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HEPATITES VIRAIS L U A N A L E T Í C I A A LV E S D U T R A INTRODUÇÃO • O fígado exerce o crítico trabalho de manter a homeostasia metabólica do corpo. • Processamento de aminoácidos, carboidratos, lipídios e vitaminas da dieta. • Síntese de muitas proteínas plasmáticas. • Detoxificação e excreção de produtos de eliminação endógenos e xenobióticos. • Possui enorme reserva funcional e a regeneração sempre ocorre. INTRODUÇÃO • São caracterizadas por uma inflamação nas células hepáticas. • Pode estar relacionada a diversas causas - uso de medicamentos, intoxicação por defensivos agrícolas, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e contaminação por agentes infecciosos. • Hepatotropismo. • Bilhões de pessoas já tiveram contado com vírus das hepatites e milhões são portadores crônicos. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA • Grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil. • A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. • Hepatites A e E: relacionadas com o nível sócio-econômico da população, existindo variações regionais de endemicidade de acordo com o grau de saneamento básico, de educação sanitária e das condições de higiene da população. • Hepatites B, C e D: relacionadas com transfusões sanguíneas, uso de drogas injetáveis, consultórios, via sexual. EPIDEMIOLOGIA De 1999 a 2016, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 561.058 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 162.847 (29,0%) são referentes aos casos de hepatite A, 212.031 (37,8%) de hepatite B, 182.389 (32,5%) de hepatite C e 3.791 (0,7%) de hepatite D. A região Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,8%). Na região Sudeste concentram-se as maiores proporções dos vírus B e C, com 35,4% e 62,2%, respectivamente. Por sua vez, a região Norte acumula 76,8% do total de casos de hepatite D. EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA De 2000 a 2015, foram identificados, no Brasil, pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 61.297 óbitos associados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,7% foram associados à hepatite viral A; 21,6% à hepatite B; 75,6% à hepatite C e 1,1% à hepatite D. EPUDEMIOLOGIA INTRODUÇÃO • Hepatites Virais • Hepatite por protozoários • Hepatite por bactérias • Hepatite por drogas • Hepatite por fungos • Hepatites auto-imunes • Hepatites por Vírus Hepatotrópicos INTRODUÇÃO • Imunidade aos vírus – Microrganismos intracelulares obrigatórios. – Após entrarem nas células podem causar lesão. – Imunidade Inata (IFN tipo I e morte de células infectadas por NK). – Imunidade Adquirida (Anticorpos e CTLs). Imunidade mediada por células Inflamação: predominantemente mononuclear INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO • A resposta celular contra o VHB é mediada por linfócitos T, que são responsáveis pela lesão hepática tanto na fase aguda como na fase crônica da doença. • A diminuição da replicação viral é observada com o aumento proporcional das transaminases, que é indicativa de injúria hepática mediada por LT. • A persistência dos vírus pode estimular continuamente os LT. • Os pacientes cronicamente infectados geralmente apresentam um defeito na resposta específica dos LT. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO • Assintomática.Fase Incubação • Anorexia, mal estar, vômitos, desconforto abdominal, com ou sem febre.Fase Prodrômica ou Pré-ictérica: • Colúria (bilirrubina conjugada na urina), icterícia, acolia (ausência de estercobilina nas fezes).Fase Ictérica: • Quando evolui para cura.Fase de Convalescença: • Fadiga, mal-estar, artralgias, anorexia, perda de peso.Fase crônica (sintomas): • Persistência de alteração das aminotransferases e de marcadores virais por mais de 6 meses. Há risco de cirrose e de hepatocarcinoma.Fase Crônica ativa: • Persistência dos marcadores virais e enzimas normais.Estado de portador: INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO HEPATITE A • Doença benigna e autolimitada, • Familia Picornavírus, enterovírus, RNA monofilamentar, sem cápsula; • Alta prevalência de infecção em países emergentes; • Acomete principalmente crianças na faixa etária de 5 a 9 anos; • Não ocorre cronificação; • Transmissão: oro/fecal – água e alimentos contaminados. HEPATITE A HEPATITE A • O vírus pode ser encontrado nas fezes por 4 semanas após a infecção; • Vírus sobrevive 12 semanas a 10 meses em água; • Período de incubação: 2 a 5 semanas (~ 28 dias); • Marcadores sorológicos: IgM anti-VHA (aguda), IgG anti-VHA. HEPATITE A • Ele atinge o fígado pelo trato intestinal, • Replica-se em hepatócitos e é