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Aula 01 - Auditoria para Concurso

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Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 01 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução ........................................................................................ 01 
Normas profissionais do auditor independente ........................................ 02 
Supervisão e controle de qualidade ....................................................... 24 
Normas sobre fraude e erro ................................................................. 29 
Lista de questões ............................................................................... 44 
Bibliografia ........................................................................................ 56 
Introdução 
Prezado Aluno, 
Bem vindo a nossa primeira aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e 
Exercícios. 
Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes 
assuntos: 
• Normas profissionais do auditor independente: competência técnico-
profissional, independência, responsabilidades, formação de honorários, 
sigilo e guarda da documentação; 
• Supervisão e controle de qualidade; e 
• Normas sobre fraude e erro. 
Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final 
do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os 
comentários. 
Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do 
Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar 
no aprimoramento dos nossos cursos. 
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Normas profissionais do auditor independente: Competência técnico-
profissional, independência, responsabilidades. Formação de 
honorários. Sigilo e guarda da documentação. 
Vamos começar nossa aula falando sobre a NBC TA 2001, norma fundamental 
no novo contexto de auditoria inaugurado a partir das recentes alterações. Ela 
estabelece os requisitos necessários para o exercício da auditoria 
independente. 
Observação: Daqui para frente, vamos chamar auditoria independente 
das demonstrações contábeis simplesmente de “auditoria”, tudo bem? 
Se quisermos fazer a distinção com outros tipos de auditoria (e.g. auditoria 
interna), traremos o nome completo. 
Bom, continuando... 
De uma forma geral, essa norma expõe os objetivos gerais do auditor, a 
natureza e o alcance da auditoria. Além disso, essa norma também define a 
“lógica de funcionamento” das normas técnicas de auditoria (NBC TAs), 
detalhando como estão estruturadas, quais são os seus objetivos etc. 
Se por um lado as NBC TAs representam as normas técnicas de auditoria, o 
comportamento profissional do auditor é definido nas chamadas normas 
profissionais de auditoria independente, ou NBC PAs. 
O quadro abaixo resume as diferentes normas que existem relacionadas à 
auditoria independente e atividades congêneres como auditoria interna e 
perícia contábil: 
Norma Descrição Exemplos 
NBC TAs Normas Técnicas de Auditoria 
Independente 
NBC TA 300, NBC TA 500, 
NBC TA 700 
NBC PAs Normas Profissionais de Auditoria 
Independente 
NBC PA 01, NBC PA 290 
NBC TI Normas Técnicas de Auditoria 
Independente 
NBC TI 01 
NBC PI Normas Profissionais de Auditoria 
Independente 
NBC PI 01 
NBC TP Normas de Perícia Contábil NBC TP 01 
Voltando à NBC TA 200, esta pode ser vista como a “norma das normas” de 
auditoria independente, pois define propriamente o que é auditoria e como as 
normas devem funcionar. 
 
1 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria 
(Resolução CFC nº 1.203/09) 
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Dentro desse contexto, a referida norma também estabelece os requisitos 
éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis. 
O auditor, como a maioria dos profissionais, está sujeito a exigências éticas no 
que diz respeito aos trabalhos por ele desenvolvidos. Por se tratar de uma 
profissão que prima pela transparência e confiabilidade, um bom auditor 
sempre se comporta dentro do mais rígido código de ética. 
Portanto, por estarem intimamente relacionadas ao bem estar coletivo da 
comunidade de pessoas e instituições (acionistas, clientes, empregados, 
órgãos reguladores etc.), as exigências éticas do auditor incluem, além de 
princípios morais, normas de comportamento que tenham finalidades práticas 
que o profissional possa utilizar. 
Essas exigências éticas abrangem o Código de Ética Profissional do Contabilista 
bem como as Normas Brasileiras Profissionais de Auditoria (NBC PAs) 
aplicáveis. Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o 
auditor estão implícitos nessas normas e estão em linha com os princípios do 
Código de Ética do IFAC2, cujo cumprimento é exigido dos auditores. 
Esses princípios são: 
(a) Integridade: manter a integridade e a honestidade em todas as suas 
relações profissionais. 
A confiança do público alvo de uma auditoria independente é fundada na 
integridade do auditor, assim, os profissionais responsáveis pela auditoria 
devem ser sempre honestos e sinceros. É importante observar que integridade 
não quer dizer ausência de erros não-intencionais, mas repulsa a distorções 
intencionais, fraudes, desonestidades e conluios. 
