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Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 1 NOTAÇÃO: ℂ : conjunto dos números complexos. ℝ : conjunto dos números reais. ℤ : conjunto dos números inteiros. ℕ : {0, 1, 2, 3, ...}. ℕ* : {1, 2, 3, ...}. z : conjugado dos números z ∈ ℂ. i : unidade imaginária; i 2 = -1 arg z : um argumento de z ∈ ℂ \ {0}. [a, b] = {x ∈ ℝ; a ≤ x ≤ b}. ]a, b[ = {x ∈ ℝ; a < x < b}. ∅ : conjunto vazio. A \ B = {x ∈ A; x ∉ B}. X C = U \ X, para X ⊂ U, U ≠ ∅. I : matriz identidade n x n. A -1 : inversa da matriz inversível A. AB A T ( )AB m : medida (comprimento) de AB . 1) Seja z ∈ ℂ. Das seguintes afirmações independentes: I – Se ω = z2 z 3 2iz z3 1 i - z5 2iz 22 2 ++++ + , então z2 z3 z2i - 3z 1 i 5z z2i - ω 2 2 2 +++ ++ = . II – Se z ≠ 0 e ( )z2i 1 3 3i 2iz + ++ =ω , então z5 23 z2 + ≤ω . III – Se ( ) 4i 34 z 2 + + =ω i 1 , então 2 arg z + 12 π é um argumento de ω. é (são) verdadeira(s): a) todas. d) apenas I e III. b) apenas I e II. e) apenas II. c) apenas II e III. Solução (Alternativa A) I. Verdadeira Se iz5iz2u 2 −+= e |z|2|z|3iz2z31v 22 ++++= então iz5zi2iz5iz2iz5iz2u 222 ++−=−+=−+= e |z|2|z|3zi2z31 |z|2|z|3iz2z31 |z|2|z|3iz2z31v 22 22 22 ++−+= =++++= =++++= Uma vez que se v u w = então v u w = , temos que esta afirmação está verdadeira II. Verdadeira Lembremos que pela Desigualdade Triangular, se w = u + v então |w| ≤ |u| + |v| |z|5 23|z|2 |z||i21| |i33||iz2| |z)i21(| |3i3iz2| |w| + = + ++ ≤ + ++ = III. Verdadeira Sabemos que: – se w = u.v ⇒ arg w = arg u + arg v – se v u w = então arg z = arg u – arg v Desde modo: )i434arg(]z)i1arg[(warg 2 +−+= ⇒ arg w = arg (1 + i) + arg (z 2 ) – π/6 ⇒ arg w = π/4 + 2.arg z – π/6 ⇒ arg w = 2.arg z + π/12 2) O valor de y2 – xz para o qual os números sen 12 π ; x, y, z e sen 75°, nesta ordem, formam uma progressão aritmética, é: a) 3 -4 b) 2 -6 c) 6 -2 d) 2 -5 e) 4 3 - 2 Solução (Alternativa D) Se r é razão da PA, então: y 2 – xz = y 2 – (y – r)(y + r) = r 2 Como o 1º e o 5º termos são conhecidos, então: 2 2 4 12/sen12/5sen xzy π−π =− ⇒ y 2 – xy = 2 4 )4/cos()6/sen(.2 ππ y 2 – xz = 5 5 2 3 2 2 2 1 2 2 2 1 2 2 2 1 −== = 3) Considere a função: ƒ : ℤ \ {0} → ℝ, ƒ(x) = ( ) ( ) ( ) 1 3 - 9 3 x15 2x x211 2x 2 - x +++ . A soma de todos os valores de x para os quais a equação y 2 + 2y + ƒ(x) = 0 tem raiz dupla é: a) 0 b) 1 c) 2 d) 4 e) 6 Solução (Alternativa C) ƒ(x) = ( ) ( ) 1 3 - 9 3 x 1 5 2x 2x 1 1 2x 2 - x +++ ƒ(x) = ( ) 1 3 - 3 . 3 x 5 2x 2x 1 . 1 2x 2 2 2 -x + + + ƒ(x) = 1 3 - 3 x 5 2x x 1 2x 2 2 -x + ++ + ƒ(x) = 1 3 - 3 x 5 2x 2x 2 4x 2x - 2x + +++ ƒ(x) = 1 3 - 3 x 5 2x 2x 2 2x 2x + +++ Ter raiz dupla ⇒ ∆ = 0, isto é: ∆ = 4 – 4 . 1 . ƒ(x) = 0 ∴ 4ƒ(x) = 4 ∴ ƒ(x) = 1 daí: : segmento de reta unindo os pontos A e B : transposta da matriz A Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 2 1 1 3 - 3 x 5 2x 2x 2 2x 2x =+ +++ x 5 2x 2x 2 2x 2x 3 3 +++ = x 5 2x 2x 2 2x 2x + = ++ x 2 + 2x + 2 = 4x + 10 ⇒ x2 – 2x – 8 = 0 ⇒ x = 4 ou x = – 2 ⇒ soma das raízes = ( ) 1 2 - − = 2 Obs: O enunciado poderia enganar algum aluno desatento, pois a equação y 2 + 2y + f(x) = 0 é em duas variáveis, x e y, a sua raiz dupla poderia ser tanto