disseminado na bile e nas fezes. • O vírus em si não parece ser tóxico aos hepatócitos, • A lesão hepática parece ser resultado de um dano mediado por células T aos hepatócitos infectados. • Uma vez que a viremia do HAV é transitória, a transmissão de HAV por via sanguínea ocorre apenas raramente. HEPATITE A Não há testes de rotina disponíveis para IgG anti-HAV; desse modo, a presença desse anticorpo é inferida a partir da diferença entre anticorpos total e o IgM-HAV. HEPATITE A • A infecção com o HAV pode resultar em infecção assintomática, infecção sintomática anictérica ou em infecção sintomática ictérica. • Anictérica: – Diarréia, dor abdominal, esplenomegalia, fadiga, febre, hepatomegalia, mal-estar, mialgia, náuseas e vômitos. • Ictérica: – Pele e olhos amarelados, colúria e acolia. HEPATITE A Diagnóstico Inespecífico: • ALT, AST, GGT e FA Diagnóstico específico: • Anti-HVA e vírus nas fezes. HEPATITE A HEPATITE A • Medidas de prevenção e controle: – Cuidados de higiene; – Imunização passiva com soro contendo imunoglobulinas para pessoas em áreas de risco de infecção após a exposição ao vírus; – Administração de vacina de vírus inativado, dada tanto antes quanto logo após a exposição. • Terapia – Não há. HEPATITE B • Cerca de 350 milhões de pessoas, ou seja, 5% da população do planeta, são portadores dessa virose. • A maioria dos indivíduos infectados concentra-se em determinadas áreas geográficas, tais como, o Sudeste Asiático, a África Central e a região Amazônica. • Um elevado percentual das pessoas que portam cronicamente esse patógeno não apresentam doença hepática ativa, mas a infecção persistente pode resultar também em cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular. HEPATITE B • Família Hepadnavirus, possui DNA circular de dupla fita. • HVB > 10x mais infectante que HVC> 10x mais infectante que HIV. • Cronificação: 5-10% dos pacientes adultos; 30-50% de crianças abaixo de 6 anos; 80-90% das crianças abaixo de 1 ano. • Período de incubação: 4 a 26 semanas. • Marcadores sorológicos: HBsAg, HBeAg, anti-HBc, anti-Hbe, anti-HBs. • Importante precursor para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular HEPATITE B Transmissão vertical Transmissão horizontal A maioria das infecções em adultos é controlada, mas a transmissão vertical produz grande taxa de infecção persistente em crianças que não conseguem facilmente controlar a infecção. HEPATITE B A infecção em crianças, por sua elevada taxa de evolução para cronicidade, é o principal fator de persistência do VHB na população geral. HEPATITE B HEPATITE B O vírus da hepatite B pode produzir: • Hepatite aguda com resolução e desaparecimento do vírus • Hepatite fulminante com necrose hepática maciça • Hepatite crônica não progressiva • Hepatite crônica progressiva, em alguns casos culminando em cirrose • Estado de portador assintomáticoHEPATITE B HEPATITE B • Antígeno central da hepatite B (HBcAg) • Proteína pré-core designada antígeno “e” da hepatite (HBeAg) • Antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) • DNA HEPATITE B • aparece antes do surgimento dos sintomas, tem um pico durante a doença e declina para níveis indetectáveis em 3-6 meses. HBsAg • aparecem no soro logo após o HBsAg e todos significam replicação viral ativa. HBeAg, HBV-DNA e a DNA polimerase • se torna rapidamente detectável no soro antes do surgimento dos sintomas, concomitantemente ao início da elevação das aminotransferases séricas. No decorrer dos meses, o anticorpo IgM anti-HBc é substituído pelo IgG anti-HBc. Anti-HBc (IgM) • não se eleva até que a doença aguda tenha surgido e, geralmente, não é detectável durante poucas semanas a muitos meses após o desaparecimento do HBsAg. Anti-HBs HEPATITE B HEPATITE B HEPATITE B HEPATITE B HEPATITE B Situação da infecção Marcadores sorológicos Infecção aguda HBsAg/ Anti-HBc IgM e Anti-HBc total: positivos (HBeAg ou Anti-Hbe positivo) Infecção crônica HBsAg/ Anti-HBc total: positivos (HBeAg ou Anti-Hbe positivo) Anti-HBs (negativo) Imunidade Anti-HBs/ Anti-HBc total: positivos após infecção Anti-HBs positivo isolado: após vacina HEPATITE B HEPATITE B • A imunidade inata protege o hospedeiro durante as fases iniciais da infecção, e uma forte resposta contra o vírus por células CD4+ e CD8+ produtoras de interferon g está associada com a resolução da infecção aguda. • As evidências atuais sugerem que o HBV não causa hepatotoxicidade direta e que o dano aos hepatócitos resulta da morte de células infectadas com o vírus pelas células T citotóxicas CD8+. HEPATITE B • Medidas de prevenção: – Vacinação e triagem de doadores de sangue, órgãos e tecidos. • Tratamento – Para pacientes com