Aula 06

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<p>Aula 06 - Profa. Telma</p><p>Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo</p><p>Estratégico de Comportamentos Éticos e</p><p>Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>Autor:</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma</p><p>Vieira, Tulio Lages, Vinicius</p><p>Rodrigues de Oliveira, Thiago</p><p>Rodrigues Cavalcanti</p><p>29 de Março de 2024</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>Sumário</p><p>Introdução ..................................................................................................................................................... 2</p><p>Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque ..................................................................... 2</p><p>Questões Estratégicas .................................................................................................................................... 5</p><p>Questionário de Revisão e Aperfeiçoamento ............................................................................................... 16</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Olá, pessoal, tudo bem?</p><p>Na aula de hoje estudaremos a Lei nº 12.846/13.</p><p>Vamos à análise!</p><p>ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE MERECEM</p><p>DESTAQUE</p><p>A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa</p><p>do assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.</p><p>A Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) dispõe sobre a responsabilização objetiva</p><p>administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração</p><p>pública, nacional ou estrangeira.</p><p>A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus</p><p>dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou</p><p>partícipe do ato ilícito.</p><p>Serão levados em consideração na aplicação das sanções:</p><p>• a gravidade da infração;</p><p>• a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;</p><p>• a consumação ou não da infração;</p><p>• o grau de lesão ou perigo de lesão;</p><p>• o efeito negativo produzido pela infração;</p><p>• a situação econômica do infrator;</p><p>• a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;</p><p>• a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e</p><p>incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de</p><p>conduta no âmbito da pessoa jurídica;</p><p>• o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública</p><p>lesados.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da</p><p>responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou</p><p>entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante</p><p>provocação, observados o contraditório e a ampla defesa.</p><p>O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica será</p><p>conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e composta por 2 ou</p><p>mais servidores estáveis.</p><p>A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 dias contados da data da</p><p>publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos apurados</p><p>e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma motivada as sanções</p><p>a serem aplicadas.</p><p>O prazo previsto acima previsto poderá ser prorrogado, mediante ato fundamentado da</p><p>autoridade instauradora.</p><p>A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de</p><p>leniência com as pessoas jurídicas que colaborem efetivamente com as investigações e</p><p>o processo administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:</p><p>I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e</p><p>II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob</p><p>apuração.</p><p>O acordo de leniência somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente,</p><p>os seguintes requisitos:</p><p>I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para</p><p>a apuração do ato ilícito;</p><p>II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a</p><p>partir da data de propositura do acordo;</p><p>II - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e</p><p>permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo,</p><p>sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu</p><p>encerramento.</p><p>A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções</p><p>administrativas previstas no inciso II do art. 6º (publicação extraordinária da decisão</p><p>condenatória) e no inciso IV do art. 19 (proibição de receber incentivos, subsídios,</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições</p><p>financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 e máximo</p><p>de 5 anos) e reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável.</p><p>O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente</p><p>o dano causado.</p><p>A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência de forma a</p><p>possibilitar a isenção ou atenuação das sanções administrativas previstas na Lei de</p><p>Licitações.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>QUESTÕES ESTRATÉGICAS</p><p>(2024 – FGV – CGM DE BELO HORIZONTE-MG – AUDITOR INTERNO-DIREITO)</p><p>Após o devido processo legal, apurou-se que a sociedade empresária Magenta praticou conduta que</p><p>caracteriza ato lesivo à Administração Pública.