em x quanto em y. Para ficar um enunciado mais claro, deveríamos ter a expressão “equação, em y, dada por y 2 + 2y + f(x) = 0” 4) Considere uma função ƒ : ℝ → ℝ não-constante e tal que ƒ (x + y) = ƒ(x) ƒ(y), ∀x, y ∈ ℝ. Das afirmações: I - ƒ(x) > 0, ∀x ∈ ℝ. II - ƒ(nx) = [ƒ(x)]n, ∀x ∈ ℝ, ∀n ∈ ℕ*. III - ƒ é par. é (são) verdadeira(s): a) apenas I e II. d) todas. b) apenas II e III. e) nenhuma. c) apenas I e III. Solução (Alternativa A) I. Verdadeira Fazendo x = 2 t e y = 2 t , teremos ( ) 2 t f t f 2 t f . 2 t f 2 t 2 t f 2 = = + Suponha que exista um número real a tal que f(a) = 0. Observe que f(x) = f(x – a + a) = f(x – a).f(a) = 0 que é um absurdo, pois f(x) não é constante. Como ƒ(t) é igual ao quadrado de um número real não nulo, para todo t real, então ƒ(t) > 0 para todo real. II. Verdadeira Se n = 1, a identidade é trivial. Fazendo y = x ƒ(x + x) = ƒ(x) . ƒ(x) ⇒ ƒ(2x) = [ƒ(x)]2 supondo válido para n ∈ ℕ, teremos ƒ(x + nx) = ƒ(x) . ƒ(nx) = ƒ(x) [ƒ(x)]n ⇒ ƒ[(n + 1)x] = [ƒ(x)]n + 1 Isto prova que por indução que ƒ(nx) = [ƒ(x)]n, ∀ x ∈ ℕ, n ∈ ℕ*. III. Falsa Nota-se que a função ƒ: ℝ → ℝ, dada por ƒ(x) = akx, com 0 < a ≠ 1 e k = logaƒ(1), satisfaz à propriedade do enunciado (na verdade é a única função contínua possível - ver comentário) daí, por exemplo, ƒ: ℝ → ℝ, definida por ƒ(x) = ex, que não é nem par nem ímpar, serve de contra exemplo. Comentário Vamos provar que f(x) = a kx é a única função contínua, não constante, que satisfaz a equação funcional f(x + y) = f(x)f(y) para todo x e y reais. Inicialmente vamos demonstrar que f(x) = ax é a única função contínua que satisfaz a equação funcional f(x + y) = f(x) + f(y). ∴x = y = 0 ⇒ f(0) = 2f(0) ⇒ f(0) = 0 ∴y = – x ⇒ f(0) = f(x) + f(– x) ⇒ f(x) = – f(– x) ∴y = x ⇒ f(2x) = 2f(x) ∴y = 2x ⇒ f(3x) = 3f(x) Por indução tiramos que f(nx) = nf(x) Para um número racional x = m/n temos: nx = m.1 ⇒ f(nx) = f(m.1) = nf(x) = mf(1) ⇒ f(x) = (m/n)f(1) ⇒ f(x) = xf(1) para todo x racional Suponhamos que f(x) seja contínua. Se x for irracional, podemos sempre escolher um racional xn cujo limite tende para x. Devido a continuidade de f(x) e f(xn) = xnf(1), quando xn tende para x irracional, temos que f(x) = xf(1) Para f(x + y) = f(x)f(y) faça o seguinte: Aplicando logaritmo na base a nos dois lados da igualdade temos que: loga f(x + y) = loga [f(x)f(y)] ⇒ loga f(x + y) = loga f(x) + loga f(y) Fazendo loga f(x) = g(x) ⇒ g(x + y) = g(x) + g(y) ⇒ g(x) = [g(1)].x ⇒ loga f(x) = kx ⇒ f(x) = a kx 5) Considere o polinômio P(x) = 2x + a2x 2 + ... + anx n , cujos coeficientes 2, a2, ... , an formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão q > 0. Sabendo que 2 1 − é uma raiz de P e que P(2) = 5 460, tem-se que o valor de 4 32 q q - n é igual a: a) 4 5 b) 2 3 c) 4 7 d) 6 11 e) 8 15 Solução (Alternativa C) Como os coeficientes formam uma PG podemos escrever: P(x) = 2x + 2qx² + 2q²x³ + ... + 2q n−1 x n ⇒ Onde temos uma nova PG, formada pelos termos de P(x), cujo 1º termo é 2x e a razão é qx. Assim: 1qx )1xq(x2 )x(P 1qx ]1)qx[(x2 )x(P nnn − − =⇒ − −⋅ = Como −1/2 é raiz: P(−1/2) = 0, ou seja, 01 2 1 q0 1 2 1 q 1 2 1 q 2 1 2 n n n n =− −⇒= − − − −⋅ −⋅ ⇒ n n n )1( 2 q − = , como q > 0 ⇒ q = 2 e n é par. Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 3 Como P(2) é igual a 5460 segue que: 5460 3 )14(4 5460 1q2 ]1)q2[(22 nn = − ⇒= − −⋅ ⇒ 4 n = 4096 ⇒ 22n = 212 ⇒ n = 6 Daí: 4 7 2 26 q qn 4 32 4 32 = − = − 6) Dividindo-se o polinômio P(x) = x5 + ax4 + bx2 + cx + 1 por (x – 1), obtém-se resto igual a 2,. Dividindo-se P(x) por (x + 1), obtém-se resto igual a 3. Sabendo que P(x) é divisível por (x – 2), tem-se que o valor de c ab é igual a: a) – 6 b) – 4 c) 4 d) 7 e) 9 Solução (Alternativa E) Pelo teorema do resto P(1) = 2 ⇒ 1 + a + b + c + 1 = 2 ⇒ a + b + c = 0 P(-1) = 3 ⇒ - 1 + a + b – c + 1 = a + b – c = 3 P(2) = 0 ⇒ 32 + 16a + 4b + 2c + 1 = 0 −=++ =−+ =++ 33c2b4a16 3cba 0cba Resolvendo, teremos a = - 3, b = 2 9 e c = 2 3− Portanto: 9 2 3 - 2 7 3 - c ab == 7) Das afirmações abaixo sobre a equação z4 + z3 + z2 + z + 1 = 0 e suas soluções no plano complexo: I – A equação possui pelo menos um par de raízes reais. II – A equação possui duas raízes de módulo 1, uma raiz de módulo menor que 1 e uma raiz de módulo maior que 1. III – Se x ∈ ℕ* e r é uma raiz qualquer desta equação, então 2 1 3 r n 1 k k <∑ = . é (são) verdadeira(s): a) nenhuma. d) apenas III. b) apenas I. e) apenas I e III. c) apenas II. Solução (Alternativa D) z 4 + z 3 + z 2 + z + 1 = 0 Podemos escrever essa equação pela soma dos termos de uma P.G., onde a1 = 1 e q = z ( ) 0 1 - z 1 - z 1 5 = , como z ≠ 1, teremos z5 – 1 = 0 ⇒ z 5 = 1 ⇒ z = cis π 5 k2 onde k = 0, 1, 2, 3, 4 k = 0 ⇒ z0 = cis ⇒ z0 = 1 (não convém) k = 1 ⇒ z1 = cis 5 2π k = 2 ⇒ z2 = cis 5 4π k = 3 ⇒ z3 = cis 5 6π k = 4⇒ z4 = cis 5 8π I. Verdadeira Vemos que todas as raízes são números complexos não reais; II. Falsa Como todas são da forma z = cos α + i sen α elas também terão módulo 1. III. Verdadeira Como todas tem modulo 1, podemos escrever ∑∑∑ === == n 1 k k n 1 k k kn 1 k k 3 1 3 r 3 r Portanto n32 n 1 k k 3 1 ... 3 1 3 1 3 1 3 1 +++=∑ = é uma P.G. com a1 = 3 1 e q = 3 1 . Fazendo n tender ao infinito 2 1 3 1 - 1 3 1 ... 3 1 3 1 3 1 lim 2 n 1 k k00 n ==++=∑ =→ Como n ∈ ℕ, então há um número finito de termos, daí 2 1 3 r n 1 k k <∑ = , portanto é verdadeira. 8) Seja k ∈ ℝ tal que a equação 2x3 + 7x2 + 4x + k = 0 possua uma raiz dupla e inteira x1 e uma raiz x2, distinta de x1. Então, (k + x1) x2 é igual a: a) – 6 b) – 3 c) 1 d) 2 e) 8 Solução (Alternativa B) Pelas relações de Girard: (1) 2x1 + x2 = – 7/2 (2) x1 2 + 2x1x2 = 4 (3) x1 2 x2 = – k/2 Substituindo (1) em (2): x1 2 + 2x1(– 2x1 – 7/2) = 4 ⇒ x1 2 – 4x1 2 – 7x1 = 4 ⇒ 3x1 2 + 7x1 + 4 = 0 ⇒ x1 = – 1 ou x1 = 4/3 (não convém) ∴x2 = – 7/2 + 2 = – 3/2 ∴k = – 2x1 2 x2 = – 2(– 1) 2 (– 3/2) = 3 Assim: (k + x1)x2 = (3 – 1)(– 3/2) = – 3 9) Considere o conjunto S = {(a, b) ∈ ℕ x ℕ: a + b = 18}. A soma de todos os números da forma !b!a !18 , ∀ (a, b) ∈ S, é: Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 4 a) 8 6 b) 9! c) 9 6 d) 12 6 e) 12! Solução (Alternativa A) Como a + b = 18 então = − = a 18 )!a18(!a !18 !b!a !18 Portanto, a soma procurada é: 66318 8)2(2 18 18 ... 