(b) Objetividade: não ter conflito de interesses, preservando sempre sua 
independência – de fato e na aparência. 
O auditor deve ser imparcial em todas as questões relacionadas ao seu 
trabalho (p.ex.: participar da administração da empresa auditada pode 
prejudicar a objetividade em auditá-la). Dessa forma, a independência é o 
alicerce do auditor, devendo inclusive ser independente na aparência, pois 
essa característica deve ser percebida pelo público externo. 
(c) Competência e zelo profissional: aumentar continuamente a 
competência profissional, melhorar a qualidade dos serviços e desempenhar 
suas atribuições da melhor forma possível. 
 
2 International Federation of Accounting 
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Zelo profissional significa diligência, cuidado devido, ou seja, são os esforços 
constantes do auditor para desempenhar seu papel com qualidade: ser 
cuidadoso e minucioso, observar as normas aplicáveis e ser breve e eficiente 
na realização dos trabalhos. 
O princípio da competência técnica é requisito básico para desempenhar uma 
função complexa como auditoria, conjugando educação com experiência. 
Educação compreende desde a preparação para entrada na profissão aos 
mecanismos de aperfeiçoamento e reciclagem profissional que o auditor é 
obrigado a se submeter. 
Primeiramente, é importante destacar que o auditor deve ser graduado em 
Ciências Contábeis, e registrado no Conselho Regional de Contabilidade 
(CRC) para exercer sua profissão. 
Além disso, para manutenção de seu cadastro nos órgãos reguladores, esse 
profissional deve participar de Programas de Educação Continuada com o 
objetivo de manter, atualizar e expandir seus conhecimentos para o exercício 
da auditoria. 
(d) Confidencialidade: não divulgar informações confidenciais da entidade 
auditada sem que tenha seu consentimento específico. 
Sigilo e confidencialidade são essenciais para manutenção de confiança mútua 
entre o auditor e o auditado. O auditor deve respeitar e assegurar osigilo 
relativo às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, 
não as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da 
entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. 
Além disso, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo 
Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, 
deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, de modo a 
demonstrar que foi realizado de acordo com as normas de auditoria e demais 
dispositivos legais aplicáveis. O sigilo, nesses casos, deverá ser resguardado 
pelos organizamos profissionais que solicitaram as informações. 
(e) Comportamento (ou conduta) profissional: seguir as normas 
relevantes de auditoria e evitar quaisquer ações que maculem a imagem de 
sua profissão. 
Vamos analisar algumas recentes questões da Esaf sobre esse assunto: 
01. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) 
Assinale a opção que indica uma exceção aos princípios fundamentais de ética 
profissional relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria 
das demonstrações contábeis. 
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(A) Independência técnica. 
(B) Confidencialidade. 
(C) Competência e zelo profissional. 
(D) Comportamento e conduta profissional. 
(E) Objetividade. 
Comentários: 
Para responder essa questão, bastava saber os 5 princípios éticos: 
Integridade; Objetividade; Competência e zelo profissional; Confidencialidade; 
e Comportamento profissional. 
Portanto, o gabarito é o item A. 
02. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - O auditor da empresa Negócios S.A. 
estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão da opinião. O 
primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo 
ano, o segundo, que a empresa emitisse representação formal de que ela 
cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis 
de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e o terceiro, que o 
relatório de auditoria seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, 
cuja única formação é administração de empresas. Pode-se afirmar, com 
relação aos procedimentos, respectivamente, que: 
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e 
da pessoa do auditor. 
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de 
auditoria e da pessoa do auditor. 
c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as 
normas de auditoria e da pessoa do auditor. 
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e 
não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. 
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de 
auditoria e da pessoa do auditor. 
Comentários: 
O enunciado pede para avaliarmos três procedimentos que o auditor 
estabeleceu como condições para a emissão de sua opinião, quais sejam: 
1) que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo 
ano; 
Ora, o auditor deve pautar sua conduta pela integridade e independência, 
assim, condicionar a emissão de sua opinião à manutenção do contrato de 
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auditoria causa um conflito de interesse incompatível com sua profissão, que 
apesar de não estar expresso na norma, revela um comportamento aético. 
2) que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a 
sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de 
acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável; 
Esse é um procedimento normal de auditoria previsto na NBC TA 580. A 
Representação formal é uma declaração escrita pela administração, fornecida 
ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de 
auditoria. 
Entre outros usos, o auditor deve solicitar à administração que forneça 
representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela 
elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante a adequada 
apresentação, como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria. 
