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FACULDADE PITÁGORAS DE MACEIÓ BACHARELADO EM FARMÁCIA MARIANA GOMES AMORIM SOARES RA: 35993024793 Relatório Final de Estágio Programas Estratégicos Maceió Junho/2021 MARIANA GOMES AMORIM SOARES RA: 35993024793 Relatório Final de Estágio Programas Estratégicos Maceió Junho/2021 Relatório apresentado como requisito final para a conclusão da disciplina de estágio supervisionado dos programas estratégicos, 4° período de Farmácia na Faculdade Pitágoras de Maceió. Orientador: Prof. Msc. Fábio Pacheco Pereira da Costa. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Amostra sorológica HIV/AIDS (P1) ....................................................................... 19 Figura 2 - Materiais utilizados HIV/AIDS (P1) ....................................................................... 20 Figura 3 – Reagentes HIV/AIDS (P1) ...................................................................................... 20 Figura 4 - Sequência da prática HIV/AIDS (P1) ...................................................................... 21 Figura 5 - Resultados do grupo x turma HIV/AIDS (P1) ......................................................... 22 Figura 6 - Amostra sorológica HIV/AIDS (P2) ....................................................................... 23 Figura 7 - Materiais utilizados HIV/AIDS (P2) ....................................................................... 24 Figura 8 - Reagentes HIV/AIDS (P2) ...................................................................................... 24 Figura 9 - Sequência da prática HIV/AIDS (P2) ...................................................................... 26 Figura 10 - Resultado TR DPP (P2) ......................................................................................... 26 Figura 11 - Resultados do grupo x turma (P2) ......................................................................... 27 Figura 12 - Materiais utilizados Sífilis/VDRL (P3) ................................................................. 33 Figura 13 - Reagentes Sífilis/VDRL (P3) ................................................................................ 34 Figura 14 – Resultado Qualitativo (POS) Sífilis/VDRL (P3) .................................................. 36 Figura 15 - Resultado Qualitativo (NEG) Sífilis/VDRL (P3) .................................................. 36 Figura 16 - Sequência da prática Sífilis/VDRL (P3) ................................................................ 37 Figura 17 – Resultado: Titulação Sífilis/VDRL 1:16 (P3) ....................................................... 37 Figura 18 - Amostras (Sorológica e sangue total) Sífilis Bio (P4) ........................................... 39 Figura 19 - Materiais utilizados Sífilis Bio (P4)....................................................................... 40 Figura 20 - Reagentes Sífilis Bio (P4) ...................................................................................... 40 Figura 21 - Sequência da prática com Sangue total - Sífilis Bio (P4) ...................................... 41 Figura 22 – Resultado com sangue total Sífilis Bio (P4) ......................................................... 42 Figura 23 - Sequência da prática com Soro Sífilis Bio (P4) ..................................................... 42 Figura 24 - Resultado sorológico Sífilis Bio (P4) .................................................................... 43 Figura 25 - Materiais utilizados Hepatite HBsAg (P5) ............................................................ 50 Figura 26 - Reagentes Hepatite HBsAg (P5)............................................................................ 50 Figura 27 - Resultado sangue total Hepatite HBsAg (P5) ........................................................ 51 Figura 28 - Resultado sorológico Hepatite HBsAg (P5) .......................................................... 52 Figura 29 - Amostras Hepatite C - Alere HCV (P6) ................................................................ 59 Figura 30 - Materiais utilizados Hepatite C - Alere HCV (P6) ................................................ 60 Figura 31 - Reagentes Hepatite C - Alere HCV (P6) ............................................................... 60 Figura 32 - Sequência da prática com sangue total Hepatite C – HCV (P6) ............................ 61 Figura 33 - Resultado sangue total Hepatite – HCV (P6) ........................................................ 62 Figura 34 - Resultado sorológico Hepatite C – HCV (P6) ....................................................... 63 Figura 35 - Amostra de secreção Tuberculose (P7) ...................................................................71 Figura 36 - Materiais utilizados Tuberculose (P7) ....................................................................72 Figura 37 - Coloração Zlehl-Neelsen Tuberculose (P7) ............................................................73 Figura 38 - Sequência da prática Tuberculose (P7) ...................................................................74 Figura 39 - Resultado positivo e negativo Tuberculose (P7) .....................................................74 Figura 40 - Discussão Tuberculose (P7) ....................................................................................75 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – descrição dos medicamentos da Hepatite B .............................................................47 Tabela 2 – esquema de tratamento para Hepatite C ...................................................................56 Tabela 3 – esquema básico da Tuberculose ...............................................................................68 Tabela 4 – classificação dos grupos do esquema .......................................................................70 LISTA DE A SIGLAS E ABREVIATURAS HIV Vírus da Imunodeficiência Humana Aids Síndrome da Imunodeficiência Adquirida T CD4+ Linfócito T CD4+ PVHA Pessoas Vivendo com HIV/dias TARV Terapia Antirretroviral RAM Reação Adversa ao Medicamento CV Carga Viral UETDI Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosa SICLOM Sistema de Controle Logístico de Medicamentos IST Infecção Sexualmente Transmissível Art Artigo PCDT Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas UDM Unidade Dispensadora de Medicamentos ARV Retrovirais SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 10 2.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 10 2.2 Objetivo específico ........................................................................................................ 10 3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 11 4 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 12 4.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO - HIV/AIDS........................................................................................ 12 4.1.2 Mecanismos fisiopatológico e transmissão ............................................................. 14 4.1.3 Aspectos clínicos ..................................................................................................... 14 4.1.4 Atenção e assistência farmacêutica dos medicamentospara hiv/aids (seleção, programação, aquisição, distribuição, armazenamento e dispensação) ........................... 15 4.1.5 Acompanhamento e tratamento do paciente hiv positivo e notificações no sistema de controle logístico de medicamentos antirretrovirais (siclom) ..................................... 17 4.1.6 Aulas práticas de hiv e diagnóstico laboratorial preconizado pelo ministério da saúde: realização de testes sorológicos ............................................................................. 18 4.1.6.1 AULA PRÁTICA I: Teste rápido para investigação da infecção pelo HIV por meio do kit ABON HIV ............................................................................................... 18 4.1.6.2 AULA PRÁTICA II: Teste rápido para investigação da infecção pelo HIV por meio do TR DPP® HIV 1/2 Bio-Manguinhos com amostra de soro ........................... 22 4.1.7 Acompanhamento e tratamento do paciente hiv positivo das gestantes e os procedimentos na hora do parto e na amamentação ......................................................... 27 4.2 OUTRAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) - SÍFILIS, .. 28 4.2.1 Introdução, conceitos, epidemiologia e históricos .................................................. 28 4.2.2 Agente etiológico; transmissão; período de incubação ........................................... 29 4.2.3 Mecanismos fisiopatológico .................................................................................... 30 4.2.4 Aspectos clínicos ..................................................................................................... 30 4.2.5 Tratamento com medicamentos padronizados pelo ministério da saúde para tratamento de DST: informações sobre posologia, tempo de tratamento e efeitos colaterais ........................................................................................................................... 31 4.2.6 Aulas práticas de sífilis e diagnóstico: testes laboratoriais para sífilis (realização de teste rápido - imunocromatográfico) pelo ministério da saúde ........................................ 