</p><p>Assim, a aplicação das sanções pertinentes, à luz do disposto da Lei nº 12.846/2013, deve levar em</p><p>consideração</p><p>a) a gravidade da infração, a consumação ou não da infração, o efeito negativo por ela produzido, além</p><p>do grau de instrução dos acionistas da pessoa jurídica, entre outros aspectos relevantes.</p><p>b) a gravidade da infração, a consumação ou não da infração, o grau de lesão ou perigo de lesão, a</p><p>existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia</p><p>de irregularidades, entre outros aspectos relevantes.</p><p>c) a gravidade da infração, a consumação ou não da infração, a vantagem auferida,</p><p>independentemente daquela que foi pretendida pelo infrator, o efeito negativo produzido pela</p><p>infração, entre outros aspectos relevantes;</p><p>d) a gravidade da infração, a consumação ou não da infração, a cooperação da pessoa jurídica para a</p><p>apuração das infrações, o grau de lesão ou perigo de lesão, não podendo, contudo, ser considerado o</p><p>valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados, dentre</p><p>outros aspectos relevantes.</p><p>Comentários</p><p>Vejamos o que dispõe a lei:</p><p>Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções:</p><p>I - a gravidade da infração;</p><p>II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;</p><p>III - a consumação ou não da infração;</p><p>IV - o grau de lesão ou perigo de lesão;</p><p>V - o efeito negativo produzido pela infração;</p><p>VI - a situação econômica do infrator;</p><p>VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à</p><p>denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da</p><p>pessoa jurídica;</p><p>IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; e</p><p>X - (VETADO).</p><p>Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e procedimentos previstos no inciso</p><p>VIII do caput serão estabelecidos em regulamento do Poder Executivo federal.</p><p>Gabarito letra B</p><p>(2023 – OBJETIVA – PREFEITURA DE PAVERAMA-RS – PROCURADOR JURÍDICO)</p><p>Considerando-se a Lei nº 12.846/2013 — Lei anticorrupção, assinalar a alternativa que preenche a</p><p>lacuna abaixo CORRETAMENTE:</p><p>A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão competente para celebrar os acordos de leniência no</p><p>âmbito do ________________________, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a</p><p>administração pública estrangeira.</p><p>a) Poder Executivo Federal</p><p>b) Ministério Público</p><p>c) Poder Legislativo</p><p>d) Poder Judiciário</p><p>Comentários</p><p>Vejamos o que dispõe a lei:</p><p>Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de</p><p>leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que</p><p>colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que dessa</p><p>colaboração resulte:</p><p>(...)</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os acordos de</p><p>leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra</p><p>a administração pública estrangeira.</p><p>Gabarito letra A</p><p>(2023 – FGV– TJ-SE –ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO-PROVIMENTO)</p><p>A respeito da responsabilização civil e administrativa das pessoas jurídicas pela prática de atos contra</p><p>a administração pública, disciplinada pela Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, é correto afirmar que:</p><p>a) traduz hipótese de responsabilização objetiva, nos âmbitos administrativo e civil, abrangendo a</p><p>atuação lesiva das pessoas jurídicas em seu interesse ou benefício, bem como a atuação de seus</p><p>dirigentes ou administradores;</p><p>b) admite a celebração de acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis que colaborem</p><p>efetivamente com as investigações e o processo administrativo, condicionando-se à prévia e integral</p><p>reparação de eventuais danos causados ao erário;</p><p>c) as sanções administrativas passíveis de aplicação às pessoas jurídicas responsáveis compreendem,</p><p>além de multa e publicação extraordinária da decisão condenatória, a dissolução compulsória da</p><p>sociedade empresária ou do consórcio de empresas;</p><p>d) as normas relativas aos prazos e marcos interruptivos da prescrição dos atos infracionais seguem a</p><p>mesma sistemática aplicável aos atos de improbidade, observando-se o prazo prescricional de oito</p><p>anos, contados da data da ciência da infração;</p><p>e) compreende a prática de atos contra a administração estrangeira, assim considerados os órgãos e</p><p>entidades estatais ou representações diplomáticas de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de</p><p>governo, bem como as pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de</p><p>país estrangeiro.</p><p>Comentários</p><p>a) Incorreta. A lei dispõe sobre a responsabilidade das pessoas jurídicas:</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas</p><p>pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.</p><p>Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples,</p><p>personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado,</p><p>bem como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades</p><p>estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato</p><p>ou de direito, ainda que temporariamente.