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Resumo 1 bimestre proc. penal 1

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Resumo - Processo Penal IV - 1º Bimestre 
Ação, Processo e Procedimento 
- Ação: refere-se ao direito subjetivo que qualquer pessoa tem de pleitear. 
- Processo: trata-se de um mecanismo, instrumento, é a representação do direito de ação. 
- Procedimento: são as etapas que ocorrem para que o processo se desenvolva, ou seja, as formalidades. 
- Definição dos Ritos usados no Processo Penal: antigamente, os ritos eram definidos pela qualidade (matérias). Atualmente, com fundamento no art. 394 CPP os ritos são definidos pela quantidade da pena descrita pelo crime cometido (sempre utilizar a pena máxima). 
- Lei 9.099/95 (lei dos Juizados): no processo penal, essa lei é considerada rito comum, pois não trata de matéria especial. 
- Procedimentos: os ritos utilizados no processo penal são: rito comum sumário, ordinário e sumaríssimo, que se classificam da seguinte forma: 
	Crime 
	Pena 
	Rito 
	Alto potencial ofensivo
	Igual ou superior a 4 anos 
	Ordinário 
	Médio potencial ofensivo
	Inferior a 4 anos 
	Sumário
	Pequeno potencial ofensivo 
	Até 02 anos 
	Sumaríssimo 
Lembrando: as infrações de menor potencial ofensivo são aqueles previstos na Lei 9.099/95, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapassem 02 anos, sendo cumulada ou não com pena de multa. 
- Exceção aos Procedimentos Criminais: 
1) Estatuto do idoso: de acordo com o art. 94 da lei 10741/03, em todos os crimes previstos no próprio estatuto cuja pena máxima não ultrapasse 04 anos de prisão, será aplicado o rito sumaríssimo em atenção ao princípio da proteção eficiente à vítima (pessoa idosa). Caso o crime esteja previsto fora do estatuto do idoso, aplica-se a regra comum do art. 394 §1º do CPP. 
2) Lei Maria da Penha: o art. 41 da lei nº 11.340/06 proíbe a aplicação da lei 9.099/95 que institui os JECRIM'S. Em conseqüência, não se aplica o procedimento sumaríssimo em crimes contra a mulher, no âmbito das relações domésticas ou familiares, podendo ser aplicados somente o procedimento comum sumário ou ordinário, considerando a pena máxima prevista no tipo penal. 
Procedimento Comum Ordinário - pena igual ou superior à 04 anos 
- Objetivo: apurar crimes cuja pena máxima seja igual ou superior à 04 anos de prisão. 
1. Denúncia/queixa: requisitos do art. 41 CPP: 
a) descrição dos fatos: deve ser de modo detalhado sob pena de inépcia; 
b) qualificação: todas as características que auxiliem da identificação do réu, como tatuagens, cicatrizes, manchas, etc;
c) classificação do crime: descrevendo o fato de forma que a conduta seja adequada ai tipo penal; 
d) rol de testemunhas: até 08 testemunhas pela acusação e 08 pela defesa, podendo este número ser aumentado se houver mais de um acusado ou fato criminoso, sendo as testemunhas contadas por réu e por cada fato imputado, conforme art. 401 CPP. 
2, Rejeição Liminar ou recebimento (arts. 395 e 396 CPP): difere-se do Processo Civil onde o juiz antes de indeferir a petição inicial concede prazo as partes para que aditem ou emende a P.I expondo os motivos para tal, extinguindo o processo sem resolução do mérito apenas quando a parte não cumprir essa determinação. Já no Processo Penal, caso a denúncia ou queixa seja considerada defeituosa pelo juiz, ela será rejeitada de plano (liminarmente), sem essa possibilidade de corrigi-la ou acrescê-la. 
- Recurso cabível da decisão que rejeita liminarmente a denúncia ou queixa: de acordo com o disposto no art. 581 inc. I do CPP, dessa decisão caberá recurso em sentido estrito RESE. 
- Quando a denúncia ou queixa é considerada inepta? a inépcia se caracteriza pela violação dos requisitos mínimos obrigatórios para postular em juízo, os quais estão descritos no art. 41 CPP, além disso pela ausência das condições da ação ou dos pressupostos processuais de existência ou validade do processo. 
3. Recebimento e Citação : após ser considerada apta, a denúncia/queixa será recebida e dá-se início à citação do réu, que poderá ocorrer nas seguintes formas: 
	Modalidade 
	Não comparecimento no prazo determinado 
	Consequência 
	Pessoal
	Nomeado defensor 
(não há presunção de veracidade dos fatos) 
	Sem necessidade de comunicação de novos atos; 
	Por hora certa 
	Nomeado defensor 
(não há presunção de veracidade dos fatos)
	Sem necessidade de comunicação de novos atos; 
	Por edital
	(não há presunção de veracidade dos fatos)
	Processo suspenso pelo período máximo da pena privativa de liberdade. Súm. 415 STJ. 
4. Resposta à acusação: art. 396 CPP 
Pode-se dizer que a resposta à acusação é como se fosse a contestação do processo civil. 