32 4.2.6.2 PRÁTICA 2: Teste confirmatório para diagnóstico de Sífilis (Teste rápido – Bioclin) ......................................................................................................................... 32 4.3 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) - HEPATITE B .......... 43 4.3.1 Introdução, conceitos, epidemiologia e históricos .................................................. 43 4.3.2 Agente etiológico; transmissão; período de incubação ........................................... 44 4.3.3 Mecanismos fisiopatológico .................................................................................... 46 4.3.4 Aspectos clínicos ..................................................................................................... 46 4.3.5 Tratamento com medicamentos padronizados pelo ministério da saúde para tratamento de dst: informações sobre posologia, tempo de tratamento e efeitos colaterais .......................................................................................................................................... 47 4.3.6 Aulas práticas de hepatite b e diagnóstico: testes laboratoriais para hepatite b (realização de teste rápido - imunocromatográfico) pelo ministério da saúde ................. 48 4.3.6.1 AULA PRÁTICA: Teste qualitativo para diagnóstico de Hepatite B - Blioclin HBsAg .......................................................................................................................... 48 4.4 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) - HEPATITE C .......... 53 4.4.1 Introdução, conceitos, epidemiologia e históricos .................................................. 53 4.4.2 Agente etiológico; transmissão; período de incubação ........................................... 53 4.4.3 Mecanismos fisiopatológico .................................................................................... 54 4.4.4 Aspectos clínicos ..................................................................................................... 55 4.4.5 Tratamento com medicamentos padronizados pelo ministério da saúde para tratamento de DST: informações sobre posologia, tempo de tratamento e efeitos colaterais ........................................................................................................................... 56 4.4.6 Aulas práticas de hepatite c e diagnóstico: testes laboratoriais para hepatite c (realização de teste rápido - imunocromatográfico) pelo ministério da saúde ................. 57 4.4.6.1 AULA PRÁTICA: Teste qualitativo para diagnóstico de Hepatite C – Alere HCV .............................................................................................................................. 57 4.5 PROTOZOÁRIOS - DOENÇA DE CHAGAS .......................................................... 63 4.6 MICROBACTÉRIAS - HANSENÍASE E TUBERCULOSE .................................. 65 4.6.1 Introdução, conceitos, epidemiologia (situação epidemiológica da hanseníase e tuberculose no mundo, no Brasil e no Estado) e históricos .............................................. 65 4.6.2 Classificação clínica das formas evolutivas (indeterminada, tuberculóide, virchowiana e diforma) e classificação operacional (paucibacilar e multibacilar) da doença ............................................................................................................................... 67 4.6.3 Mecanismos fisiopatológico .................................................................................... 68 4.6.4 Medicamentos padronizados pelo ministério da saúde segundo o protocolo de tratamento da tuberculose para os casos novos (informações sobre posologia, tempo de tratamento e efeitos colaterais .......................................................................................... 68 4.6.5 Medicamentos padronizados pelo ministério da saúde segundo o protocolo para os casos resistentes ou reincidentes (informações sobre posologia, tempo de tratamento e efeitos colaterais) .............................................................................................................. 69 4.6.6 Aulas práticas de preparo de lâminas com o material biológico e coloração de ziehl-neelsen a frio segundo o guia de procedimentos técnicos para a baciloscopia da hanseníase do ministério da saúde .................................................................................... 71 5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 76 6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 77 8 1 INTRODUÇÃO O estágio dispõe a oportunidade de obtermos conhecimento na área, segundo o Art. 1 da Lei 11.788/08 que descreve “estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior (BRASIL, 2008). Por intermédio da inserção dos estudantes em projetos de atividades de extensão, por conta da COVID-19, a utilização de metodologias ativas de aprendizagem foram as aulas práticas na disciplina de estágio supervisionado, conforme foram descritos nos planos de ensino para aquisição de conhecimentos e experiencias no campo de prática, em cenários simulados como vivencias reais nos serviços de saúde pública e privada, assim, propiciando a aplicação dos conhecimentos adquiridos, de ordem técnica, cientifica e sociocultural no âmbito da farmácia universitária. O programa estratégico é um conjunto de medicamentos utilizados para o tratamento de patologias contempladas em programas específicos do Ministério da Saúde (MS). Estes medicamentos têm controlee tratamento definidos por meio de protocolos e normas estabelecidas. São programas de fundamental importância para a sociedade tendo em vista promover a saúde e a melhora de cada paciente. O MS dispõe desses medicamentos, pois são de alta vigilância e podem trazer sérios danos à saúde se usados de forma inadequada. Dentro desses programas, encontramos medicamentos que são de uso de imunossupressores como HIV, SÍFILIS, TUBERCULOSE e HEPATITES VIRAIS (A, B e C). O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) destina-se à garantia do acesso equitativo a medicamentos e insumos, para prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de perfil endêmico, com importância epidemiológica, impacto socioeconômico ou que acometem populações vulneráveis, contemplados em programas estratégicos de saúde do SUS. A programação desses medicamentos é feita pela Coordenação Nacional de DST/Aids, com base nas séries históricas do total de pacientes adultos e pediátricos em tratamento com antirretrovirais (ARV), no número e percentual de pacientes em uso de cada medicamento e no tipo de esquema terapêutico utilizado. Essas informações são repassadas mensalmente pelas Coordenações Estaduais de DST/Aids e pela Assistência Farmacêutica, por meio do Boletim Mensal para Avaliação do Uso de Medicamentos/Aids e Mapa de Movimento Mensal de Medicamentos/Aids. 9 Os medicamentos e insumos são financiados e adquiridos pelo Ministério da Saúde (MS), sendo distribuídos aos estados e Distrito Federal. Cabem a esses o recebimento, armazenamento e a distribuição aos municípios. O Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (HÓRUS) e outros sistemas próprios são utilizados na logística e gestão, contribuindo com as ações e serviços de Assistência Farmacêutica. Os medicamentos e insumos do CESAF estão relacionados nos anexos II e IV da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). A gestão no nível federal desse componente é realizada pela Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos (CGAFME). O sistema de saúde brasileiro, engloba estabelecimentos públicos e o setor privado de prestação de serviços, inclui desde unidades de atenção básica até centros hospitalares de alta complexidade. A importância e o volume dos serviços prestados pelo setor público de saúde no Brasil – composto pelos serviços estatais e privados conveniados ou contratados pelo SUS. É indiscutível, portanto, a importância dos serviços de saúde, os quais constituem, ao lado de uma série de outros, fatores de extrema importância para a qualidade de vida da população. Esses serviços representam, hoje, preocupação de todos os gestores do setor, seja pela natureza das práticas de assistência neles desenvolvidas, seja pela totalidade dos recursos por eles absorvidos. Verifica-se, constantes mudanças no perfil epidemiológico que, atualmente, compreende doenças típicas de países em desenvolvimento e agravos característicos de países desenvolvidos. Assim, ao mesmo tempo em que são prevalentes as doenças crônico- degenerativas, aumenta a morbimortalidade decorrente da violência, especialmente dos homicídios e dos acidentes de trânsito. Além disso, aparecem e reaparecem outras doenças, tais como a cólera, a dengue, a malária, as doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS. 10 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Elaborar relatório referente as atividades do estágio dos Programas Estratégicos do 4° período noturno, semestre 2021/1. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO • Desenvolver os aspectos da Assistência Farmacêutica no Serviço de Atendimento Especializado - HIV/AIDS. • Explanar detalhadamente as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) - Sífilis, Gonorreia, Herpes Simples e Genital Papilomavirus Humano (HPV). • Desenvolver detalhadamente as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) Hepatite B. • Explanar detalhadamente as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) Hepatite C. • Caracterizar o contexto das doenças causadas por Protozoários - Malária, Leishmaniose e Doença de Chagas. • Informar as principais características das Microbactérias - Hanseníase e Tuberculose. 11 3 METODOLOGIA O estudo se trata de um levantamento bibliográfico em que o método é a revisão de literatura, tendo como bases de pesquisa científica o SCIELO, LILACS, Google acadêmico e o material (boletim epidemiológico, protocolos clinico e diretrizes terapêuticas e manuais) cedido pelo professor da disciplina de estágio supervisionado dos programas estratégicos, onde a busca de informação foi através dos descritores: programas estratégicos; síndrome da imunodeficiência adquirida, antirretrovirais, sífilis, sífilis congênita, diagnóstico por teste rápido e imunocromatografia. Na revisão integrativa, a buscou foi realizada nos meses de fevereiro a junho do correte ano, com o intuito de conseguir artigos mais recentes, adotando o período de publicação de 2010 a 2020, porém foram também incluídos trabalhos com anos de publicação anteriores, considerando a relevância de suas informações para a elaboração deste relatório. Optou-se ainda como critério de inclusão o uso dos descritores em língua inglesa por ampliar os resultados, quando comparados ao montante de estudos resgatados a partir das suas traduções em português e espanhol. 12 4 DESENVOLVIMENTO 4.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO - HIV/AIDS O sistema público de saúde, chamado Sistema Único de Saúde (SUS), é uma grande conquista da sociedade, reconhecido pelos seus princípios e igualdade no atendimento e de integralidade das ações e serviços de saúde. Porém para atingir o patamar de excelência, o mesmo precisa de várias melhorias, assim podendo oferecer seus serviços para mais pessoas da sociedade. O SUS, foi criado pela Constituição Federal de 1988 pela Lei Orgânica da Saúde, para integrar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde que não podem ser separadas. Assim, as unidades prestadoras de serviço devem contemplar os vários graus de complexidade da assistência à saúde. A assistência à população com Aids no Brasil com o Sistema Único de Saúde (SUS), é de prover intervenções para enfrentamento da epidemia e discutir a sustentabilidade da iniciativa brasileira de distribuição universal e gratuita dos antirretrovirais. Assim considerando dados originais de uma pesquisa sobre a capacidade potencial de distribuição de uma futura vacina anti-HIV no Brasil, envolvendo 119 entrevistados. Nas abordagens da assistência hospitalar e da assistência farmacêutica foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos do Programa Nacional de DST/Aids. Os resultados mostraram bom desempenho da política de distribuição de anti-retrovirais. Entretanto, o acesso ao tratamento de doenças oportunistas foi ineficiente. Os valores pagos pelo Sistema Único de Saúde pelas internações por Aids mantiveram- se muito baixos, com valor médio em torno de R$700,00, em 2004. A assistência a pacientes com HIV/Aids no Brasil tem sido tratada como um direito do cidadão, com o respaldo de uma articulação efetiva entre as esferas de governo e a sociedade civil. Os desafios que se colocam atualmente dizem respeito ao monitoramento mais fino dos processos e resultados obtidos e à sustentabilidade da distribuição universal e gratuita de antirretrovirais. O processo de avaliação do cumprimento das metas estabelecidas suscita, portanto, questões que transcendem a simples observância das metas, no plano formal. Ele coloca desafios que apontam a necessidade de um monitoramento mais fino dos processos e resultados relacionados à assistência de indivíduos afetados pelo HIV/Aids no âmbito farmacêutico, no contexto de utilização deserviços do sistema de saúde ou ainda no nível comunitário. Também instiga indagações acerca da qualidade da assistência resultante das ações de um programa 13 nacional diferenciado, sob diversos aspectos, mas que não prescinde do sistema de saúde brasileiro com um todo, às voltas com sérios problemas operacionais. Finalmente, evidencia questões colocadas na pauta do governo brasileiro em relação a como garantir a sustentabilidade da política de assistência farmacêutica a indivíduos com HIV/Aids, considerando os custos cada vez mais elevados. O acesso das pessoas vivendo com HIV e AIDS a uma assistência farmacêutica de qualidade representa um dos maiores desafios para os sistemas de saúde, principalmente nos países subdesenvolvidos. O ritmo acelerado da expansão da epidemia nos países pobres tem acarretado uma crescente demanda por cuida- dos médicos, incluindo o uso de medicamentos antirretrovirais (ARV), o que impõe aos governantes a necessidade de buscar soluções economicamente viáveis para a questão (BERMUDEZ et al., 2000). No Brasil, país que possui um programa nacional de controle da infecção pelo HIV/AIDS considerado como um modelo para o mundo, muitas questões estão na ordem do dia, incluindo a qualidade da assistência farmacêutica. Ressalta-se ainda, a importância da implantação do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM) que, uma vez funcionando conforme o planejado, certamente permitirá́ uma agilização e melhor controle de todo o processo logístico dos medicamentos, reduzindo a carga burocrática e promovendo a racionalização do trabalho. Essas medidas certamente trarão benefícios, não somente aos clientes do programa de AIDS, mas ao conjunto dos pacientes atendidos nessas unidades, na medida em que, a melhoria da qualidade do programa de AIDS acontecer, certamente terá́ reflexos nas demais atividades da assistência farmacêutica. Concluindo, ressalta-se ainda a importância desse tipo de estratégia de avaliação, enquanto metodologia testada e validada, que permite o monitoramento para a melhoria continua da qualidade da assistência farmacêutica (BRASIL, 1999a, 1999b). A assistência terapêutica integral, incluindo a assistência farmacêutica, também é área de atuação do SUS (2). A Política Nacional de Medicamentos (PNM) definiu a assistência farmacêutica como um "grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade". Marin et al., (ano) esclarecem que, "(...) para o Brasil, o termo Assistência Farmacêutica envolve atividades de caráter abrangente, multiprofissional e intersetorial, que situam como seu objeto de trabalho a organização das ações e serviços relacionados ao medicamento em suas diversas dimensões, com ênfase à relação com o paciente e a comunidade na visão da promoção da saúde". Em 2004, o Conselho Nacional de Saúde publicou o documento da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), que reforça a ideia de que a assistência farmacêutica é parte do cuidado à saúde 14 individual ou coletiva, tendo no medicamento o insumo essencial, cujo acesso deve ser garantido com uso racional. 4.1.1 INTRODUÇÃO, CONCEITOS, EPIDEMIOLOGIA E HISTÓRICOS HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. O H IV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune (BRASIL, 2013). Ter o HIV não é o mesmo que ter Aids, há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção (BRASIL, 2017). 4.1.2 MECANISMOS FISIOPATOLÓGICO E TRANSMISSÃO A transmissão do HIV e da AIDS, acontece das seguintes formas: • Sexo vaginal sem camisinha; • Sexo anal sem camisinha; • Sexo oral sem camisinha; • Uso de seringa por mais de uma pessoa; • Transfusão de sangue contaminado; • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados (BRASIL, 2019) 4.1.3 ASPECTOS CLÍNICOS 15 Após um tempo da invasão do HIV, consequências mais graves dão as caras, como: perda de peso, anemia e doenças oportunistas (hepatites virais, pneumonia, tuberculose e candidíase) 4.1.4 ATENÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DOS MEDICAMENTOS PARA HIV/AIDS (SELEÇÃO, PROGRAMAÇÃO, AQUISIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISPENSAÇÃO) A seleção de medicamentos é o eixo do ciclo da Assistência Farmacêutica, pois todas as outras atividades lhe são decorrentes (MARIN et al., 2003). É a atividade responsável pela formulação da lista de medicamentos e é a medida decisiva para garantir o acesso a esses medicamentos. Cada estado tem o direito de determinar quais medicamentos escolher para compor sua lista com base no perfil de morbi-mortalidade e nas prioridades estabelecidas, a fim de contribuir para a resolutividade do tratamento, o custo-efetividade do tratamento, a racionalidade das prescrições, e o uso correto de medicamentos, e proporcionar maior eficiência administrativa e financeira. Para tanto, a seleção deve ser baseada em critérios técnico-científicos, entre os quais a adoção de planos de tratamento e critérios administrativos e legais. A seleção deve ser feita pelo Comissão/Comitê Nacional de Farmacologia e Terapêutica, com o objetivo de estabelecer a Lista Nacional de Medicamentos (Reme), que define o uso dos medicamentos fornecidos pela SES para cuidados primários, moderados ou de alta complexidade. Padronizar o trabalho do Comitê de Padronização de Medicamentos, formular os critérios de inclusão e exclusão, métodos de aplicação