Atenção: as normas revogadas se referiam a “carta de responsabilidade da 
administração”, que com as novas normas, foi substituída pela representação 
formal. Na aula 06 trataremos desse assunto. 
3) que o relatório seria assinado por sócio do escritório de 
contabilidade, cuja única formação é administração de empresas; 
As normas de auditoria dispõe que o relatório de auditoria deve ser assinado 
pelo auditor, tanto da firma como do sócio ou responsável técnico, com o 
respectivo número de registro no Conselho Regional de Contabilidade na 
categoria de Contador. 
Atenção: a questão original mencionava o “parecer” do auditor independente, 
instrumento mediante o qual o auditor emitia sua opinião; que com as 
mudanças, passou a ser denominado, simplesmente, relatório. Falaremos 
sobre isso com detalhes na aula 08. 
Gabarito da questão: Letra E. 
Competência Técnico-Profissional3 do auditor independente 
O auditor independente das demonstrações contábeis, assim como qualquer 
outro profissional, necessita de competências técnicas para exercer o seu 
trabalho. Quando pensamos nessas competências, a primeira coisa que nos 
vem em mente é o conhecimento específico exigido desse profissional: 
contabilidade. 
 
3 Item 1.1 da NBC P 1 - Resolução CFC 821/97 
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Em outras palavras, o auditor deve possuir conhecimento atualizado dos 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de 
Contabilidade, bem como das técnicas contábeis, especialmente na área de 
auditoria, da legislação inerente à sua profissão. Por esse motivo a auditoria 
das demonstrações contábeis deve ser exercida por Bacharel em Ciências 
Contábeis (contadores propriamente ditos). 
Contudo, é necessário que esse profissional vá além dos conhecimentos 
específicos de sua formação acadêmica e conheça as atividades específicas da 
entidade auditada, ou seja, conceitos e técnicas administrativas e a legislação 
específica aplicável. 
Ora, um profissional incumbido de auditar, por exemplo, as demonstrações 
contábeis de um grande banco, deve ter conhecimentos específicos desta área 
para realizar seu trabalho. Pois, somente assim será possível compreender e 
identificar as transações realizadas, seus impactos na contabilidade da 
instituição e, consequentemente, seus efeitos nas demonstrações contábeis. 
Uma conclusão que tiramos de tudo isso é que não é tarefa fácil executar uma 
auditoria em determinadas empresas ou setores, pois o conhecimento e a 
experiência exigidos estão muitas vezes fora do alcance da maioria dos 
profissionais. 
Portanto, nem sempre o auditor independente estará capacitado para realizar 
uma auditoria. Assim, sempre antes de aceitar qualquer trabalho, esse 
profissional deve obter conhecimento preliminar da atividade da entidade a ser 
auditada e deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar 
adequadamente capacitado para desenvolvê-los. 
Essa avaliação deve ser feita junto à administração da entidade, levando em 
consideração a estrutura organizacional, a complexidade das operações e o 
grau de exigência requerido para a realização do trabalho de auditoria. 
Outro ponto importante é que essa avaliação deve ficar evidenciada, de modo 
a poder ser comprovadoo grau de prudência e zelo na contratação dos 
serviços de auditoria. Enfim, o auditor deve ter segurança de que está 
capacitado para assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. 
Entretanto, isso não quer dizer que o auditor deve possuir um conhecimento 
detalhado de todas as rotinas e especificidades da entidade auditada. 
Veremos, na próxima aula, que o auditor poderá utilizar os serviços de 
especialista em certas ocasiões, em face de um determinado grau de 
especialização que venha a ser requerida no decorrer do trabalho. Ou seja, o 
auditor não precisa ser um expert em todas as áreas de atuação da empresa, 
contudo, precisa ter conhecimento suficiente que lhe permita emitir uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas. 
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Por tudo o que foi discutido, o auditor deve recusar os serviços sempre que 
reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, 
contemplada a utilização de especialistas noutras áreas, em face da 
especialização requerida e dos objetivos do contratante. 
Veja essa questão: 
03. (ESAF/SEFIN-RECIFE-Auditor/2003) - Entre as habilidades e 
competências profissionais que o auditor deve possuir, estão: 
a) capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na 
execução das auditorias. 
b) capacidade de supor e imaginar quando não conseguir evidenciar, em seus 
procedimentos de auditoria, confirmação dos fatos analisados. 
c) conhecimentos de fundamentos de economia, direito comercial, impostos, 
finanças, entre outros. 
d) capacidade na área de princípios, convenções, postulados e técnicas 
contábeis. 
e) conhecimentos dos princípios de administração, para reconhecer e avaliar a 
relevância e o significado dos eventuais desvios em relação às boas práticas 
empresariais. 
