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AD1 Literatura Brasileira 3

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Fundação CECIERJ 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras - UFF/CEDERJ
Disciplina: Literatura Brasileira III
Coordenadora: Flávia Amparo
AD1 – 2017.2
Aluna: Débora Vieira Wandelli 
Polo: Itaperuna Matrícula: 15213120001
QUESTÃO 1: Tomás Antônio Gonzaga, em seus versos de Marília de Dirceu, expõe características típicas do Arcadismo Brasileiro, influenciado pelo europeu, que por sua vez se originou dos ideais Iluministas, que valorizavam a Ciência e o espírito racionalista.
Em primeira análise, observa-se que o poeta declara seu amor por Marília de forma respeitosa, galante, sem exageros e erotismo, como se via no Barroco: “Porém, gentil Pastora, o teu agrado/Vale mais que um rebanho e mais que um trono.”. Também fala com muita simplicidade, o que é outra característica dos poetas arcadistas (“Inutilia Truncat”): “Para viver feliz, Marília, basta/Que os olhos movas, e me dês um riso.”.
O Pastoralismo também se faz presente de forma marcante na obra, pois diversas vezes o autor se considera um pastor e também se refere à sua amada como Pastora, bem como em todo o poema fala de elementos que envolvem a vida de um pastor; e o Bucolismo, pois há uma grande valorização da vida no campo e de seus elementos, a vida em harmonia com a natureza, a descrição de uma vida simples e tranquila, que fazem referência direta ao “Locus Amoenus” (lugar agradável) e o “Fugere Urbem” (Fugir da cidade), tão exaltados, na época: “Enquanto a luta jogam os Pastores,/
E emparelhados correm nas campinas,/Toucarei teus cabelos de boninas,/Nos troncos gravarei os teus louvores”.
De certa forma, percebe-se, também, a presença do “Carpe Diem”, ideia muito difundida na época, a qual fala sobre aproveitar a vida, porém sempre de forma agradável e simples.
QUESTÃO 2: Álvares de Azevedo é, sem dúvida o mais importante e sobressalente escritor do Ultrarromantismo brasileiro. Em suas obras, todas as características dessa fase “negra” de nossa literatura se fazem muito presentes.
No soneto em questão, o poeta sofre com um amor não correspondido, o que leva a uma angústia tão profunda, a ponto de desejar a morte. Há um pessimismo muito intenso nas palavras do jovem rapaz, que parece não saber lidar com seu sofrimento e não satisfeito com sua realidade presente, foge à realidade por um momento na segunda estrofe, quando parece ter um devaneio - característica essa, conhecida como escapismo. Para dar fim a essa realidade terrível e à “dor da vida que devora”, o poeta anseia pela própria morte, de maneira que não parece ser algo tão terrível, dado que lhe proporcionará alívio permanente.
QUESTÃO 3: O indianismo, bem como o nacionalismo românticos são deveras idealizadores, sonhadores e por muitas vezes, como é o caso de “O Guarani” não retratam a realidade brasileira, mas inventam uma que talvez gostariam que fosse. De fato, a intenção dessa primeira fase romântica visava a valorizar elementos e a figura nacional do índio, construindo a identidade brasileira, porém de forma infiel e ainda com olhar colonizador.
Penso que tal atitude influencia brasileiros até os dias de hoje, os quais muitas vezes não conseguimos enxergar a realidade à nossa volta e aceitamos com facilidade tanto o retrato que fazem de nós quanto as imposições que nos são feitas. Ou quando queremos justiça, não “brigamos” com inteligência, mas somos levados por instintos “selvagens”, oque nos faz parecer não civilizados.
Existe um lado positivo nessa história, pois, como disse, a intenção era trazer para a literatura brasileira, elementos característicos do país, e talvez tudo tivesse que começar mesmo com uma exaltação e emoção na descrição. Acredito, porém, que o retrato devesse ser mais condizente com a verdade, e não que descrevessem o índio, por exemplo, como um verdadeiro europeu.
QUESTÃO 4: Já que a intenção da prosa romântica era retratar hábitos e costumes do povo, definir uma identidade para a nação que surgia, bem como divulgar o Brasil muitas vezes desconhecido, essa “cor local” se fez um recurso interessante para que produzisse no leitor a identificação com o que se lia.

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