- Prazo para apresentação da resposta: 10 dias contados da data da citação. Caso o acusado não apresente advogado neste prazo, será nomeado um defensor, visto que defesa no processo penal é obrigatória. 
Obs: na citação por edital o prazo será de 15 dias contados do comparecimento do acusado. 
- Conteúdo: nesta peça devem ser apresentados todos os argumentos que possam favorecer a defesa do réu, inclusive arguição de nulidade, eventuais vícios, etc. 
5. Confirmação do recebimento ou absolvição sumária: art. 397 CPP 
Após recebida a resposta à acusação, o juiz irá analisar novamente as provas trazidas pela acusação e defesa afim de verificar a possibilidade de julgamento antecipado da lide, procedimento este chamado de absolvição sumária. Para que a absolvição sumária ocorra é necessário que o acusado preencha algum dos requisitos dispostos no rol taxativo do art. 397 CPP, sendo: 
I. existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;    
II. existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III. que o fato narrado evidentemente não constitui crime; 
IV. extinta a punibilidade do agente.
Não se enquadrando nenhuma dessas hipóteses ou restando dúvidas ao juiz, em função do princípio do indubio pro societate, neste momento o réu não será absolvido. 
OBS: Atenção ao art. 397 inc. II CPP que dispõe sobre a absolvição sumária do acusado que tenha agido mediante excludente de culpabilidade, exceto a inimputabilidade por doença mental. Tal exclusão foi proposital para que essa classe de pessoas não seja prejudicada, visto que o inimputável quando absolvido impropriamente pelo juiz da "pena comum" receberá a imposição de medida de segurança, a qual possui caráter aflitivo. A absolvição sumária neste caso reflete diretamente no princípio do contraditório e da ampla defesa, ferindo a possibilidade de demonstração de inocência pelo fato praticado pelo inimputável. Porém, embora seja considerada a inimputabilidade, tal circunstância não proíbe que o acusado nestas condições seja absolvido sumariamente por outro fundamento legal, como por exemplo, a legítima defesa. 
6. Audiência de Instrução e Julgamento - art. 399 CPP
Com fundamentação no princípio da identidade física do juiz, o magistrado que analisa as provas na audiência de instrução deve ser o mesmo a julgar o mérito da ação penal. Porém, tal regra comporta algumas exceções, como: férias, licença, afastamento de qualquer ordem, promoção do juiz para outra comarca ou grau de jurisdição. 
- Prazos - art. 400 CPP 
Quanto ao prazo há divergência doutrinária, sendo: 
*Posição minoritária: a menor parte da doutrina entende que o prazo disposto no art. 400 CPP refere-se apenas a data de realização da audiência de instrução e julgamento, não havendo consenso entre eles sobre a partir de quando inicia-se a contagem desse prazo: se desde o início da ação penal (após o recebimento da denúncia) ou a partir da decisão que confirma o recebimento da denúncia e não absolve sumariamente o réu. 
*Posição majoritária: em contrapartida, a maior parte da doutrina acompanhada da jurisprudência dominante sustenta que o prazo de 60 dias refere-se à conclusão de todo o procedimento ordinário, ou seja, compreende o período que se estende do recebimento da denúncia até a sentença condenatóriaou absolutória. 
- Ordem dos Atos 
Em regra: 
1) Ouvir a vítima; 
2) Inquirição de testemunhas, sendo 1º da acusação e 2º do réu. 
Exceção: a flexibilidade e inversão da ordem das testemunhas somente será possível mediante concordância do advogado do réu, sob pena de nulidade absoluta do processo pois ofende o princípio do contraditório e ampla defesa. 
. Debates Orais - art. 403 §3º : trata-se de alegações finais em que na prática, na maioria das vezes são substituídos pelos chamados memoriais. 
7. Sentença - arts. 386 e 387 CPP 
A sentença poderá ser: 
	Condenatória: art. 387 CPP 
	Absolutória : art. 386 CPP 
	Trata-se da sentença de caráter punitivo com imposição de uma pena, obedecidos os requisitos do art. 387 CPP. 
	Própria (art. 386 CPP): sentença que aprecia o mérito, julgando improcedente o pedido e declarando a absolvição ou inocência do acusado. Tem caráter constitutivo, pois reconhece a inocência do réu para todos os efeitos. 
Obs: na dúvida haverá absolvição em face ao princípio do "indubio pro réu"
	Imprópria (art.386 parág. único, III): o réu quando inimputável será absolvido, porém, receberá a aplicação de medida de segurança para o tratamento de enfermidade ou diminuição de sua periculosidade. Mesmo que seja culpado não pode receber a pena comum devido à sua condição de inimputabilidade. 
	
