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DESENVOLVIMENTO Direito Civil fabricio cabral 21 09 2018

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DESENVOLVIMENTO
Disciplina: TCC EM DIREITO CIVIL (CCJ0116) 9014 
Turma: ON LINE 
Professor: MONICA CAVALIERI FETZNER AREAL
 Aluno: FABRICIO CABRAL FERREIRA
 Matrícula: 2012.02.4510.47
Qual a relevância do reconhecimento tardio da paternidade para o indivíduo?
Pelo fato que a constituição de 1988, no entanto, pelo princípio da dignidade da pessoa humana, que sem o reconhecimento da filiação não há dignidade. É quando o suposto pai ou apenas um deles questiona a assume o seu descendente biológico. Se o pai se recuse a realizar o exame de DNA, poderá haver uma presunção de paternidade que poderá acionar a justiça. De encontra que na constância do casamento os filhos no tempo da concepção sem que haja uma união conjugal devem ser reconhecidos como tal genitor. Entretanto, o reconhecimento pode se dar a qualquer momento. 
Conforme Sarlet (2010, p.32), os pensamentos filosóficos e políticos da antiguidade atribuíam ao termo dignidade (dignitas), a posição social ocupada pelo indivíduo na sociedade, bem como o seu grau de reconhecimento pelos demais membros da comunidade, de modo a denotar um sentido de quantificação e modulação da dignidade, possibilitando determinar a existência de pessoa mais digna ou menos digna. Acrescenta o autor que no período do estoicismo, a dignidade era considerada uma qualidade inerente ao ser humano, o que o distinguia dos demais seres. Nesse pensamento, a dignidade estava associada à noção da liberdade pessoal de cada indivíduo (o homem como um ser livre e responsável por seus atos e seu destino), bem como a idéia de que todos os seres humanos são iguais em dignidade
A Constituição de 1988 assegurou total igualdade entre os filhos nascidos dentro ou fora das uniões formais, ao estabelecer que: “Os filhos havidos dentro ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação” (Constituição Federal, Art. 227, §6o).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) vai um pouco mais longe ao fixar que odireito da criança à filiação está acima de qualquer interesse dos pais ao afirmar no Art. 27que: “O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros [grifo nosso], semqualquer restrição, observado o segredo de Justiça”.
O que a lei 8.560/1992, garante aos filhos havidos fora do casamento?
Esta lei veio dar segurança jurídica aos filhos que estabeleceram a completa igualdade entre eles (dentro e fora do casamento), haja vista e devido aos filhos o direito na busca do conhecimento da ascendência genética, que e um direito fundamental indisponível. Desde da vigência desta lei, para que o registro de nascimento da criança seja feito apenas com o nome da mãe, desta forma o cartório deverá remeter ao juiz cópia da certidão de nascimento, e em anexo algum documento que tenha a informação do suposto pai, a qualificação completa para futura ação de investigação de paternidade. 
a CF/ 88 garante esse direito em seu Art. 227, § 6º com a seguinte redação:
“ Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas a filiação”. 
O poder público vem intervindo nos casos que essa criança crescer sem ter em seu registro civil o nome de um pai ou ser rejeitado pelo seu conhecido genitor, portanto, os danos poderiam sofrer sérios os atos e comentários no decorrer de sua vida. E desta forma de promover uma ligação entre a importância do pai nos primeiros dias de vida dessa criança, não somente apenas um vínculo genético mais sim um vínculo de afetividade e de regular a pensão alimentícia e o cumprimento de responsabilidade parentais.
Art. 1° O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro de nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
O nome, de modo geral, e elemento indispensável ao próprio elemento, porquanto e em torno dele (sic)que a mente agrupa a série de atributos pertinente aos diversos indivíduos, o que permite a sua rápida caracterização e seu relacionamento com os demais cita – MARIO GALVADAO – PAG.187-A INVESTIGAÇAO DE PATERNIDADE E A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. 
Ainda, Maria Berenice Dias (2010, p. 369) ressalta: O reconhecimento, espontâneo ou judicial, tem eficácia declaratória, constando uma situação preexistente. Isto é, tem efeito s ex tunc, retroagindo à data da concepção. Pode ser, inclusive, levado a efeito antes do nascimento do filho, não sendo possível, contudo, condicioná-lo à sobrevivência do nascituro. Como a lei resguarda seus direitos (CC 2º), pode o genitor, com receio de falecer antes do nascimento do filho já concebido, não esperar o nascimento para reconhecê-lo. Mesmo que o filho nasça sem vida, o reconhecimento existiu e foi válido, devendo proceder-se ao registro do seu nascimento (LRP 53).
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 3. O que significa a paternidade na sociedade atual?
A paternidade nos tempos atuais por meio de suas culturais e historicamente na sociedade nas relações parental, grande parte das reponsabilidades está sob o domínio das mães, pelo fato que as mulheres trabalham muito mais que os homens com relação atividades doméstica e cuidados com os filhos. Entretanto, não temos os perfis do papel do pai na formação dos filhos para que estabeleça uma relação ao afeto e respeito acerca dessa paternidade. Portanto, apesar de ser “pai” é pensar que alguém depende de você para ser alguém a se torna uma pessoa para da vida inteira ou até a maior idade. 