2 18 1 18 0 18 === ++ + + 10) O número de divisores de 17 640 que, por sua vez, são divisíveis por 3 é: a) 24 b) 36 c) 48 d) 54 e) 72 Solução (Alternativa C) Fatorando 17640 encontramos: 17640 = 2 3 .3 2 .5.7 2 Os divisores positivos de 17640 que são divisíveis por 3 são todos os números da forma 2 a .3 b .5 c .7 d , onde a, b, c e d são inteiros satisfazendo 0 ≤ a ≤ 3, 1 ≤ b ≤ 2, 0 ≤ c ≤ 1 e 0 ≤ d ≤ 2. Como existem 4 possibilidades para a, 2 possibilidades para b, 2 possibilidades para c e 3 possibilidades para d, existem 4.2.2.3 = 48 de tais divisores positivos. Obs: O enunciado deveria deixar claro que se tratam apenas dos divisores positivos, que é o padrão neste tipo de questão. Na verdade, da forma como está escrito, a resposta correta seria 96 divisores que são divisíveis por 3. 11) Sejam A e P matrizes n x n inversíveis e B = P-1AP. Das afirmações: I – B T é inversível e (B T ) –1 = (B -1 ) T . II – Se A é simétrica, então B também o é. III – det (A - λI) = det (B - λI), ∀λ ∈ ℝ) é (são) verdadeira(s): a) todas. d) apenas I e III. b) apenas I. e) apenas II e III. c) apenas I e II. Solução (Alternativa D) I. Verdadeira Desde que A e P são inversíveis então det A ≠ 0 e det P ≠ 0. Assim: det (B) = det (P – 1 AP)= det (P – 1 ).det (A).det (P) ⇒ det (B) = det (A) ≠ 0 ⇒ B é inversível Como det (B) = det (B T ) ≠ 0 ⇒ BT é inversível ∴Repare que: BT.(B – 1)T = (B – 1.B)T = IT = I ⇒ (B T ) – 1 = (B – 1 ) T II. Falsa Se A é simétrica então A = A T ∴BT = (P – 1AP)T = PTAT(P – 1)T = PTA(PT) – 1 que não podemos afirmar ser igual a B. Somente se P fosse ortogonal (P T = P – 1 ) é que B seria simétrica. III. Verdadeira P – 1 (A – λI)P = P – 1(AP – λP) = P – 1AP – λP – 1P = B – λI Assim: det (P – 1 (A – λI)P) = det (B – λI) ⇒ det (P – 1 )det (A – λI)det (P) = det (B – λI) ⇒ det (A – λI) = det (B – λI) 12) O número de todos os valores de a ∈ [0, 2π], distintos, para os quais o sistema nas incógnitas x, y e z, dado por =−+ =−+ =−+− a cos 2 -z4y36x 2asen z5y2x 3a cosz6y4x , é possível e não-homogêneo, é igual a: a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 Solução (Alternativa A) Escalonando o sistema: −=−+ =−+ =−+− (2/3)x acos2z4y3x6 4x a2senz5y2x a3cosz6yx4 ⇒ −=−+ =−+ =−+− acos)3/4(z)3/8(y2x4 a2sen4z20y8x4 a3cosz6yx4 ⇒ (-3)x acos)3/4(a3cosz)3/26(y3 a2sen4a3cosz26y9 a3cosz6yx4 −=− +=− =−+− ⇒ +−=+− +=− =−+− acos4a3cos3z26y9 a2sen4a3cosz26y9 a3cosz6yx4 ⇒ ++−= +=− =−+− a2sen4acos4a3cos20 a2sen4a3cosz26y9 a3cosz6yx4 Para que o sistema seja possível e não homogêneo devemos ter duas condições: 1) cos (3a), sen (2a) e cos (a) não podem ser simultaneamente iguais a zero 2) – 2cos (3a) + 4cos (a) + 4sen (2a) = 0 ⇒ cos (3a) – cos (a) = cos (a) + 2sen (2a) ⇒ – 2.sen (2a).sen (a) = cos (a) + sen (2a) ⇒ – 4.sen 2 (a)cos(a) = cos (a) + 2.sen (a)cos (a) ⇒ cos (a)[– 4.sen 2 (a)] = cos (a)[1 + 2.sen (a)] i) cos (a) = 0 ⇒ a = (2k + 1)π ⇒ sen (2a) = 0 e cos (3a) = 0 que não convém pois assim teríamos um sistema homogêneo. ii) Como cos (a) ≠ 0 ⇒ – 4.sen 2 (a) = 1 + 2.sen (a) ⇒ [2.sen (a)] 2 + 2.sen (a) + 1 = 0 ⇒ [2.sen (a) + 1] 2 = 0 ⇒ sen (a) = – 1/2 ⇒ a = {7π/6, 11π/6} Como estes valores não zeram simultaneamentecos (3a) e cos (a), então temos dois valores de a. 13) Para todo x ∈ ℝ, a expressão [cos (2x)]2 [sen (2x)]2 sen x é igual a: a) 2 -4 [sen (2x) + sen (5x) + sen (7x)]. b) 2 -4 [2 sen x + sen (7x) - sen (9x)]. c) 2 -4 [- sen (2x) - sen (3x) + sen (7x)]. d) 2 -4 [- sen x + 2 sen (5x) - sen (9x)]. e) 2 -4 [sen x + 2 sen (3x) + sen (5x)]. Solução (Alternativa B) [cos2x]² . [sen2x]² . senx = [cos2x . sen2x]² . senx =[2 −1 sen4x]² . senx = 2 −2 . sen4x . (sen4x . senx) = Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 5 =2 −2 . sen4x . [−2−1. (cos5x − cos3x)] = = −2− 3 . [sen4xcos5x − sen4xcos3x]= = −2− 3 . [2−1 (sen9x − senx − sen7x + sen(−x))]= = −2− 4 (sen9x − senx − sen7x − senx) = = 2 − 4 (2senx + sen7x − sen9x) 14) Considere os contradomínios das funções arco- seno e arco-cosseno como sendo ππ − 2 , 2 e [0, π], respectivamente. Com respeito à função ƒ : [-1, 1] → ππ − 2 3 , 2 , ƒ(x) = arcsen x arccos x, temos que: a) ƒ é não-crescente e ímpar. c) ƒ é injetora. b) ƒ não é par nem ímpar. d) ƒ é constante. c) ƒ é sobrejetora. Solução (Alternativa E) ƒ(x) = arc senx + arc cosx Seja x = sen y1 ⇒ y1 = arc senx, y1 ∈ [– π/2, π/2] x = cos y2 ⇒ y2 = arc cosx, y2 ∈ [0, π] logo, seny1 = cosy2 . Temos duas possibilidades i) y1+ y2 = π/2 + 2kπ; ii) y1 – y2 = π/2 + 2kπ – que não convém pois y1 – y2 está no intervalo [– 3π/2, π/2], e os valores – 3π/2 e π/2 não são possíveis; Desta forma, temos que arc senx + arc cosx = π/2, logo ƒ(x) é constante, implicando que as alternativas a, b, c e d sejam falsas. 15) Considere a família de circunferência com centro no segundo quadrante e tangentes ao eixo Oy. Cada uma destas circunferências corta o eixo Ox em dois pontos, distantes entre si 4 cm. Então, o lugar geométrico dos centros destas circunferências é parte: a) de uma elipse. d) de duas retas concorrentes. b) de uma parábola. e) da reta y = -x . c) de uma hipérbole. Solução (Alternativa C) Pelo esboço acima, o centro da circunferência C(x, y) é eqüidistante dos pontos A(x−2, 0), B(x + 2, 0) e D(0, y). 1 4 y 4 x 2yx xy2xdy2d 22 222 22222 CD 222 AC =−⇒=−⇒ =+⇒==+= 16) A área do polígono, situado no primeiro quadrante, que é delimitado pelos eixos coordenados e pelo conjunto {(x, y) ∈ ℝ2 : 3x2 + 2y2 + 5xy – 9x – 8y + 6 = 0}, é igual a: a) 6 b) 2 5 c) 2 2 d) 3 e) 3 10 Solução (Alternativa B) 3x² + 2y² + 5xy − 9x −8y + 6 = 0⇒ 3x² + 2y2 + 3xy + xy2 − 6x − 3x − 6y − y2 + 6 = 0⇒ 3(x² + xy − x) + 2(y² + xy − y) −6x − 6y + 6 = 0 ⇒ 3x(x+y−1) + 2y(y + x −1) − 6(x + y −1) = 0 ⇒ (x + y − 1)(3x + 2y − 6) = 0. A equação apresentada é o conjunto de duas retas e a área está representada abaixo: A área é dada pela diferença das áreas de dois triângulos retângulos: 2 5 A 2 11 2 23 A =⇒ ⋅ − ⋅ = 17) Sejam r e s duas retas paralelas distando entre si 5 cm. Seja P um ponto na região interior a estas retas, distando 4 cm de r. A área do triângulo equilátero PQR, cujos vértices Q e R estão, respectivamente, sobre as retas r e s, é igual, em cm 2 , a: a) 3 15 b) 7 3 c) 5 6 d) 2 15 3 e) 2 7 15 Solução (Alternativa B) ∆ PQS ⇒ =α =α ℓ ℓ ℓ 16 - cos 4 sen 2 ∆ PRT ⇒ sen (60° - α) = ℓ 1 ⇔ ( ) 2 2 PQR 22 2 2 cm 37 4 3 S 28 12 16 - 6 16 - 3 1 4 . 2 1 - 16 - . 