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PROCESSOS DE NEGÓCIO Professor Dr. Nelson Nunes Tenório Junior Professor Me. José Valderlei da Silva GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; SILVA, José Valderlei da; JUNIOR, Nelson Nunes Tenó- rio Processos de Negócio. Nelson Nunes Tenório Junior; José Val- derlei da Silva. Reimpressão - 2018. Maringá - PR, 2017. 171 p. “Graduação - EaD”. 1. Processo de Negócios 2. Tecnologia da Informação 3. Tomadas de Decisão 4. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-0102-0 CDD - 22 ed. 658 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Mincoff Direção de Mercado Hilton Pereira Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Coordenador de Conteúdo Danillo Xavier Saes Design Educacional Camila Zaguini Silva Iconografia Amanda Peçanha dos Santos Ana Carolina Martins Prado Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa Arthur Cantareli Silva Editoração Rafael Szpaki Sangueza Revisão Textual Ana Caroline de Abreu Ilustração André Luís Onishi Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Impresso por: Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos com princípios éticos e profissionalismo, não so- mente para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in- tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e espiritual. Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos educa- dores soluções inteligentes para as necessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, coragem e compromisso com a quali- dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. Vamos juntos! Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis- cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui- lidade e segurança sua trajetória acadêmica. Professor Dr. Nelson Nunes Tenório Junior Doutor em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (2010) É Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2002). Especialista em Análise e Programação Orientada a Objetos pela Universidade de Cuiabá - UNIC (1999). É graduado em Tecnologia em Processamento de Dados pelo CESUMAR (1998) Professor Me. José Valderlei da Silva Mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual de Maringá (2009). A U TO RE S SEJA BEM-VINDO(A)! Prezado(a) aluno(a), bem-vindo(a) à nossa disciplina de Processos de Negócio! Aqui você aprenderá sobre a importância dos sistemas de informação na vida das em- presas, conforme apresentaremos na unidade I. Outro tema importante para o entendi- mento de Processos de Negócio, apresentado na unidade II, é a Governança de TI, esse tema apresenta os processos necessários para se controlar todos os ativos e serviços de TI dentro de uma empresa, por meio dos modelos COBIT e ITIL V3, com o intuito de melhorar constantemente os processos que envolvem a TI. Seguindo nossos estudos, na unidade III, passaremos pelo BPM, quando serão apresen- tados efetivamente todos os conceitos de Processos de Negócio, bem como os benefí- cios e impactos da sua utilização em uma empresa. Serão apresentadas para você tam- bém as tecnologias que envolvem o BPM, como BPMS e BPEL. Na unidade IV, após você conhecer os conceitos de BPM, é a hora de colocar a “mão na massa” e aprender a modelagem dos processos. Essa é uma etapa importantíssimado de seu estudo, porque norteará a análise, escrita e, consequentemente, a melhoria dos processos empresariais, por meio de uma notação atual e moderna, a BPMN. Além disso, é por meio da modelagem que você conseguirá implantar processos que poderão ser automatizados e monitorados constantemente. Na última unidade, discutiremos com você a modelagem de alguns casos e apresentare- mos passo a passo como chegar a modelos de processos consistentes, por meio de uma discussão prática e objetiva. Esses conteúdos são essenciais para o seu aprendizado e entendimento dos Processos de Negócio, que hoje são uma tendência das empresas. Organizar o processo é uma eta- pa que antecede a definição e aquisição de ferramentas. Adquirir ferramentas sem pen- sar em processo pode trazer prejuízos à empresa e tornar o atual processo ineficiente. Faça um bom proveito deste material! Desejamos a você um bom estudo!APRESENTAÇÃO PROCESSOS DE NEGÓCIO SUMÁRIO 09 UNIDADE I OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES 15 Introdução 16 Conhecendo as Empresas 20 Os Sistemas de Informação 22 Classificação dos Sistemas de Informação 27 Tipos dos Sistemas de Informação 34 A Infraestrutura para os Sistemas de Informação 40 Técnicas para a Tomada de Decisão 43 Gestão do Conhecimento 44 Considerações Finais UNIDADE II A GOVERNANÇA DE TI 51 Introdução 52 A Governança de TI nas Empresas 61 O Cobit 65 A ITIL 68 Ferramenta para Governança de TI 70 Considerações Finais SUMÁRIO UNIDADE III O BPM: BUSINESS PROCESS MANAGEMENT 77 Introdução 77 O que é BPM 81 Os Benefícios do BPM para as Empresas 82 Iniciando o BPM nas Empresas 86 O BPMs e a BPEL 90 As Notações para BPM 91 Ferramentas BPMs 93 Considerações Finais UNIDADE IV NOTAÇÃO PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS DE TRABALHO – BPMN 101 Introdução 101 Negócio, Processo, Modelagem e Notação BPMN 105 Elementos da BPMN 108 Elementos Básicos da Notação BPMN 115 Mais estudos dos Elementos Básicos 123 Considerações Finais SUMÁRIO 11 UNIDADE V A MODELAGEM BPMN 131 Introdução 131 Exemplos Simples para Introdução de Conceitos-Chave 144 Gerenciamento de Incidentes 157 Considerações Finais 163 Conclusão 165 Referências 167 Gabarito U N ID A D E I Professor Dr. Nelson Nunes Tenório Junior Professor Me. José Valderlei da Silva OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Objetivos de Aprendizagem ■ Conhecer os princípios básicos de uma empresa. ■ Entender os níveis e as funções existentes em uma empresa. ■ Conceituar Sistemas de Informação. ■ Entender os benefícios dos Sistemas de Informação para uma empresa. ■ Conhecer a infraestrutura necessária para se ter um Sistema de Informação. ■ Conhecer os principais tipos de Sistemas de Informação possíveis em uma empresa. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Conhecendo as Empresas ■ Os Sistemas de Informação ■ Classificação dos Sistemas de Informação ■ Tipos de Sistemas de Informação ■ A Infraestrutura para os Sistemas de Informação ■ Técnicas para a Tomada de Decisão ■ Gestão do Conhecimento INTRODUÇÃO Nesta unidade, você aprenderá os conceitos de empresas e sistemas de informação. As empresas são organizações privadas ou públicas que envolvem basicamente clientes, fornecedores, funcionários e processos para oferecer produtos e serviços. Possuem níveis e hierarquias para a tomada de decisão. Com o intuito de agili- zar a tomada de decisão, as empresas sistematizam seus processos e necessitam dos Sistemas de Informação. Nesta unidade, primeiramente, serão apresenta- dos os conceitos de empresa e de organização. Veremos aqui que uma empresa sempre produzirá um bem ou serviço. Estudaremos como as empresas se organizam e quais são os seus principais pro- cessos. Para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, serão apresentadas figuras ilustrativas e comentadas sobre os temas aqui apresentados. O conceito de Sistemas de Informação é um dos nossos objetos de estudo. Os Sistemas de Informação trazem muitos benefícios para as empresas, den- tre eles, a organização da informação, a agilidade e a precisão das informações para a tomada e decisão em diferentes níveis, a rapidez para que os funcioná- rios executem suas tarefas, a busca de padrões e perfis de clientes, dentre outros. Aqui você também verá a classificação e os tipos existentes de Sistemas de Informação, bem como a quais níveis organizacionais eles atendem em uma empresa. Na sequência, você aprenderá o que é e qual a importância da tomada de decisão nas empresas. Por fim, apresentar-se-á o que é e qual a importância da Gestão do Conhecimento para as empresas nos dias de hoje. Todo esse conhe- cimento poderá ser utilizado no auxílio aos diferentes níveis empresariais para a tomada de decisões referentes à Tecnologia da Informação! Vamos começar? Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 CONHECENDO AS EMPRESAS As empresas estão no nosso dia a dia, tanto para a aquisição de bens quanto para a prestação de serviços. De um modo geral, as empresas movimentam a econo- mia. Você sabe o conceito de empresa? Segundo Rezende (2011), uma empresa pode ser definida como a junção de diversos recursos (humanos, materiais, finan- ceiros, tecnológicos) utilizados na produção de bens a serem comercializados para satisfazer a necessidade das pessoas. Uma empresa também pode ser defi- nida como uma organização social que possui pessoas e valores, trabalhando em conjunto, para atingir um objetivo em comum, atuando sobre um nicho de negócio por meio da gestão. As empresas devem ter bem definidos os seus objetivos de curto, médio e longo prazos. De uma forma geral, os objetivos de curto prazo são aqueles a serem realizados de imediato, executados por seus setores operacionais (Gerência Operacional). O curto prazo costuma ser de seis meses a um ano. Os objetivos de médio prazo são aqueles determinados pelas gerências médias, geralmente com uma janela de um a três anos para a execução. Os objetivos de longo prazo são estabelecidos pelos executivos da empresa, também chamados de gerência sênior ou nível estratégico e, em geral, possuem um prazo de execução acima de cinco anos. A Figura 1 apresenta a pirâmide funcional com os níveis empre- sariais e os tipos de tomadas de decisões pertinentes a cada nível dela. Nível Estratégico: decisões a longo prazo Gerência sênior Gerência média Cientistas e trabalhadores do conhecimento Gerência operacional Trabalhadores dos serviços e da produção Trabalhadores de dados Nível Tático: decisões a médio prazo Nível Operacional: decisões a curto prazo Conhecendo as Empresas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 Figura 01: Pirâmide de níveis empresariais Fonte: adaptada de Laudon (2010, p. 40). Os cientistas ou trabalhadores do conhecimento são um tipo de mão de obra especializada para uma empresa. Por exemplo, imaginemos que a empresa desenvolva o seu próprio software de gestão empresarial; nesse cenário, os tra- balhadores do conhecimento serão os analistas de sistemas que conhecem as ferramentas especializadas para o desenvolvimento do software como o ambiente integrado Eclipse. Qualquer empresa, independentemente de seu tamanho, desempenha qua- tro funções empresariais básicas, assim como ilustra a Figura 2. A manufatura e a produção são o setor da concepção do produto e/ou serviço que a empresa O empreendedor sempre busca a mudança, reage a ela e a explora como uma oportunidade. Fonte: Peter Drucker. Produto ou serviço Manufatura e produção Vendas e marketing Recursos humanos Finanças e contabilidade OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 oferece. O marketing desse produto ou serviço é importante para estimular as vendas e divulgar a marca. As finanças e a contabilidade são importantes para aumentar a visibilidade do resultado financeiro do negócio e atender a legis- lação vigente dopaís onde funciona a empresa. Por fim, gerenciar os recursos humanos, tais como contratação e retenção de funcionários, é importante para a sua sobrevivência. Figura 02: Funções empresariais básicas Fonte: Laudon (2010, p. 37). O ambiente empresarial inclui alguns grupos específicos com os quais a empresa precisa lidar constantemente, quais sejam: clientes, fornecedores, acionistas, concorrentes e também grupos gerais que influenciam a empresa por meio de tendências socioeconômicas, condições políticas, inovações tecnológicas e even- tos globais. Tais grupos orbitam a empresa exercendo uma forte influência nas tomadas de decisão nos diferentes níveis organizacionais. Organi- zação EconomiaCiência e tecnologia Mudanças internacionais Política Clientes Concor- rentes Órgãos reguladores Acionis- tas Fornece- dores Conhecendo as Empresas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 Figura 03: Ambiente de negócios empresariais Fonte: adaptada de Laudon (2010, p. 41). Os ambientes de negócio estão em constante transformação porque sempre surgem novas tecnologias, novas preferências de consumo, novas políticas de regulamentação, dentre outros fatos que desafiam as empresas a todo instante. Os processos de negócios devem ser versáteis o bastante para acompanhar as mudanças do mercado de bens e serviços. Entende-se por processos de negócios as tarefas executadas que descrevem o trabalho sistematizado e organizado em uma empresa. Alguns exemplos de processos de negócios em uma empresa são: OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 ■ Verificar a qualidade de um produto; ■ Montagem de um produto; ■ Identificação de clientes potenciais; ■ Criação de relatórios financeiros; ■ Contratação de funcionários; e ■ Avaliação de desempenho de funcionários. Para o seu bom funcionamento, as empresas necessitam dos Sistemas de Informação. São diversos os sistemas que podem estar em execução de forma a conduzir as informações aos respectivos níveis empresariais para o suporte à tomada de decisão. Na operação desses sistemas, são necessárias pessoas devi- damente preparadas, independente de sua área de formação. As empresas de hoje precisam de profissionais mais do que preparados, apenas para a opera- cionalização de seus sistemas, mas preparados para pensar e repensar em seus processos de negócio. A próxima seção faz uma discussão acerca do papel dos Sistemas de Informação no ambiente empresarial. OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Segundo Laudon (2010), um SI é um conjunto de componentes inter-relacio- nados que trabalham a informação para apoiar a tomada de decisões de uma organização, auxiliando os grupos dirigentes a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e até criar novos produtos. Nos SI’s são observadas três atividades básicas: a entrada, o processamento e a saída. A entrada é a captação de dados brutos da organização e de seu ambiente. O processamento converte os dados brutos em informações mais significativas. A saída transfere as informações processadas aos seus respectivos responsáveis. Os SI’s requerem o feedback − uma resposta à ação, adotada por membros da organização, no auxílio da avaliação ou correção dos dados de entrada. Acionistas Feedback Processar Classi�car Organizar Calcular Entrada Saída Fornecedores Clientes AMBIENTE ORGANIZAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÃO ConcorrentesAgências reguladoras Os Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 Os SI’s empresariais interagem com alguns elementos para a captação das entradas, em seguida, a realização do processamento, gerando, finalmente, a saída apropriada, tal como demonstra a figura seguinte. Figura 04: Interação do Sistema de Informação Fonte: Laudon (2010, p. 13). Hoje em dia, é comum encontrar nas empresas o Departamento de Sistemas de Informação (DSI) − uma unidade formalmente estabelecida e responsável por todo e qualquer assunto relativo à Tecnologia da Informação dentro do ambiente empresarial. No DSI, é possível encontrar especialistas, como: programadores, analis- tas de sistemas e os gerentes de sistemas de informação. Os programadores são responsáveis por gerar programas no computador para atender as deman- das de usuários. Os analistas de sistemas funcionam como um elo entre o DSI e os usuários da empresa. Os gerentes de sistemas de informação são líderes de OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E22 equipe (team leaders) que podem assumir papéis que vão desde a gerência de uma equipe de programadores, ou administradores de redes, ou banco de dados, até a gestão de projetos específicos do DSI. Em empresas maiores, o departamento é liderado pelo CIO, que é o mne- mônico de Chief Information Officer. O CIO é um cargo de gerência sênior no qual o profissional deve ter sólida experiência em processos de negócios, siste- mas de informação, tecnologia e liderança. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os SI’s são importantes para uma empresa porque agilizam a tomada de deci- são nos diferentes níveis organizacionais, já apresentados na Figura 1 desta unidade. Para atender cada nível, são necessários sistemas com características específicas, por isso, os SI’s recebem diferentes classificações conforme o nível da pirâmide que atendem. A base de toda a operação de uma empresa corresponde aos Sistemas de Processamento de Transações (SPT), também conhecidos como Sistemas de Informação Transacional (SIT). Esses sistemas servem como “porta de entrada de dados” para a empresa e são utilizados pelos funcionários operacionais, ou seja, aqueles pertencentes à base da pirâmide ou gerentes operacionais. Em geral, esses trabalhadores executam as tarefas do dia a dia da empresa, como: vendas, operação de caixa, expedição, linha de produção, dentre outras. Para atender aos usuários do nível médio da pirâmide, existem três tipos de sistemas com características peculiares, formando uma tríade, conhecida como SIG, SAD e STC. Os Sistemas de Informação Gerenciais (SIG) são voltados à tomada de deci- são resultante das sumarizações ou dados consolidados dos SPT’s. Os SIG’s são compostos por relatórios estáticos que apoiam os gerentes médios na tomada de decisão. Poderemos notar, na figura a seguir, um exemplo de relatório pro- duzido por um SIG, com as informações sumarizadas por produto e região. D ES CR IÇ ÃO D O P O D U TO TO TA L Li m pa do r de c ar pe te N or de st e 44 69 Su l Ce nt ro -O es te O es te 4. 