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Comunicado Tecnico Controle Pragas Iniciais Na Cultura Do Milho 2016

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1
São vários os fatores que podem causar diminuição de 
produtividade na cultura do milho, dentre eles podemos destacar: 
pragas, doenças e competição de plantas daninhas. Nas fases iniciais, 
o milho é muito sensível aos danos das pragas, podendo estas causar 
intensa desfolha e até mesmo perda de estande na lavoura, resultando 
em redução significativa de produtividade. Uma boa estratégia de 
manejo para o controle das pragas do milho passa por quatro fases 
e assim dividiremos esse artigo: histórico e identificação das pragas; 
dessecação antecipada e monitoramento para uso de inseticidas; 
escolha da tecnologia Bt e tratamento de sementes; monitoramento 
da lavoura implementada. 
1) Histórico e identificação das pragas
Conforme mostra o gráfico 1, as principais pragas que atacam 
o milho nas fases iniciais são: corós, larva-arame, percevejos, 
lagarta-rosca, lagarta-do-trigo, larva-de-diabrótica e lagarta-do-
cartucho. Todas essas pragas podem causar perdas de produtividade, 
entretanto, neste artigo iremos dar maior foco para percevejos e a 
lagarta-do-cartucho. 
Percevejo
Desde a década de 70, o percevejo era considerado praga 
secundária do milho, entretanto, ano após ano, vem ganhando cada 
vez mais importância e hoje já pode ser considerado praga-chave em 
quase todas as regiões produtoras de milho, tanto de verão como de 
safrinha. Os casos mais complicados são em áreas que não foram 
monitoradas ou, então, foram mal dessecadas. Outro grande problema 
são as áreas vizinhas: áreas de trigo, no caso de lavouras de verão; 
e áreas de soja, em caso de lavouras de milho safrinha. Quando o 
produtor descuida no controle do percevejo no trigo ou na soja, a 
tendência é que eles migrem para a área de milho causando danos 
muito fortes. Nas figuras 1 e 2 podemos ver o percevejo barriga-verde. 
Controle de pragas iniciais da cultura do milho
COMUNICADO TÉCNICO Edição 15
Fabrício Passini – Gerente de Agronomia Sul
Calendário de Pragas e Doenças do Milho
PRAGAS
Corós
Larva-arame
Percevejos
Lagarta-rosca
Lagarta-elasmo
Lagarta-do-trigo
Larva-de-diabrótica
Lagarta-do-cartucho
Broca-da-cana
Cigarrinha
Pulgão
Lagarta-da-espiga
VE VT R1 R2 R3 R4 R5 R6V1+ V3+ V6+ V9+
Gráfico 1 - Calendário de pragas e doenças da cultura do Milho. Fonte: Departamento técnico da DuPont Pioneer.
Figura 2 - Alta pressão de percevejos 
injetando toxina na planta.
Figura 1 - Percevejo barriga-verde.
Fonte: Departamento técnico da DuPont Pioneer.
Os danos podem ser classificados em leves, moderados e 
severos (figuras 3, 4 e 5). Os danos leves praticamente não causam 
problema para a planta, já os médios causam diminuição do tamanho 
da espiga e os severos fazem com que a planta, muitas vezes, nem 
produza espiga.
2
Lagarta-do-cartucho
Há vários anos a lagarta-do-cartucho é considerada a principal 
praga da cultura do milho, podendo atacar as plantas desde as fases 
mais iniciais até a fase da espiga. Nas fases iniciais, os danos podem 
ocorrer com a intensa desfolha, podendo gerar plantas dominadas e 
com espigas menores. Outro problema nessa fase, conforme podemos 
Conforme observações de campo abaixo (figura 6 e gráfico 2), 
os percevejos podem causar prejuízos de até 91% quando o ataque 
resultar em danos severos.
ver na figura 7, é que geralmente em anos secos e quentes, a lagarta-
do-cartucho pode apresentar o hábito da lagarta-rosca, causando uma 
perda intensa de plantas e diminuindo assim a produtividade. Já nas 
fases mais adiantadas (figura 8), a lagarta-do-cartucho pode furar a 
espiga causando danos diretos (grãos avariados), bem como abrir a 
espiga para a entrada de fungos que irão colonizá-la, podendo gerar 
podridões de grãos e brotamentos. 
Figura 3 - Danos leves.
Figura 6 - Danos causados por percevejos.
Fonte: Jose Carlos Madaloz - Agrônomo de Campo da DuPont Pioneer.
