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Física das Radiações Raio - X Introdução • 1890- Muitos cientistas estavam pesquisando a natureza dos raios catódicos emitidos por tudo de vidro evacuado. • Tubo ou Ampola de Crookes William Crookes 1832-1919 Tubo de Crookes • São emanações que partiam do cátodo até ânodo e se propagavam em linha reta. • Aplicação de um campo eletromagnético faz defletir os raios. Tubo de Crookes • Philipp Lenard modificou o tubo de crookes. • Colocação de uma janela de aluminio para ver se os raios catódicos saíam por esta janela. • Usou um anteparo fluorescente e verificou que até uma distância de 8 cm, ele detectava luminescência. Philipp Lenard 1862-1947 NOBEL PRIZE Tubo de Crookes • Em 8 de Novembro de 1895. Refez o experimento do Tubo de Crookes. • Embrulhou o tubo com papel preto por causa da luminescência ser muito forte e iria atrapalhar a visão do anteparo com platino cianeto de bário (fraca luminescência). • Afastou o anteparo até 2m. Wilhelm Conrad Röntgen 1845-1923 NOBEL PRIZE Tubo de Crookes • Ligou e desligou o tubo. Toda vez que desligava o tubo a luminescência desaparecia. • 7 Semanas no Laboratório..... • Os novos raios eram mais penetrantes que os catódicos e não sofriam deflexão com a ação de campo magnético. Wilhelm Conrad Röntgen 1845-1923 NOBEL PRIZE Descoberta • Concluiu que os raios eram parcialmente “parados” pelos ossos, da mesma forma que por uma placa de vidro com átomos de chumbo. Raios-X Ana Bertha (esposa de Röntgen) 15 minutos de exposição 22 de Dezembro de 1895 Raios-X Artigo foi aceito para publicação no dia 28/12/1895. O Artigo foi enviado para a revista um dia após o Natal. Podoscópio Abreugrafia Raio-X • Em 1912 a natureza dos Raios- X foi firmemente estabelecida como sendo uma onda eletromagnética de comprimento de onda muito menor que o da luz. • Em 1920, com a teoria da dualidade onda-partícula, é que ficou estabelecido que a luz e os raios-x apresentam caráter dual, e foi dado o nome de fóton à partícula associada à onda eletromagnética. • Nesta mesma época que se descobriu os raios γ Max von Laue 1879-1960 NOBEL PRIZE Esquema de um emissor de raio-X • Filamento aquecido emite elétrons (efeito termoiônico); • Elétrons são acelerados pela diferença de potêncial V entre eletrodos; • Alvo é feito com metal de alto ponto de fusão (tungstênio ou molibdênio) Raio-X • Componentes básicos de um sistema de raio-x podem ser encontrados em TV; • Numa TV P&B os raios-x são de baixa energia e os mesmos são absorvidos pela tubo de imagem. (27KV) • No final da década de 70 nos Estados Unidos foi detectado uma quantidade considerável de raio-x proveniente de TV a cores defeituosos, esses raios- x passavam pelo tubo de imagem. Classificação dos feixes de raios-X segundo a tensão de aceleração dos elétrons que os produzem Classificação Voltagem Baixa energia ou raio-X mole 0,1 – 20Kv Diagnóstico 20 – 120Kv Ortovoltagem 120 – 300Kv Energia Intermediária 300 – 1000Kv Megavoltagem > 1MV Produção de Raios-X • Alvo de Tungstênio (PF 3695K) • Alvo de Molibdênio(PF 2896K) • Necessidade de resfriamento • São dois os processos fundamentais de produção de raios-X: Raio-X de freamento e Raio-X característico. Radiação de Freamento Bremsstrahlung • Somente uma fração muito pequena dos elétrons se aproximam do núcleo • Os elétrons podem perder toda energia ou parte dela ao se aproximar do núcleo e emitem um fóton de raio-x. Radiação de Freamento Bremsstrahlung • Os raios-x podem ter qualquer energia, que depende do grau de aproximação com núcleo e com a energia cinética que possui. • O espectro do raio-x é contínuo, ou seja, os fótons de raio-x produzidos podem ter qualquer energia, desde valores próximos de zero até um valor máximo Emax. Lei de Duane e Hunt λν min )( hcheVelétronK máxmáxdofótonE ==== Independe do material Quanto maior a voltagem aplicada, Maior será a eficiência. EXERCÍCIO 1 Raios-X Característicos • Assinatura do Material • Espectro discreto Charles Glover Barkla 1877-1944 NOBEL PRIZE Ca K N M L Kβ (4.01 keV) Kα (3.69 keV) Raios-X Característicos • Para o Tungstênio e Molibdênio, as energias totais dos elétrons da camada K são, respectivamente, - 69,5KeV e -20,0KeV, e da camada L, de - 12,1KeV e -2,87KeV. EEE KLxraiofóton −=− )( EXERCÍCIO 2 Aplicação do Raio-X Característico • Pixe (Particle Induced X- ray Emission) é uma poderosa técnica não destrutiva de análise elementar utilizada nos mais variados ramos de pesquisa. • Entre suas inúmeras aplicações, é muito utilizada por geólogos, arqueólogos, conservatórios, museus e outros para responder questões a