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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA COMARCA CÍVEL DE ARACAJU/SE.
 ENZA GABRIELE OFICIAL, brasileira, solteira, RG xxx, CPF xxx, residente e domiciliada na xxx, CEP xxx, por seu DEFENSOR "in fine" assinado, já devidamente constituído e qualificado em instrumento de mandato procuratório em anexo, com escritório profissional sito à Rua XXX, nº XXX – Bairro: XXX, na cidade de Aracaju-SE, onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fulcro nos Arts. 81 e 83 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) C/C artigo 319, incisos do Código de Processo Civil (CPC), propor
	 AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAS.
 ASTROGILDO SHOWS, sociedade inscrita no CNPJ/MF sob o nº XXX, Insc. Estadual sob o nº XXX com sede na Rua XXX, nº XXX – Bairro: XXX, na cidade de Aracaju-SE. Em acordo com os motivos fáticos e jurídicos que passa a expor para ao final requerer:
I – DA SÍNTESE DOS FATOS.
 A Autora, foi convidada por um dos proprietários da empresa Ré (empresa responsável pela realização do evento), a subir ao palco da festa intitulada Forró do Cai Cai. Ocorreu que por volta das 3h e 30 da manhã, Enza caiu do palco. A queda ocorreu em decorrência da Autora ter se apoiado em uma lona, presumindo ser uma parede, fratura a coluna. O palco estava sem iluminação adequada, e sem placas de segurança. Apesar de ter sido socorrida, a Autora ficou com sequelas na coluna.
Eis a breve síntese dos fatos.
II - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA por ser pobre na forma da lei, conforme declaração de hipossuficiência anexa, não podendo, portanto, arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, com fulcro na Lei 1.060/50, acrescida das alterações da Lei 7115/83 e da Lei nº. 10.317/01 tudo consoante com o art. 5o, LXXIV, da Constituição Federal de 1988. Bem como, consoante o art. 98, §§ 1º e 5º do NCPC.
III - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Dada a condição de hipossuficiência da promovente em face das promovidas, faz-se necessário a inversão do onus probandi, conforme se aufere do dispositivo consumerista abaixo transcrito, in verbis:
“Art. 6º.
(...)
VIII- a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência.”
Ao tecer comentário sobre o citado inciso, lecionam Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery[1]:
“O CDC permite a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, sempre que for ou hipossuficiente ou verossímil sua alegação. Trata-se de aplicação do princípio constitucional da isonomia, pois o consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca e vulnerável na relação de consumo, tem de ser tratado de forma diferente, a fim de que seja alcançada a igualdade real entre os partícipes da relação de consumo (...).”
Desta forma, cabe às promovidas demonstrar provas em contrário as que foram expostas pelas autoras.
IV- DO DEVER DE INDENIZAR OS DANOS MATERIAIS E MORAIS CAUSADOS A AUTORA
Com a falha na prestação do serviço, que deveria oferecer serviço de qualidade e segurança para a festa Forró Cai Cai, e esta falhou ao colocar em risco a segurança dos foliões, quando não colocou placas e avisos perto da parede falsa de lona. Está demonstrada a responsabilidade objetiva e solidária dos demandados e, consequentemente, o dever de repararem os danos sofridos pela autora.
Nesse sentido, destacamos também o que diz o Código Civil:
Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 113 - Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Ressalte-se que os demandados e violaram a boa-fé objetiva, uma vez que, recusaram-se a restituir o valor recebido ou trocar o aparelho. Logo, não agiram com a lealdade esperada de um fornecedor responsável.
O DANO MATERIAL sofrido pela requerente é resultante da soma dos valores gastos com sua recuperação ao acidente sofrido, R$ 4.000,00 (quatro mil reais), o qual deve ser restituído.
A recusa em reembolsar o referido valor fere o princípio de que veda o enriquecimento ilícito, que se traduz em acréscimo de bens de um sujeito às custas de outrem.
Diante do exposto, fica claro que a requerente faz jus ao reembolso do valor gasto, assim a requeridas deve restituir à autora a importância que esta gastou com o acidente provocado pela falha na prestação de serviço.
O Dano moral sofrido pela autora foi causado pelo sofrimento que a empresa Ré lhe causou, ao ter que ficar sem andar por longos meses, sem poder realizar suas atividades diárias, e pela dor física causada na Autora ao cair do palco, caracterizando o dever de indenizar.
A reparação do dano moral é prevista na Constituição Federal de 1988. Vejamos:
Art. 5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.
Ao que concerne o quantum indenizatório, Caio Rogério Costa, citando Maria Helena Diniz, afirma que:
Na reparação do dano moral o juiz determina, por equidade, levando em conta as circunstâncias de cada caso, o quantum da indenização devida, que deverá corresponder à lesão, e não ser equivalente, por ser impossível a equivalência. (COSTA, Caio Rogério apud DINIZ, Maria Helena, 2005).
Ante o exposto, requer-se à titulo de DANO MORAL o valor de R$3.000,00 (três mil reais).
V - DO PEDIDO
Em face do exposto, requer:
1) O deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos processuais (cf. artigo 98 caput e § 1º, § 5º do CPC/15);
2) O recebimento da inicial com a qualificação apresentada (cf. artigo 319, inciso II, e § 2º e 3ºdo CPC/15);
3) A decretação da inversão do ônus da prova em favor do promovente, nos termos do n. VIII, do art. 6º do CDC, ante a hipossuficiência do autor, além da verossimilhança das alegações;
4) A citação da empresa ASTROGILDO SHOWS, no endereço declinado, através de seus representantes legais, para comparecerem à audiência e, querendo apresentar contestação no prazo legal, sob pena de sofrerem os efeitos da revelia
5) Que seja a presente ação julgada procedente em todos os seus termos, condenando as requeridas, a título de dano material, à restituir a quantia gasta pela Autora com gastos médicos decorrente do acidente, e pagar, a título de danos morais, a quantia de R$3.000,00 (três mil reais).
Dão à causa o valor de R$ 7.000,00 ( sete mil reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
 Aracaju, 1 de outubro de 2018
MARIANNA YÁSKARA VIANA DE ALMEIDA SALES
OAB/SE xxxx