e revisar a frequência dos medicamentos. A seleção de medicamentos deve ser formalizada por decreto ou resoluções específicas, e as normas técnicas de inclusão e exclusão de medicamentos devem ser divulgadas, para que o processo tenha a transparência necessária. Sempre que possível, a publicação de Reme deve ser acompanhada por um formulário de tratamento para orientar os prescritores e dispensadores sobre as indicações e uso dos medicamentos. Aquisição de medicamentos, é um conjunto de procedimentos pelos quais o processo é realizado em cronograma, com o objetivo de disponibilizá-los de forma quantitativa, qualitativa e com menor custo / eficácia, de forma a manter a regularidade e funcionamento do sistema. Deve ter uma qualificação permanente, levando em consideração aspectos legais (cumprimento das formalidades legais), técnicos (cumprimento das especificações técnicas), 16 administrativos (cumprimento das datas de entrega) e financeiros (disponibilidade orçamentária e financeira e avaliação de mercado). Existem diversas alternativas estratégicas para tornar atrativa a aquisição pela SES e municípios, com preços reduzidos e agilidade no processo, seja por meio de leilões eletrônicos ou presenciais, compras anuais consolidadas e parcelamento, formação de consórcios entre gestores, implantação de o Sistema de Registro de Preços, avaliação de desempenho dos fornecedores quanto ao atendimento de requisitos técnicos, administrativos, etc. Considerar a alternativa mais adequada para cada situação. Quantomais forem consideradas as observações e experiências dos atores que conduzem a ação, maior será a consistência das decisões (CONASS, 2004a). A armazenagem é caracterizada por uma série de procedimentos técnicos e administrativos que incluem o recebimento, armazenamento, segurança e preservação dos medicamentos, bem como o controle de estoque. O gerenciamento adequado dessa etapa do ciclo reduz as perdas e deve seguir determinados procedimentos e atividades, entre os quais se destacam: a) Conformidade / adequação do armazém às Boas Práticas de Armazenamento como limpeza e higienização; delimitar o espaço para armazenamento adequado, coleta e transporte dos medicamentos, minimizando o risco de reposição; controle de temperatura e umidade; monitoramento da rede fria; entre outros. b) Qualificação do recebimento dos medicamentos, melhorando os processos de verificação das quantidades na separação, reduzindo o número de erros em termos de quantidade, lote, prazo de validade, etc. c) Desenvolvimento de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) que descrevem todas as atividades realizadas. d) Existência de um sistema de controle de estoque de medicamentos aprovado que forneça informações de gestão, como balanços, relatórios e gráficos; e) Melhorar a capacidade administrativa e os recursos humanos para garantir que todas as atividades são realizadas de forma adequada. A distribuição dos medicamentos, de acordo com a necessidade dos requerentes, deve garantir rapidez na entrega, segurança e eficiência no sistema de informação e controle. É necessário formalizar o cronograma de distribuição, determinar os fluxos, as datas de entrega e a frequência de entrega dos medicamentos. A dispensação é responsabilidade da distribuição dos medicamentos para os usuários, são das Unidades dispensadoras de medicamentos (UDM), assim que a prescrição médica for verificada se os medicamentos prescritos correspondem aos parâmetros determinados, nas 17 normas do Consenso Nacional ou Guia de Tratamento Clínico do Ministério da Saúde, esse medicamento poderá ser dispensado, pois a dispensação de medicamentos tem como propósito assegurar o comprometimento e empenho na concessão desses fármacos adequado para a população que faz uso, na fórmula correta, assim respeitando a prescrição médica com a quantia correta e com as informações eficientes para que a sua utilização seja de forma exata e que sua preservação seja de modo a garantir sua peculiaridade do produto. Essa metodologia, é executada com a contribuição do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) que depois de sua comprovação de cadastro o pedido instantaneamente emite avaliações a respeito do atendimento assistencial as normas legitimas pelo acordo permitindo ou não a dispensação dos medicamentos para o usuário. É uma das peças chaves, esses componentes vitais para a racionalização dos fármacos. Compete ao profissional que irá fazer a dispensação o compromisso e seu comprometimento pela sua assistência e auxilio ao usuário a respeito da conduta do uso do fármaco. A fundação da Atenção Farmacêutica é justamente um plano para proporcionar um atributo na sociabilização da assistência dos pacientes. Para a dispensação de medicamentos sujeitos ao controle especial, deve ser observado o estabelecido na Portaria SVS/MS n. 344, de 12 de maio de 1998 e suas atualizações (BRASIL, 1998a). 4.1.5 ACOMPANHAMENTO E TRATAMENTO DO PACIENTE HIV POSITIVO E NOTIFICAÇÕES NO SISTEMA DE CONTROLE LOGÍSTICO DE MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS (SICLOM) O SICLOM, é um sistema logístico dos medicamentos antirretrovirais, que permite o fornecimento dos medicamentos para a prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Esses pacientes precisam realizar um cadastramento para ter acesso. Segundo o Governo o Guia de Referência Rápida aponta que esse cadastramento dos usuários SUS é obrigatório para a realização da dispensa dos ARV dos pacientes de uso contínuo e tem por finalidade os seguintes aspectos: 1. Realizar o controle do uso dos ARV dispensados, visando o controle do número de usuários SUS (quantitativo) e os tipos de esquemas terapêuticos utilizados (qualitativo); 2. Evitar a duplicidade de cadastros de um mesmo usuário SUS em várias UDM; 3. Diminuir a possibilidade de realização de mais de uma dispensa de medicamentos Antirretrovirais, dentro do prazo mínimo estabelecido pelo PN DST/AIDS, em uma ou várias UDM pelo mesmo usuário SUS; 18 4. A obtenção e elaboração de dados estatísticos, como por exemplo, a quantidade de usuários SUS por UDM ou mesmo a distribuição por classe Socioeconômico- Cultural, para auxiliar no processo Logístico de Aquisição e Distribuição dos Antirretrovirais paras os Estados e Municípios; 5. Para cadastrar um usuário SUS visando o recebimento de medicamentos Antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde, a UDM. deverá observar e cumprir os seguintes critérios: 1. a) O usuário deverá possuir sorologia confirmatória para o virus HIV (acrescentar CÓPIA no formulário de cadastramento); 2. b) Ter indicação para iniciar o tratamento com medicamentos Antirretrovirais, apresentando também os valores de CD4 e Carga viral que motivaram o início da terapia (cópia dos exames). 3. c) Ser brasileiro nato e/ou naturalizado domiciliado no Brasil; ter acompanha- mento de médico brasileiro (CRM local). Com os aspectos da Assistência Farmacêutica no Serviço de Atendimento Especializado - HIV/AIDS, o profissional farmacêutico tem que está preparado para uma forma de assistência de qualidade as pessoas vivendo com HIV/Aids, com a finalidade de prestar assistência clínica, terapêutica, farmacêutica e psicossocial, em nível ambulatorial, fixando o paciente a uma equipe multidisciplinar que o acompanhará ao longo de sua doença. 4.1.6 AULAS PRÁTICAS DE HIV E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE: REALIZAÇÃO DE TESTES SOROLÓGICOS 4.1.6.1 AULA PRÁTICA I: Teste rápido para investigação da infecção pelo HIV por meio do kit ABON HIV Fundamento teórico: Trata-se de um teste rápido contra o Vírus da Imunodeficiência Humana, qualitativo, baseado em membrana de nitrocelulose, para a detecção de anticorpos do HIV 1(IgM e IgG), incluindo grupo M, grupo O e HIV 2 em sangue total, soro ou plasma. A membrana está pré-revestida com antígenos do HIV recombinante nas regiões das linhas de teste, T1 e T2. (Manual do teste) Princípio: O teste rápido ABON HIV, utilizado para investigar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês Human Immunodeficiency Virus), baseia-se na 19 tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral. Este teste permite a detecção de anticorpos específicos para HIV-1, incluindo o grupo O, e HIV-2, em sangue total, soro ou plasma. (Manual do teste) Objetivo: Obter resultados na prática, através de uma ferramenta clara e simples, determinando a presença/ausência de infecção através do teste qualitativo, realizado por meio de amostras sorológicas e do kit. Amostra: Foi fornecido a turma amostras sorológicas positivas e negativas para a realização do teste. Figura 1 - Amostra sorológica HIV/AIDS (P1) Fonte: Foto da prática Materiais utilizados: - Pipeta automática/semiautomática - Azul (10 a 100 microlitros) - Pipeta automática/semiautomática - Vermelha (100 a 1000 microlitros) - Ponteiras - Amarelas (0 a 200 microlitros) - Água destilada - Álcool 70% - Tubos de vidro de Bioquímica - Estante para tubos - Papel tolha - Becker de vidro (400ml) – Solução de hipoclorito 10% (Usado para descontaminar material da prática - Gaze (não estéril) 20 - Coletor de material perfurocortante Figura 2 - Materiais utilizados HIV/AIDS (P1) Fonte: Fotos da prática Reagentes: - Tampão - Dispositivo de teste (Sabonetinho) - Solução de