Comentários: 
O enunciado pede quais competências profissionais o auditor deve possuir, no 
entanto, o gabarito preliminar apontou o item ‘b’, justamente o que representa 
a única “competência” que o auditor não deve possuir. 
O auditor não pode supor ou imaginar qualquer coisa, pois, a sua opinião deve 
ser suportada por evidências (falaremos sobre isso na aula 03). Assim, com 
exceção do item ‘b’, as demais assertivas trazem habilidades e competências 
desejáveis. 
A Banca, acertadamente, anulou a questão. 
04. (NCE/Analista – Mercado de Capitais/CVM/2008) - Segundo a NPA 
nº 01 do Ibracon, as normas profissionais de auditoria independente 
compreendem: 
a) normas de auditoria independente das demonstrações contábeis, normas de 
relacionamento com a auditoria interna e normas profissionais de auditor 
independente. 
b) código de ética profissional do auditor independente, normas profissionais 
de auditor independente e orientações sobre educação e formação técnica e 
profissional do auditor. 
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c) normas de auditoria independente das demonstrações contábeis, normas 
profissionais de auditor independente e orientações sobre educação e formação 
técnica e profissional do auditor. 
d) código de ética profissional do auditor independente, normas de 
relacionamento com a auditoria interna e normas profissionais de auditor 
independente. 
e) normas de relacionamento com a auditoria interna, normas profissionais de 
auditor independente e orientações sobre educação e formação técnica e 
profissional do auditor. 
Comentários: 
O Ibracon, por intermédio da Norma e Procedimento de Auditoria nº 01 (NPA 
01), orienta que as normas profissionais da atividade de auditoria 
independente compreendem, além das normas de auditoria independente das 
demonstrações contábeis (NBC TA) e das normas profissionais de auditor 
independente (NBC PA), as orientações sobre educação e formação técnica e 
profissional do auditor. 
Portanto, gabarito letra ‘C’. 
Independência4 
Podemos definir a independência como o estado no qual as obrigações ou os 
interesses do auditor são, suficientemente, isentos dos interesses das 
entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com 
objetividade. 
Em suma, é a capacidade de julgar e atuar com integridade e objetividade, 
permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, 
aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais 
partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho. 
Nesse sentido, o auditor deve ser independente, não podendo se deixar 
influenciar por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou 
afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência. Ou 
seja, deve evitar fatos e circunstâncias que passem a percepção que a 
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional do auditor estejam 
comprometidos. 
De acordo com a NBC PA 290, a independência pode ser afetada por ameaças 
de interesse próprio, autorrevisão, defesa de interesses do cliente, 
familiaridade e intimidação. 
 
4 NBC PA 290 - Resolução CFC 1.311/10 
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• Ameaça de interesse próprio: ocorre quando o auditor poderia auferir 
benefícios financeiros na entidade auditada, ou outro conflito de 
interesse próprio com essa entidade auditada. 
• Ameaça de autorrevisão: ocorre quando o auditor era, anteriormente, 
administrador ou diretor da entidade auditada, ou era um funcionário 
cujo cargo lhe permitia exercer influência direta e importante sobre o 
objeto do trabalho de auditoria. 
• Ameaça de defesa de interesses do cliente: ocorre quando o auditor 
defende ou parece defender a posição ou a opinião da entidade auditada, 
a ponto de poder comprometer ou dar a impressão de comprometer a 
objetividade. 
• Ameaça de familiaridade: ocorre quando, em virtude de um 
relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus 
administradores, com diretores ou com funcionários, o auditor passa a se 
identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade. 
• Ameaça de intimidação: ocorre quando o auditor encontra obstáculos 
para agir, objetivamente e com ceticismo profissional, devido a ameaças, 
reais ou percebidas, por parte de administradores, diretores ou 
funcionários de uma entidade. 
Outras normas, de setores específicos, podem dispor sobre ameaças à 
independência. 
Por exemplo, o art. 7º da Resolução CNSP nº 118, de 2004, dispõe sobre 
vedações na contratação e manutenção de auditor independente das 
sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência 
complementar. 