06 6. 70 0 3. 77 8. 11 2 4. 86 7. 00 1 4. 00 3. 44 0 4. 80 0. 00 0 3. 75 0. 00 0 4. 60 0. 00 0 4. 40 0. 00 0 16 .7 15 .2 53 17 .5 50 .0 00 0. 95 0. 85 1. 01 1. 06 0. 91 TO TA L D es od or iz ad or de a m bi en te s N or de st e 56 74 Su l Ce nt ro -O es te O es te 3. 67 6. 70 0 5. 60 8. 11 2 4. 71 1. 00 1 4. 56 3. 44 0 3. 90 0. 00 0 4. 70 0. 00 0 4. 20 0. 00 0 4. 90 0. 00 0 18 .5 59 .2 53 17 .7 00 .0 00 1. 050. 94 1. 19 1. 12 0. 93 RE G Ià O D E VE N D A S VE N D A S RE A IS PL A N EJ A D A S CÓ D IG O D O PO D U TO RE A L/ PL A N EJ A D O Classificação dos Sistemas De Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 Fi gu ra 0 5: R el at ór io p ro du zi do p or u m S IG Fo nt e: La ud on (2 01 0, p . 4 4) . Sistemas de processamento de transações Arquivo de pedidos Arquivo mestre de produção Arquivos de contabilidade Relatórios Gerentes Dados de vendas Dados de custo unitário de produtos Sistema de processamento de pedidos Sistema de planejamento de recursos materiais Sistema de livro-razão SIG ARQUIVOS DO SIG Dados de modi�cação de produtos Dados de despesas Sistemas de informações gerenciais OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 Agora veremos a representação de uma possível arquitetura para a composi- ção de um SIG. Pode-se notar que os dados do SIG advêm dos diferentes SPT’s, como pedidos, produção e contabilidade. O SIG centraliza esses dados, de forma sumarizada, para a emissão de relatórios aos gerentes. Figura 06: Arquitetura de um SIG Fonte: Laudon (2010, p. 44). Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), diferentemente dos SIG’s, funcionam dinamicamente. A informação fica disponível para que o gestor a manipule por meio de ferramentas OLAP (On-Line Analytical Processing) que serão explica- das mais adiante, na seção Infraestrutura para os Sistemas de Informação. Os SAD’s auxiliam na inteligência empresarial, ou Business Intelligence (BI), na qual é comum a aplicação de técnicas de mineração de dados e de Inteligência Artificial (IA) para o auxílio de tomada de decisão dos gerentes médios. Dados do SPT Dados externos Dados do SIG SAD (dados e modelo) Gerentes Médios Classificação dos Sistemas De Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 Figura 07: Arquitetura de um SAD Fonte: o autor. Os Sistemas de Trabalhadores do Conhecimento (STC), que também atendem o nível médio da pirâmide empresarial, como o próprio nome sugere, são sistemas voltados a atender as necessidades do dia a dia de trabalhadores especializados, como designer de produtos, analistas de sistemas, administradores de bancos de dados, engenheiros, entre outros. Esses sistemas podem se interligar captando dados dos SPT, SIG e SAD, ou então enviar dados para tais sistemas, apoiando também a tomada de decisão. O nível mais alto da pirâmide, o estratégico das empresas, é apoiado pelo Sistema de Apoio ao Executivo (SAE), caracterizado por reunir dados de diversos outros sistemas, como financeiros, agências de notícias, relatórios de empresas de consultorias, além daqueles já apresentados anteriormente. A interface do SAE, em geral, é composta de um dashboard (painel de controle), que deve con- ter as informações dos diversos sistemas integrados, elevando o custo destes, e, por isso, são muito caros de serem implementados. Estação de trabalho SAE/Portal Estação de trabalho SAE/Portal Menus Grá�cos Comunicações Processamento local Menus Grá�cos Comunicações Processamento local . . . . . . . . . . . . Menus Grá�cos Comunicações Processamento local Estação de trabalho SAE/Portal . . . . . . . Dados internos Dados SIT/SIG Dados �nanceiros Sistemas de automação de escritório Modelagem/análise Dow Jones Notícias da Internet Standard & Poor’s Dados externos OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 Figura 08: Arquitetura de um SAE Fonte: Laudon (2010, p. 46). Os SI’s apresentados se inter-relacionam de forma a levar os dados para os dife- rentes níveis de tomada de decisão, como exposto na Figura 09. Note que todos os dados são provenientes do SPT. Os SIG e STC podem trocar dados entre si e os dados do SAD são provenientes do SIG, finalmente, todos eles enviam os dados para o SAE. É importante observar que, conforme a informação avança nos níveis superiores da pirâmide, o seu detalhamento é perdido. Assim, quanto maior o nível da pirâmide, menor é o detalhe da informação e, inversamente, quanto menor o nível da pirâmide, maior será o detalhamento da informação. SAE SPT STCSIG SAD Tático Estratégico Operacional Tipos dos Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 Figura 09: Inter-relacionamentos dos SI’s Fonte: o autor. TIPOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A integração da empresa é fundamental para o seu bom funcionamento e deve se dar de forma vertical e horizontal. Na integração vertical, a informação é com- partilhada entre os diferentes níveis empresariais, em maior e menor detalhe, como já foi discutido anteriormente. A integração horizontal ocorre de forma Clientes. distribuidores Fornecedores. parceiros de negócio Processos Processos Sistemas degerenciamento de relacionamento com o cliente Sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos Processos Sistemas integrados Sistemas de gestão do conhecimento ÁREAS FUNCIONAIS Recursos humanos Vendas e marketing Manufatura e produção Finanças e contabilidade OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 interdepartamental, ou seja, os departamentos compartilham as informações e trabalham de forma colaborativa e não mais isolada. Vejamos a Figura 10, que apresenta essas duas integrações. Figura 10: Integração empresarial vertical e horizontal Fonte: Laudon (2010, p. 49). ERP Os sistemas de planejamento de recursos empresariais, ERP (Enterprise Resource Planning), possibilitam a integração dos diferentes níveis da empresa porque Tipos dos Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 oferecem módulos para a integração interdepartamental, como os sistemas de SCM (Supply Chain Management) − sistemas para gerenciamento da cadeia de suprimentos − e CRM (Customer Relationship Management) − sistemas para o gerenciamento do relacionamento com os clientes. Basicamente, um ERP possibilita o gerenciamento das quatro áreas empre- sariais apresentadas anteriormente na Figura 2. Os ERP’s são característicos por possuírem as melhores práticas de mercado em termos de processos orga- nizacionais. Isso quer dizer que os processos de negócios estão alinhados com diversas empresas do mundo todo. Assim, uma empresa do Brasil que utiliza um ERP para a integração de suas áreas está, em tese, executando os processos da mesma forma que uma empresa dos Estados Unidos que utiliza esse mesmo ERP. Uma das fases mais importantes para uma empresa é a fase de implantação do ERP. Nessa fase, o consultor faz o levantamento dos processosde negócios atuais e sugere as adequações, ou no software ou no próprio processo. Em geral, a maioria das empresas adere boa parte dos processos já incluídos no software ERP. Algumas das vantagens em se utilizar os ERP’s são: o aumento da eficiência operacional; as amplas informações para apoio à tomada de decisão; a viabi- lidade de respostas rápidas às solicitações de informação ou produtos, feitas por clientes; e o uso de ferramentas analíticas para avaliar o desempenho geral da organização (LAUDON, 2010). Em contrapartida, as aplicações integradas possuem: alto custo de aquisição e implantação; sensibilidade às mudanças tec- nológicas; mudanças sensíveis nos processos de negócio da empresa; mudanças na gestão empresarial; custos de mudança; dependência dos fornecedores; e padronização de dados. SCM O SCM é um sistema para o controle da cadeia de suprimentos. Entende-se por cadeia de suprimentos a rede de organizações e processos de negócios, envolvi- dos na seleção e transformação de matérias-primas, em produtos intermediários ou acabados, bem como a entrega dos produtos acabados aos consumidores finais (LAUDON, 2010). Fa br ic an te D is tr ib ui do r Va re jis ta Co ns um id or U ps tr ea m D ow ns tr ea m OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E30 A cadeia de suprimentos é subdividida em duas partes, conhecidas como downstream e upstream. O upstream são os fornecedores e os fornecedores de fornecedores da indústria e o downstream são os clientes da indústria. Fi gu ra 1 1: U ps tre am e do w ns tre am d a S CM Fo nt e: ad ap ta da d e L au do n (2 01 0, p . 