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>==20758==</p><p>b) Incorreta. A lei não dispõe que a reparação precisa ser prévia:</p><p>Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de</p><p>leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que</p><p>colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que dessa</p><p>colaboração resulte:</p><p>(...)</p><p>§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano</p><p>causado.</p><p>c) Incorreta. A dissolução da sociedade não é sanção a ser aplicada na via administrativa, mas sim, na via</p><p>judicial.</p><p>Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito</p><p>Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação</p><p>judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das</p><p>seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras:</p><p>I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou</p><p>indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;</p><p>II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;</p><p>III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;</p><p>IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou</p><p>entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo</p><p>prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.</p><p>d) Incorreta. O prazo prescricional é de 5 anos:</p><p>Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nesta Lei, contados da data da ciência</p><p>da infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.</p><p>e) Correta.</p><p>"Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas</p><p>pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.</p><p>Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta</p><p>Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º ,</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da</p><p>administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim</p><p>definidos:</p><p>§ 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos e entidades estatais ou</p><p>representações diplomáticas de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como</p><p>as pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro."</p><p>Gabarito</p><p>letra E</p><p>(2019 – FGV – MPRJ – ANALISTA ÁREA ADMINISTRATIVA)</p><p>Certa pessoa jurídica constituída sob a égide das leis brasileiras, sediada no Estado Alfa, praticou ato</p><p>lesivo à Administração Pública de outro País, cujos efeitos se consumaram exclusivamente no</p><p>estrangeiro.</p><p>À luz da sistemática estabelecida pela Lei nº 12.846/2013, a referida pessoa jurídica:</p><p>a) não poderá ser responsabilizada pelas autoridades brasileiras;</p><p>b) somente poderá ser administrativamente responsabilizada pela Controladoria-Geral da União;</p><p>c) somente poderá ser judicialmente responsabilizada, o que se dará por autoridade da União;</p><p>d) poderá ser administrativa e judicialmente responsabilizada pelas autoridades do Estado Alfa;</p><p>e) somente poderá ser judicialmente responsabilizada, o que se dará por iniciativa do Ministério Público</p><p>do Estado Alfa.</p><p>Comentários</p><p>Vamos às assertivas:</p><p>a) Errada. A responsabilização será de competência das autoridades brasileiras, a teor do que dispõem, por</p><p>exemplo, os artigos 8º e 27 da lei:</p><p>Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da responsabilidade</p><p>de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo,</p><p>Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante provocação, observados o contraditório e a</p><p>ampla defesa.</p><p>b) Certa. Vejamos os dispositivos legais:</p><p>Art. 8º</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União - CGU terá competência</p><p>concorrente para instaurar processos administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas ou</p><p>para avocar os processos instaurados com fundamento nesta Lei, para exame de sua regularidade</p><p>ou para corrigir-lhes o andamento.</p><p>Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apuração, o processo e o julgamento dos</p><p>atos ilícitos previstos nesta Lei, praticados contra a administração pública estrangeira, observado o</p><p>disposto no Artigo 4 da Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos</p><p>Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, promulgada pelo Decreto nº 3.678, de 30 de</p><p>novembro de 2000.</p><p>c) Errada. Poderá também ser responsabilizada administrativamente.</p><p>d) Errada. Poderá sofrer responsabilidade administrativa.</p><p>Gabarito letra B</p><p>(2022 – FGV – SEFAZ/AM – AUDITOR)</p><p>A sociedade empresária Alfa praticou ato lesivo à Administração Pública, que atentou contra o</p><p>patrimônio público e contra princípios da administração pública, porque, comprovadamente, utilizou-</p><p>se de interposta pessoa jurídica para dissimular seus reais interesses, além de ter fraudado licitação</p><p>pública e contrato dela decorrente.</p><p>De acordo com a Lei nº 12.846/2013, em matéria de responsabilização administrativa, no caso em tela,</p><p>deve ser aplicada à sociedade empresária Alfa, caso seja considerada responsável pelos atos lesivos</p><p>previstos na Lei Anticorrupção, a sanção de</p><p>a) suspensão ou interdição parcial de suas atividades, pelo período de 6 (seis) a 36 (trinta e seis) meses</p><p>e multa de até o dobro do valor do dano ao erário.</p><p>b) dissolução compulsória da pessoa jurídica e multa, no valor de 1% (um por cento) a 20% (vinte por</p><p>cento) do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo.</p><p>c) perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou</p><p>indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, e multa de</p><p>até o dobro do valor do dano ao erário.</p><p>d) multa civil equivalente ao valor do dano e a proibição de contratar com o poder público ou de receber</p><p>benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de</p><p>pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos.</p><p>e) multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do</p><p>último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual</p><p>nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação, e publicação</p><p>extraordinária da decisão condenatória.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>Comentários</p><p>Vejamos as assertivas:</p><p>a) Errada. A sanção de suspensão ou interdição parcial das atividades da pessoa jurídica, prevista no artigo</p><p>19, inciso II, não prevê prazo.</p><p>b) Errada. A multa varia de 0.1 a 20%, nos termos do artigo 6º, inciso I.</p><p>c) Errada. O artigo que trata da sanção de perdimento de bens não fala nada sobre multa – art. 19, inciso I.</p><p>d) Errada. O artigo 19, inciso IV, traz o prazo de 1 a 5 anos, e não 20 anos.</p><p>e) Certa. É o que dispõe o artigo 6º, incisos I e II.</p><p>Gabarito letra E.</p><p>(2022 – FGV – SEFAZ/AM – AUDITOR)</p><p>De acordo com a chamada Lei Anticorrupção, a autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública</p><p>poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos lesivos</p><p>à Administração Pública previstos naquela lei que colaborem efetivamente com as investigações e o</p><p>processo administrativo, desde que dessa colaboração resulte</p><p>a) a confissão da prática dos atos ilícitos perpetrados e a suspensão dos direitos políticos em até 14</p><p>(catorze) anos.</p><p>b) a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber, e a obtenção célere de</p><p>informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração.</p><p>c) o perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou</p><p>indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, e a</p><p>suspensão de suas atividades pelo prazo de até 5 (cinco) anos.</p><p>d) a confissão pela pessoa jurídica de sua participação no ilícito e sua cooperação plena com as</p><p>investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada,</p><p>a todos os atos processuais, até seu encerramento e o pagamento de multa civil equivalente ao dobro</p><p>do valor do dano.</p><p>e) a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, e a proibição de contratar com o</p><p>poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,</p><p>ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14</p><p>Comentários</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de</p><p>leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que</p><p>colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que dessa</p><p>colaboração resulte:</p><p>I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e</p><p>II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração.</p><p>§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente,</p><p>os seguintes requisitos:</p><p>I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração</p><p>do ato ilícito;</p><p>II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir</p><p>da</p><p>data de propositura do acordo;</p><p>III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as</p><p>investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que</p><p>solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento.</p><p>Gabarito letra B</p><p>(2022 – FGV - TCU – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)</p><p>Sobre o sistema da Lei Anticorrupção, é correto afirmar que:</p><p>a) na responsabilização pela Lei Anticorrupção, em que vigora o princípio da especialidade legal, têm</p><p>incidência as disposições dos Arts. 49-A e 50 do Código Civil, que tratam da responsabilidade dos sócios</p><p>e da desconsideração da personalidade jurídica;</p><p>b) a Lei Anticorrupção prevê a responsabilidade solidária das sociedades consorciadas, bem como</p><p>daquelas controladoras, controladas ou coligadas, sendo possível marcar todas com a obrigação de</p><p>pagamento de multa e reparação integral do dano causado;</p><p>c) sendo despida de natureza penal, a Lei Anticorrupção alcança fatos ocorridos antes da sua vigência,</p><p>desde que haja concorrência com outros fatos praticados posteriormente a 29/01/2014, conexos ou</p><p>não;</p><p>d) decorre da Lei Anticorrupção a possibilidade de se exigir programa de integridade das pessoas</p><p>jurídicas, diante do estabelecimento de um rol taxativo de documentos de comprovação de habilitação</p><p>jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista;</p><p>e) a Lei nº 12.846/2013 prevê explicitamente acerca do funcionamento e da prática de política de</p><p>prevenção e do programa de integridade e incentivo à comunicação de irregularidades por parte das</p><p>sociedades empresárias.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>Comentários</p><p>Vamos ver as assertivas:</p><p>a) Errada. A desconsideração da personalidade jurídica já foi prevista no artigo 14 da Lei.