A Instrução CVM nº 308/99, que dispõe sobre o registro e o exercício da 
atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores 
mobiliários, determina que não poderão realizar auditoria independente o 
Auditor Independente – Pessoa Física, os sócios e os demais integrantes do 
quadro técnico de Auditor Independente – Pessoa Jurídica quando ficar 
configurada, em sua atuação na entidade auditada, suas controladas, 
controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico, a infringência às 
normas do Conselho Federal de Contabilidade - CFC relativas à independência. 
Determina, ainda, que é vedado ao Auditor Independente e às pessoas físicas 
e jurídicas a ele ligadas, conforme definido nas normas de independência do 
CFC, em relação às entidades cujo serviço de auditoria contábil esteja a seu 
cargo: 
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• adquirir ou manter títulos ou valores mobiliários de emissão da entidade, 
suas controladas, controladoras ou integrantes de um mesmo grupo 
econômico; ou 
• prestar serviços de consultoria que possam caracterizar a perda da sua 
objetividade e independência. 
Referida norma, elenca, exemplificativamente, alguns serviços considerados de 
consultoria: 
• assessoria à reestruturação organizacional; 
• avaliação de empresas; 
• reavaliação de ativos; 
• determinação de valores para efeito de constituição de provisões ou 
reservas técnicas e de provisões para contingências; 
• planejamento tributário; 
• remodelamento dos sistemas contábil, de informações e de controle 
interno; ou 
• qualquer outro produto ou serviço que influencie ou que possa vir a 
influenciar as decisões tomadas pela administração da instituição 
auditada. 
Vamos analisar algumas questões para entender esse assunto: 
05. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2010) 
Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar 
ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar 
a seguinte providência: 
(A) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as 
providências necessárias à sua eliminação. 
(B) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las 
a um nível aceitável, documentando-as. 
(C) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das 
ameaças mediante acordo entre as entidades. 
(D) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e 
controle do setor em que atua a entidade auditada. 
(E) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela 
governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu 
parecer. 
Comentários: 
A independência do auditor pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, 
autorrevisão, defesa de interesses do cliente, familiaridade e intimidação. 
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Sempre que o auditor encontrar ameaças, devem ser definidas e aplicadas 
salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível 
aceitável, documentando essa decisão. 
Mas o que são salvaguardas? Salvaguardas são as diferentes ações que o 
auditor pode tomar para enfrentar um problema. 
Por exemplo, afastar um membro da equipe de auditoria cuja independência 
sofre de ameaça de familiaridade (ex.: a pessoa é casada com um dos 
diretores da empresa). Outro exemplo de salvaguarda é alienar um interesse 
financeiro (ex.: vender as ações, pagar o empréstimo etc.) que gere perda de 
independência antes de começar a auditoria. 
Enfim, salvaguarda é tudo que o auditor pode fazer para mitigar as ameaças a 
sua independência. 
Logo, o gabarito é o item B 
06. (ESAF / Analista Técnico - Susep / 2010) - Com relação à atividade 
profissional do auditor externo, pode-se afirmar que: 
I. o auditor externo, ao realizar a auditoria em entidade seguradora, pode ter 
nível de parentesco até segundo grau com os administradores e gestores da 
entidade auditada, desde que declare para a SUSEP, CVM e CFC, antes do 
início da auditoria, este vínculo. 
II. todo auditor externo, registrado no Conselho Federal de Contabilidade, que 
tenha registro no CNAI – Cadastro Nacional de Auditores Independentes, pode 
realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência Complementar 
Aberta. 
III. para ser auditor responsável pelos trabalhos, exercendo a função de sócio 
de auditoria, o auditor deve ter formação em nível superior nos cursos de 
administração de empresas ou contabilidade. 
Assinale a opção correta, com relação às afirmativas acima. 
a) Somente a I e II são verdadeiras. 
b) Somente I e III são falsas. 
c) Todas são verdadeiras. 
d) Somente II e III são falsas. 
e) Todas são falsas. 
Comentários: 
Vamos analisar cada um dos itens: 
Item I - De acordo com a NBC PA 290, a independência do Auditor pode ser 
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afetada por ameaças de familiaridade que ocorre quando, em virtude de um 
relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus 
administradores, com diretores ou com funcionários, o auditor passa a se 
identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade. Portanto, item 
errado. 
Item II - O art. 7º da Resolução CNSP nº 118, de 2004, relaciona diversas 
situações nas quais é vedada a contratação e a manutenção de auditor 
independente das sociedades seguradoras, de capitalização e entidades 
abertas de previdência complementar. Portanto, não é todo o auditor externo 
que pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência 
Complementar Aberta. Portanto, item errado. 