	
	
8. Recurso - art. 593 inc. I 
Da sentença, seja condenatória ou absolutória caberá recurso de apelação. 
Procedimento Comum Sumário - art. 531 CPP - pena inferior a 4 anos
1. Normas de alcance comum ao procedimento ordinário: ao procedimento comum sumário serão aplicadas as mesmas regras do procedimento comum ordinário nas fases de recebimento da denúncia até a decisão (ou não) da absolvição sumária (arts. 395 a 399 CPP), apontando diferenças a partir da audiência de instrução e julgamento. 
2. Distinções Rito Ordinário x Sumário 
	Rito comum ordinário 
	Rito comum sumário 
	Número de testemunhas: até 08 para cada réu e para cada fato. 
	Número de testemunhas: até 05 para cada réu e para cada fato.
	
	
	Prazo para conclusão da ação: 60 dias 
	Prazo para conclusão da ação: 30 dias
	
	
	Possibilidade de substituição de debates orais por memoriais: permitido. 
	Aplicação por analogia ao rito ordinário. 
	
	
Procedimento Sumaríssimo - Lei 9.099/95 - JECRIM - pena até 02 anos 
1. Considerações inicias: "plea bargani" --> nasce o instituto da colaboração premiada. 
Finalidade: busca conciliação, produzindo efeitos processuais penais assim como na esfera cível. 
2. Medidas Despenalizadoras: 
Temos três institutos despenalizadores, sendo: composição civil e transação penal que se dão antes mesmo de iniciado o processo e a suspensão condicional do processo que se dá em momento processual, após o juiz receber a denúncia.
a) COMPOSIÇÃO CIVIL DOS DANOS (art. 74): Na audiência preliminar o objetivo precípuo é a composição dos danos, sendo o primeiro instituto despenalizador. A composição civil (acordo entre as partes) geralmente envolve pecúnia. Obtida a composição civil, as conseqüências dependem da natureza da ação penal:
1. Se for crime de ação penal publica condicionada, a representação do ofendido tem como conseqüência a extinção do direito de representação, ou seja, de extinção de punibilidade;
2. Se for crime de ação penal privada, a composição civil extingue o direito de propor a queixa-crime e, por conseqüência, enseja a extinção da punibilidade;
3. Se for crime de ação penal pública incondicionada o acordo não tem nenhuma conseqüência penal, ou seja, o acordo realizado entre autor e vítima não tem qualquer ingerência frente a opinio delicti ao MP, não ensejando extinção da punibilidade. A composição civil, nesse caso, influi tão somente no direito de reparação civil, é extrapenal. 
b) TRANSAÇÃO PENAL (art. 76): Na composição civil, o acordo ocorre entre as partes. Já na transação penal ocorre um acordo, em regra, entre o MP e o AUTOR DO FATO. A transação penal diz respeito à propositura imediata do MP em aplicar pena restritiva de direitos ou pena de multa como condição de não oferecer a denúncia. 
****Importante destacar que a medida aplicada em transação penal não tem natureza de pena, visto que nem mesmo existe o processo, ou seja, não houve nem contraditório e nem ampla defesa. O entendimento é que a transação penal não caracteriza assunção de culpa pelo delito, ou seja, não configura reincidência e não é antecedente criminal, conforme anteriormente mencionado. A sentença que homologa a transação penal é declaratória, sem qualquer repercussão penal.
- Requisitos: não ser reincidente pela prática de crime (contravenção penal não impede o benefício); a reincidência deve se dar por crime com pena de prisão, caso seja de multa a proposta de transação é admitida; demais requisitos previstos no art. 76 da lei. 
