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ARRITMIAS CARDÍACAS Profa. Dra. Mágada Tessmann * O manejo das arritmias cardíacas sofreu gdes mudanças nas últimas 3 décadas devido ao progresso do entendimento da eletrofisiologia celular e cardíaca. Esse progresso propiciou um melhor entendimento da gênese das arritmias cardiacas e por consequência a uma melhor abordagem no tratamento. DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO ATRIAL Ativação Nó Sinusal Despolarização Atrial (Feixes Internodais) DespolarizaçãoNó AV Repolarização Atrial / Início Despol. Ventricular DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR Despol. Septal Despol. Ventricular Inicial Despol. Ventricular Tardia Sístole Ventricular Repol. Ventricular Repol. Feixe de His Onda P Duração : =< 0,10 seg Amplitude : até 0,25 mV Intervalo P-R : 0,10 a 0,20 s Complexo QRS Duração : 0,06 a 0,12 seg. Amplitude : < 25mm nas precordiais e <15 mm nas periféricas. Onda Q Amplitude: inferior a 25% de R ou S. Segmento ST: supra de 0,5 a 1,5 mm em jovens e infra < 1 mm. Onda T Amplitude: até 5 mm nas periféricas e 10 mm nas precordiais. Intervalo QT : de 0,38 a 0,44 s. Onda U Amplitude de 5 a 50% da T. MECANISMOS DAS ARRITMIAS Anormalidades na formação do impulso; Anormalidades na condução do impulso; Anormalidades na formação e condução do impulso. (CARNEIRO, et.al, 2012) AVALIAÇÃO INICIAL DE PACIENTES COM SUSPEITA DE ARRITMIAS... História clínica detalhada – SINTOMAS Síncope / pré-síncope: manifestação grave Palpitações Dor precordial Sintomas relacionados com Insuficiência Cardíaca (V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2015) O termo arritmia refere-se a QUALQUER distúrbio de... 1.FREQUÊNCIA 2. REGULARIDADE 3. LOCAL DE ORIGEM 4. CONDUÇÃO DO IMPULSO CARDÍACO ELÉTRICO (FILHO, SCHMIDT, MACIEL, 2004) SEQUÊNCIA DE ANÁLISE 1 – Frequência cardíaca 2 3 4 5 O ritmo é regular? Onda P está presente? Complexo QRS está estreito (<0,12 seg) Cada complesxo QRS é precedido por uma Onda P? DI INTERPRETAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA 1. Determinação da FC e regularidade a) Ritmo regular: 1500 / nº de quadradinhos. Pode também ser utilizada a regra numérica: 300, 150, 100, 75, 50. b) Ritmo irregular: nº complexos QRS presentes em 15 quadrados multiplicado por 20 ou a média entre 3 intervalos R-R. http://www.uff.br/fisio6/aulas/aulas_praticas/eletro.pdf 3. LOCALIZAÇÃO DAS ARRITMIAS Supraventriculares Acontecem do Nó Sinusal até o Nó AV. O Nó AV pode ter participação no circuito da arritmia. Ventriculares: Acontecem nos ventrículos. Não necessitam do Nó AV para ocorrer. (PASTORE, ET.AL, 2009) QUAIS SÃO AS ARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES??? 1. Bradicardia / Taquicardia sinusal 2. Extra-sístole atrial 3. Taquicardia Atrial 4. Taquicardia Supraventricular paroxística 5. Bloqueios 6. Fibrilação Atrial 7. Flutter Atrial (CARNEIRO, et.al, 2012) QUAIS SÃO AS ARRITMIAS VENTRICULARES??? Extra-sístole Ventricular Taquicardia Ventricular Fibrilação Ventricular Assistolia Ventricular (V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2015) ARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES (CARNEIRO, et.al, 2012) BRADICARDIA SINUSAL FC: < 60 bpm ECG normal O que fazer? Aumento da atividade vagal: estimulação do seio carotídeo, manobra de valsalva, vômitos ou sono. Causas da Bradicardia sinusal: Atletas bem condicionados Após uso de: digital, morfina, prostigmina (colinérgico, uso pós relaxamento muscular), beta-bloqueador. Conseqüente: mixedema Edema face por hipotireoidismo), estados hipometabólicos, doença do nó sinusal. http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/famed/curr3304/arritmiascardiacas.pdf PARADA SINUSAL 3,4 seg. PARADA SINUSAL OU PAUSA SINUSAL PARADA SINUSAL OU PAUSA SINUSAL Parada Sinusal ou Pausa Sinusal O que é Parada ou pausa sinusal? Parada súbita e momentânea da atividade automática do nódulo sinusal. 