desenvolvimento de infecção crônica ativa –(IFN-tipo I e lamivudina) HEPATITE C • A hepatite C compete com a doença hepática alcoólica como a maior causa de doença crônica do fígado, podendo ser a vencedora em várias áreas geográficas. • Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, sendo relevante o número de pessoas que desconhece o fato de albergar o vírus. • As altas porcentagens de cronicidade da doença, seu potencial evolutivo para cirrose e hepatocarcinoma, assim como o fato de ser a mais frequente etiologia diagnosticada em casos de transplante hepático, fazem com que constitua grave problema de saúde pública. HEPATITE C • RNA de fita simples, família Flavivirus, possui 6 genótipos com diferente distribuição geográfica • Até a década de 80-90: Responsável pelo maior número de casos de reação pós-transfusional. • A maioria das pessoas infectadas podem permanecer assintomáticas. • Período de incubação pode ser curto (2-5 semanas) ou longo (7-12 semanas a 6 m ou mais) • A infecção por HCV pode produzir: – Hepatite Crônica (85%) – Cirrose (20%) – Risco de carcinoma hepatocelular HEPATITE C • Principal causa de doença hepática. • Alta taxa de morte devido ao grande período silencioso entre a infecção aguda e a insuficiência hepática. • A infecção pelo HCV possui taxa de progressão para doença crônica e eventual cirrose muito mais elevada do que a infecção por HBV. A hepatite C aguda é assintomática em 75% das pessoas afetadas e pode não ser percebida. HEPATITE C HEPATITE C Vias de Transmissão • Transfusão sanguínea • Material perfuro-cortante contaminado (risco de 20 a 40 x maior de adquirir HVC do que HIV- profissionais da saúde) • Usuários de drogas • Transmissão sexual (menos comum, multi-parceiros) • Transmissão vertical (5% mães com carga viral elevada, 4 x maior risco na co-infecção com HIV) • Outros (piercing, tatuagem, material compartilhado) HEPATITE C HEPATITE C • A qualidade da resposta imunológica célula-mediada parece ser crucial para a eliminação ou persistência doVHC. • Os linfócitos TCD4, como se sabe, apresentam respostas distintas Th1 e Th2. Enquanto as células Th1 secretam interleucina 2 e interferon gama estimulando a resposta anti-viral do hospedeiro, as células Th2 produzem interleucinas 4 e 10, que estimulam a formação de anticorpos e inibem a resposta Th1. • O desequilíbrio entre as respostas Th1 e Th2 seria responsável tanto pela incapacidade de eliminação doVHC como pela maior ou menor gravidade da lesão hepática. HEPATITE C O processo inflamatório contínuo e ineficiente, em termos de eliminação total dos vírus, constitui o principal responsável pela fibrogênese. HEPATITE C HEPATITE C HEPATITE C HEPATITE C • O RNA do HCV pode começar a ser detectado no sangue, no intervalo de dias a oito semanas. • As elevações de aminotransferases séricas ocorrem em 2-12 semanas. • Apesar de os anticorpos neutralizantes anti-HCV se desenvolverem no intervalo de semanas a poucos meses, eles não conferem imunidade eficiente. • Respostas imunes fortes, envolvendo células CD4+ e CD8+ , estão associadas a infecções autolimitadas pelo HCV, mas não se sabe por que apenas uma minoria de pessoas é capaz de se curar da infecção. HEPATITE C • A infecção persistente é a característica diferencial da infecção por HCV, ocorrendo em 80-85% dos pacientes com doença aguda subclínica ou assintomática. • A cirrose se desenvolve em 20% das pessoas persistentemente infectadas: ela pode estar presente no momento do diagnóstico ou levar 20 anos para se desenvolver. • Alternativamente, os pacientes podem ter infecção crônica por HCV por décadas sem progredir para cirrose.A hepatite fulminante é rara. • A hepatite C confere um risco elevado para o carcinoma hepatocelular. HEPATITE C • Tratamento: – Uso de interferon alfa para o tratamento de infecção crônica: IFN-PEG no caso do genótipo 1; IFN no caso dos demais genotipos. – Associação: IFN alfa + ribavirina (nucleosídeo análogo à guanosina). – Outros fármacos: Boceprevir, telaprevir: inibidores de protease. HEPATITE D • Vírus da hepatite delta • Vírus de RNA único que tem uma deficiência de replicação • Causa infecção apenas quando é encapsulado pelo HBsAg • HDV é totalmente dependente da coinfecção pelo HBV para sua multiplicação. • (1) uma coinfecção aguda após a exposição a soro contaminado por HDV e HBV, • (2) uma superinfecção de portador crônico de HBV com um novo inóculo de HDV. HEPATITE D • Os síntomas da co-infecçãoVHB-VHD são mais severos que os de infecção isolada de VHB ; • O risco de cronificação em pacientes co-infectados é de 3% e em pacientes super-infectados é de 80%; • 70-80% dos portadores crônicos de VHB com superinfecção