2 3 ==⇔=⇔= ⇔=⇔= ℓ ℓℓ ℓ ℓℓℓ ℓ 18) Considere três polígonos regulares tais que os números que expressam a quantidade de lados de cada um constituam uma progressão aritmética. Sabe-se que o produto destes três números é igual a 585 e que a y x x−2 x+2 C A B D 1 2 1 3 60°-α α 90°-α 60° 30°+α 4 cm 1 cm • ℓ ℓ ℓ P • 5 cm S Q R T r s Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 6 R R 2R 2R R B A O soma de todos os ângulos internos dos três polígonos é igual a 3 780°. O número total das diagonais nestes três polígonos é igual a: a) 63 b) 69 c) 90 d) 97 e)106 Solução (Alternativa D) Sejam x – r, x e x + r as quantidades de lados dos polígonos. Deste modo: 180(x – r – 2) + 180(x – 2) + 180(x + r – 2) = 3780 ⇒ x – r – 2 + x – 2 + x + r – 2 = 21 ⇒ 3x = 27 ⇒ x = 9 ∴(9 – r)(9)(9 + r) = 585 ⇒ 81 – r2 = 65 ⇒ r 2 = 16 ⇒ r = ± 4 ⇒ as quantidades de lados são 5, 9 e 13. Como o número de diagonais de um polígono de n lados é d(n) = n(n – 3)/2, então: S = 5.2/2 + 9.6/2 + 13.10/2 ⇒ S = 97 19) Considere o triângulo isósceles OAB, com lados OA e OB de comprimento 2 R e lado AB de comprimento 2R. O volume do sólido, obtido pela rotação deste triângulo em torno da reta que passa por O e é paralela ao lado AB , é igual a: a) 2 π R 3 b) π R3 c) 3 4π R 3 d) 2 π R3 e) 3 π R3 Solução (Alternativa C) Quando giramos o triângulo obtemos um sólido que é equivalente a tirarmos dois cones coaxiais e com mesmo vértice (ponto O) de um cilindro. Portanto: V = Vcilindro – 2Vcone = πR 2 (2R) – 2.π.R2(R)/3 ⇒ V = 2πR3 – 2πR3/3 ⇒ V = 4πR3/3 20) Considere uma pirâmide regular de altura igual a 5 cm e cuja base é formada por um quadrado de área igual a 8 cm 2 . A distância de cada face desta pirâmide ao centro de sua base, em cm, é igual a: a) 3 15 b) 9 65 c) 5 34 d) 5 7 e) 3 Solução (Alternativa B) Sbase = ℓ 2 = 8 ⇒ ℓ = 2 2 cm Pelas relações métricas no triângulo retângulo ∆VOH temos que OV.OH = OM.VH ⇒ 5 2 = 27 x d ⇒ d = cm 9 65 33 25 = As questões de 21 a 30 deverão ser resolvidas no caderno de respostas anexo. 21) Sejam U um conjunto não-vazio e A ⊂ U, B ⊂ U. Usando apenas as definições de igualdade, reunião, intersecção e complementar, prove que: I – Se A ∩ B = ∅, então B ⊂ AC. II – B \ A C = B ∩ A. 1a Solução I – Seja b ∈ B. Como A ∩ B = ∅, Então b ∉ A. Desse modo, por definição, b ∈ AC. Provou-se que: b ∈ B ⇒ b ∈ AC, ou seja, que B ⊂ AC, se A ∩ B = ∅ (c.q.d.) II – B \ A C = { x ∈ U; x ∈ B ∧ x ∉ AC} = {x ∈ U; x ∈ B ∧ x ∈ A} = B ∩ A (c.q.d.) 2a Solução II. Lembrando que X \ Y = X ∩ YC e que (XC)C = X, para quaisquer conjuntos X ∈ Y, então: B \ AC = B ∩ (AC)C = B ∩ A (c.q.d.) I. Uma vez que X – Y = ∅ ⇔ X ⊂ Y, então B \ A C = B ∩ (AC)C = B ∩ A = ∅ ⇔ B ⊂ AC (c.q.d.) 22) Determine o conjunto dos números complexos z para os quais o número 3 - 1 z 1 - z 2 z z ++ ++ =ω pertence ao conjunto dos números reais. Interprete (ou identifique) este conjunto geometricamente e faça um esboço do mesmo. Solução Note-se, de antemão, que z + z + 2 ∈ ℝ,∀z ∈ ℂ, sendo igual a 2 [Re(z) + 1]. Portanto, para que w ∈ ℝ, e necessário e suficiente que 3 - 1 z 1 - z ++ ∈ ℝ*, o que equivale à condição |z – 1| + |z + 1| > 3 (*). Lembrando que |z – w| representa a distância entre as imagens de z e w no plano complexo, percebe-se que (*) é o conjunto dos pontos do plano cujas somas das distâncias aos