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Ciência dos Materiais Aula 2 - Estrutura Cristalina Prof. Dr. Lucas Vono Profa. Ma. Camila A. Wegermann Aula Anterior • Ligações químicas: Iônica, covalente e metálica; • Classes de materiais: Cerâmicas, polímeros e metais; • Relações entre a ligação química e as propriedades dos materiais; e- iônica e- e- covalente e- e- e- e- e-e- e- e - e- e- e- e- e- e- e- e- e- metálica Aula de Hoje Domínios: Arranjo molecular; Estrutura Cristalina. Referências: CALLISTER, Jr., Ciência e engenharia dos materiais uma introdução: 8ª ed., capítulo 3 (pg 38-46, 60-61 e 68). Referências complementares: Brown, L. S. e Holme, T. A., Química geral aplicada à engenharia. 3ªed. 2014, capítulo 8 (pg 255-261). Estrutura Cristalina Sólido Cristalino: é um sólido ordenado no qual os átomos, íons ou moléculas encontram-se num arranjo ordenado chamado retículo. Sólido amorfo: é aquele onde os átomos, íons ou moléculas encontram-se num estado desordenado. Estrutura Cristalina SÓLIDO CRISTALINO vs SÓLIDO AMORFO Classificação dos sólidos • Sólidos metálicos: Metais ou ligas metálicas consistem de cátions mantidos unidos por um mar de elétrons. • Sólidos iônicos: Construídos pela atração mutua de cátions e ânions. • Sólidos reticulares: Consistem de átomos ligados aos seus vizinhos covalentemente através da extensão do sólido. • Sólidos moleculares: São conjuntos de moléculas discretas mantidas por forças intermoleculares. Estrutura Cristalina Células unitárias Estrutura Cristalina 1. Delineie uma célula unitária para o padrão mostrado abaixo. Se os quadrados pretos são rotulados A e os brancos são rotulados B, qual será a quantidade de A e de B por célula unitária? Estrutura Cristalina 8 quadrados brancos (B) 1 quadrado preto (A) Logo: AB8 12 quadrados brancos (B) 4 quadrado preto (A) Logo: A4B12 (ou reduzido AB3) Empacotamento Atômico e Célula Unitárias Em uma material cristalino, os átomos se agrupam ordenadamente promovendo uma espécie de empacotamento atômico. CÚBICO SIMPLES CÚBICO DE CORPO CENTRADO CÚBICO DE FACE CENTRADA Estrutura Cristalina do cloreto de sódio NaCl (Na+Cl-) 2D 3D Célula cúbica de face centrada CFC Células unitárias CÚBICO a = b = c a = b = g = 90 TETRAGONAL a = b ≠ c a = b = g = 90 ORTORRÔMBICO a ≠ b ≠ c a = b = g = 90˚ HEAGONAL a = b ≠ c a = b = 90˚; g = 120˚ MONOCLÍNICO a ≠ b ≠ c a = g = 90˚; b = 120˚ TRICLÍNICO a ≠ b ≠ c a ≠ b ≠ g ≠ 90 O sombreamento nesta tabela indica a estrutura cristalina mais estável para o estado sólido dos elementos Formas de empacotamento Materiais Metálicos Qual a importância disso? • HC e CFC – mesmo tipo de plano compacto. Diferença no empilhamento • Hexagonal compacto são duros, frágeis. Ex: Zn, Mg • CFC são mais moles e maleáveis. Ex: Au, Ag, Cu Polimorfismo e alotropia • Variação da estrutura cristalina com a variação da temperatura e pressão. • Substância composta: Polimorfismo. • Substância pura: Alotropia. Polimorfismo e alotropia célula unitária do diamante No grafite, os átomos de carbono formam camadas planas que são arranjadas em um padrão tridimensional hexagonal. No diamante, cada átomo de carbono faz quarto ligações covalentes fortes com quatro outros átomos de carbono. Polimorfismo e alotropia Ferro CCC, menos denso Ferro CFC, mais denso Parâmetros Cristalinos Número de átomos por célula unitária Exemplo: Volume da célula unitária Fator de empacotamento Cada face contém ½ átomo; Cada vértice contem 1/8 de átomo; O centro contem 1 átomo inteiro. 