias serão de metal, acabamento polido, inteiramente novas, em perfeitas condições de funcionamento e acabamento; as dobradiças, serão suficientemente robustas, de forma a suportarem, com folga o regime de trabalho a que venham a ser submetidas.
16.0 PINTURA
Tintas Utilizadas: As paredes em alvenaria receberão uma demão de selador acrílico e duas demãos de tinta acrílica. Os detalhes em madeira serão pintados com duas demãos de tinta a óleo, sendo os detalhes em metal pintados com duas demãos de tinta esmalte.
OBS.: antes de aplicar a tinta deve-se corrigir falhas da madeira, bem como lixa-la a fim de se obter uma superfície mais homogênea, e com melhor acabamento.
As cores serão definidas pelo proprietário em comum acordo com o responsável técnico.
17.0 LIMPEZA
Toda a obra deverá ser entregue em perfeito estado de limpeza e conservação. Todas as suas instalações, equipamentos e aparelhos deverão apresentar funcionamento perfeito.
Todo o entulho deverá ser removido do terreno pela empreiteira.
Serão lavados convenientemente os pisos bem como os revestimentos, vidros, ferragens e metais.
18.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Qualquer modificação no projeto arquitetônico,terá que ter previa aprovação do projetista. Todos os serviços e matérias empregados na obra deverão estar em conformidade com as normas da ABNT e normas locais.
Na entrega da obra, será procedida cuidadosamente verificação, por parte da fiscalização, das perfeitas condições e funcionamento e segurança de todas as instalações de águas, esgotos, aparelhos sanitários, equipamentos diversos, ferragens, instalações elétrica, etc....
OBSERVAÇÃO GERAL
Toda e qualquer etapa da obra que for desenvolvida em desacordo com este memorial descritivo, e não tiver a aprovação do responsável técnico, serão de inteira responsabilidade, da contratada (construtor), que desenvolver tal atividade considerada em desacordo. Estando o proprietário em acordo com este parágrafo