2 58 ). Modelo Push Fornecimento de acordo com a previsão Produção baseada em previsões Estoque baseado em previsões Estoque baseado em previsões Compra o que está nas prateleiras Fornecedor Fabricante Distribuidor Varejista Cliente Modelo Pull Fornecimento de acordo com o pedido Produção de acordo com o pedido Automaticamente reabastece o armazém Automaticamente reabastece o estoque Pedidos do cliente Fornecedor Fabricante Distribuidor Varejista Cliente Tipos dos Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31 A cadeia de suprimentos pode funcionar segundo alguns modelos. O modelo push “empurra” o estoque aos distribuidores, varejistas e consumidores finais, tal como mostra a Figura 12. Um exemplo de utilização desse modelo é a indús- tria de bens e serviços: uma fábrica de fraldas descartáveis as produz com base em relatórios do sistema das avaliações de demandas de consumo, assim, ela tem uma programação de produção periódica a ser executada. Figura 12: Modelo push do SCM Fonte: adaptada de Laudon (2010, p. 265). Outro modelo é o pull, o qual é orientado pela demanda, ou seja, com base nos pedidos dos clientes que disparam as etapas da cadeia de suprimentos. Em geral, são fábricas que trabalham com consumo de bens customizados ou extrema- mente caros, como a produção de computadores, aviões, guindastes, dentre outros. A vantagem desse tipo de cadeia é o fato de o estoque ser o mínimo pos- sível e, assim, o valor do estoque parado é menor. Sabe-se que estoque parado é dinheiro parado, por isso, girar o estoque constantemente é importante. Figura 13: Modelo pull do SCM Fonte: adaptada de Laudon (2010, p. 265). OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E32 As cadeias de suprimento também podem ser sequenciais, ou seja, as informações, a matéria-prima e os produtos semiacabados ou acabados fluem sequencial- mente de uma empresa a outra. A cadeia também pode ser concorrente, quando a informação, a matéria-prima e os produtos semiacabados ou acabados fluem simultaneamente em muitas direções, dividindo-se entre os membros da rede da cadeia de suprimentos. Existem dois tipos de software para atender ao SCM, o software do planeja- mento de SCM e o de execução da cadeia. O software de planejamento possibilita ao usuário: modelar a cadeia de suprimentos existente; planejar as demandas adequadamente; otimizar as aquisições da manufatura; análises para estabele- cer os níveis de estoque; e identificar os modos de transportes necessários. O software de execução da cadeia permite gerenciar o fluxo de produtos por meio dos centros de distribuição e armazéns. A gestão eficaz da cadeia de suprimentos agrega valores à empresa por- que é capaz de sintonizar a oferta e a demanda; reduzir os níveis de estoque (lembre-se, estoque parado é dinheiro parado); melhorar o serviço de entrega; diminuir o tempo de chegada do produto ao mercado (time to market); usar os ativos industriais de maneira mais eficiente (pessoas, maquinários e materiais são exemplos de ativos); reduzir os custos totais da SCM e, consequentemente, aumentar a lucratividade; e possibilitar o aumento das vendas. CRM O CRM é o sistema para a gestão do relacionamento com o cliente. Viabiliza um lugar único para a consolidação e análise de dados no que diz respeito aos clien- tes, como clientes mais lucrativos, fiéis, satisfeitos, inadimplentes, dentre outros. Os clientes interagem com o sistema CRM quando ligam para uma central de atendimento solicitando auxílio, por exemplo. No entanto, muito além disso, o sistema captura e integra os dados do cliente, permitindo, além das análises desse cliente, a distribuição dos resultados para os vários sistemas e pontos de contato com ele que podem estar espalhados. Isso faz com que haja uma visão única dos clientes por toda a empresa. Cliente Vendas Marketing Atendimento ao cliente Vendas por telefone Vendas pela Web Vendas no varejo Vendas em campo Dados de campanha Conteúdo Análise de dados Central de atendimento Dados de autoatendimento pela Web Dados por equipamentos sem �o . . . . . . . . . . Tipos dos Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33 Figura 14: Funções dos sistemas CRM Fonte: Laudon (2010, p. 267). O CRM possui duas extensões, a primeira delas é a gestão do relacionamento com o parceiro (PRM – Partner Relationship Management), a qual integra a determinação de preços, promoções, configurações de pedido e disponibilidade de produtos. Essa extensão também avalia o desempenho de parceiros de negó- cios. A segunda extensão é a gestão do relacionamento com o funcionário (ERM – Employee Relationship Management), a qual estabelece os objetivos empresa- riais, realiza a gestão de desempenho do funcionário e possibilita a remuneração baseada no desempenho e treinamento. Assim como visto no SCM, também existem dois tipos de software para aten- der o CRM. O CRM operacional contém as aplicações voltadas ao cliente, tais como: ferramentas para automação da força de vendas, apoio ao atendimento e ao call center e automação do marketing. Já o CRM analítico é responsável OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E34 por consolidar e analisar os dados do cliente, advindos das aplicações de CRM operacionais. O CRM agrega valor à empresa porque identifica a satisfaçãodo cliente; diminui os custos de marketing direto; realiza o marketing de forma mais efi- ciente; diminui os custos de conquista e retenção do cliente; aumenta a receita de vendas; e permite o acompanhamento da taxa de cancelamento (número de clientes que param de usar ou adquirir os produtos ou serviços da empresa, e acompanhamento do indicador do crescimento ou declínio da carteira de clien- tes da empresa). A INFRAESTRUTURA PARA OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A infraestrutura de TI é um conjunto de instalações necessárias para o funciona- mento dos computadores em um determinado local. Basicamente, a infraestrutura de TI de uma empresa é composta por hardware, software, tecnologia de gestão de dados, tecnologia de rede e serviços. Você deve saber que o hardware é a parte física do computador e que existe uma gama de tecnologias de hardware. Nos próximos parágrafos, discutiremos alguns tipos de hardware utilizados na composição da infraestrutura para os Sistemas de Informação. Os servidores são tipos de computador de médio porte que suportam redes de computadores e compartilhamento de arquivos e recursos (impressoras, aplicativos, internet, dentre outros). Uma das aplicabilidades dos servidores é oferecer uma plataforma de hardware para o comércio eletrônico, portais de internet, firewalls. Atualmente, os servidores são os mais utilizados pelas empresas e seu custo caiu consideravelmente. Um exemplo de servidores pode ser visto na Figura 15. A Infraestrutura para os Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35 Figura 15: Servidores em hack Os mainframes, grandes computadores de maior capacidade e de alto desem- penho que conseguem processar rapidamente grandes volumes de dados, são utilizados em empresas que necessitam de um amplo processamento. Em geral, bancos e instituições financeiras utilizam mainframes. Para operar esses tipos de computadores, são necessários cursos específicos e sua mão de obra é cara, assim como o seu custo de aquisição. Um exemplo de mainframe é apresen- tado na Figura 16. Figura 16: Foto de um mainframe Figura 16: Foto de um mainframe OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E36 Os supercomputadores mais sofisticados são usados para executar tarefas que requerem cálculos complexos e extremamente rápidos, envolvendo milha- res de variáveis e milhões de medidas. Esses computadores são utilizados em experimentos científicos, projetos aeroespaciais, projetos de engenharia nuclear, em trabalhos militares, pesquisa de armas de uso restrito e previsão do tempo. Figura 17: Supercomputadores da NASA Fonte: Wikipédia (online). A computação em grade (grid computing) é a conexão