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MADEIRA aula4

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MADEIRA
SOLICITAÇÕES NAS ESTRUTURAS
As barras das estruturas de madeira são solicitadas por esforços que devem ser determinados de acordo com os princípios da Estática das Construções, admitindo-se em geral a hipótese de comportamento elástico linear dos materiais.
SOLICITAÇÃO A TRAÇÃO
No caso de peças tracionadas, deve ser observada a seguinte condição de segurança, relativa ao Estado Limite Último : 
Nesta equação, o valor Td corresponde à solicitação de calculo de tração, obtida das Combinações de Ações estudadas.
A área livre corresponde ao valor da área líquida da seção transversal, no ponto mais desfavorável da barra. A área líquida obtém-se descontando-se os vazios provocados por cortes na seção transversal, devido à colocação de pinos de ligação ou encaixes realizados.
SOLICITAÇÃO A COMPRESSÃO
As peças solicitadas à compressão simples paralela às fibras, devem levar em conta na sua verificação de segurança, aos Estados Limites Últimos, a possibilidade de ocorrência da flambagem.
 
Nesta expressão, L0 é o comprimento teórico de referência (comprimento de flambagem), considerado para as respectivas direções (ou eixos), e i o respectivo raio de giração.
GRAU DE ESBELTEZ
Peças curtas : Elementos com grau de esbeltez λ ≤ 40 :
A condição de segurança (Estado Limite Último) é expressa por:
Nesta expressão, as tensões atuantes σ0,d são determinadas através dos valores do esforço de compressão de calculo, obtido das Combinações de Ações.
Peças medianamente esbeltas : Elementos com grau de esbeltez 40< λ≤80 :
A condição de segurança (Estado Limite Último) é expressa por:
 
Nesta expressão, os valores de σMd corresponde às tensões de flexão de cálculo.
Peças Esbeltas : Elementos com grau de esbeltez 80<λ≤140 :
A condição de segurança (Estado Limite Último) é expressa também por:
ELEMENTOS SOLICITADOS A COMPRESSÃO
As peças solicitadas à compressão simples normal às fibras, devem levar em conta a extensão do carregamento, medida paralelamente à direção das fibras, na verificação da segurança aos Estados Limites Últimos:
CLASSES DE RESISTÊNCIA
A extensão “c” do carregamento, medido na direção das fibras, define o valor de αn:
ELEMENTOS SOLICITADOS AO CISALHAMENTO
As peças solicitadas ao cisalhamento, devem levar em conta na verificação da segurança aos Estados Limites Últimos, a seguinte expressão:
CONÍFERAS
DICOTILEDÔNEAS
ELEMENTOS SOLICITADOS A FLEXÃO
Tensões Normais de Flexão (Estados Limites Últimos) :
A condição de segurança será estabelecida mediante a verificação das seguintes expressões :
Vão de cálculo a considerar :
Considera-se o vão teórico com o menor dos seguintes valores :
a) distância entre eixos dos apoios.
b) o vão livre acrescido da altura da seção transversal da peça no meio do vão, não se considerando acréscimo maior que 10 cm.
ESTABILIDADE LATERAL
Em vigas sujeitas a instabilidade lateral por flambagem da região comprimida da seção transversal, a NBR-7190 não tem um critério estabelecido para a condição de segurança. Deverá ser utilizada uma teoria cuja validade tenha sido comprovada experimentalmente.
No entanto, pode-se dispensar tal verificação quando forem satisfeitas as seguintes condições :
a) Os apoios de extremidade da viga impedem a rotação de suas extremidades, em torno do eixo longitudinal da mesma.
b) Existe um conjunto de elementos de travamento ao longo do comprimento “L” da viga, afastados entre si de uma distância não maior que “L1”, que também impedem a rotação dessas seções transversais em torno do eixo longitudinal da peça.
O valor de “L1” pode ser determinado em função da largura “b” e da altura “h” da seção transversal:
DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
Os projetos de estruturas de madeira devem propiciar uma definição clara do sistema estático adotado. A obrigatoriedade de tratamentos preservativos, a facilidade de escoamento de águas e arejamento das peças, assim como facilidade de inspeção e reparo são atributos a serem conferidos nas estruturas.
DIMENSÕES MÍNIMAS
Nas peças principais isoladas, como vigas e barras longitudinais de treliças, a área mínima das seções transversais será de 50 cm2 e a espessura mínima de 5 cm. Nas peças secundárias, estes limites reduzem-se para 18 cm2 e 2,5 cm, respectivamente. 
No caso de peças principais múltiplas, a área mínima da seção transversal de cada elemento componente será de 35 cm2, e a espessura mínima de 2,5 cm. Nas peças secundárias múltiplas, estes limites reduzem-se a 18 cm2 e 1,8 cm, respectivamente.
SEÇÃO CIRCULAR
As peças de seção circular, sob a ação de solicitações normais ou tangenciais, podem ser consideradas como se fossem de seção quadrada, de área equivalente. As peças de seção circular variável podem ser calculadas como se fossem de seção uniforme, igual à seção situada a uma distância da extremidade mais delgada igual a 1/3 do comprimento total, não se considerando, no entanto, um diâmetro superior a 1,5 vez o diâmetro nesta extremidade.

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