Figura 7 - Danos causados pela lagarta-do-cartucho nas fases iniciais do milho.
Fonte: Jose Carlos Madaloz - Agrônomo de Campo da DuPont Pioneer.
Figura 8 - Danos causados na espiga pela lagarta-do-cartucho. 
Fonte: Departamento técnico da DuPont Pioneer.
Gráfico 2 - Danos causados por percevejos.
Fonte: Jose Carlos Madaloz - Agrônomo de Campo da DuPont Pioneer.
Figura 4 - Danos médios.
Figura 5 - Danos severos.
Fonte: Departamento técnico da DuPont 
Pioneer.
2) Dessecação antecipada e monitoramento para uso 
de inseticidas
Depois de conhecer a área, saber quais são as pragas e quando 
elas atacam, é chegada a hora de elaborar as estratégias de manejo 
para o controle efetivo. Toda a estratégia de controle passa por uma 
atividade básica, em que o monitoramento e nível de ação são muito 
importantes. Conforme o gráfico 3, é preciso pensar na cultura do 
milho, seja ela verão ou safrinha, desde a cultura antecessora e não 
apenas do plantio a colheita. Atuando assim, o controle das pragas 
acontece em várias fases, diminuindo sistematicamente a sua 
Lagarta-do-cartucho
atacando na base
Planta com sintoma
do Coração Morto
Lagarta-do-cartucho
Planta dominada
(dano leve)
Planta normal
Planta perdida
(dano severo)
533
451
361
46
0
100
200
300
400
500
600
0 1 2 3
M
éd
ia
 d
e 
G
rã
os
/E
sp
ig
a
Nível de Dano
91%
32%
15%
Redução na produtividade de 
grãos por espiga
3
Gráfico 3 - Manejo Integrado de Pragas na cultura do Milho. Fonte: Departamento técnico da DuPont Pioneer.
população em várias etapas. O resultado disso é a diminuição da 
pressão de seleção sobre qualquer método de controle.
Para o milho verão, a dessecação antecipada é fundamental para 
um bom estabelecimento da cultura. Basicamente, o monitoramento 
deve ser feito sempre em duas etapas: entre 20 e 30 dias antes do 
plantio, deve-se procurar por lagartas e percevejos, e sempre que 
forem encontrados vivos, recomenda-se o uso de inseticida. Após 
a dessecação em pré-plantio, a orientação é que o monitoramento 
seja feito novamente, e encontrando pragas ou plantas daninhas 
remanescentes, é aconselhado refazer a dessecação usando também 
inseticidas. Um cuidado especial que deve ser adotado é a rotação, 
tanto do modo de ação do inseticida, quanto do herbicida. No caso 
do herbicida, a recomendação é o uso de produtos de contato, já 
para o caso dos inseticidas cabe uma avaliação do tipo e ínstar da 
praga. Para lagartas de ínstares maiores, não é recomendado o uso 
de inseticidas reguladores de crescimento (fisiológicos).
Já no milho safrinha, nem sempre o produtor opta pela 
dessecação antecipada da soja. Entretanto, o monitoramento em pré-
colheita da soja é importante, não só para a lagarta-do-cartucho, mas 
principalmente para os percevejos. Ao encontrar 1 percevejo vivo por 
metro é aconselhado que o controle seja realizado, já que esta prática 
entrega para o milho uma população inicial menor de percevejos.
3) Escolha da tecnologia Bt e tratamento de sementes
A DuPont Pioneer oferece aos produtores a tecnologia Leptra® de 
proteção contra insetos, a melhor opção para auxiliar no controle das 
sete principais lagartas que atacam a cultura do milho. Essa tecnologia 
é mais uma ferramenta que, associada às Boas Práticas de Manejo 
(dessecação antecipada, tratamento de sementes, adoção de área de 
refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias, 
monitoramento de pragas e pulverizações complementares, e rotação 
de culturas) auxiliará no controle das populações deste inseto.
Na safrinha 2016, a DuPont Pioneer passou a oferecer aos 
agricultores o Tratamento de Sementes Industrial (TSI) com o inseticida 
Dermacor®, associado aos inseticidas do grupo dos Neonicotinoides 
(Poncho® ou Cruiser®). A associação destes tratamentos auxilia os 
produtores na proteção das plantas nos estádios iniciais da cultura, no 
manejo da resistênciade lagartas à tecnologia Bt, amplia o espectro do 
controle das pragas, além de trazer maior segurança na aplicação com 
maior precisão na dose e cobertura das sementes. 