de vários computadores geograficamente distantes em uma única rede, criando, assim, um “supercom- putador virtual”. Baseia-se nas pesquisas realizadas em processamento paralelo e sistemas distribuídos que preocupam-se com os aspectos ligados à comunica- ção, heterogeneidade de hardware e software e compartilhamento de recursos computacionais. A computação cliente/servidor é uma forma de computação distribuída, porém o processamento é dividido entre os “clientes” e “servidores”. Os clientes Vendas Produção Contabilidade RH Dados Cliente Servidor da WebInternet Servidor de aplicativo A Infraestrutura para os Sistemas de Informação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 são os pontos de entrada de dados do usuário e os servidores são responsáveis por armazenar e processar os dados compartilhados, bem como executar as funções de gerenciamento da rede de computadores mantida pela arquitetura. Tal arqui- tetura pode ser dividida em duas camadas, utilizando dois tipos de máquina, ou multicamadas, onde a carga da rede é distribuída em diferentes níveis de servi- dores. A Figura 18 apresenta a arquitetura cliente/servidor multicamada. Figura 18: Arquitetura cliente/servidor multicamada Fonte: Laudon (2010, p. 108). Dentro do conceito do hardware, também existem aqueles voltados ao arma- zenamento de informações, é o caso dos já conhecidos discos rígidos (HD), unidades USB, fitas magnéticas, mídias, como CD’s, DVD’s e Blu-rays. Além desse hardware tradicional, ainda existem os storages e a rede de armazenagem − denominada de SAN (Storage Area Network). As SAN’s armazenam dados em diferentes dispositivos conectados em rede, provendo, assim, os dados à empresa. A SAN provê a comunicação entre o ser- vidor e a unidade de armazenamento, bem como entre os diferentes dispositivos de armazenamento da rede (LAUDON, 2010). Em geral, os datacenters − locais seguros que oferecem serviços de infraes- trutura para as empresas colocarem seus dados provendo o gerenciamento de redes −, como a hospedagem de sites, por exemplo, possuem os servidores que acabamos de ver conectados em uma SAN. A figura seguinte demonstra uma infraestrutura de hardware utilizando uma SAN. Usuário Usuário Usuário RAID RAID RAID Biblioteca de �tas Usuário Usuário SAN OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E38 Figura 19: Arquitetura cliente/servidor multicamada Fonte: Laudon (2010, p. 110). É importante você entender que, para suportar os SI’s empresariais, é essencial uma infraestrutura de software. Existem dois grupos de software necessários em uma empresa: os software de sistemas e os software aplicativos. Os software de sistemas são os sistemas operacionais (windows, linux), tradutores de lingua- gem (transformam linguagem de alto nível em nível de máquina) e programas utilitários (firewalls, serviços de e-mail, bancos de dados, dentre outros). Os sof- tware aplicativos, por sua vez, são aqueles utilizados pelos usuários finais no seu dia a dia, para o desempenho de suas funções, por exemplo, o Word, o Excel, Powerpoint, bem como os ambientes para desenvolvimento de software, como o Eclipse e o NetBeans. Para se definir e administrar corretamente a infraestrutura de TI, tanto de hardware como de software, é preciso realizar um bom planejamento de capaci- dade e isso implica em prever quando um sistema de hardware de computador A Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) é um conceito que permite inserir em objetos a capacidade de transferência de dados por meio de uma rede e sem a necessidade de interação humana. Essa tecnologia está in- fluenciando a forma como os novos ERPs funcionam, já existem disponíveis dispositivos que podem ser anexados a ferramentas e até a veículos para alimentar dados em aplicativos hospedados na nuvem. Informações como localização, uso e desempenho podem facilmente ser acessadas, permitin- do às organizações identificar problemas de localização precisa dos ativos inutilizados ou se algum tipo de manutenção é necessária. O Big Data, por exemplo, está hoje ligado à internet das coisas. Isso porque ela conecta ferramentas e os funcionários à internet. Esses funcionários são geradores de dados para a empresa. Tais dados crescem exponencialmente. Com isso, faz-se necessário o emprego de ferramentas analíticas para que as organizações possam começar a utilizar de forma eficiente tais dados para fazer previsões mais precisas e inteligentes à estratégia de negócios. Fonte: Matthews (2014). A Infraestrutura para os Sistemas de Informação Re pr od uç ão pro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 ficará saturado, assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para suas necessidades atuais e futuras. Para determinar essa capacidade, é possível fazer o levantamento do número máximo de usuários suportados pelos servidores e pelas aplicações, realizar um estudo de impacto das aplicações de software exis- tentes ou futuras e medir o desempenho. Para isso, deve-se ter claro o conceito de escalabilidade, que, segundo Laudon (2010), é a capacidade que um compu- tador ou sistema tem de se expandir para proporcionar serviços a um número cada vez maior de usuários, sem sofrer pane. Para o planejamento de custos, faz-se necessário calcular o Custo Total de Propriedade (Total Cost of Ownership − TCO). O TCO serve para realizar as análises dos custos diretos e indiretos. Dessa forma, a empresa consegue um pano- rama do real custo de implantação de tecnologias específicas. Os Custos Diretos são considerados os custos de aquisição de hardware e software. Já os Custos OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E40 Indiretos são aqueles contínuos, de administração, atualizações, manutenção, suporte técnico, treinamento, instalações e aluguéis. Por fim, devemos consi- derar ainda os Custos Ocultos, ou seja, aqueles referentes a pessoal de suporte, downtime e gestão adicional da rede. É possível reduzir o TCO aumentando a centralização e padronizando os recursos de hardware e software da empresa. TÉCNICAS PARA A TOMADA DE DECISÃO Até agora você pôde ver a importância dos SI’s para uma empresa, bem como a infraestrutura necessária para mantê-los funcionando, mas a função principal dos SI’s é apoiar a tomada de decisão para as pessoas que atuam nos diferentes níveis organizacionais. As tomadas de decisão podem dar-se de forma estrutu- rada, semiestruturada e não estruturada. A tomada de decisão estruturada é realizada no nível operacional da empresa pelos funcionários e gerentes operacionais e, ainda, caracterizada por ser repe- titiva, rotineira e de curto prazo (imediata). Também envolve procedimentos bem definidos, que devem ser obedecidos. Para tomar uma decisão estrutu- rada, os funcionários e gerentes operacionais se baseiam nos relatórios dos SI’s, nas normas e procedimentos da empresa. Exemplos desse tipo de decisão são: a compra de uma peça que está em falta no estoque ou a justificativa da contra- tação de um novo funcionário. A tomada de decisão semiestruturada é realizada no nível da gerência média e caracterizada por ser de médio prazo. Para tomar esse tipo de decisão, o gerente se baseia tanto em procedimentos bem definidos e relatórios do sistema quanto na sua experiência, bom senso e vivências anteriores. Exemplos de decisão semies- truturada são: a formulação de um novo plano de marketing ou a definição de metas para o aumento da produtividade. A tomada de decisão não estruturada é realizada no nível da gerência sênior, ou executivo, e caracterizada por ser de longo prazo. Nesta, o executivo se baseia apenas em sua experiência, bom senso ou o que chamamos de feeling, adquirido Inteligência Concepção Seleção Implementação Técnicas para a Tomada de Decisão Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 pela vivência nas empresas. Exemplos dessa decisão são: criação e lançamento de um novo produto ou a decisão de entrada ou saída de um determinado mercado. Segundo Laudon (2010), para se tomar uma decisão, é necessário utilizar quatro etapas. A inteligência é a primeira delas, visto que possibilita a desco- berta, identificação e entendimento de um problema; as perguntas-chave a serem feitas nessa etapa são: “por que existe o problema?”, “onde ele está e qual o seu impacto?”