hipoclorito10% Figura 3 – Reagentes HIV/AIDS (P1) Fonte: Manual kit de teste rápido Abon HIV/ Fotos da prática Materiais complementares: - Luva - Touca - Máscara Procedimentos técnicos: 21 1. Antes do início da prática, forrar papel absorvente na superfície que será feito o procedimento e organizar todo material que será utilizado; 2. Se paramentar com os equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, touca e máscara; 3. A prática inicia com a abertura da embalagem do dispositivo de teste; 4. Anotar a identificação da amostra na parte frontal do dispositivo, para que posteriormente possa relacionar o resultado com a amostra; 5. Com a pipeta automática de cor azul calibrada em 50 microlitros, foi feito a coleta da amostra sorológica e em seguida dispensada na região “S” do dispositivo, descartando posteriormente a ponteira amarela utilizada na solução de hipoclorito, localizada no interior do Becker; 6. Adicionar de imediato duas gotas de tampão na mesma região “S”; 7. Cronometrar dez minutos logo em seguida para a leitura de resultados; 8. Passado o tempo cronometrado, foi analisado a eficácia do teste, tendo como referência a linha colorida de controle (C) do dispositivo, estando está visível e confirmando sua eficiência; 9. Na sequência, é observado a presença e/ou ausência de linhas coloridas nas áreas T1 e/ou T2 do teste, sendo considerado REAGENTE o teste que apresentar linhas coloridas em T1 e/ou T2 e NÃO REAGENTE o teste que apresentar linha apenas na área de controle. O resultado será invalido se for constatado a ausência de linha vermelha na região de controle (C), sendo necessário repetir o teste com um novo dispositivo. Figura 4 - Sequência da prática HIV/AIDS (P1) Fonte: Fotos da prática Resultado: A amostra analisada pelo grupo obteve resultado NÃO REAGENTE (negativo). 22 Discussão: - Recomenda-se não ultrapassar os vinte minutos após a adição do tampão para leitura de resultados para que o teste não perca a sua eficácia. - Pacientes em tratamento podem apresentar resultados negativos devido a eficácia do tratamento. - A pipeta azul foi calibrada para 50 microlitros por instrução do professor, porém, deixando claro que essa quantidade é usada na punção capilar. - As amostras de outros grupos apresentaram resultados diferentes, observando-se amostras positivas para HIV 1, HIV 2 e HIV1 e HIV2 simultaneamente. Figura 5 - Resultados do grupo x turma HIV/AIDS (P1) Fonte: Foto da prática 4.1.6.2 AULA PRÁTICA II: Teste rápido para investigação da infecção pelo HIV por meio do TR DPP® HIV 1/2 Bio-Manguinhos com amostra de soro Fundamento teórico: Trata-se de um teste qualitativo, baseado na combinação de antígenos de HIV-1 e HIV-2 ligados a uma membrana (fase sólida), anticorpos específicos e um conjugado de proteína A com partículas de ouro coloidal, que é o revelador do resultado do teste. (Ref.: Manual do teste) Princípio: O teste rápido TR DPP® HIV 1/2 Bio-Manguinhos para amostras de sangue, utilizado para investigação da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês Human Immunodeficiency Virus), baseia-se na tecnologia de imunocromatografia e utiliza plataforma de duplo percurso, que permite detecção de anticorpos específicos para o HIV-1, 23 incluindo o grupo O e HIV-2. Este kit permite a utilização de sangue total, soro, plasma ou fluido oral. (Ref.: Manual do teste) Objetivo: Obter resultados na prática, através de uma ferramenta clara e simples, que determine a presença/ausência de infecção através do teste qualitativo, realizado por meio de amostras sorológicas e do kit DPP. Amostras: Foi fornecido a turma amostras sorológicas positivas e negativas para a realização do teste. Figura 6 - Amostra sorológica HIV/AIDS (P2) Fonte: Foto da prática Materiais utilizados: - Alça coletora (10 microlitros) - Pipeta automática/semiautomática - Azul (10 a 100 microlitros) - Pipeta automática/semiautomática - Vermelha (100 a 1000 microlitros) - Ponteiras - Amarelas (0 a 200 microlitros) - Água destilada - Álcool 70% - Tubos de vidro de Bioquímica - Estante para tubos - Papel tolha - Becker de vidro (400ml) – Solução de hipoclorito 10% (Usado para descontaminar material da prática - Gaze (não estéril) - Coletor de material perfurocortante 24 - Manual de instrução de uso do kit Figura 7 - Materiais utilizados HIV/AIDS (P2) Fonte: Fotos da prática Reagentes: - Tampão - Frasco de eluição - Dispositivo de teste DPP - Solução de hipoclorito 10% Figura 8 - Reagentes HIV/AIDS (P2) Fonte: Foto da prática Materiais complementares: - Luva - Touca - Máscara 25 Procedimentos técnicos: 1. Antes do início da prática, forrar papel absorvente na superfície que será feito o procedimento e organizar todo material que será utilizado; 2. Se paramentar com os EPI, como luvas, toucas e máscara; 3. A prática inicia com a abertura da embalagem do dispositivo de teste DPP e a sua validação, observando a presença de 2 linhas, sendo uma de cor verde e uma de cor azul, nas áreas de teste (T) e de controle (C), encontradas na janela de leitura dos resultados. Não sendo constatado a presença das duas linhas, o mesmo deve ser trocado; 4. Anotar a identificação da amostra no dispositivo e no frasco para a eluição, para relacionar o resultado posteriormente; 5. Coletar 10µl da amostra com a alça coletora e inserido no interior do frasco de eluição, quebrando a alça no ponto de ruptura, recolocando a tampa do frasco e posteriormente homogeneizando-o por dez segundos com movimentos circulares; 6. Em seguida, deve-se desenroscar a tampa do dosador do frasco de eluição e adicionar, com este na vertical, duas gotas da solução no poço 1 (um) do dispositivo de teste e cronometrar cinco minutos, para que as duas linhas (azul e verde) da janela de leitura do dispositivo desapareçam; 7. Passados os cinco minutos e com o frasco na vertical, adicionar quatro gotas do tampão no poço 2 (dois) do dispositivo e aguardar entre 10 e 25 minutos para a leitura do resultado; 8. Passado o tempo cronometrado, analisar a eficácia do teste, tendo como referência a linha colorida de controle (C) do dispositivo na cor roxa/rosa. Estando visível, é confirmado sua eficiência; 9. Na sequência é observado a presença ou ausência de linha roxa/rosa na área de teste (T), sendo considerado REAGENTE o teste que apresentar linhas coloridas em (T) e (C), e NÃO REAGENTE o teste que apresentar linha apenas na área de controle (C). O resultado será inválido se for constatado ausência da linha vermelha na região de controle (C), sendo necessário repetir o teste com um novo dispositivo. 26 Figura 9 - Sequência da prática HIV/AIDS (P2) Fonte: Fotos da prática Resultado: A amostra analisada pelo grupo obteve resultado REAGENTE (positivo). Figura 10 - Resultado TR DPP (P2) Fonte: Foto da prática Discussão: - Diferente do kit de teste da ABON, feito na primeira prática, o dispositivo DPP permite a utilização de fluido oral (saliva). Difere também no dispositivo de teste, composta por duas regiões denominadas poço, sendo um para a amostra e outro para o tampão, e uma janela de leitura de resultados que não especifica o tipo de HIV. - Recomenda-se não ultrapassar os 25 minutos após a adição do tampão para leitura de resultados para que o teste não perca a sua eficácia. - Pacientes em tratamento podem apresentar resultados negativos devido a eficácia do tratamento. - As amostras de outros grupos apresentaram resultados diferentes, observando-se outras amostras positivas e amostras negativas. 27 Figura 11 - Resultados do grupo x turma (P2) Fonte: Fotos da prática 4.1.7 ACOMPANHAMENTO E TRATAMENTO DO PACIENTE HIV POSITIVO DAS GESTANTES E OS PROCEDIMENTOSNA HORA DO PARTO E NA AMAMENTAÇÃO Segundo Brasil (2007) o risco de transmissão por via vertical do HIV ocorre durante o trabalho de parto ou o próprio parto em aproximadamente 65% dos casos, o restante é classificado como transmissão intra-útero ou quando a mulher está próxima das últimas semanas da gestação. A mulher ainda assim, pode infectar o bebê através do leite materno, e esta classificação apesar de ser pequena, é necessário estar atento pois, a cada ano o risco adicional renova-se a cada exposição. A escolha pela via de parto vai depender muito da carga viral da mulher, as gestantes que estiverem com idade gestacional ≥ 34 semanas, e com a carga viral de ≥ 1.000 cópias ou carga viral desconhecida, a recomendação é uma via de parto por operação cirúrgica eletiva (cesárea), para as gestantes com idade gestacional igual ou superior, mas com uma carga viral de < 1.000 cópias/ml ou indetectável opta-se por uma recomendação da médica especialista, o parto por via vaginal não é descartado (BRASIL, 2007). Ainda, reconhece algumas ações para o manejo correto desse parto independente da via, a zidovudina deve ser administrada em duas fases, a dose de ataque a dose de manutenção. A primeira dose é de 2mg/kg na primeira uma hora pós parto, a dose de manutenção é administrada 1mg/kg, por hora de forma continua até o clampeamento do cordão umbilical (BRASIL, 2007) 28 4.2 OUTRAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) - SÍFILIS, 4.2.1 INTRODUÇÃO, CONCEITOS, EPIDEMIOLOGIA E HISTÓRICOS A sífilis é uma doença infectocontagiosa transmitida por via sexual e verticalmente durante a gestação. Caracterizada por períodos de atividade e latência, acometendo os sistemas de forma disseminada e pela evolução para complicações graves em parte dos pacientes que não trataram ou que foram tratados inadequadamente (BRASIL, 2007). De acordo com o MS (2007) a Sífilis tem aumento de mais de 4.000% dos casos no Brasil, pesquisas mostram que o uso dos preservativos sexuais vem caindo ao longo dos anos, especialmente entre os jovens. As consequências da rejeição ao preservativo já são notadas pelas autoridades de saúde brasileiras. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2018, houve um aumento de 4.157% nos casos de sífilis no país. Apenas em 2018, foram registrados mais de 246 mil casos entre sífilis adquirida, em gestantes e congênitas. Em relação às mortes, foram 241 – todas devido à sífilis congênita, que ocorre quando a mãe transmite a doença para a criança durante a gestação. Em comparação com 2017, esses números representam um aumento de 25,7% nos casos em gestantes, 28,3% na adquirida e 5,2% na congênita. Em comparação com 2017, esses números representam um aumento de 25,7% nos casos em gestantes, 28,3% na adquirida e 5,2% na congênita (BRASIL, 2007). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sífilis no mundo diariamente ocorrem 1 milhão de novas infecções em todo o mundo. Os dados são preocupantes já que a presença de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) aumenta em até 18 vezes o risco de um indivíduo ser infectado pelo HIV. Para os especialistas, a queda no uso dos preservativos vem da ausência de campanhas de prevenção aliada a uma geração que não conviveu com o retrato da AIDS da década de 1980 e, por causa disso, subestima o valor da prevenção. Com o objetivo de mudar essa realidade, o Ministério da Saúde lançou uma campanha contra o IST (BRASIL, 2007). 29 4.2.2 AGENTE ETIOLÓGICO; TRANSMISSÃO; PERÍODO DE INCUBAÇÃO A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, gênero Treponema, da família dos Treponemataceae, que inclui ainda dois outros gêneros: Leptospira e Borrelia. O gênero possui quatro espécies patogênicas e pelo menos seis não patogênicas. As patogênicas são o Treponema pallidum subsp pallidum, causador da sífilis, o Treponema carateum, responsável pela pinta, e o Treponema pertenue, agente da bouba ou framboesia. O bejel ou sífilis endêmica é atribuído à variante T. pallidum subsp endemicum (AVELLEIRO; BOTTINO, 2006) O T. pallidum não é cultivável e é patógeno exclusivo do ser humano, apesar de, quando inoculado, causar infecções experimentais em macacos e ratos. É destruído pelo calor e falta de umidade, não resistindo muito tempo fora do seu ambiente (26 horas). Divide-se transversalmente a cada 30 horas (AVELLEIRO; BOTTINO, 2006). A pequena diferença de densidade entre o corpo e a parede do T. pallidum faz com que seja prejudicada sua visualização à luz direta no microscópio. Cora-se fracamente; daí o nome pálido, do latim pallidum. O genoma do T. pallidum subsp pallidum foi recentemente seqüenciado. É um cromossoma circular de 1138006bp (bases de pares) e com 1041ORFs (fase de leitura aberta/open reading frame). É limitada a capacidade de biossíntese, e por isso, prefere locais com baixo teor de oxigênio e apresenta poucos componentes protéicos em sua parede externa (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006). A sífilis é doença transmitida pela via sexual (sífilis adquirida) e verticalmente (sífilis congênita) pela placenta da mãe para o feto. O contato com as lesões contagiantes (cancro duro e lesões secundárias) pelos órgãos genitais é responsável por 95% dos casos de sífilis. Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse epidemiológico são por via indireta 30 (objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão sangüínea. O risco de contágio varia de 10% a 60% (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006). 4.2.3 MECANISMOS FISIOPATOLÓGICO A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação, enquanto a disseminação sistêmica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão. Entretanto, a imunidade humoral não tem capacidade de proteção. A imunidade celular é mais tardia, permitindo ao T. pallidum multiplicar e sobreviver por longos períodos (AVELLEIRO; BOTTINO, 2006). 4.2.4 ASPECTOS CLÍNICOS Sífilis primária - sintomas • Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. • Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Sífilis secundária - sintomas • Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. • Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. • Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. Sífilis latente – fase assintomática - sintomas • Não aparecem sinais ou sintomas. 31 • É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). • A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. Sífilis terciária - sintomas • Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte (BRASIL, 2005). 4.2.5 TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS PADRONIZADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA TRATAMENTO DE DST: INFORMAÇÕES SOBRE POSOLOGIA, TEMPO DE TRATAMENTO E EFEITOS COLATERAIS Segundo o Ministério da Saúde (2005) quando não tratada, a sífilis pode causar um grande comprometimento orgânico, no que é conhecido como sífilis terciária, com desenvolvimentode aortite, aneurismas, paralisia de pares de nervos cranianos, alterações de marcha, demência ou destruição tecidual de pele, mucosas ou ossos. A penicilina é considerada o padrão-ouro de tratamento de sífilis em todas as suas formas e estágios. Para os casos de sífilis primária, secundária ou latente recente, o tratamento preconizado é com penicilina Benzatina 2.400.000 UI, IM, em dose única. Já para os quadros de sífilis latente tardia, terciária ou de duração desconhecida, recomenda-se três doses de penicilina Benzatina na mesma dose, com uma semana de intervalo entre cada dose. Para os casos de comprometimento neurológico, o tratamento deve ser realizado com penicilina cristalina, na dose de 18-24 milhões UI/dia, IV, por 14 dias. Ainda de acordo com o MS o uso de Ceftriaxona na dose de 2 g/dia é a principal opção terapêutica quando penicilina não está disponível ou é contraindicada. Entretanto, para as gestantes, o tratamento somente é considerado adequado quando realizado com penicilina nas doses e intervalos corretos, devidamente documentados (BRASIL, 2005). Ainda segundo o MS o gráfico abaixo mostra a predominância de tratamento por gestante, onde a Penicilina se manteve em primeira opção no tratamento das gestantes. 32 Fonte: Ministério da Saúde/SVS. Brasil, 2021. 4.2.6 AULAS PRÁTICAS DE SÍFILIS E DIAGNÓSTICO: TESTES LABORATORIAIS PARA SÍFILIS (REALIZAÇÃO DE TESTE RÁPIDO - IMUNOCROMATOGRÁFICO) PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE 4.2.6.2 PRÁTICA 2: Teste confirmatório para diagnóstico de Sífilis (Teste rápido – Bioclin) 1 Teste Qualitativo e Semiquantitativo para Triagem do Diagnóstico de Sífilis (Kit Wama). Fundamento teórico: O VDRL da WAMA Diagnóstica é um teste de floculação, não- treponêmico, para diagnóstico da sífilis, através da pesquisa de anticorpos (reaginas) no soro, plasma ou líquido céfalo-raquidiano (LCR), com a grande vantagem sobre o VDRL clássico por consistir em uma suspensão estabilizada e pronta para uso. Princípio: Quando a suspensão antigênica do é misturada com o soro, plasma ou líquido céfalo- raquidiano (LCR) que contenham anticorpos (reaginas), as partículas de antígeno floculam e o resultado da reação é observado ao microscópio. A ausência de floculação indica resultado negativo. 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 200.000 Penicilina Outro Esquema Não realizado Ignorado Casos de gestantes com sífilis segundo esquema de tratamento por ano diagnóstico. Brasil, 2016 - 2019. 2016 2017 2018 2019 https://www.avaeduc.com.br/mod/page/view.php?id=1000804 https://www.avaeduc.com.br/mod/page/view.php?id=1000804 33 Objetivo: Obter resultados na prática através de teste qualitativo e semiquantitativo, que determine a presença/ausência de infecção por meio da observação microscópica e análise de floculação, vista ao microscópio e obtidas por meio de amostras sorológicas e do kit WAMA. Amostras: Foi fornecido ao grupo amostras sorológicas e de plasma, positiva e negativa para a realização do teste. Materiais utilizados: - Placa de Kline - Pipeta automática/semiautomática - Azul (10 a 100 microlitros) - Pipeta automática/semiautomática - Vermelha (100 a 1000 microlitros) - Ponteiras - Amarelas (0 a 200 microlitros) - Soro fisiológico 0,9% - Água destilada - Álcool 70% - Tubos de vidro de Bioquímica - Estante para tubos - Papel tolha - Becker de vidro (400ml) – Solução de hipoclorito 10% (Usado para descontaminar material da prática - Gaze (não estéril) - Coletor de material perfurocortante - Manual de instrução de uso do kit Figura 12 - Materiais utilizados Sífilis/VDRL (P3) Fonte: Foto da prática 34 Reagentes: - Suspensão antigênica - Soro controle positivo - Soro controle negativo - Solução hipoclorito 10% Figura 13 - Reagentes Sífilis/VDRL (P3) Fonte: Fotos da prática Materiais/Instrumentos complementares: - Luva - Touca - Máscara - Microscópio Procedimentos técnicos: A) TESTE QUALITATIVO: Tem como objetivo a triagem e eliminação de amostras negativas. 