</p><p>Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com abuso do</p><p>direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para</p><p>provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa</p><p>jurídica aos seus administradores e sócios com poderes de administração, observados o</p><p>contraditório e a ampla defesa.</p><p>b) Certa. Vamos ver o que dispõe a lei:</p><p>Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual,</p><p>transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.</p><p>§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à</p><p>obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio</p><p>transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e</p><p>fatos ocorridos antes da data da fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente</p><p>intuito de fraude, devidamente comprovados.</p><p>§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo</p><p>contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos previstos</p><p>nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e</p><p>reparação integral do dano causado.</p><p>c) Errada. A lei não alcança fatos ocorridos antes de sua vigência, já que não possui conteúdo penal.</p><p>d) Errada. Não existe essa imposição na lei.</p><p>e) Errada. Não existe essa previsão na lei.</p><p>Gabarito letra B</p><p>(2022 – FGV - CGU – AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)</p><p>No curso de uma fiscalização para apurar atos ilícitos praticados por sociedade empresária em prejuízo</p><p>de agentes econômicos do mercado financeiro, verificou-se a prática de atos por parte de</p><p>administradores da referida sociedade para dificultar a fiscalização mediante a utilização de táticas</p><p>procrastinatórias e coação moral sobre servidores do órgão regulador. Após constatada a</p><p>responsabilidade da pessoa jurídica, verificou-se, em consulta aos órgãos envolvidos no Registro de</p><p>Empresas, a alteração do tipo societário e do quadro social.</p><p>Sendo certo que a conduta descrita e imputada à pessoa jurídica constitui ato lesivo à Administração</p><p>Pública, é correto afirmar que a transformação da pessoa jurídica:</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>a) constitui obstáculo à responsabilização da pessoa jurídica pela prática de ato lesivo à Administração</p><p>Pública, em razão da extinção da personalidade jurídica como efeito da operação societária;</p><p>b) não exclui nem a responsabilidade da pessoa jurídica nem a de seus administradores, sendo para</p><p>ambos hipótese de responsabilidade objetiva, ou seja, independentemente de sua culpabilidade;</p><p>c) não elimina a possibilidade de responsabilização da pessoa jurídica e de seus dirigentes pela prática</p><p>de ato lesivo à Administração Pública;</p><p>d) impede sua responsabilização, porém subsiste a responsabilidade subjetiva dos administradores na</p><p>medida de sua culpabilidade;</p><p>e) não elimina a possibilidade de responsabilização da pessoa jurídica e de seus dirigentes pela prática</p><p>de ato lesivo à Administração Pública, provado que a atuação da pessoa jurídica decorreu de dolo ou</p><p>culpa.</p><p>Comentários</p><p>O artigo 4º da lei prevê que subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica nas hipóteses de alteração</p><p>contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.</p><p>Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual,</p><p>transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.</p><p>§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à</p><p>obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio</p><p>transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e</p><p>fatos ocorridos antes da data da fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente</p><p>intuito de fraude, devidamente comprovados.</p><p>§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as</p><p>consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei,</p><p>restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do</p><p>dano causado.</p><p>Gabarito letra C</p><p>(2022 – FGV - CGU – AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)</p><p>Após denúncias encaminhadas pelo canal digital de órgão federal vinculado ao Ministério X, foi</p><p>instaurado processo administrativo para apuração de eventuais ilícitos e sua autoria, inclusive com</p><p>forte suspeita de prática de atos de corrupção ativa a servidores públicos. Em breve narrativa, a</p><p>denúncia aponta que duas sociedades empresárias, através de seus sócios majoritários e com vínculo</p><p>de parentesco colateral por consanguinidade, se utilizavam de combinação prévia de preços e</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>condições para fraudar o caráter competitivo de procedimentos licitatórios públicos nas modalidades</p><p>de concorrência e pregão.</p><p>A investigação apurou que os sócios, todos não administradores, se utilizavam da autonomia subjetiva</p><p>das pessoas jurídicas para manipular suas ações por meio dos atos de gestão dos administradores,</p><p>beneficiando-se dos efeitos de</p><p>tais atos. Na prática, verificou-se confusão patrimonial entre as duas</p><p>sociedades empresárias diante do cumprimento, pela pessoa jurídica, reiteradamente, de obrigações</p><p>particulares do sócio e dos administradores.