Conforme mostra o gráfico 4, o uso do Dermacor® proporciona 
mais segurança para o estabelecimento inicial da lavoura. Trabalhos 
realizados pela Fundação ABC mostram que a incidência de plantas 
cortadas por lagarta-do-cartucho foi estatisticamente inferior quando 
comparada com a testemunha. Olhando a população final no gráfico 
5, é possível perceber que neste estudo o uso de Dermacor® acresceu 
quase 20% o número final de plantas na lavoura. A população final 
de plantas é o componente mais importante do rendimento e é uma 
característica específica de cada híbrido.
Gráfico 4 - Efeito da aplicação de inseticidas via Tratamento de Sementes Industrial em híbridos 
de milho Bt e não-Bt sobre a incidência de plantas raspadas, aos 9 dias após a emergência 
(V3). Safra 2014/2015, campo demonstrativo e experimental de Arapoti/PR, Fundação ABC.
4
Gráfico 6 - % de controle de percevejo com uso de Poncho®. Avaliação realizada em 280 
plantas por tratamento de semente, 20 dias após plantio; Scala Fundação ABC 0-3;
Trabalho realizado pela Pesquisa Agronômica/PR. (Robson de Paula, José Madaloz)
Atenção: Defensivos agrícolas são perigosos à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual e não permita o contato de menores de idade 
com defensivos agrícolas. Em caso de dúvidas, contate um engenheiro agrônomo.
Gráfico 5 - Efeito da aplicação de inseticidas via Tratamento de Sementes Industrial em 
híbridos de milho Bt e não-Bt sobre a população final de plantas no momento da colheita. 
Safra 2014/2015, CDE Tibagi/PR, Fundação ABC.
Em relação às plantas raspadas por insetos mastigadores, o 
uso do TSI (Dermacor® + Poncho®) é uma excelente opção, pois o 
residual do produto fornece proteção à planta, conforme a pressão 
da praga, até o estádio V2/V3. Além da proteção, nesse momento de 
suscetibilidade, o TSI promove o manejo da resistência, uma vez que 
trabalha com mais um modo de ação, além das proteínas Bt.
Outro benefício do uso do TSI é em relação ao controle de 
percevejos, pois os neonicotinóides são peças fundamentais para 
o controle dessa praga. O gráfico 6 (abaixo) mostra um resumo de 
trabalhos realizados pelo departamento de agronomia da DuPont 
Pioneer no Paraná, onde foram avaliados os tratamentos de sementes 
nos diferentes níveis de ataque de percevejo (leve, moderado e 
severo). Percebe-se claramente que, com o uso de Poncho®, obteve-
se uma forte redução dos danos leves e moderados causados pelo 
percevejo. Essa prática torna-se fundamental, já que essa praga pode 
causar danos de produtividade de 15% quando o dano for leve, 32% 
quando o dano for moderado e de até 90% quando o dano for severo.
4) Monitoramento da lavoura implementada
Depois que a cultura está implementada, o monitoramento da 
lavoura, principalmente nos estádios iniciais da cultura, é fundamental. 
Para isso, para cada tecnologia ou praga, diferentes níveis de danos 
determinam as ações a serem seguidas:
Percevejos 
• Aplicar inseticidas recomendados para o controle quando o nível de 
dano for atingido (na média 1 percevejo vivo a cada 10 plantas). 
Lagartas
• Área de Refúgio Estruturado Efetivo: aplicar no máximo 2 vezes até 
o estádio fenológico V6 quando, na média das amostragens, 20% das 
plantas apresentarem nível 3 da Escala Davis.
• Híbridos Leptra®: Sempre que, na média, 4% das plantas estiverem 
ao nível 3 da Escala Davis, contate o Representante Comercial dos 
produtos marca Pioneer® ou o distribuidor da sua região e verifique a 
necessidade de aplicação de inseticidas.
• Híbridos não Leptra®: Aplicar sempre que, na média, 10% das plantas 
estiverem ao nível 3 da Escala Davis.
Conclusão
A DuPont Pioneer tem o compromisso de entregar aos produtores 
novas tecnologias que melhorem o controle das pragas, assim como 
levar informações úteis para prolongar a durabilidade das mesmas. O 
Manejo Integrado de Pragas permite, através da adoção de diferentes 
práticas, atacar o problema de forma sistemática, diminuindo as 
possibilidades de falha de controle que geram perdas de produtividade. 
A adoção efetiva destas medidas por parte dos produtores resulta em 
um esforço conjunto na direção do aumento da rentabilidade.

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