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Petição Civil 1 NPJ

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EXCELENTÍSSIMO SR. DOUTOR JUÍZ (A) DA ___VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA DA CONQUISTA / BA
GERALDO SILVA, brasileiro, solteiro, empresário, residente e domiciliado no Município de Vitória da Conquista-BA, vem, perante esse juízo propor a presente
AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C DEVOLUÇÃO DE QUANTIAS PAGAS
em face de INÁCIO GUERRA, brasileiro, casado, empresário, qualificações desconhecidas, residente e domiciliado no Município de Vitória da Conquista-BA, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos..
I - DOS FATOS
Geraldo silva, maior, solteiro, e Inácio Guerra, de 17 anos, casado, ambos empresários e domiciliados em Vitoria da Conquista - BA, que decidiram por celebrar uma promessa de compra e venda de uma maquina pelo valor de RS 200.000.00 (duzentos mil reais) na cidade onde moram. 
Em 10/01/2017, o contrato foi assinado e Geraldo Silva, o promissário comprador, pagou RS 90.000.00 (noventa mil reais) a titulo de amortização a Inácio Guerra, o promitente vendedor, comprometendo-se a pagar o restante na data da entrega da máquina, que ocorreria em Vitoria da Conquista/BA. 
As partes ajustaram, por meio de um contrato, que a maquina, objeto da negociação, somente seria entregue a Geraldo em 10/01/2018. Ocorre que, em 10/11/2017, Geraldo comunicou a Inácio sua intenção em desfazer o negocio devido os imprevistos econômicos que tornaram excessiva a manutenção do contrato, inclusive, teria que dispensar vários empregados para poder honrar o compromisso, sugerindo então, que eles assinassem um Distrato da Promessa de Compra e Venda, prevendo que Inácio devolveria o valor da amortização a Geraldo. Porém, Inácio não concordou e não quis devolver o valor adiantado. Sendo a única opção de Geraldo, demanda-lo judicialmente.
II - DOS FUNDAMENTOS
A relação jurídica existente deve ser entendida como de consumo, prevista na Lei nº 8.078/90, envolvendo de um lado, o comprador e de outro, o vendedor. Portanto, aplicam-se ao postulante todos os preceitos insculpidos no Diploma Consumerista.
Para se provar a boa fé contratual por parte de Geraldo, prevista no Art. 422 do Código Civil, em razão de ter pago parcela de amortização.
O Código Civil em seu artigo 478 traz os elementos que possibilitam a resolução por onerosidade excessiva, caso possivelmente aplicado em virtude do fato extraordinário e imprevisível que aconteceu com Geraldo.
Também fala-se em enriquecimento sem causa, previsto no Código Civil em seu artigo 884, sendo assim, não seria justo nem certo, admitir-se a retenção do sinal e das quantias pagas por Geraldo, bem como retê-las parcialmente, tornando-se demasiadamente oneroso ao comprador.
Segundo o disposto no artigo 51, II e IV do Código de Defesa do Consumidor:
"Artigo 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I -... (omissis)
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código
III -... (omissis)
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam, incompatíveis com a boa-fé e a equidade;"
Ademais, a narrativa enumerada torna claro o direito do postulante em reaver o que foi pago (conforme recibo de deposito bancário anexo). O pedido tem amparo na Lei, na doutrina e no Direito Sumulado pátrio. Mas, o processo não pode ser um fardo temporal somente para o autor, pois se este comprova a quantia que foi paga, e as leis do País lhe asseguram a devolução, logo, é justo que este receba de imediato, parte do que se encontra sob a administração de outrem.
Assim, com o artigo 300 e seguintes do NCPC pede Tutela de Urgência, para que o requerido devolva desde logo os valores pagos a este.
III - DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, o Requerente, nos termos dos artigos 472 e 473 do Código Civil e artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor, finalmente Requer:
a) seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 334 do NCPC.
b) a citação do requerido com base no artigo 246 e 247 do NCPC, para oferecer resposta no prazo legal, sob pena de revelia e confissão.
c) o protesto pela produção de todas as provas em direito admitidas nos termos do artigo 369 e seguintes do NCPC.
d) que a ação seja julgada procedente com base nos artigos 322 a 329 do NCPC, condenando-se o requerido a devolver a importância paga, ou seja, R$ 90.000,00 (noventa mil reais), acrescida das devidas correções.
e) a condenação do requerido em custas processuais e honorários advocatício
Dá-se à causa o valor de 90.000,00 (noventa mil reais),
Nestes termos,
Pede deferimento.
Vitória da Conquista, 
12 de setembro de 2018
Advogado

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