</p><p>Considerados os fatos narrados, a situação descrita autoriza:</p><p>a) a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica para responsabilizar os sócios pelos</p><p>prejuízos que a Administração Pública sofreu, porém é indispensável que seja garantido aos sócios o</p><p>contraditório e a ampla defesa prévios;</p><p>b) a aplicação da fraude contra credores de modo a anular todo o procedimento licitatório e o(s)</p><p>eventual(is) contrato(s) administrativo(s) decorrente(s), sem prejuízo do ajuizamento de ação</p><p>indenizatória pela pessoa jurídica de direito público prejudicada em face das sociedades;</p><p>c) o ajuizamento de ação de responsabilidade civil em face das sociedades e dos sócios, em razão da</p><p>solidariedade legal entre elas e seus membros, independentemente da averiguação da existência de</p><p>dolo ou culpa;</p><p>d) a declaração judicial de ineficácia dos atos praticados em relação à Administração Pública, com</p><p>decretação liminar de arresto dos bens das sociedades, seus sócios e administradores;</p><p>e) a decretação, pela Administração Pública, da dissolução compulsória das pessoas jurídicas, que será</p><p>executada em processo judicial próprio, cabendo ao juiz a nomeação dos liquidantes.</p><p>Comentários</p><p>Nesse caso a conduta correta é a desconsideração da personalidade jurídica da PJ para responsabilizar os</p><p>sócios pelos prejuízos causados, sendo necessária a oportunização do contraditório prévio.</p><p>Gabarito letra A.</p><p>(2022 – FGV - CGU – AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE)</p><p>A sociedade empresária Beta firmou acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União pela</p><p>prática de atos lesivos à Administração Pública Federal, comprometendo-se a cooperar plena e</p><p>permanentemente com as investigações e o processo administrativo.</p><p>Ocorre que a citada pessoa jurídica descumpriu o acordo de leniência, razão pela qual, consoante</p><p>dispõe a Lei nº 12.846/2013:</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>a) será obrigada a pagar multa equivalente ao dobro do valor comprovado do dano ao erário decorrente</p><p>de todos os atos ilícitos que reconheceu ter praticado;</p><p>b) ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de três anos contados do conhecimento pela</p><p>administração pública do referido descumprimento;</p><p>c) terá suspensa sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, mas é vedada a anotação do</p><p>descumprimento no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP);</p><p>d) seus sócios terão os direitos políticos suspensos, pelo período de cinco a oito anos, observado o</p><p>contraditório e a ampla defesa em processo administrativo que tramitará em apenso;</p><p>e) será decretada sua dissolução compulsória, assim como aplicada multa equivalente ao valor</p><p>comprovado do dano ao erário decorrente de todos os atos ilícitos que reconheceu ter praticado.</p><p>Comentários</p><p>O artigo 16, §8º dispõe que em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará</p><p>impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração</p><p>pública do referido descumprimento.</p><p>Gabarito letra B</p><p>QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO</p><p>A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo, proporcionar</p><p>uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de perguntas que exigem</p><p>respostas subjetivas.</p><p>São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua</p><p>resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.</p><p>O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para consolidar</p><p>melhor o que aprendeu ;)</p><p>Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim, ao</p><p>resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do conteúdo, mas</p><p>muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.</p><p>Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor os</p><p>diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.</p><p>É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido na</p><p>sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar a</p><p>resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?</p><p>Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível!</p><p>Vamos ao nosso questionário:</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>Perguntas</p><p>1. A Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) dispõe sobre a responsabilização administrativa, civil e</p><p>penal de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou</p><p>estrangeira.</p><p>2. Segundo a Lei nº 12.846/2013, serão levados em consideração na aplicação das sanções a</p><p>consumação ou não da infração e a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações.</p><p>3. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública, bem como o Ministério Público,</p><p>poderão celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas que colaborem efetivamente com</p><p>as investigações e o processo administrativo.</p><p>4. O acordo de leniência somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os</p><p>seguintes requisitos: a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em</p><p>cooperar para a apuração do ato ilícito, cesse completamente seu envolvimento na infração</p><p>investigada a partir da data de propositura do acordo e repare integralmente o dano causado.