respeito da proveniência, datação e autenticidade de peças e obras de arte. Aplicação do Raio-X Característico • Vantagens desta técnica: – alta sensibilidade – análise multi-elementar – não destrutivo – medidas à pressão atmosférica – é rápido Aplicação do Raio-X Característico • Preparação das amostras: – Devem estar em estado sólido; – A superfície deve ser o mais lisa possível; – Supõem-se que o que será estudado está uniformemente distribuído na amostra, não formando grãos ou aglomerados em determinadas regiões; – Ao preparar as amostras, não contaminar a superfície. Ou seja, não deixar cair no chão, não tocar com os dedos, ... Caso isso ocorra, o que você estará enxergando pode ser a sujeira da sala e não os metais da sua amostra. Aplicação do Raio-X Característico Filmes Finos • Espessura ~ Angstrons • O feixe de prótons atravessa a amostra mas não perde toda sua energia devido à espessura do filme. • Exemplo: amostras filtradas, metais evaporados sobre uma superfície, deposição de substâncias sobre outro material, ... Alvos Grossos • Geralmente são auto- sustentáveis. • O feixe de próton perde toda sua energia na amostra. • É importante conhecer a composição da amostra para determinar a concentração dos metais nela presentes. • Exemplo: amostras de pó transformadas em pastilhas,... Feixe amostra (Ca) Detector Raio-X Eletrônica contagens canal Kα Kβ PIXE 0 2 4 6 8 10 12 14 1 10 100 1000 10000 Brα RbαZnβ Znα Cuα Coβ Coα + Feβ Feα + Mnβ Mnα Tiα Caβ Caα Kα Clα Sα Erva Mate "A" co nt ag en s / µ C Energia (KeV) natural após chimarrão Atenuação dos Raios-X • O uso de raio-x para radiografiar a parte interna dos corpos se baseia na absorção diferenciada de seus fótons por diferentes tecidos do corpo. • Elementos com alto número atômico como cálcio(Z=20), bário (Z=56) e iodo (Z=53) são melhores absorvedores do que hidrogênio (Z=1), carbono(Z=6) e oxigênio (Z=8); Atenuação dos Raios-X • Gordura, sangue e tumores absorvem raio-x de forma parecida. • No caso de tumor é necessário usar uma substância para obter contraste na imagem. • Abdômem: compostos de bário absorvem mais raio-x que estômago e intestino. • Fluxo sanguinêo: utilização de composto de iodo. • Tórax: Gases (ar) Atenuação de um feixe de radiação monoenergética • Os raios-X e os raios gama, por serem uma onda eletromagnética com caráter dual onda- partícula, obedecem à mesmaregra quanto à atenuação quando atravessam um dado meio. • A atenuação se refere somente à diminuição do número de fótons e, portanto, estamos tratando o feixe só em termos de quantidade. Atenuação de um feixe de radiação monoenergética xeII µ−= 0 xeNN µ−= 0 Intensidade do feixe Número de fótons Coeficiente de atenuação linear espessura Atenuação de um feixe de radiação monoenergética x I0 I Atenuação de um feixe de radiação monoenergética X=X1/2 I0 I=I0/2 Camada Semirredutora (CSR) Coeficiente de atenuação linear e CSR de chumbo e alumínio para fótons emitidos pelo 60Co e 137Cs Radioisótopo Energia (MeV) Material µ (cm-1) X1/2 (cm) 60Co 1.25 Pb 0.66 1.05 60Co 1.25 Al 0.15 4.62 137Cs 0.66 Pb 1.23 0.59 137Cs 0.66 Al 0.20 3.46 Coeficientes de Atenuação Linear µ (cm-1) em função da energia do fóton, para alguns materiais Energia Água Ar Concreto Alumínio Chumbo 100KeV 0.170 1.86 x 10-4 0.412 0.459 62.98 500KeV 0.097 1.05 x 10-4 0.211 0.228 1.83 1000KeV 0.071 7.65 x 10-4 0.154 0.166 0.81 1500KeV 0.057 6.23 x 10-4 0.125 0.135 0.59 Física das Radiações Slide Number 2 Introdução Tubo de Crookes Tubo de Crookes Tubo de Crookes Tubo de Crookes Descoberta Raios-X Raios-X Slide Number 11 Podoscópio Abreugrafia Raio-X Esquema de um emissor de raio-X Raio-X Classificação dos feixes de raios-X segundo a tensão de aceleração dos elétrons que os produzem Produção de Raios-X Radiação de Freamento�Bremsstrahlung Radiação de Freamento�Bremsstrahlung Lei de Duane e Hunt Exercício 1 Raios-X Característicos Slide Number 24 Raios-X Característicos Exercício 2 Aplicação do Raio-X Característico Aplicação do Raio-X Característico Aplicação do Raio-X Característico Aplicação do Raio-X Característico Slide Number 31 Slide Number 32 Atenuação dos Raios-X Atenuação dos Raios-X Atenuação de um feixe de radiação monoenergética Atenuação de um feixe de radiação monoenergética Atenuação de um feixe de radiação monoenergética Atenuação de um feixe de radiação monoenergética Coeficiente de atenuação linear e CSR de chumbo e alumínio para fótons emitidos pelo 60Co e 137Cs Coeficientes de Atenuação Linear m (cm-1) em função da energia do fóton, para alguns materiais Slide Number 41
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