. A segunda etapa é a concepção, que é a identificação e a investiga- ção das possíveis soluções para o problema. A terceira etapa é a seleção, a qual sugere a escolha de uma das alternativas para a solução do problema. Por fim, a quarta e última etapa é a implementação, que sugere executar a solução esco- lhida, sempre monitorando e verificando se ela está surtindo o efeito desejado para a empresa. Sempre que se encontrar alguma dificuldade na etapa em que nos encontramos, devemos retornar à etapa anterior, assim como demonstra a Figura 20. Figura 20: Etapas do processo de tomada de decisão Fonte: adaptada de Laudon (2010, p. 326). OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E42 Para se obter qualidade na tomada de decisão, alguns pontos devem ser consi- derados, não necessariamente nesta ordem: ■ Precisão: devemos entender a precisão como uma decisão que reflete a realidade. Esse tipo de decisão é tomada com base em fatos acontecidos, por exemplo, para se decidir se a empresa vai investir em um imóvel pró- prio, o executivo deve ter em mãos o faturamento mensal até aquela data, o valor do imóvel, os valores pagos com aluguel, uma projeção de quando o imóvel será quitado e por qual valor, dentre outras informações. Enfim, não se pode comprar um imóvel sem o faturamento suficiente e com ris- cos de não conseguir pagar por ele. ■ Abrangência: a decisão deve refletir uma consideração completa dos fatos e das circunstâncias, por exemplo, o impacto de se implantar um processo em um dos departamentos da empresa. Caso estivermos à frente dessa decisão, é necessário se perguntar: “Qual o impacto disso para as demais áreas?”, “Será que isso não deixará nossa empresa mais lenta?”. O conhe- cimento de outros departamentos da empresa é essencial para conseguir avaliar a abrangência e analisar se ela é ou não satisfatória. ■ Imparcialidade: neste caso, a decisão deve refletir fielmente as preocupa- ções e os interesses das partes envolvidas. Não se deve tomar partido por um grupo em que tenhamos maior afinidade ou ceder à pressão de algum outro grupo. Se você analisou a realidade e a abrangência, de certa forma conseguirá ter argumentos para seguir imparcial e, mais ainda, convencer os grupos resistentes a mudanças e abraçar a causa da equipe. ■ Velocidade: é a medida da eficiência do trabalho. A tomada de decisão é eficiente quando ela é tomada de forma rápida o suficiente para, se não evitar, mitigar (suavizar) o problema. É preciso levar em consideração o tempo e recursos disponíveis, incluindo os das partes afetadas, tais como os clientes, por exemplo. ■ Coerência: é o processo racional no qual se deve colocar em palavras e explicar aos outros as ideias ou relatar os fatos. A coerência muitas vezes é necessária para justificar uma tomada de decisão, por exemplo, em uma decisão a respeito de comprar um novo imóvel para a empresa, mas não pretender mudar a empresa para o local e continuar pagando o aluguel. Como essa decisão é incoerente, precisa-se justificar e dizer o porquê dela. Gestão do Conhecimento Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 ■ Obediência: é importante liderar e não se impor. A imposição pode aumen- tar a tensão entre as pessoas e aumentar o conflito. Quando a decisão é tomada e um grupo participa dela, temos grandes chances de ter a obedi- ência desse grupo, caso contrário, as chances são maiores para a resistência. Com resistência, os descontentespodem recorrer a uma autoridade de nível maior que o nosso. Se isso ocorrer, poderemos utilizar a coerente tentativa de convencer o nosso superior. GESTÃO DO CONHECIMENTO O conhecimento é um ativo intangível da empresa. Podemos entender por ati- vos intangíveis aqueles que não podem ser vistos ou manipulados fisicamente, como a cultura, a marca, o capital intelectual, a participação em mercados, a imagem, a qualidade nos relacionamentos com diferentes grupos, os impactos ambientais, dentre outros. O conhecimento é também a fonte de valor das empresas, trazendo gran- des vantagens competitivas. Para tanto, a empresa necessita de um sistema para essa gestão, o qual é denominado Sistema de Gestão de Conhecimento (SGC). Esses sistemas ajudam a captar, armazenar, distribuir e aplicar conhecimento de modo que ele venha a trazer benefícios estratégicos para a empresa. Os SGC’s são responsáveis por gerenciar e distribuir documentos, gráficos e outros objetos digi- tais do conhecimento, além disso, podem criar diretórios de conhecimento com informações sobre empregados especializados e sua especialidade (expertise). Existem três tipos de conhecimento. O primeiro é o conhecimento estruturado, composto por documentos textuais estruturados, como: relatórios, apresenta- ções, planilhas, site organizacional, dentre outros. O segundo é o conhecimento semiestruturado, composto por e-mails, mensagens de voz, troca de ideias em salas de bate-papo, vídeos, fotos digitais, folhetos e mensagens em murais. Por fim, o conhecimento não estruturado ou tácito, que está na mente das pessoas e não é documentado. São os sistemas de gestão integrada do conhecimento que lidam com esses três tipos de conhecimento, abrangendo toda a empresa, por OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E44 meio da coleta, armazenagem, distribuição e aplicação do conteúdo e conheci- mentos digitais. As empresas podem formar uma rede de conhecimento com a finalidade de retê-lo para ser utilizado posteriormente e disseminado internamente. Basicamente, uma rede de conhecimento possui um banco de dados montado por especialistas em diversas áreas da empresa, contendo as soluções para os pro- blemas conhecidos. O sistema promove a comunicação entre funcionários que tenham informações e pessoas que possam solucionar os problemas existentes. As soluções geradas nessa interação são, posteriormente, adicionadas ao banco de dados de soluções, boas práticas na forma de perguntas frequentes (FAQs) ou outros documentos. Nesta unidade, você viu os conceitos relacionados à empresa e aos sistemas de informação. Nós conduzimos você a ver/rever esses conceitos, porque eles se fazem essenciais para o entendimento dos processos de negócio. Sem tais con- ceitos básicos se torna difícil entender o propósito dos processos empresariais e as suas relações com a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Sendo assim, apresentamos a pirâmide empresarial, seus níveis e as suas relações com os tipos de dados e sistemas de informação dentro da empresa. Vimos também os tipos de sistemas de informação, como: ERP, CRM e SCM; suas classificações, como: SIG, SAD, SAE; e ainda as suas funcionalidades, níveis atendidos, bem como os tipos de usuários atendidos. Por fim, vimos a Gestão do Conhecimento e qual a sua importância para uma empresa se manter no mercado de forma inovadora e competitiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta unidade, você viu a forma de uma empresa se organizar em termos de sis- temas. Apresentamos a organização de uma empresa, as classificações e os tipos de sistemas de informação, bem como a infraestrutura necessária para o seu Considerações Finais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 funcionamento. Sistemas como os ERP’s, os CRM’s e os SCM’s são muito signi- ficativos para uma boa gestão empresarial. A tecnologia evoluiu muito nesses últimos 10 anos com o surgimento da “nuvem” e dos aplicativos que a utilizam. Mesmo assim, as classificações de siste- mas são essas utilizadas até hoje. Por exemplo, os ERP’s possuem bases de dados em servidores dentro de uma empresa, contudo hoje já é possível que esses ser- vidores estejam “rodando em nuvem” (Cloud Computing) ou “espelhados em nuvem”. Essa tendência é real, por mais que diversas empresas, principalmente no Brasil, não confiem em colocar os seus dados em um servidor fora de seus domínios geográficos. Guiamos você a conhecer as técnicas de tomada de decisões e gestão do conhecimento empresarial. É essencial conhecer a forma de gestão, mesmo que você tenha a tendência em ser um profissional mais técnico (desenvolvedor). Um profissional de TIC deve ser ético e responsável e, ainda, procurar sempre dei- xar as “portas abertas” pelas empresas que passar. Afinal, nunca se sabe o dia de amanhã, não é mesmo? Sendo assim, criar, organizar, registrar, codificar, armaze- nar e compartilhar o conhecimento é um fator importante nos dias de hoje para que uma empresa seja competitiva e inovadora no mercado. Quanto a Gestão do Conhecimento, hoje ela é fundamental para todos os tipos de profissionais, para o direcionamento sobre uma gestão orientada por processos de negócio. Na próxima unidade, você será apresentado(a) à Governança de TI. Tal tema é essencial para o entendimento de processos que levam à Gestão do Conhecimento e a uma forma organizada e sistematizada de gerenciar a TIC de uma empresa. Vamos em frente com nossos estudos! 