- Descumprimento: O descumprimento dessa medida jamais poderá importar na conversão em pena privativa de liberdade que somente é admitida no caso de sentença penal condenatória transitada em julgado. 
c) SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO: Nos crimes em que a pena mínima cominada seja igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime. Presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena, O MP propõe ao réu a suspensão do processo pelo prazo de 2 a 4 anos, no entanto, o processo ficará suspenso até que sejam cumpridas as condições legais.
- Causas de revogação obrigatórias: réu que seja processado por outro crime durante o período de suspensão; réu que não tenha reparado o dano causado pelo crime, terá o benefício obrigatoriamente revogado. 
- Causa de revogação facultativa: réu processado por prática de contravenção penal durante o período de suspensão; descumprimento de alguma outra condição, é facultado ao juiz revogar o benefício se achar necessário. 
- Extinção da punibilidade: 
*Posição OAB: o art. 89 §5º da lei 9.099/95 disciplina que expirado o prazo de suspensão do processo sem ter ocorrido revogação, o réu tem direito a ser declarada extinta a sua punibilidade, ainda que após esse prazo tome conhecimento que o beneficiário respondia por outro crime. 
*Posição STJ e doutrina: passou a proferir decisões no sentido de que caso o réu venha a ser processado durante o período de suspensão mas a informação sobrevém depois de expirado o prazo da suspensão , ainda assim haverá causa para revogação do benefício. 
Fase Judicial - JECRIM 
*Pontos importantes: 
- Substituição dos debates orais por memoriais escritos: em atenção ao princípio da celeridade, a lei 9.099/95 não prevê a possibilidade da substituição dos debates orais por memoriais escritos, porém isso não significa que tal procedimento seja proibido, pois o art. 394 §2º do CPP dispõe que o procedimento comum ordinário pode ser aplicado a qualquer processo ou procedimento, salvo o próprio código ou lei especial apresente vedação expressa. Assim, por omissão de vedação do JECRIM, aplica-se o procedimento ordinário. 
- Citação: com fundamento no art. 18 §2º da lei 9.099/95 não pode ser realizada citação por edital e hora certa, somente por oficial de justiça pessoalmente. 
Procedimento na Lei de Drogas 11.343/06 
- Prazos para conclusão da ação: 30 dias, mas caso necessitar de exame para atestar dependência o prazo se estende para 90 dias. 
*Obs: a citação é também chamada de notificação e a defesa prévia deve ser escrita. 
- Discussão quanto ao interrogatório do réu: neste procedimento o réu é interrogado em primeiro lugar na audiência de instrução e julgamento. Uma parte minoritária entende que este ato é inconstitucional por ferir os princípios do contraditório e ampla defesa, visto que o réu ao ocupar posição de vulnerabilidade naação penal deveria ser interrogado em último lugar, após a coleta de provas. 
Procedimento nos crimes contra a honra 
Para os processos dos crimes contra a honra não há um rito específico a ser obedecido, mais uma formalidade prévia à inauguração da ação penal, sendo obrigatória a realização de audiência de tentativa de conciliação, podendo ser aplicados os ritos sumaríssimo, sumário e ordinário somente após essa audiência.

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