1. Antes do início da prática, forrar papel absorvente na superfície que será feito o procedimento e organizar todo material que será utilizado; 2. Se paramentar com os EPI, como luvas, touca e máscara; 3. A prática inicia com o posicionamento da placa de Kline na bancada, a graduação da pipeta para 50µl e a inserção da ponteira; 4. Em seguida é selecionado uma das amostras para que seja pipetado 50µl de soro/plasma no primeiro poço da placa de Kline, que será a amostra pura (amostra + reagente); 35 5. Para identificar se há o efeito prozona, é necessário que seja feita uma diluição com 50µl de soro fisiológico a 0,9% nos três poços seguintes, também conhecida como diluição 1:8; 6. Posteriormente é colocado 50µl da amostra no primeiro poço (1:2) de diluição e homogeneizado (7x à 8x). Em seguida é pipetando 50µl dessa diluição e colocado no segundo poço de diluição (1:4), onde é feito o mesmo processo de homogeneização e retirado 50µl deste para ser homogeneizado no terceiro poço de diluição (1:8), descartando os últimos 50µl retirados; 7. Repetir esse mesmo processo com a segunda amostra de soro/plasma; 8. Após finalizar essas etapas (com as duas amostras), pipetar 20µl da suspensão antigênica no primeiro poço da primeira amostra pura e 20µl no último poço de diluição (1:8); 9. Repetir esse mesmo processo com a segunda amostra de soro/plasma; 10. Finalizado todo o processo diluição e adição da suspensão antigênica nas duas amostras soro/plasma, movimentar a placa de Kline em sentido circular durante 4 minutos a 180rpm para que haja a reação de floculação; 11. Imediatamente após os 4 minutos, levar a placa de Kline para observação em microscópio com a lente objetiva 10; 12. A amostra é negativa (NÃO REAGENTE) quando não houver floculação na amostra pura e na amostra diluída a 1:8. Havendo floculação na amostra pura ou na amostra diluída a 1:8, o resultado é positivo (REAGENTE). Havendo um resultado que constate que a amostra pura obtenha resultado negativo e a amostra diluída a 1:8 seja positiva, deve-se identificar o efeito prozona. Após identificar resultado, lavar a placa de Kline com água destilada, álcool 70% e secar com gaze. Resultados do teste Qualitativo: 36 Figura 14 – Resultado Qualitativo (POS) Sífilis/VDRL (P3) Fonte: Fotos da prática Figura 15 - Resultado Qualitativo (NEG) Sífilis/VDRL (P3) Fonte: Fotos da prática B) TESTE SEMIQUANTITATIVO: Tem como objetivo determinar a titulação da amostra REAGENTE. 1. Com a placa de Kline higienizada e enxuta, posicioná-la na bancada para dar continuação ao teste; 2. Inicialmente pipetar 50µl de diluente (soro fisiológico 0,9%) em todos os 12 poços da placa de Kline, para que seja feito o processo de diluição posteriormente; 3. Em seguida, pipetar 50µl da amostra positiva no primeiro poço e homogeneizar no primeiro e nos demais poços, dispensando os últimos 50µl após homogeneizar o último; 4. Após fazer a diluição em todos os poços, pipetar 20µl da suspensão antigênica nos dois primeiros poços, agitar a placa de Kline em sentido circular por 4 minutos a 180rpm e após o término, levar imediatamente para a observação ao microscópio; 5. Deve-se observar a presença ou ausência de floculação em cada poço contendo a suspensão antigênica, devendo ser repetido o mesmo processo nos próximos poços até 37 que seja detectado a ausência de floculação, que será determinante apara estabelecer a titulação da amostra, sendo esta, dada pela última diluição que ainda apresenta presença de agregados. Figura 16 - Sequência da prática Sífilis/VDRL (P3) Fonte: Foto da prática Resultado: A amostra analisada obteve a titulação de 1:16 (REAGENTE 1:16). Figura17 – Resultado: Titulação Sífilis/VDRL 1:16 (P3) Fonte: Fotos da prática 38 Discussão: - A amostra pura (1º poço), é feita apenas com 50µl de soro mais 20µl de reagente - O efeito prozona causa ausência de aglutinação/floculação na amostra pura devido ao excesso de anticorpos na amostra, ocasionando complexos muito pequenos que não produzem aglutinação visível. Essa desproporção de anticorpos, faz com que eles ocupem todos os locais de ligações nas micelas, impedindo a formação dos flocos, resultando em resultado falso- negativo, sendo necessário testar a amostra pura e diluída de 1:8. - O processo de homogeneizar é feito com o uso da pipeta, sendo feito movimentos de pipetagem dentro da mistura de diluição. - A cada pipetagem de amostras diferentes, é feito o descarte da ponteira utilizada por uma nova, para que não haja contaminação. 2 Teste confirmatório para diagnóstico de Sífilis (Teste rápido – Bioclin) Fundamento teórico: Teste imunocromatográfico rápido para determinação qualitativa de anticorpos totais (IgG, IgM e IgA) anti-Treponema pallidum em amostras de soro, plasma ou sangue total. Princípio: O Sífilis Bio é um ensaio imunocromatográfico (teste rápido) para a detecção qualitativa de anticorpos totais (IgG, IgM e IgA) anti-Treponema pallidum em amostras de soro, plasma ou sangue total. Neste kit, antígenos recombinantes de T. pallidum estão imobilizados na região da linha teste. Quando uma amostra é adicionada, esta reage com partículas coradas conjugadas a antígenos de T. pallidum. Este complexo migra ao longo da tira teste e interage com os antígenos imobilizados. Se a amostra apresentar anticorpos anti-Treponema pallidum, uma linha colorida irá aparecer na região teste indicando um resultado reagente. Se a amostra não apresentar anticorpos anti-Treponema pallidum, essa linha não irá aparecer indicando um resultado não reagente. Objetivo: Obter resultados na prática, através de uma ferramenta clara e simples, que confirme a presença de infecção através do teste qualitativo, realizado por meio de amostra sorológica, sangue total e do kit Sífilis Bio – Bioclin. 39 Amostras: Foi fornecido ao grupo amostra sorológica positiva e amostra de sangue total, obtida através de punção digital, para a realização do teste. Figura 18 - Amostras (Sorológica e sangue total) Sífilis Bio (P4) Fonte: Fotos da prática Materiais utilizados: - Lanceta (estéril) - Pipeta/capilar plástica descartável - Pipeta automática/semiautomática - Azul (10 a 100 microlitros) - Pipeta automática/semiautomática - Vermelha (100 a 1000 microlitros) - Ponteiras - Amarelas (0 a 200 microlitros) - Água destilada - Álcool 70% - Tubos de vidro de Bioquímica - Estante para tubos - Papel tolha - Becker de vidro (400ml) – Solução de hipoclorito 10% (Usado para descontaminar material da prática - Gaze (não estéril) - Coletor de material perfurocortante - Manual de instrução de uso do kit 40 Figura 19 - Materiais utilizados Sífilis Bio (P4) Fonte: Foto da prática Reagentes: - Dispositivo de teste - Solução tampão - Solução hipoclorito 10% Figura 20 - Reagentes Sífilis Bio (P4) Fonte: Foto da prática Materiais/Instrumentos complementares: - Luva - Touca - Máscara Procedimentos técnicos (Sangue total): 1. Antes do início da prática, forrar papel absorvente na superfície que será feito o procedimento e organizar todo material que será utilizado; 41 2. Se paramentar com equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, touca e máscara; 3. A prática inicia com a abertura da embalagem do dispositivo de teste e a sua identificação, sendo colocada na superfície plana da bancada; 4. Para o teste com sangue total, é necessário o uso da técnica de punção digital/capilar para obtenção do sangue; 5. A coleta se dá a partir de uma punção, onde será aspirado de 10 a 20µl do sangue através da pipeta/capilar plástica, dispensando o sangue coletado no poço de amostra (menor) do dispositivo de teste; 6. Imediatamente após a dispensação do sangue no poço menor, deve-se aplicar duas gotas da solução tampão no poço de diluente (maior); 7. É necessário cronometrar o tempo após colocar a solução tampão, devendo o resultado ser interpretado entre 15 e 30 minutos, no máximo; 8. Passado o tempo cronometrado, analisar a eficácia do teste, tendo como referência a linha colorida de controle (C) do dispositivo. Estando visível, é confirmado sua eficiência; 9. É considerado REAGENTE o teste que apresentar duas linhas vermelhas, nas regiões controle (C) e teste (T) e NÃO REAGENTE o teste que apresentar linha vermelha apenas na região de controle (C). O resultado será inválido se for constatado ausência de linha vermelha na região de controle (C), sendo necessário repetir o teste com um novo dispositivo. Figura 21 - Sequência da prática com Sangue total - Sífilis Bio (P4) Fonte: Foto da prática Resultado: A amostra de sangue total analisada pelo grupo obteve resultado NÃO REAGENTE (negativo). 42 Figura 22 – Resultado com sangue total Sífilis Bio (P4) Fonte: Foto da prática Procedimentos técnicos (Amostra sorológica): 1. Para o teste com amostra de soro, é necessário o uso da pipeta automática, regulada para 10µl; 2. Após posicionar e identificar o dispositivo de teste, transferir 10µl da amostra - com o auxílio da pipeta - para o poço menor, aplicando de imediato 2 gotas da solução tampão no poço maior; 3. Posteriormente, segue a mesma sequência do procedimento da amostra de sangue total, cronometrando e esperando o tempo de reação entre 15 e 30 minutos, no máximo; 4. Segue-se o mesmo critério para a leitura do resultado, sendo a linha de controle (C) necessária para a validar o teste e a linha (T) para determinar se a amostra é REAGENTE ou NÃO REAGENTE. Figura 23 - Sequência da prática com Soro Sífilis Bio (P4) Fonte: Fotos da prática 43 Resultado: A amostra sorológica analisada pelo grupo obteve resultado REAGENTE (positivo). Figura 24 - Resultado sorológico Sífilis Bio (P4) Fonte: Foto da prática Discussão: - Antes de iniciar a punção digital/capilar, deve-se fazer a higienização da mão e antissepsia da ponta do dedo com álcool 70%. - O dispositivo de teste, a pipeta plástica e a lanceta são descartáveis e não podem ser reutilizados. 