1. Ausência de ciclos elétricos completos. 2. Pausas de durações variáveis. 3. Ritmo cardíaco irregular, determinado pela pausa. http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro11/cap/cap09.htm TAQUICARDIA SINUSAL EXTRA-SÍSTOLES Formação prematura (antecipada) do estímulo cardíaco. Evento elétrico que ocorre antes do tempo previsto do seu aparecimento. Pode ser: sinusal, atrial, juncional ou ventricular. http://www.uff.br/fisio6/aulas/aula_09/topico_04.htm 2) Etiologia: Podem ser deflagradas por emoções, fumo, cafeína, fadiga,medicamentos simpaticomimeticos ou álcool. Pode estar associado a cardiopatia reumática, IAM, intoxicação digitálica Taquicardia supraventricular Paroxística (TSVP) 1) Análise: FC entre 150 à 250 bpm. QRS estreito e idênticos ao do ritmo sinusal Ritmo: regular sem ondas “P” precedendo o QRS ou em cima da onda T Intervalo P-R geralmente não mensurável. 3) Tratamento: Massagem do seio carotídeo caso não resolva usar medicações (verapamil; cardizem; adenosina ou betabloqueadores) pode haver há necessidade de cardioversão elétrica. (ALMENDRAL, CASTELLANOS, ORTIZ, 2007) * TPSV FC 160 a 240 bpm Ausência de onda P QRS estreito TPSV Taquicardia supraventricular Paroxística (TSVP) * TAQUICARDIA DE QRS ESTREITO TRATAMENTO TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR MANOBRA VAGAL Massagem de seio carotídeo* Imersão da face em água gelada Provocar o vômito ADENOSINA 6MG EV BOLUS ADENOSINA 12MG ( 2MIN +12mg) EV VERAPAMIL 5 A 10MG EV BAIXO DÉBITO CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA 100J *AUSCULTAR AS CARÓTIDAS ANTES DA MASSAGEM (TALLO, ET,AL, 2013) TRATAMENTO MEDICAMENTOSO β-bloqueador Amiodarona Verapamil / Diltiazen (TALLO, ET,AL, 2013) FIBRILAÇÃO ATRIAL Arritmia sustentada mais frequente da prática clínica. Incidência aumenta com a idade e com a presença de cardiopatia estrutural – 5% da população acima de 65 anos. Múltiplas despolarização dos átrios originadas de focos ectópicos atriais ou veias pulmonares. (MAGALHAES, T,AL, 2016) FIBRILAÇÃO ATRIAL - ELETROCARDIOGRAMA Frequência atrial extremamente elevada (> 400 bpm) Ondas P de morfologias diferentes – ondas f. Substituição da linha de base por ondulações ou serrilhado polimórfico. Ritmo irregular (MAGALHAES, T,AL, 2016) FIBRILAÇÃO ATRIAL 208.tiff FIBRILAÇÃO ATRIAL FIBRILAÇÃO ATRIAL- CONTROLE DO RITMO CARDÍACO (MAGALHAES, T,AL, 2016) Duração < que 48 horas Duração > que 48 horas Considere Cardioversão elétrica ou Amiodarona Propafenona Procainamida Flecainida Anticoagulação por 3 semanas + Cardioversão elétrica + anticoagulação mais 4 semanas Heparina imediatamente + Eco TE para excluir trombo atrial + cardioversão elétrica em 24 horas + anticoagulação mais 4 semamas. EXTRA-SÍSTOLE VENTRICULAR Batimentos ventriculares prematuros (BVP) são impulsos ventriculares isolados, provocados por reentrada no ventrículo ou automaticidade anormal das células ventriculares. São extremamente comuns em pessoas saudáveis e em portadores de cardiopatia. BVPs podem ser assintomáticos ou provocar palpitações. O diagnóstico é realizado por ECG. Geralmente, não há necessidade de tratamento. ESVs (Extra sístoles Ventriculares), também denominadas contrações ventriculares prematuras (CVP), podem ocorrer irregularmente ou a intervalos previsíveis (p. ex., cada terceiro [trigeminismo] ou segundo [bigeminismo] batimento). As ESV podem aumentar com estimulantes (p. ex., ansiedade, estresse, álcool, cafeína e drogas simpaticomiméticas), hipóxia ou alterações eletrolítica Tratamento: Betabloqueadores em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática e após IM
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