Item III - O auditor responsável pelos trabalhos de auditoria deve ser um 
contador, devidamente habilitado. Portanto, item errado. 
Dessa forma, todos os itens são falsos, gabarito letra “E”. 
07. (FCC / Analista - APOFP / 2010) - As normas brasileiras que 
estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional, 
especificamente para aqueles que atuam como auditores independentes, são 
estruturadas como 
(A) NBC TP. 
(B) NBC TI. 
(C) NBC PI. 
(D) NBC TA. 
(E) NBC PA. 
Comentários: 
Já vimos que as normas profissionais do auditor independente são 
denominadas NBC PA. 
Portanto, gabarito letra ‘E’. 
08. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e 
Fiscalização/Atuária/SUSEP/2006) - Das situações abaixo, indique qual 
não restringe ou veta a contratação de auditoria independente, por parte das 
entidades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência 
privada. 
a) Prestação de serviços de consultoria atuarial pela firma de auditoria 
independente. 
b) Ser segurado da empresa seguradora auditada, tendo apólice de cobertura 
de Incêndio e Roubo de Bens. 
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c) Contratação de apólice de seguros de responsabilidade civil profissional da 
empresa a ser auditada. 
d) Planejamento tributário elaborado para a empresa auditada e suas coligadas 
e controladas. 
e) Pagamentos de honorários que representem 30% do faturamento total da 
firma de auditoria independente. 
Comentários: 
Vamos agora analisar item a item as assertivas: 
Letra A 
Como vimos, a prestação de serviços de consultoria pode causar a perda da 
independência. 
Letra B 
A manutenção de uma apólice de cobertura de incêndio e roubo de bens junto 
à empresa auditada, representa uma transação comercial que desde que feita 
dentro do curso normal de negócios e na mesma condição com terceiros não 
caracteriza a perda da independência. Portanto, é o gabarito da questão. 
Mas, veja que, mesmo no curso normal das atividades da auditada, essas 
operações não podem ser de tal dimensão que criem ameaça de interesse 
próprio ou de intimidação. 
Letra C 
Já a contratação de apólice de seguros de responsabilidade civil profissional da 
empresa a ser auditada não é compatível com o exercício da auditoria, pois o 
auditor estaria mantendo um seguro de responsabilidade junto à mesma 
entidade que poderia acioná-lo na justiça, nesse caso há um nítido conflito de 
interesses. 
Letra D 
A prestação de consultoria na área de planejamento tributário é prevista 
expressamente nas normas como um dos serviços que pode ocasionar a perda 
da independência do auditor.Letra E 
Da mesma forma que o item anterior, a norma prevê que o pagamento de 
honorários e reembolso de despesas do auditor independente, com 
representatividade igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do 
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faturamento total do auditor independente naquele ano, causa a perda de 
independência. 
09. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A firma de auditoria Verificações Ltda. foi 
convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria 
para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse 
período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da 
empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa 
coligada, para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S.A. 
Deve o auditor, nessa situação, 
a) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e os 
a serem desempenhados. 
b) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já 
executados e os honorários cobrados. 
c) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente analise 
sua independência ou não para realização do trabalho. 
d) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na 
empresa. 
e) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos 
somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor. 
Comentários: 
O enunciado nos informa que o auditor já havia efetuado a revisão das 
declarações de imposto de renda da empresa e consultoria, elaborando a 
avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para efeitos de incorporação. 
Como já visto a prestação de serviços de consultoria de uma forma em geral 
pode causar a perda da independência do auditor externo. Além disso, a NBC 
PA 290 cita expressamente a prestação de serviços de consultoria de avaliação 
de empresas e reavaliação de ativos como passível dessa perda. 
Portanto, nessa situação, cabe ao auditor recusar o trabalho em virtude do 
conflito de interesses em relação aos trabalhos já realizados. Gabarito, letra 
‘A’. 
10. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) - É fator determinante para a recusa de 
um trabalho de auditoria externa 
a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. 
b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa. 
c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com 
imparcialidade. 
d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. 
e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas. 
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Comentários: 
Letra A 
A assertiva ‘a’ representa flagrantemente uma ameaça de interesse próprio, o 
auditor não pode ter participação relevante na empresa que irá auditar. 
Portanto, esse fator é determinante para a recusa de um trabalho de auditoria 
externa. 
Letra B 
Além de não ser um fator determinante para a recusa do trabalho, essa 
assertiva representa uma das competências que são desejáveis em um auditor 
independente. 