4.3 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) - HEPATITE B 4.3.1 INTRODUÇÃO, CONCEITOS, EPIDEMIOLOGIA E HISTÓRICOS É a inflamação no fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como também por doenças autoimunes metabólicas e genéticas. Em alguns casos são por doenças silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas. As hepatites virais são causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição universal, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista clínico- laboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas e quanto à sua evolução (BRASIL, 2015). Existem métodos mais complexos de vigilância epidemiológica para a sua prevenção, além de uma estatística geral da população, os indivíduos que constituem grupos de risco devem 44 ser avaliados também. A prevenção se dar por meio de vacinas, em cada criança é dada em quatros doses, sendo ao nascer, dois meses, quatro meses e seis meses. Para os adultos que nunca se vacinaram quando criança, serão três doses dependendo de cada situação. A hepatite B tem tratamento e pode ser controlada, evitando que se torne uma cirrose ou câncer (BRASIL, 2015). A epidemiologia da hepatite B não é homogênea no cenário nacional (LOPES; SCHINORI, 2011). Essa infecção apresenta uma concentração dos casos na região Amazônica, e em alguns pontos da região Sul. Além disso, alguns grupos são consideradosmais vulneráveis à infecção pelo aumento de sua exposição ao vírus, a saber: trabalhadores do sexo, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua (BRASIL, 2015). No período de 1999 a 2018, foram notificados 233.027 casos confirmados de hepatite B no Brasil, período com poucas variações na taxa de detecção, atingindo 6,7 casos para cada 100 mil habitantes no país em 2018. As taxas de detecção das regiões Sul e Norte têm se mostrado superiores à taxa nacional (BRASIL, 2019). 4.3.2 AGENTE ETIOLÓGICO; TRANSMISSÃO; PERÍODO DE INCUBAÇÃO A hepatite viral B é causada por um vírus pertencente à família Hepadnaviridae, o vírus da hepatite B (HBV). É um DNA-vírus envelopado, com fita de DNA dupla incompleta e replicação do genoma viral por enzima transcriptase reversa (BRASIL, 2016). O HBV pode sobreviver por períodos prolongados fora do corpo (BOND et al., 1981), e tem maior potencial de infecção que os vírus da hepatite C (HCV) e da imunodeficiência humana (HIV), em indivíduos suscetíveis. As principais formas de transmissão são: • Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto; 45 • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos); • Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de continuidade); • Transfusão de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 1993). • Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada; • Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança; • Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) (BRASIL, 2016). A doença da hepatite B, tem um período que seu vírus fica incubado, assim, tendo um intervalo entre a exposição efetiva do hospedeiro suscetível ao vírus. Podemos observar no quadro abaixo: Agente Etiológico Genoma Modo de transmissão Período de incubação Período de transmissibilidade HAV RNA Fecal-oral 15-45 dias (média de 30 dias) Desde duas semanas antes do início dos sintomas até́ o final da segunda semana da doença HBV DNA Sexual, parenteral, percutânea, vertical 30-180 dias (média de 60 a 90 dias) Duas a três semanas antes dos primeiros sintomas, se mantendo durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir o HBV durante anos HCV RNA Parenteral, percutânea, vertical, sexual 15-150 dias Uma semana antes do início dos sintomas e mantem-se enquanto o paciente apresentar HCV-RNA detectável 46 HDV RNA Sexual, parenteral, percutânea, vertical 30-180 dias. Este período é menor na superinfecção Uma semana antes do início dos sintomas da infecção conjunta (HBV e HDV). Na superinfecção não se conhece este período HEV RNA Fecal-oral 14-60 dias (média de 42 dias) Duas semanas antes do início dos sintomas até́ o final da segunda semana da doença. Fonte: BRASIL, 2007. 4.3.3 MECANISMOS FISIOPATOLÓGICO O vírus da hepatite B é um vírus de DNA não citopático que precisa se estabelecer no tecido hepático para completar seu ciclo de vida. A partir daí, a força da resposta imune determinará a gravidade da doença. Por ser um vírus não citopático, ele produz uma resposta imune, produzindo citocinas e interleucinas, como o interferon-γ e o fator de necrose tumoral. Nesse caso, a chuva de citocinas inflamatórias causará danos ao fígado e manifestações extra- hepáticas. O HBV possui três tipos de partículas não infecciosas, cada uma das quais representa um antígeno diferente, como HBsAg, HBcAg e HBeAg. O HBsAg é uma partícula de superfície que induz a formação de anticorpos anti-HBs e se localiza na superfície, enquanto o HBcAg tem localização nuclear. Por outro lado, o HBeAg é excretado pelos hepatócitos infectados e está relacionado à replicação viral e à indução da formação de anticorpos anti-HBe (BRASIL, 2007). 4.3.4 ASPECTOS CLÍNICOS A narrativa da infecção é apontada por progressão emudecida, onde normalmente com a análise após décadas da infecção. Os sinais e sintomas, quando existentes, são normais às outras doenças crônicas do fígado e habituam costumam mostrar-se somente em etapas mais progressistas da doença, na forma de fadiga, vertigem, mal-estar e/ou ânsias de vômitos, hipertermia e dor abdominal. Acontece da pele e olhos ficarem amarelados, é notório em menos de um terço dos pacientes com hepatite B (BRASIL, 2016) 47 4.3.5 TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS PADRONIZADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA TRATAMENTO DE DST: INFORMAÇÕES SOBRE POSOLOGIA, TEMPO DE TRATAMENTO E EFEITOS COLATERAIS O Ministério da Saúde através do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapeuticas para Hepatite B e Coinfecções (2017) descreve os seguintes esquemas para tratamento da Hepatite B, dentre eles destaco a Alfapeguinterferona 2a 40 KDa de 180mcg, por semana, via subcutânea, a Alfapeguinterferona 2b 12 KDa de 1,5mcg, por kg, por semana, via subcutânea, o Entecavir de 0,5mg, administrado em duas versão, uma com 0,5mg e a outra de 1,0mg, sendo administrado por dia, e por via oral, e por último o Tenofovir de 300mg, via oral, dose diária (BRASIL, 2017). O Ministério da Saúde ainda esclarece por meio do mesmo documento que o tratamento por Entecavir pode apresentar efeitos de coadministração, por ser um fármaco excretados pelos rins, afetando principalmente a função renal e o Tenovofir possuem um risco para eventos adversos, sobre a Alfapeguinterferona não foi observado interações medicamentosas. A descrição do tratamento será apresentada na Tabela 1 abaixo: Tabela 1 – descrição dos medicamentos da Hepatite B, segundo Brasil, 2017. MEDICAMENTO DESCRIÇÃO Tenofovir Primeira linha, potência de supressão viral elevada, alta barreira genética de resistência contra as mutações dos vírus, bem tolerado, é contraindicado em pacientes com doença renal crônica, osteoporose e doenças que afetem o metabolismo ósseo, além de pacientes portadores de HIV em TARV. Entecavir Usado para o usuário que tem contraindicação ao Tenofovir, ou seja, pacientes que apresentaram alterações da função renal, medicamento também de primeira linha. Contudo, apresenta eficácia diminuída as mutações. 48 Alfapeguinterferona Fármaco pertencente a um grupo de proteínas e glicoproteínas com atividade antiviral, antiproliferativa e imunomoduladora, indicada para tratamento alternativo de 48 semanas, ciclo de tratamento com este medicamento de apenas uma única vez, contraindicado o paciente ingerir álcool, drogas, ser portador de cardiopatias graves, disfunção da tireoide e distúrbios psiquiátricos não tratados. Além de ser contraindicado para gestantes. Fonte: Ministério da Saúde. Brasil, 2017. 4.3.6 AULAS PRÁTICAS DE HEPATITE B E DIAGNÓSTICO: TESTES LABORATORIAIS PARA HEPATITE B (REALIZAÇÃO DE TESTE RÁPIDO - IMUNOCROMATOGRÁFICO) PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE 4.3.6.1 AULA PRÁTICA: Teste qualitativo para diagnóstico de Hepatite B - Blioclin HBsAg Fundamento teórico: Teste imunocromatográfico rápido para determinação qualitativa de antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg / subtipos ad e ay) em amostras de soro, plasma ou sangue total. Princípio: O kit HBsAg é um teste imunocromatográfico que contém conjugado IgG (anti HBs) - ouro coloidal que se liga ao HBsAg presente na amostra e forma um complexo antígeno / anticorpo / ouro coloidal. O complexo migra através da membrana por ação da capilaridade em direção aos anticorpos anti-HBsAg na região teste (T). Ao se ligar aos anticorpos presentes na região teste, ocorre o aparecimento