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Arritmias Cardíacas • Taquiarritmias • Bradiarritmias Calculando o batimento cardíaco pelo ECG Regra dos 300 Uma opção mais rápida para a prática é dividir 300 pelo número de quadrados (de 5mm) entre os R-R no ECG. Regra dos 1500 Dividindo o número de quadro por 1500. Abaixo no exemplo - 1500/ 10 = 100 bpm • Taquiarritmias 1. Taquicardia Sinusal 2. Taquicardia juncional 3. Fibrilação atrial 4. Futter atrial 5. Taquicardias ventriculares 6. Fibrilação ventricular 7. Flutter ventricular Arritmias Cardíacas Características Aumento da descarga do Nodo Sinoatrial Freqüência sinusal superior a 100 bpm em adultos Raramente acima de 180 bpm, exceto durante exercício físico extenuante ( a freqüência máxima diminui com a idade) Arritmias Cardíacas 1. Taquicardia Sinusal No ECG : ritmo normal, onda P sinusal. • Causas Resposta normal em casos de exercício, febre, dor, estresse ou emoções intensas (medo,ansiedade) Doenças cardíacas : ICC, choque cardiogênico ou pericardite e outras como : anemia, hemorragia, hipertireoidismo, embolia pulmonar, desconforto respiratório e sepse. Fármacos : aminofilina, anfetaminas, atropina, dobutamina, epinefrina. Outros : álcool, cafeína, nicotina. Sinais e sintomas Freqüência de pulso periférico acima de 100 bpm, Ritmo regular 1. Taquicardia Sinusal Taquicardia atrial • Geralmente é secundária a doenças extracardiacas • Ondas P precedendo QRS, porém com morfologia diferente (≠ taquicardia sinusal) • Se associada a BAV variável -> indica intoxicação por digitálico. • Decorre de aumento do automatismo -> CVE ineficaz -> Diltiazemou verapamil. Betabloqpode ser opção. - atenolol, metoprolol Frequência – maior que 100 bpm • Condutas de Enfermagem Perguntar ao paciente sobre o uso de substâncias deflagradoras de taquicardia e orientá-lo sobre os riscos das mesmas, Proporcionar ambiente calmo e ajudar o paciente com técnicas de relaxamento, Não é necessário tratamento se o paciente estiver assintomático, Se o paciente apresentar isquemia cardíaca, será necessário administrar medicamentos para reduzir a FC, tais como beta-bloqueadores (Propanolol) ou bloqueadores do canal de cálcio (Verapamil) spm. 1. Taquicardia Sinusal 2. Taquicardia Juncional No ECG : ausência de onda P ou onda P invertida. • Causas BPM – 100 à 160 bpm Distúrbio hidroeletrolítico, ICC, Hipocalemia, IAM ou isquemia miocárdica de parede inferior, Inflamação da junção AV após cirurgia cardíaca, Isquemia miocárdica de parede posterior, Cardiopatia das válvulas tricúspide e mitral. 2. Taquicardia Juncional No ECG : ausência de onda P ou onda P invertida. • Condutas de Enfermagem As manobras vagais e medicamentos como a Adenosina podem reduzir a FC em pacientes sintomáticos, A Adenosina produz um bloqueio de curta duração no Nodo A-V, Avaliar o paciente quanto à sinais e sintomas de redução do DC, Administrar Suplementos de Potássio spm. 2. Taquicardia Juncional Taquiarritmias Supra-ventriculares Flutter Atrial: 1. A freqüência do átrio chega a 250 350 bpm 2. A freqüência do ventrículo geralmente é metade do átrio (bloqueio AV 2:1) e é regular (intervalo RR não varia) 3. Padrão eletrocardiográfico onda P em serrilhado, ondas de flutter 4. Uso de amiodarona 5. (antagonista de canais de potássio - diminui a FC) 6. Tratamento de escolha cardioversão elétrica sincronizada Ondas de flutter 4:1 RR regular Circunferencia atrial como circuito de reentrada •Presença de ondas F (geralmente negativas em DII, DIII e AVF •Frequencia atrial elevada (250-350) e BAV 2:1 (frequência ventricular =150. Flutter atrial no monitor cardíaco Pulso – 250 a 350 bpm Tratamento - amiodarona ampolas e cardioversão elétrica Choque - cardioversão elétrica Choque - cardioversão elétrica – o aparelho analisa o ritmo e realiza o choque - 100 a 200 joules Fibrilação atrial