Letra C 
Uma das qualidades essenciais do auditor é portar-se com imparcialidade. 
Letra D 
O auditor não é obrigado a conhecer todas as áreas de conhecimento 
necessárias para a realização de uma auditoria, caso necessite pode utilizar do 
trabalho de especialistas, portanto, isso não é motivo para a recusa do 
trabalho. 
Letra E 
A existência de fraude ou erro nas demonstrações não é motivo para a recusa 
do trabalho, na realidade, é responsabilidade do auditor obter segurança 
razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém 
distorções relevantes, causadas por fraude ou erro (veremos esse assunto 
mais adiante), e caso contenham é dever do auditor, caso as identifique, 
relatar tal fato à administração. 
Gabarito: letra ‘A’. 
Responsabilidades do auditor independente 
Dentro das Normas Profissionais do Auditor Independente, é importante 
entender como o auditor deve conduzir seus trabalhos e quais são suas 
responsabilidades. 
Como já foi dito, o auditor deve ser imparcial ao opinar sobre as 
demonstrações contábeis, aplicando o máximo de cuidado e zelo na realização 
dos trabalhos e na exposição de suas conclusões. Além disso, a avaliação das 
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demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a descoberta de 
fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de 
sua ocorrência. 
O senso comum, muitas vezes, nos pode fazer pensar que um auditor 
independente é contratado para descobrir fraudes em uma empresa. 
Isso não é verdade, o objetivo principal da auditoria das demonstrações 
contábeis não é encontrar erros ou fraudes na empresa, mas avaliar a 
adequação dessas demonstrações. É certo que o auditor deve estar atento… 
fraudes e erros existem, dessa forma, o profissional deve estar preparado para 
não se deixar enganar, planejando e executando o seu trabalho levando em 
consideração a possibilidade de ocorrência desses eventos. 
Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as demonstrações 
contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não tenha 
feito ressalva específica em seu relatório (= ou parecer, nas normas 
revogadas), demonstrar que seus exames foram conduzidos de forma a 
atender as normas vigentes. 
Assim, o auditor é responsável pelo atendimento das normas da profissão 
contábil e pelas regras e procedimentos destinados a promover a qualidade 
dos trabalhos de auditoria. Ou seja, sua responsabilidade é limitada aos 
próprios objetivos da auditoria das demonstrações contábeis. 
Veja essa questão: 
11. (ESAF/AFRFB/2009) - A responsabilidade primária na prevenção e 
detecção de fraudes e erros é: 
a) da administração. 
b) da auditoria interna. 
c) do conselho de administração. 
d) da auditoria externa. 
e) do comitê de auditoria. 
Comentários: 
A responsabilidade primária na prevenção de erros e fraudes é da 
administração. A empresa é responsável pela implantação de sistemas de 
controle interno de modo a permitir que as demonstrações financeiras reflitam 
a real posição contábil, financeira e patrimonial. 
Ao auditor independente cabe planejar o seu trabalho, considerando a 
possibilidade de encontrar tais impropriedades. 
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Essa responsabilidade não foi alterada com as novas normas, segundo a NBC 
TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da 
fraude é dos responsáveis pela governança5 da entidade e da sua 
administração. Portanto, o gabarito da questão é a letra ‘A’. 
12. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A responsabilidade primária na prevenção e 
identificação de fraudes e erros na empresa é: 
a) da administração. 
b) da auditoria interna. 
c) do comitê de gestão corporativa. 
d) do Conselho Fiscal. 
e) da auditoria externa. 
Comentários: 
Veja como as questões se repetem. Esse é só um dos inúmeros exemplos que 
mostram a importância da resolução de provas passadas, são pontos certos e 
preciosos para a aprovação. 
Segundo a novíssima NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção 
e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e 
da sua administração. Gabarito, letra ‘a’. 
Sigilo e daguarda da documentação de auditoria 
O dever de guarda sigilo é disciplinado, de forma geral, pela resolução CFC 
nº 1.100/07, que aprovou a NBC P 1.6; por sua vez, a NBC TA 230, que 
substituiu a resolução nº 1.024/05 (papéis de trabalho), trata da 
documentação de auditoria. 
Nesse ponto, é importante ressaltar que segundo a NBC TA 230, a 
documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria 
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas 
pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de 
trabalho”). 
Outra norma importante no contexto da guarda da documentação de auditoria 
é a resolução CFC nº 1.201/09 que aprovou a NBC PA 01 – Controle de 
Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores 
Independentes. 