</p><p>5. A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica da proibição de receber incentivos,</p><p>subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições</p><p>financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 e máximo de 5</p><p>anos, bem como reduzirá em até 2/3 o valor da reparação do dano.</p><p>6. A administração pública poderá celebrar acordo de leniência de forma a possibilitar a isenção ou</p><p>atenuação das sanções administrativas previstas na Lei de Licitações.</p><p>Perguntas com Respostas</p><p>1. A Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) dispõe sobre a responsabilização administrativa, civil e</p><p>penal de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.</p><p>Errada. A Lei nº 12.846/2016 (Lei Anticorrupção) dispõe somente sobre a responsabilização objetiva</p><p>administrativa e civil, e não penal, de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública,</p><p>nacional ou estrangeira.</p><p>2. Segundo a Lei nº 12.846/2013, serão levados em consideração na aplicação das sanções a</p><p>consumação ou não da infração e a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações.</p><p>Certa. Segundo o art. 7º da Lei nº 12.846/2013, serão levados em consideração na aplicação das sanções:</p><p>• a gravidade da infração;</p><p>• a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;</p><p>• a consumação ou não da infração;</p><p>• o grau de lesão ou perigo de lesão;</p><p>• o efeito negativo produzido pela infração;</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 -</p><p>Camila Andrade</p><p>• a situação econômica do infrator;</p><p>• a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;</p><p>• a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia</p><p>de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica;</p><p>• o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados.</p><p>3. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública, bem como o Ministério Público, poderão</p><p>celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas que colaborem efetivamente com as</p><p>investigações e o processo administrativo.</p><p>Certa. Segundo a Lei nº 12.846/2013, a autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá</p><p>celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas que colaborem efetivamente com as investigações e</p><p>o processo administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:</p><p>I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e</p><p>II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração.</p><p>Ainda que não haja previsão na Lei nº 12.846/2013, o Ministério Público também tem celebrado acordos de</p><p>leniência, valendo-se de suas atribuições constitucionais.</p><p>4. O acordo de leniência somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes</p><p>requisitos: a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a</p><p>apuração do ato ilícito, cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir da data</p><p>de propositura do acordo e repare integralmente o dano causado.</p><p>Errada. A reparação integral do dano não é um requisito para a celebração do acordo de leniência, que</p><p>somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:</p><p>I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato</p><p>ilícito;</p><p>II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir da data de</p><p>propositura do acordo;</p><p>II - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as</p><p>investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a</p><p>todos os atos processuais, até seu encerramento</p><p>5. A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica da proibição de receber incentivos,</p><p>subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições</p><p>financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 e máximo de 5 anos,</p><p>bem como reduzirá em até 2/3 o valor da reparação do dano.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p><p>Errada. A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções administrativas previstas</p><p>no inciso II do art. 6º (publicação extraordinária da decisão condenatória) e no inciso IV do art. 19 (proibição</p><p>de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e</p><p>de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 e máximo de</p><p>5 anos) e reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável, e não da reparação do dano causado.</p><p>6. A administração pública poderá celebrar acordo de leniência de forma a possibilitar a isenção ou</p><p>atenuação das sanções administrativas previstas na Lei de Licitações.</p><p>Certa. Essa é a previsão constante do art. 17 da Lei Anticorrupção:</p><p>Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a pessoa jurídica</p><p>responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas à</p><p>isenção ou atenuação das sanções administrativas estabelecidas em seus arts. 86 a 88.</p><p>Alexandre Violato Peyerl, Telma Vieira, Tulio Lages, Vinicius Rodrigues de Oliveira, Thiago Rodrigues Cavalcanti</p><p>Aula 06 - Profa. Telma Vieira</p><p>Caixa Econômica Federal (CEF) Passo Estratégico de Comportamentos Éticos e Compliance - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>01777111323 - Camila Andrade</p>