A paternidade tem origem biológica, assim, o reconhecimento é um ato declaratório, vez que não gera a paternidade, apenas a torna de conhecimento geral. Sobre o tema, Maria Helena Diniz (2012, p. 516) assinala: “É, por isso, declaratório e não constitutivo. Esse ato declaratório, ao estabelecer a relação de parentesco entre os genitores e a prole, origina efeitos jurídicos. Desde o instante do reconhecimento válido, proclama-se a filiação, dela decorrendo consequências jurídicas, já que antes do reconhecimento, na órbita do direito, não há qualquer parentesco. ”
Quando falamos de paternidade dizemos que: o pai tem um papel importante na vida de um filho, e quando o filho se espelha no seu ascendente como um exemplo de pessoa em que terá respeito e confiança e uma plena dignidade como ser humano. Nas novas famílias há uma nova relação de gênero, nos últimos anos tivemos várias mudanças nos cotidianos familiares em relação a esse questionamento. Desta forma o novo modelo de pai na sociedade contemporânea reforma o entendimento que deixou aquele pensamento de (pai no modelo econômico sustentável e de no envolvimento na participação e no diálogo em relação aos filhos).
Analisando-se a evolução histórica da paternidade, segundo Lamb (2010), na época da industrialização o papel do pai era o de fornecer suporte econômico à família. Então, como resultado da Grande Depressão, que deixou muitos homens desempregados e incapazes como provedores, os cientistas sociais começaram a descrever a imagem do pai como modelos de masculinidade. Para o autor, durante todo o século XX os pais foram requisitados ao envolvimento com seus filhos e, com as críticas femininas e dos pesquisadores sobre masculinidade e feminilidade, emergiu no final dos anos 70 a preocupação com o “pai nutridor” que exercia o papel ativo na vida das crianças. Para Cabrera, N., Tamis LeMonda,  Bradley, e Lamb, (2000), temos visto uma evolução do conceito de pai ideal desde colonial, ao  provedor, ao moderno envolvido até colaborador e parceiro. Assim, as mudanças sociais no decorrer da história da sociedade contemporânea vem imprimindo um novo conteúdo no conceito de paternidade, pois, segundo Cabrera, Tamis LeMonda, Bradley e Lamb, (2000, p.127), o séculoXX foi caracterizado por quatro importantes tendências sociais que mudaram fundamentalmente o contexto sociocultural que são: (1) a crescente participação da mulher no mercado de trabalho, (2) ausência do pai na vida dos filhos, (3) envolvimento do pai nos cuidados dos filhos pequenos e (4) a crescente diversidade cultural.
4. Qual a função do teste de DNA nas ações do reconhecimento da paternidade?
O exame de DNA nas últimas décadas veio para transformar a medicina no mundo inteiro, seja nas investigações criminais ou nas varas de família á respeito das ações de paternidade que tem crescido cada vez mais as petições referente a essa matéria.Com o avanço das tecnologias tem grande capacidade de evitar erros como os supracitados, com escolhas de técnicas apropriadas de profissionais habilitados de evitas futuros erros. Esse meio de procedimento capaz de provar que o indivíduos ou suposto pai assuma uma responsabilidade em gerar subsídios definitivos ou provisórios no curso da investigação de paternidade. 
Em nosso ordenamento jurídico atual esse mecanismo passou a fazer parte das jurisprudências e artigos já inclusos no Código Civil. No entanto a negação e de suma importância sobre esse assunto; o direito de defesa e o contraditório de contestar esse tal paternidade já debatido no estudos. 
5 . Quais os direitos assegurados aos filhos reconhecidos tardiamente?
Sem dúvidas, o maior avanço trazido pela Constituição Federal de 1988 ao ordenamento jurídico brasileiro no que diz respeito ao tema, foi a proibição de qualquer tratamento discriminatório ou distinção entre os filhos, independente de serem fruto ou não de uma relação matrimonial (art. 227, § 6º da Constituição Federal).
https://anapaulapaixao.jusbrasil.com.br/artigos/214674021/o-reconhecimento-de-paternidade-na-legislacao-brasileira-vigente
Os direitos havidos após o reconhecimento de paternidade neste caso via de regra a sentença faz coisa julgada formal e material. Conforme o Art. 7° Sempre que na sentença de primeiro grau se reconhecer a paternidade, nela se fixarão os alimentos provisionais ou definitivos do reconhecido que deles necessite.
Maria Berenice Dias (2010, p.368) sobre tal desconformidade à equidade entre os filhos assinala: 
Imperativo, portanto, que o Código Civil abandonasse a velha terminologia que os diferenciava. Os filhos nascidos na constância do casamento eram chamados de legítimos, enquanto os frutos de relações extrapatrimoniais eram pejorativamente rotulados de ilegítimos. Ainda assim, limitou-se o legislador a excluir as palavras legítima e ilegítima, reproduzindo, no mais, com ligeiros retoques e pequeníssimos acréscimos, o que dizia o Código Anterior. Os filhos decorrentes do casamento - antes tratados no capítulo "Da filiação legítima" - agora estão no capítulo "Da filiação" (CC 1.596 a 1.606). Os havidos fora do casamento - que constavam no capítulo "Do reconhecimento dos filhos ilegítimos" - estão referidos no capítulo "Do reconhecimento dos filhos" (CC 1.607 a 1.617).
5.1 Coisa julgada formal:  consiste na proibição de reabertura e redecisão de um processo já encerrado (ou da fase cognitiva processual já encerrada), de forma que, toda sentença, seja de mérito ou não, faz coisa julgada formal, pois sempre veicula comando que encerra o processo como um todo ou sua fase cognitiva, nos termos do parágrafo 2º do artigo 203 do NCPC
5.2 coisa julgada material, proíbe que, mesmo em outro processo entre as mesmas partes, ele seja revisto. Por isso, é comum dizer-se que apenas as sentenças de mérito fazem coisa julgada material.
5. Objetivos específicos:
a. Definir o que significa paternidade no Brasil?
A paternidade no Brasil tem mudado bastante nos últimos anos, com relação aos filhos havidos dentro e fora do casamento.

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