Choque - cardioversão elétrica – o aparelho analisa o ritmo e realiza o choque - 100 a 200 joules Taquicardia ventricular Fibrilação ventricular Desfibrilação - é a aplicação de uma corrente elétrica em um paciente, através de um desfibrilador Tratamento; - Taquicardia ventricular sem pulso - Fibrilação ventricular Desfibrilação Promove uma corrente elétrica em todo o miocárdio, permitindo que o sistema de condução elétrica intracardiaco possa reassumir de forma organizada a despolarização miocárdio a e o ritmo cardíaco organizado. Importante lembrar: Os ritmos que se faz Desfibrilação são Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso; Fibrilação ventricular é o estremecimento rápido e ineficaz dos ventrículos, assim não ocorrendo batimentos cardíacos audíveis, pulsos palpáveis e respiração perceptível. Esse padrão é tão irregular, que dificilmente pode ser confundido com outro tipo de arritmia. O tratamento imediato é a desfibrilação. Fibrilação Ventricular Local exato O único tratamento eficaz é a imediata desfibrilação através de choque por corrente direta de 200 a 360 JAULES conforme o protocolo descrito (CABDEs). O uso de antiarritmicos na presença de FV e após a recuperação da parada cardíaca por FV é descrito no link "Antiarritmicos". Desfibrilação Cardíaca Arritmias no registro do papel Fibrilação atrial Flutter atrial Taquiarritmias Supra-ventriculares Fibrilação Atrial: A freqüência atrial não pode ser contada, ritmo caótico. Não há onda P A freqüência ventricular é de 160 à 180 bpm Caracteriza-se por ritmo ventricular irregular Padrão eletrocardiográfico com ondas F e variação de amplitude da onda R Amiodarona ou ancoron Em casos crônicos indicada anticoagulação sistêmica, na profilaxia trombo-embolismo cardíaco (trombo atrial) Onda F RR irregular Características Atividade elétrica caótica e assincrônica no tecido atrial, Resulta da descarga de vários impulsos de numerosos marcapassos ectópicos nos átrios, Ausência de ondas P e resposta ventricular irregular, Pode ser precedida de contrações atriais. Arritmias Cardíacas 4. Fibrilação Atrial No ECG : Ritmo atrial e ventricular irregulares. Ondas P ausentes, substituídas pelas ondas fibrilatórias na linha de base em razão das rápidas despolarizações atriais. taqui e bradiarritmias • Causas Distúrbios que aumentam o tecido atrial e elevam as pressões atriais, Pós – operatório de Cirurgia cardíaca, DPOC Hipertireoidismo Valvopatia tricúspide e mitral Drogas deflagradoras de taquicardia Flutter / Fibrilação Atrial • Sinais e sintomas Comprometimento grave do DC, se a FC for muito baixa (menos de 40 bpm) ou muito alta (acima de 150 bpm) Se a freqüência ventricular for normal, possivelmente assintomática. O risco aumenta devido ao aumento da freqüência ventricular, Se a freqüência ventricular for elevada : palpitações e sinais de redução do DC ; diminuição do tempo de enchimento ventricular e da perfusão coronária, resultando em angina, insuficiência cardíaca, hipotensão , edema pulmonar e síncope. Flutter /Fibrilação Atrial • Condutas de Enfermagem Se o paciente estiver hemodinamicamente instável e o flutter / fibrilação atrial tiver duração igual ou inferior a 48 h, deve-se realizar imediatamente Cardioversão elétrica sincronizada. Flutter de duração superior a 48 h, não se deve realizar Cardioversão elétrica em razão do risco elevado de tromboembolia (salvo se o paciente estiver adequadamente anticoagulado)Flutter / Fibrilação Atrial DESFIBRILADOR E CARDIOVERSOR DESFIBRILADOR UTILIZADO P/ DESFIBRILAR CARDIOVERSOR UTILIZADO NA Flutter e Fibrilação atrial Ex1 Ex2 Características Quando o foco de reentrada encontra-se nos ventrículos (nas Fibras de Purkinje) Em cardiopatas, o DC vai a zero. Arritmias Cardíacas 5. Taquicardia Ventricular No ECG : Ausência de onda P, porque a contração do coração se origina nos ventrículos. Os focos ventriculares geralmente apresentam padrão de QRS está alargado. • Causas Reentrada no sistema de Purkinje Miocardiopatia Coronariopatia Intoxicação por cocaína, Distúrbio hidroeletrolítico, ICC IAM Cardiopatia das válvulas tricúspide e mitral. • Sinais e sintomas Nos casos de ICC e Choque Cardiogênico, o DC cai, porque não é uma taquicardia fisiológica, podendo se comportar como uma fibrilação ventricular redução do DC choque. Pulsos fracos ou ausentes, Hipotensão e redução do nível de consciência, Angina e redução da perfusão periférica. 