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1 EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DA XX VARA CRIMINAL DE CURITIBA/PR. Processo nº: ______________________ JORGE, já qualificado nos autos em epigrafe na Ação Penal Pública que lhe move o Ministério Público, vem por seu advogadooferecer: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS Com fulcro no art 403 §3 CPP pelos fatos e fundamentos que seguem: DOS FATOS O réu estava com seus amigos em um bar quando conheceu Analisa, que o encantou e após uma conversa trocaram beijos e decidiram juntos ir a um local mais reservado, onde trocaram carícias e Analisa de forma voluntária praticou sexo oral e vaginal com o Réu. Após a noite juntos, cada um foi para sua residência tendo antes trocado telefones e contatos da rede sociais. Após o réu acessar a rede social de Analisa para sua surpresa descobriu que a mesma tinha apenas 13 (treze) anos, ficando assim em estado de choque com a descoberta. O que piorou após receber a notícia em sua residência por parte do Ministério Público de que o pai de Analisa havia procurado a autoridade policial para relatar o fato. Ocorre que por Analisa ser inimputável e contar à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou o réu pela prática das condutas previstas no art 217-A CP Estupro de Vulnerável, na forma do art 69 CP, o 2 parquet requereu também o inicio do cumprimento de pena no regime fechado em razão com base no art 2, §1 da lei 8.072/90 e o reconhecimento da agravante da embriaguez pré-ordenada, prevista no art 61, II, alínea 1 CP. DOS FUNDAMENTOS No caso em tela, fica evidenciado o que o código penal descreve como erro de tipo previsto no art 20 CP, onde o réu não sabendo a idade de Analisa presumindo-se que no local, no caso um bar, só é permitido à entrada de maiores de 18 (dezoito) anos, além das testemunhas de defesa informarem também que Analise não aparentava nem se vestia como menor de 18 anos. Há também que se falar que houve consentimento por parte de Analise, o que gera uma causa supra legal de excludente da ilicitude, entendimento Sumulado 593 STJ. Não há que se falar no concurso material de crimes, previsto no art 69 CP, tendo em vista que não houve duplicidade de condutas ilegais, nem mesmo o conhecimento de que a mesma era menor de idade. Vale ressaltar que se desclassificar a agravante por embriaguez pré-ordenada, tendo em vista que não houve qualquer intenção de prática de conduta criminosa, ou que a mesma fizesse algo em razão de estar bêbada, vale lembrar que foi de forma voluntária, todo e qualquer ato praticado por ambos. Diante o exposto passa o acusado a requerer; DO PEDIDO Seja a presente Ação Penal julgada IMPROCEDENTE declarando-se a inocência do réu na forma do art 386,III CPP por manifesta atipicidade. DO PEDIDO ALTERNATIVO Caso assim Vossa Excelência não entenda; 3 1. Que seja julgado procedente o pedido de afastamento da conduta descrita no art 69 CP; 2. Que seja julgado procedente o pedido de afastamento da conduta descrita no art 28, II CP; 3. Que seja fixada a pena no mínimo legal. Nestes Termos, Pede Deferimento. LOCAL, 29/04/2014 ADVOGADO OAB
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