1. A empresa Plus+, fabricante de computadores, se associou a um grande distri- buidor de produtos pela internet chamado DistComp. A DistComp deve cumprir os prazos com os clientes e manter seus níveis de estoque baixos para evitar produtos parados por longos períodos de tempo. Além disso, a DistComp deve controlar a integração entre seus departamentos financeiro, venda, logística e diretorias. Igualmente, é necessário que a empresa tenha um controle dos atendimentos e garantias dadas aos produtos e, mensalmente, tire um relató- rio administrativo que é encaminhado para a diretoria, com uma pesquisa de satisfação para o cliente. Com base nesse cenário, identifique quais sistemas são característicos para o controle da relação com fornecedores e clientes que a dis- tribuidora deve utilizar, respectivamente. Justifique. 2. O conselho diretor da DistComp exigiu da Plus+ que os pedidos fossem entre- gues em até 30 dias. O não cumprimento do prazo prevê uma multa. Sabendo disso, o movimento da Plus+ é estudar a aquisição de um software ERP para um controle integrado de suas operações. Com base nessa informação, responda: 3. Explique aos diretores da Plus+ o funcionamento e características de um sof- tware ERP e como eles poderiam auxiliar a empresa no controle integrado com a DistComp e com os fornecedores para o cumprimento dos prazos estipulados. 4. Quais tecnologias, em termos de equipamentos necessários de comunicação, estão envolvidas para a implantação de um ambiente integrado na Plus+? 5. Faça uma reflexão acerca de como as tendências tecnológicas influenciarão os futuros ERPs. Para tanto, baseie-se em cinco tendências, quais sejam: Internet das Coisas, Tecnologias Vestíveis, Big Data, Era do Contexto e Negócios Inova- dores. 47 Como leitura complementar, preparamos para você um aprofundamento sobre a Tecno- logia da Informação na Gestão do Conhecimento. Dentro da perspectiva do desenvolvimento, Nonaka e Takeuchi (2008, p. 39) destacam que, “em uma economia onde a única certeza é a incerteza, a fonte certa de vantagem competitiva duradoura é o conhecimento”. Nesse sentido,quando os mercados se mo- dificam e novas tecnologias da informação surgem, a competição torna-se acirrada, os concorrentes multiplicam-se e os produtos ou serviços tornam obsoletos muito rapida- mente, assim, as empresas que pretendem se manter no mercado devem criar consis- tentemente novos conhecimentos e disseminar amplamente por toda a organização, além de incorporarem rapidamente novas tecnologias da informação e produtos. O conhecimento faz do ser humano um ser distinto dos demais. Historicamente, seu significado e sua função sempre foram discutidos e tomados sob óticas diferentes pelos filósofos e estudiosos. Assim, dentre as inúmeras questões das quais os primeiros filó- sofos se ocupavam, o conhecimento já permeava o centro das discussões, embora não da forma como é concebido hoje. Nesse sentido, o conhecimento tem possibilitado ao homem, ao longo dos anos, escrever sua história e transmitir, de geração em geração, capacidades, habilidades e competências que nos permitem evoluir em fluxo contínuo, individual e coletivamente. A fim de se compreender o processo de criação do conhecimento, é necessário, primei- ro, fazer a distinção dos termos: dado, informação e conhecimento. O conceito desses termos ajuda no entendimento do processo de criação do conhecimento e facilita a identificação das necessidades de uma organização, com relação a esses conceitos. A nova sociedade da informação ainda carrega consigo importantes traços da econo- mia, como produtividade, relações trabalhistas e qualidade, portanto ela consegue es- tabelecer novos meios e novas estratégias para a obtenção dos resultados apoiadas em uma gestão diferenciada onde se valoriza a informação e a aplicação do conhecimento. O dado, se pensado dentro de uma hierarquia do conhecimento, ele seria o menor e o mais simplório elemento dentre os três, portanto em momento algum menos importan- te em relação aos demais, todos são importantes e dependem um do outro para se gerar uma gestão da informação. Todas as organizações necessitam de dados, com maior ou menor grau, é onde tudo se inicia. A informação é um conjunto de dados dentro de um contexto, isso indica que a informação depende de um conjunto de dados. As infor- mações são dados tratados, ou seja, oriundos do resultado de um processamento, seja por meio manual, mecânico ou eletrônico. O conhecimento, em linhas gerais, podemos dizer que é o resultado do processamento das informações, de maneira complexa e sub- jetiva, com o resultado final focado numa melhor tomada de decisão. A implantação de ferramentas ou aplicativos baseados na tecnologia da informação é de suma importância para a sobrevivência e inovação das novas e antigas organizações. A velocidade e eficácia apresentadas nos processos das empresas que utilizam recursos da tecnologia da informação são muito superiores as organizações que são usuárias de processos e rotinas antigas, essa enorme vantagem competitiva focada e alicerçada em tecnologia tende a enfraquecer cada vez mais as empresas que possuam moldes tradi- cionais em seus processos internos, buscar soluções com o intuito de agregar a Tecnolo- gia da Informação na empresa é a melhor tática para se sobressair em relação aos seus concorrentes e atacar de maneira defi nitiva o mercado. A Tecnologia da Informação (TI) é uma ferramenta importante para uma gestão do co- nhecimento voltada a excelência. A TI é uma aplicação que envolve todos os atores de um ecossistema organizacional. Os objetivos desses sistemas são de formatar e levar as informações necessárias para onde elas são efetivamente úteis. A mensuração dos resultados que proporciona a Tecnologia da Informação associada a gestão do conhe- cimento é algo muito difícil, porém deve ser buscada sempre. Portanto, as vantagens em se ter um setor de Tecnologia da Informação em uma organização são várias, dentre elas, destacam-se: o acesso rápido às informações armazenadas em servidores, rapidez nos processos internos da empresa e, principalmente, a possibilidade de se criar um histórico de clientes e de consumo por meio de ferramentas de ERP (Enterprise Resource Planning), Sistema Integrado de Informação e CRM (Customer Relationship Management) e BI (Business Intelligence), possibilitando a criação também de uma gestão de relaciona- mento com o cliente, essencial a tomada de decisões. Fonte: AZEVEDO, F. et al. Tecnologia da Informação na Gestão do Conhecimento. In: DAHER, R. et al. Pensando o Conhecimento - Uma Abordagem Teórica à Gestão do Conhecimento. Maringá: Editora Vivens, 2015. p. 93-109. NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Gestão do Conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008. Sistemas de Informação: Planejamento e Alinhamento Estratégico nas Organizações Jorge Luis Nicolas Audy e Angela Freitag Brodbeck Fulano Ciclano da Silva Editora: Bookman Sinopse: Nesta obra, você poderá rever conceitos e consolidar os conhecimentos adquiridos e ainda terá contato com novos conceitos, como o de planejamento estratégico e do processo decisório. Ressaltamos ainda que neste livro foram compilados os resultados de pesquisas desenvolvidas em empresas brasileiras e norte-americanas, conforme poderá ser notado no decorrer de sua leitura e nos estudos de casos apresentados. U N ID A D E II Professor Dr. Nelson Nunes Tenório Jr. A GOVERNANÇA DE TI Objetivos de Aprendizagem ■ Conhecer os princípios básicos de Governança de TI ■ Conhecer o conceito e o funcionamento da ITIL ■ Conhecer o conceito e o funcionamento do CobiT ■ Conhecer o CMMI ■ Conhecer os modelos de qualidade ISO para a TI Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ A Governança de TI nas Empresas ■ O COBIT ■ A ITIL ■ Ferramentas para Governança de TI INTRODUÇÃO Nesta unidade, você aprenderá os conceitos de Governança de TI (GTI) e a sua importância para as empresas. A GTI estabelece os padrões de TI alinhados aos objetivos estratégicos das empresas, sendo essencial para as operações, bem como no processo de tomada de decisão. Assim, a GTI é fundamental para a definição, manutenção e suporte aos usuários dos SI’s utilizados pelas empresas. Nesta unidade, primeiramente serão apresentados os conceitos de empresa de GTI. Aqui você descobrirá