5. Taquicardia Ventricular • Condutas de Enfermagem Observar nível de consciência e freqüência respiratória Observar se o paciente apresenta pulsos carotídeos palpáveis, Se o paciente estiver instável, realizar desfibrilação mais indicado ou cardioversão sincronizada . Realizar ECG Orientar o paciente e familiares sobre a gravidade dessa arritmia e sobre a necessidade de tratamento imediato. 5. Taquicardia Ventricular Fibrilação ventricular Fibrilação ventricular é o estremecimento rápido e ineficaz dos ventrículos, assim não ocorrendo batimentos cardíacos audíveis, pulsos palpáveis e respiração perceptível. Esse padrão é tão irregular, que dificilmente pode ser confundido com outro tipo de arritmia. O tratamento imediato é a desfibrilação. Fibrilação Ventricular Local exato O único tratamento eficaz é a imediata desfibrilação através de choque por corrente direta de 200 a 360 JAULES conforme o protocolo descrito (ABCDs). O uso de antiarritmicos na presença de FV e após a recuperação da parada cardíaca por FV é descrito no link "Antiarritmicos". Desfibrilação Cardíaca Por drogas : Digitálicos = alentecem a condução pelo NAV, produzindo um BAV químico. Amiodarona = age tanto nos átrios como nos ventrículos. Atua sobre o potencial de ação, alentecendo-o. Lidocaína = atua basicamente nos ventrículos, alentecendo o seu potencial de ação, dificultando a despolarização ventricular. Taquiarritmias - tratamento Cardioversão : sincronizada na Onda R Descarga elétrica emitida sobre a onda R do QRS; O aparelho reconhece a onda R e manda a descarga elétrica. Há um sincronismo. É necessário ter um QRS definido. Desfibrilação : na Taqui Vent e Fibrilação Ventricular Não há reconhecimento de onda R e o estímulo é dado em qualquer momento do ECG. Taquiarritmias - tratamento Cardioversão : sincronizada na Onda R 50 a 100 jaules Nas FA = 200 jaules FV = 350 jaules Por que o Sincronismo ? Se a cardioversão cair em cima da onda T pode se desenvolver uma taquicardia ventricular. Taquiarritmias - tratamento Os desfibriladores podem ser Implantáveis É um marcapasso que está no VD, reconhece a fibrilação ventricular e emite uma descarga intracavitária pelo cabo intraventricular Taquiarritmias - tratamento Para pacientes com alto risco de morte súbita que apresentem FV de repetição com várias paradas revertidas. Bigeminismo Ventricular Pode ocorrer em qualquer freqüência cardíaca, sendo geralmente inferior a 90 batimentos por minuto. Se os batimentos ectópicos ocorrerem um a cada três batimentos, denomina-se trigeminismo; se houver quatro batimentos e uma CVP, o quadro é quadrigeminismo. O bigeminismo ventricular causado pela toxicidade digitálica é tratado com fenitoína (Hidantal). Bradiarritmias Bradicardia Sinusal BAV 1º grau BAV 2º grau BAV Mobitz 1 BAV Mobitz 2 BAV 3º grau (BAVT) Arritmias Cardíacas Anormalidades da Condução Bloqueio AV de Primeiro Grau Em geral, o bloqueio AV de primeiro grau associa-se a doença cardíaca orgânica, ou pode ser devido ao efeito digitálico, sendo encontrado freqüentemente nos pacientes com IAM de parede inferior. O bloqueio cardíaco de primeiro grau caracteriza-se por: freqüência: Variável, geralmente de 60 a 100 batimentos por minuto. Essa arritmia é importante, pois pude evoluir para formas mais graves