complexos z1 = 1 e z2 = - 1 é maior que 3. Ora, esse conjunto é o dos pontos pertencentes ao exterior de uma elipse defoco em z1 e z2, e eixo maior três. 5 2 d V H M O x y • • y x 1 -1 • • 25 23 25− 23− Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 7 23) Considere a seguinte situação baseada num dos paradoxos de Zenão de Eléia, filósofo grego do século V A.C. Suponha que o atleta Aquiles e uma tartaruga apostam uma corrida em linha reta, correndo com velocidades constantes vA e vT, com 0 < vT < vA. Como a tartaruga é mais lenta, é-lhe dada uma vantagem inicial, de modo a começar a corrida no instante t = 0 a uma distância d1 > 0 na frente de Aquiles. Calcule os tempos t1, t2, t3, ... que Aquiles precisa para percorrer as distância d1, d2, d3, ..., respectivamente, sendo que, para todo n > 2, dn denota a distância entre a tartaruga e Aquiles no instante ∑ = 1 - n 1 k kt da corrida. Verifique que os termos tk, k = 1, 2, 3, ..., formam uma progressão geométrica infinita, determine sua soma e dê o significado desta soma. Solução t = 0 Distâncias percorridas por Aquiles (A) e a tartaruga (T) d1 = VA . t1 ∴ d2 = VT . t1 ∴ t2 = A T V V t1 d2 = VA . t2 ∴ d3 = VT . t2 ∴ t3 = A T V V t2 d3 = VA . t3 ∴ d4 = VT . t3 Daí exclui-se que para n ≥ 2 VTtn = VA . tn + 1 ∴ tn + 1 = A T V V tn A T n 1 n V V t t 0 =< + < 1 (VA > VT) Portanto os tempos (t1, t2, t3, ...) formão uma P.G. infinita de razão A T V V , cuja soma será: S = t1 + A T V V t1 + A T V V t1 + ... ⇒ S = TA 1 TA A1 A T 1 V- V d V- V V. t V V - 1 t == Esta soma representa o tempo necessário para Aquiles alcançar a tartaruga. 24) Mostre que toda função ƒ : ℝ \ {0} → ℝ, satisfazendo ƒ(xy) = ƒ(x) + ƒ(y) em todo seu domínio, é par. Solução ƒ(xy) = ƒ(x) + ƒ(y), ∀x, y ∈ ℝ \ {0} Inicialmente, note-se que: ƒ(x . 1) = ƒ(x) + ƒ(1) ⇒ ƒ(1) = 0. Também: ƒ(1) = ƒ[(-1).(-1)] = ƒ(-1) + ƒ(-1) = 2ƒ(-1) = 0 ⇒ f(– 1) = 0. Além disso, para qualquer x ∈ ℝ \ {0}: ƒ(x) - ƒ(-x) = ƒ(x) – {ƒ [(-1) . x]} = ƒ(x) - ƒ(-1) - ƒ(x) = 0 ⇒ ƒ(-x) = ƒ(x), ∀ x ∈ ℝ \ {0} ⇒ ƒ é par (c.q.d.) 25) Sejam a, b, c e d constantes reais. Sabendo que a divisão de P1(x) = x 4 + ax 2 + b por P2(x) = x 2 + 2x + 4 é exata, e que a divisão de P3(x) = x 3 + cx 2 + dx - 3 por P4(x) = x 2 – x + 2 tem resto igual a – 5, determine o valor de a + b + c + d. Solução Dividindo P1(x) por P2(x): x 4 + ax 2 + b - x 4 – 2x 3 – 4x 2 - 2x 3 + (a – 4)x 2 + b 2x 3 + 4x 2 + 8x ax 2 + 8x + b -ax 2 – 2ax – 4a (8 – 2a) x + b – 4a ≡ 0 ⇔ a = 4 b = 16 Dividindo P3(x) por P4(x): x 3 + cx 2 + dx - 3 - x 3 – x 2 – 2x (c + 1) x 2 + (d – 2) x - 3 - (c + 1) x 2 + (c + 1) x – 2 (c + 1) (d + c – 1)x – 5 – 2x ≡ -5 ⇕ 5 2c 5 1 c d ⇔ =+ =+ Portanto: a + b + c + d = 21 26) Sejam a, b, c e d números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz 2 2 2 2 dd1abc cc1abd bb1acd aa1bcd na forma de um produto de números reais. Solução Multiplicando-se a 1ª linha por a, a 2ª por b, a 3ª por e c a 4ª por d, tem-se que: dcba dcba dcba 1111 ddd1 ccc1 bbb1 aaa1 abcd abcd dddabcd cccabcd bbbabcd aaaabcd d 1 . c 1 . b 1 . a 1 dd1abc cc1abd bb1acd aa1bcd 3333 2222 32 32 32 32 32 32 32 32 2 2 2 2 === == = (b – a) (c – a) (d – a) (c – b) (d – b) ( d – c) T0 T1 T2 T3 Tn - 1 d1 d2 d3 d4 . . . . A1 A2 A3 A4 An A0 dn x 2 + 2x + 4 x 2 - 2x + a x 2 + x + 2 x + c + 1 c = 0 d = 1 (Vandermonde) Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 8 27) Encontre todos os valores de a ∈ ππ − 2 , 2 para os quais a equação na variável real x, a 2 e - 1 - 2 arctg 2 e 1 - 2 arctg xx = + + , admite soluções. Solução Sejam 2 e 12 x +−=α e 2 e 12 x −−=β . Como α + β = a ⇒ tg (α + β) = tg a ⇒ tga tg.tg1 tgtg = βα− β+α ⇒ ( ) tga 4 e 121 2 e 12 2 e 12 x22 xx = −−− −−++− ⇒ tga 4 e )12(2 )12(2 x2 = +− − (que é diferente de zero) ⇒ tga. 4 e tga)12(2)12(2 x2 +−=− ⇒ )tga1)(12(2tga. 4 e x2 −−= ⇒ −−= 1 tga 1 )12(8e x2 Como e 2x > 0 ⇒ 1 tga 1 > ⇒ 0 < tg a < 1 ⇒ 4 a0 π << 28) Sabe-se que uma elipse de equação 1 b y a x 2 2 2 2 =+ tangencia internamente a circunferência de equação x 2 + y 2 = 5 e que a reta de equação 3x + 2y = 6 é tangente á elipse no ponto P. Determine as coordenadas de P. Solução Esquematicamente: 2 2 222 2 2 2 a b . y x - y' 0 b 2yy' a 2x 1 b y a x =⇔=+⇒=+ que é o coeficiente angular da tangente à elipse num de seus pontos (x, y). Seja P (m, n). Então, como o coeficiente angular de 3x + 2y = 6 é 2 3 − : )( m n . 3 10 a a 5 . n m - 2 3 2 2 ∗=⇒=− I – P pertence à elipse (*) ⇒ 1 5 n n3 m10 m 22 =+ ⇒ 1 5 n 10 mn3 2 =+ ⇒ 2n2 + 3mn – 10 = 0 II – P pertence à reta dada ⇒ 3m + 2n = 6 Resolvendo o sistema obtido por I e II: m = 9 8 e n = 3 5 ⇔ P = 3 5 , 9 8 29) Considere um quadrado ABCD. Sejam E o ponto médio do segmento CD e F um ponto sobre o segmento CE tal que m(BC ) + m(CF ) = m(AF ). Prove que cos α = cos 2β, sendo os ângulos α = FAˆB e β = DAˆE . Solução ∆ AFF’: (Teorema de Pitágoras) ℓ 2 + 2ℓx + x 2 = ℓ 2 - 2ℓx + x 2 + ℓ 2 4ℓx = ℓ 2 ⇔ x = 4 ℓ Desse modo: cos α = 5 3 4 4 - = + ℓ ℓ ℓ ℓ e cos 2β = 2. cos2β - 1 = 2 . ⇒= 5 3 1 - 5 2 2 cos α = cos 2β (c.q.d.) 5 • • • • • • y x b P 2 - b - a a 0 5 b = 3 2 5ℓ D C B A ℓ ℓ + x ℓ ℓ α β F’ F x E 2ℓ ℓ - x • • • • x Resolução de Matemática – ITA 2002/2003 9 30) Quatro esferas de mesmo raio R > 0 são tangentes extremamente duas a duas, de forma que seus centros formam um tetraedro regular com arestas de comprimento 2R. Determine, em função de R, a expressão do volume do tetraedro circunscrito às quatro esferas. Solução Note-se que o centro do tetraedro cujos vértices são os centros das esferas é o mesmo do tetraedro circunscrito às quatro esferas, o qual é regular. Além disso as faces de ambos os tetraedros são, duas a duas, paralelas. Lembrando que a altura de um tetraedroregular de aresta a vale 3 6a e que a distância do centro do tetraedro às faces é igual a um quarto disso, ou seja, 12 6a , basta observar que a distância do centro comum aos tetraedros até uma face do maior, de aresta x, é igual à soma da distância entre aquele centro e a face paralela correspondente do tetraedro menor com o raio de uma das esferas. O → centro comum d = 6 6R 12 6R2 4 h == → distância de O à face do tetraedro menor. D → Distância de O à face do tetraedro maior. D = d + R )16(R26R2R2xR 6 6R 12 6x +=+=⇒+=⇒ Portanto, o volume procurado é: 33 3 R)16( 3 22 V 12 2)]16(R2[ V +=⇒ + = O d R D
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