quais são as responsabilidades da GTI e como alinhá- -la aos objetivos estratégicos da empresa, além de compreender acerca do ciclo de vida da GTI em uma empresa. Após a consolidação desses conceitos, você verá os modelos de GTI e os processos necessários para a sua implantação e gestão. Com o intuito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem, serão apre- sentadas figuras ilustrativas e comentadas sobre a GTI; seu conceito é um dos nossos objetos de estudo. A GTI é executada pelo setor de TI das empresas e traz consigo vários benefí- cios, dentre eles, o alinhamento da TI aos objetivos organizacionais para garantir a continuidade dos negócios e padronizar as tecnologias utilizadas. Veremos ainda, nesta unidade, duas formas de gerenciar a TI, quais sejam: os modelos COBIT e ITIL. O primeiro é um modelo utilizado para gerenciar toda a TI da empresa. O segundo está voltado à parte de serviços prestados. Os dois modelos são baseados em boas práticas utilizadas por empresas de todo o mundo e são muito bem aceitos por empresas maduras no mercado. Na sequência, compreenderemos o que é e qual a importância da GTI para as empresas. Por fim, serão apresentados e discutidos dois modelos de GTI. Todo esse conhecimento você poderá utilizar no auxílio para a tomada de decisões referentes à Tecnologia da Informação! Vamos começar? Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e19 98 . 51 A GOVERNANÇA DE TI Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E52 A GOVERNANÇA DE TI NAS EMPRESAS Vamos iniciar com o conceito de Governança de Tecnologia da Informação, o qual passaremos a chamar de GTI. A GTI é responsável por organizar o setor de TI de uma empresa. Segundo Fernandes (2008), ela é movida por fatores que consideram: ■ A TI como prestadora de serviço: os clientes da TI não são apenas externos à empresa, eles também podem ser internos. Imagine que uma empresa tenha o seu setor de TI, logo, os funcionários do setor de TI (que também são funcionários da empresa) possuem como clientes todos os demais funcionários e clientes da empresa. ■ A Integração Tecnológica: como já vimos na unidade I, os ERP’s são os grandes responsáveis por integrar a empresa, tanto verticalmente quanto horizontalmente, por meio do SCM e CRM, e da Gestão do Conhecimento. Com isso, as ilhas de sistemas, sistemas isolados, devem acabar, pois desa- celeram a tomada de decisão, prejudicando, assim, a gestão empresarial. ■ A segurança da informação: com o advento da internet, a infraestrutura de TI está exposta a constantes ataques visando o roubo de informação, interrupção de serviços e a injeção de vírus e códigos maliciosos. ■ Os negócios dependentes da TI: naturalmente, os computadores foram fazendo parte do dia a dia das empresas, que se tornaram mais depen- dentes de hardware, sistemas e pessoas. Quanto mais dependentes da tecnologia, maior o impacto da falta dela para os negócios. Você já deve ter ido a um banco fazer uma operação e não ter conseguido devido ao “sistema fora do ar”. Assim, na atualidade, boa parte das empresas não consegue vender mercadorias caso fiquem sem seus sistemas, por exem- plo, uma “.com”, que é extremamente dependente da internet. ■ Os marcos regulatórios (compliance): são regras para a restrição do negócio e seguidos pelas empresas de capital aberto para atrair mais investidores, aumentando, assim, a lucratividade. A Sarbanes-Oxley Act, popularmente conhecida como SOX, determina que as empresas tenham transparência na sua contabilidade e corresponsabiliza diretores e funcionários da área de finanças por atos lesivos a investidores e mercado. Assim, a área de TI deve garantir que os SPT’s da empresa (visto na unidade I), que geram TI Prestadora de Serviço Negócios Dependentes da TI Ambientes de Negócios Integração tecnológica Marcos de Regulatórios (compilance) Segurança Governança de TI A Governança de TI nas Empresas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 53 os fatos financeiros e contábeis, emitam relatórios de resultados, armaze- nem os dados com segurança, possibilitem a auditoria contábil-financeira e tenham os seus riscos, como os de infraestrutura (incêndio, injeção de vírus etc.), devidamente conhecidos e gerenciados. ■ O ambiente de negócios: se caracteriza por uma intensa competição de mercado por causa de novos produtos e concorrentes que praticam um custo mais baixo. Hoje em dia, os produtos em geral possuem um ciclo de vida bem mais curto que no passado, isso não só estimula a concorrência e o consumo desenfreado, como também aumenta a competitividade, a exigência dos clientes e a pressão dos investidores. Um ambiente de negó- cio hostil exige da TI um maior dinamismo em termos tecnológicos, o que envolve aprendizado e aquisições de novas tecnologias para que a empresa se torne mais competitiva. A Figura 21 apresenta a relação existente entre a governança de TI e os fatores que a movem. Figura 21: Fatores que movem a GTI Fonte: adaptada de Fernandes (2008, p. 9). Medição de Desempenho Estrutura, Processos, Operações e Gestão Decisão, Compromisso, Priorização e Alocação de Recursos Alinhamento Estratégico e Compliance A GOVERNANÇA DE TI Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E54 Foi apresentado até agora o que move a GTI em uma empresa. De acordo com a IT Governance Institute – ITGI (2005 apud Fernandes, 2008, p. 13), a GTI é “[...] de responsabilidade da alta administração (incluindo diretores e executi- vos), na liderança das estruturas organizacionais e nos processos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da organização”. A ITGI foi criada em 1998 devido à crescente demanda de TI nas empre- sas que, para ter sucesso, dependiam dos serviços de TI para alcançarem seus objetivos. A ITGI auxilia as empresas a garantir que a TI suporte os objetivos de negócio, maximizando o investimento das empresas nessa área e gerenciando adequadamente os riscos e oportunidades de negócio que envolvem a TI. Segundo Fernandes (2008), são deveres da GTI: ■ Realizar o alinhamento da TI aos negócios empresariais com relação à infraestrutura e sistemas; ■ Garantir a continuidade do negócio, que, nesse caso, é evitar interrup- ções e falhas da TI; e ■ Garantir o alinhamento com os marcos regulatórios e outras normas ou resoluções, como SOX, Basileia II, ISO, dentre outras. Ainda de acordo com Fernandes (2008), é proposto um “Ciclo de Governança de TI”, tal como observaremos na figura seguinte. Figura 22: Etapas do Ciclo de GTI Fonte: o autor. A Governança de TI nas Empresas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 55 Na primeira fase − Alinhamento Estratégico e Compliance − é realizado o pla- nejamento estratégico de TI. Esse planejamento deve levar em consideração as estratégias empresariais para o seu nicho de mercado, bem como os requisitos de compliance externos. A segunda fase − Decisão, Compromisso, Priorização e Alocação de Recursos − rege as responsabilidades da TI no que tange aos ser- viços de infraestrutura, investimentos necessários, sistemas, dentre outros. Na terceira fase − Estrutura, Processos, Operações e Gestão − são definidas as ope- rações de sistema, infraestrutura, suporte técnico, dentre outros. Portanto, você deve levar em consideração a estrutura organizacional e funcional de TI, bem como os processos de gestão e operação dos produtos e serviços já existentes ou novos. Por fim, a fase de Medição de Desempenho é responsável por deter- minar, coletar e gerar indicadores de desempenho dos processos, produtos e serviços para o acompanhamento de quanto a TI está alinhada aos objetivos e estratégias empresariais. É importante você saber que a GTI alinha a TI aos requisitos dos negócios empresariais como forma de garantir o atendimento às estratégias e à conti- nuidade dos negócios, bem como o cumprimento de marcos regulatórios. Para tanto, a priorização das iniciativas de TI gera um portfólio que realiza a ligação entre a estratégia traçada e as ações do dia a dia. Anteriormente, vimos o ciclo da GTI. A Figura 23 apresenta um mapa men- tal com os domínios e componentes da GTI, a partir de agora, conheceremos cada um deles. A lin ha m en to E st ra té gi co Pr in cí pi os d e TI N ec es si da de s de A pl ic aç õe s A rq ui te tu ra e In fr ae st ru tu ra d e TI O bj et iv os d e D es em pe nh o Ca pa ci da de d e A te nd im en to O ut so ur ci ng Se gu ra nç a da In fo rm aç ão Co m pe tê nc ia s Pr oc es so s e O rg an
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