de bloqueio cardíaco. Habitualmente, ela é um sinal premonitório. Portanto, o paciente deve ser cuidadosamente monitorizado para progressão do bloqueio. Bloqueio AV de Segundo Grau O bloqueio AV de segundo grau também é causado por cardiopatias orgânicas, IAM ou intoxicação digitálica. Esse tipo de bloqueio resulta em diminuição da freqüência cardíaca e, em geral, redução do débito cardíaco (débito cardíaco = volume ejetado x freqüência cardíaca). O bloqueio cardíaco de segundo grau caracteriza-se por: Freqüência: 30 a 55 batimentos por minuto. O tratamento tem por objetivo aumentar a freqüência cardíaca, para manter o débito cardíaco normal. A toxicidade digitálica é excluída, e os medicamentos com ação depressora no miocárdio devem ser suspensos. Bloqueio AV de Terceiro Grau O bloqueio cardíaco completo (terceiro grau) caracteriza-se por: A origem dos estímulos originam-se no nodo SA, porém sem condução até as fibras de Purkinje, sendo totalmente bloqueados. A freqüência atrial, consiste em torno de 60 a 100 batimentos por minuto; freqüência ventricular de 40 a 60 batimentos por minuto, se ocorrer um ritmo de escape originado na junção, ou de 20 a 40 batimentos, se o ritmo de escape originar-se no ventrículo. Os complexos QRS ocorrem regularmente. Se o ritmo de escape se originar no ventrículo, o complexo QRS terá duração superior a 0,10 segundo e, em geral, será amplo e lento. O objetivo do tratamento é aumentar a perfusão para os órgãos vitais. A colocação do marcapasso transvenoso temporário é o tratamento recomendável, e se o bloqueio for persistente, o paciente poderá necessitar de um marcapasso permanente. • Sinais e sintomas Alterações do nível de consciência Dor torácica Dispnéia Hipotensão Palidez Fadiga acentuada Pulso periférico com baixa freqüência BAV • Condutas de Enfermagem Estabelecer um acesso venoso para administração de medicamentos Reduzir ao mínimo o nível de atividade do paciente Manter repouso no leito Realizar ECG, Administrar O2 spm, Manter monitorização cardíaca contínua. Assistir ao procedimento de instalção de marcapasso cardíaco. BAV • Marcapasso : é um estímulo artificial instalado com uma unidade geradora de energia (bateria própria) • Função = Cabo de estimulação ou Cabo sensor e estimulador • Permanência = definitivo (unidade geradora implantada no tecido subcutâneo) ou provisório (unidade geradora fora do paciente) • Localização = pode ser atrial ou ventricular Bradiarritmias - tratamento • Marcapasso provisório • Localização = atrial ou ventricular • Cabo atrial = em qualquer localização do átrio (através da veia subclávia até o AD) • Cabo atrial + cabo ventricular = O marcapasso percebe a despolarização atrial e então emite a despolarização ventricular pelo cabo ventricular. Mantém o sincronismo AV. • Cabo ventricular = em caso de FA, não se pode instalar cabo sensor no átrio. Instala-se, então somente um cabo no VD. Bradiarritmias - tratamento Gerador de Marcapasso Cardíaco Aparelho conectado ao cateter marcapasso. Capaz de analisar o ritmo cardíaco e de deflagrar o estímulo elétrico que será conduzido ao coração pelo cateter (eletrodo) Capaz de estimular o coração de modos diferentes Espícula do Marcapasso Observada no eletrocardiograma ou no monitor É sinal de estímulo elétrico do marcapasso no músculo cardíaco Cuidados de Enfermagem Observar a presença de “espícula de marcapasso” no traçado eletrocardiográfico e freqüência cardíaca Verificar e anotar a extensão de cateter introduzida para captura do marcapasso e evitar deslocamento do cateter, evitando o desposicionamento Cuidados com o acesso venoso profundo Fixar o gerador (fonte) de marcapasso, para evitar o desposicionamento Cuidado redobrado nas manipulações do paciente, para evitar o desposicionamento Marcapasso Definitivo
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