3aVc O valor da aresta dependerá de cada célula unitária CS E V Vn FEA n = Número de átomos por célula unitária. VE = Volume dos átomos (esferas). VCS = Volume da célula unitária CS. Parâmetros Cristalinos Número de átomos por célula unitária Volume da célula unitária Fator de empacotamento Quantos átomos essa célula possui? Qual é o volume dessa célula? Qual seria o fator de empacotamento de uma rede cristalina formada por essa célula unitária? Defeito (discordância) na estrutura cristalina pela substituição de uma célula unitária Defeitos Pontuais Vacância: Formação de um espaço vazio no retículo cristalino. Auto-Intersticial: Átomos do retículo comprimido em um sítio intersticial (depressão). Intersticial: Átomos provenientes de impurezas comprimido em um sítio intersticial (depressão). Substitucional: Os átomos se soluto ou de impurezas repõem ou substituem átomos hospedeiros. Defeitos Pontuais )( . kT Q v v eNN Vacância: Formação de um espaço vazio no retículo cristalino. Defeitos Pontuais Vacância: Formação de um espaço vazio no retículo cristalino. Auto-Intersticial: Átomos do retículo comprimido em um sítio intersticial (depressão). )( . kT Q v v eNN Na equação, o valor de N representa o número de sítios totais em uma estrutura cristalina. Ou seja, N representa o número total de átomos pertencentes à uma determinada estrutura cristalina (ou o seu volume). Para encontrar o valor de N, podemos usar o seguinte raciocínio: )( . kT Q v v eNN 𝑁 = 𝑁𝐴 ∙ 𝜇 𝐴 Peso molecular (g. mol-1) Densidade(g. cm-3) Número de Avogadro (mol-1) A análise dimensional justifica esta equação: 𝑁 = 𝑚𝑜𝑙−1 ∙ 𝑔. 𝑐𝑚−3 𝑔.𝑚𝑜𝑙−1 𝑁 = 𝑐𝑚−3 = 10−6. 𝑚−3 Questão 1 - Calcule o número de lacuna em equilíbrio, por metro cúbico de cobre a 1000 0C. A energia para a formação de uma lacuna é de 0,9 eV/átomo; o peso atômico e a massa específica (a 1000 0C) para o cobre são de 63,5 g/mol e 8,4 g/cm3, respectivamente. 𝑁 = 𝑁𝐴 ∙ 𝜇 𝐴 )( . kT Q v v eNN Impurezas em sólidos: Intersticiais e Substitucionais Metal com 99,9999% de pureza apresenta impurezas da ordem de 1022 átomos de impureza por metro cúbico de metal. Impurezas em sólidos: Intersticiais e Substitucionais SUBSTITUCIONAIS Os átomos se soluto ou de impurezas repõem ou substituem átomos hospedeiros (solvente); Raio: ±15% do tamanho do raio atômico do átomo do solvente. Valência: Os átomos devem apresentar mesma carga (estado de oxidação). Eletronegatividade: Eletronegatividade muito próximas. Estrutura Cristalina: Mesma estrutura cristalina. INTERSTICIAIS Átomos de impureza preenchem os espaços vazios ou interstícios que existem entre os átomos hospedeiros; Introduzem algumas deformações na rede sobre os átomos hospedeiros adjacentes. Impurezas em sólidos: Intersticiais e Substitucionais Deformações Bidimensionais Deformação Linear (ou de aresta): Ocorre quando um plano adicional é inserido ao reticulo cristalino gerando assim um efeito de distorção linear. Deformação em Parafuso: Pode ser pensada como sendo formada por uma tensão cisalhante que é aplicada para produzir a distorção Muitas discordâncias encontradas em materiais cristalinos provavelmente não são nem discordâncias de aresta pura nem discordâncias em espiral puras, mas sim compostas de ambos os tipos discordâncias; estas são denominadas discordâncias mistas. Deformações Bidimensionais - MISTAS https://www.youtube.com/watch?v=7qgBMKS_fyo Defeitos Interfaciais São contornos que separam regiões dos materiais que têm diferentes estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas. Defeito de Superfície externa CONTORNO DE GRÃO: Um outro defeito interfacial, o contorno de grão, é definido comoo contorno separando diferentes grãos com diferentes orientações cristalográficas. Micrografia Técnica que permite relacionar a estrutura íntima do material com as suas propriedades físicas, com o processo de fabricação, com o desempenho de suas funções. Imagens A e B (mesma ampliação) com diferentes tamanhos de grão Imagem acima, mostrando diferentes tipos de cristal que constituem o material.
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