com VHD desenvolvem cirrose. HEPATITE D Co- infecção Hepatite aguda B + aguda D Super- infecção Hepatite crônica B + aguda D HEPATITE D Vias de Transmissão • Similares aos do VHB Grupos de Risco • Pessoas infectadas com VHB • Pessoas residentes na Amazônia Comportamentos de risco para VHB • Usuários de drogas • Receptores de sangue/transplantes HEPATITE D • O RNA do HDV e o antígeno do HDV (HDV Ag) são detectáveis no sangue e no fígado logo antes e nos primeiros dias de uma doença aguda assintomática. • O anticorpo IgM anti-HDV é o mais confiável indicador de exposição recente ao HDV e está presente em altas concentrações apenas transitoriamente no período imediatamente após a infecção. • A coinfecção aguda por HDV e HBV é mais bem indicada pela detecção da IgM tanto contra o HDVAg como contra o HBcAg (denotando uma nova infecção com HBV). • Com a hepatite crônica delta surgindo a partir da superinfecção por HDV, o HBsAg está presente no soro, e os anticorposanti-HDV (IgM e IgG) persistem em baixos títulos por meses ou mais. HEPATITE D • Profilaxia: – Imunização contra o VHB • Terapia: – A mesma terapia para VHB HEPATITE E • A hepatite por HEV é uma infecção transmitida entericamente, disseminada por água contaminada, ocorrendo principalmente nos primeiros anos da infância. • Na maioria dos casos, a doença é autolimitada; o HEV não está associado a doença hepática crônica ou viremia persistente. Uma característica marcante da infecção é a alta mortalidade entre mulheres grávidas, cerca de 20%. • O período de incubação médio após a exposição é de seis semanas (intervalo entre 2-8 semanas). • O HEV é um herpesvírus não envelopado, com RNA de fita simples. Um antígeno específico, o HEVAg, pode ser identificado no citoplasma dos hepatócitos durante a infecção ativa. • Os vírus podem ser detectados nas fezes, e os anticorpos IgG e IgM anti-HEV são detectáveis no soro. DESFECHOS CLÍNICOS Infecção assintomática aguda: apenas evidência sorológica Hepatite aguda: anictérica ou ictérica Hepatite fulminante: necrose hepática maciça ou submaciça com insuficiência hepática aguda Hepatite crônica: com ou sem progressão para cirrose Estado de portador crônico assintomático: sem doença aparente INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA • Pacientes com infecção assintomática são identificados apenas acidentalmente, com base nas aminotransferases séricas minimamente elevadas ou após o fato, pela presença de anticorpos antivirais. HEPATITE VIRAL AGUDA • (1) período de incubação, • (2) fase pré-ictérica sintomática; • (3) fase ictérica sintomática (com icterícia e esclera ictérica) • (4) convalescença. HEPATITE FULMINANTE • Em proporção muito pequena dos pacientes com hepatite aguda A, B, D ou E, a insuficiência hepática aguda pode resultar de necrose hepática maciça. • Com exceção dos indivíduos imunossuprimidos, o HCV quase nunca causa insuficiência hepática aguda. • Os casos com curso mais lento, de várias semanas ou meses, são geralmente chamados de “necrose hepática subaguda”; o fígado apresenta tanto necrose maciça quanto hiperplasia regenerativa. HEPATITE CRÔNICA • A hepatite crônica é definida pela presença de evidência sintomática, bioquímica ou sorológica de doença hepática continuada ou recidivando durante mais de seis meses, com inflamação e necrose histologicamente documentadas. ESTADO DE PORTADOR • Um portador é um indivíduo assintomático que alberga o vírus e, portanto, pode transmiti-lo. No caso dos vírus hepatotrópicos, os portadores são aqueles que: – Abrigam um ou mais vírus, mas estão livres de sintomas ou de alterações histológicas importantes na biópsia hepática. – Apresentam dano hepático evidente na biópsia (p. ex., somente atividade necroinflamatória branda e fibrose que permanece nos estágios iniciais, não cirróticos), mas que estão essencialmente livres de sintomas ou deficiências. OUTRAS INFECÇÕES VIRAIS • A infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) pode causar hepatite moderada durante a fase aguda da mononucleose infecciosa. • A infecção pelo citomegalovírus, particularmente nos recém-nascidos ou imunocomprometidos, pode causar as alterações citomegálicas típicas desse vírus em quase todas as células do fígado, inclusive hepatócitos, colangiócitos e células endoteliais. • O herpes simples pode infectar hepatócitos em recém-nascidos ou em imunossuprimidos, levando ao aparecimento de alterações citopáticas características e necrose hepática. • A febre amarela, que tem sido a principal e mais grave causa de hepatite em países tropicais, causa apoptose de hepatócitos que pode ser extensa.
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