 
5 Responsáveis pela governança são as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade 
e, consequentemente, de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório 
financeiro). 
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Segundo essa última, a documentação do trabalho de auditoria é de 
propriedade da firma6, e esta pode, a seu critério, disponibilizar partes ou 
trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação 
não prejudique a validade do trabalho realizado ou a independência da firma 
ou do seu pessoal. 
A norma estabelece que as firmas devem estabelecer políticas e procedimentos 
para a retenção da documentação de trabalhos. O período de retenção para 
trabalhos de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data 
do relatório. 
Além disso, o sigilo envolve a obrigatoriedade do auditor não revelar as 
informações que obteve e tem conhecimento em função de seu trabalho na 
entidade auditada. 
O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações obtidas 
durante o seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhuma 
circunstância, sem autorização expressa da entidade, salvo quando houver 
obrigação legal de fazê-lo. Essa obrigação se mantém mesmo depois de 
terminados os compromissos contratuais. 
Ou seja, o auditor, como regra, não pode divulgar as informações obtidas 
durante o seu trabalho na entidade auditada, exceto em duas ocasiões: 
• quanto tiver autorização expressa da entidade; 
• quando houver obrigações legais que o obriguem a fazê-lo. 
O sigilo profissional deve ser observado na relação entre o auditor e a entidade 
auditada, na relação entre os auditores, na relação entre os auditores e os 
organismos reguladores e fiscalizadores e na relação entre o auditor e demais 
terceiros. 
Adicionalmente, há duas situações especiais a serem destacadas e que podem 
causar dúvidas quanto à possibilidade de o auditor repassar informações da 
entidade. A primeira refere-se ao auditor que eventualmente venha a sucedê-
lo e a segunda refere-se aos conselhos de contabilidade e aos órgãos 
reguladores e fiscalizadores. 
O auditor, quando previamente autorizado pela entidade auditada, deverá 
fornecer as informações que forem julgadas necessárias ao trabalho do auditor 
independente que o suceder. 
Além disso, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo 
Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, 
deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, para demonstrar 
 
6 Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como auditor independente. 
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que o mesmo foi realizado de acordo com as normas e com os demais 
dispositivos legais aplicáveis. O sigilo, nesses casos, deverá ser resguardado 
pelos organizamos profissionais que solicitaram as informações. 
Em outras palavras, as informações da entidade podem ser repassadas para os 
futuros auditores independentes, somente se for autorizado pela entidade 
auditada, e para os Conselhos de Contabilidade sempre que solicitado, por 
escrito e fundamentadamente. 
Vamos ver algumas questões: 
13. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) - adaptada - Compostos pela 
documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na execução da 
auditoria, a documentação de auditoria possui as seguintes características, 
exceto: 
a) sua disponibilização a terceiros é permitida, desde que formalmente 
autorizada pela entidade auditada. 
b) apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as evidências 
obtidas por meios eletrônicos. 
c) sua confidencialidade é dever permanente do auditor. 
d) devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de cinco anos, 
a partir da data de emissão do relatório de auditoria. 
e) sua padronização não é obrigatória. 
Comentários: 
Vamos analisar as assertivas: 
Letra A 
Vimos que existem duas ocasiões em que o auditor pode divulgar as 
informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada: 
• quanto tiver autorização expressa da entidade; 
• quando houver obrigações legais que o obriguem a fazê-lo. 
Letra B 
A documentação de auditoria pode se revestir em qualquer formato, impressa, 
eletrônica ou outro meio, e em qualquer desses formatos o dever de sigilo é o 
mesmo. Portanto, essa assertiva é o gabarito da questão. 
Letra C 
Perfeito, a obrigação de confidencialidade se mantém mesmo depois de 
terminados os compromissos contratuais. 
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Letra D 
Como vimos, em regra, o período de retenção para trabalhos de auditoria não 
é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor. 
Letra E 
Apesar de desejável a padronização da documentação de auditoria ou papéis 
de trabalho não é obrigatória, muitas vezes, nem é possível, pois a forma, o 
conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores 
como: tamanho e complexidade da entidade; natureza dos procedimentos de 
auditoria a serem executados; riscos identificados de distorção relevante; 
importância da evidência de auditoria obtida; natureza e extensão das 
exceções identificadas; necessidade de documentar a conclusão ou a base da 
conclusão não prontamente determinável a partir da documentação do 
trabalho executado ou da evidência de auditoria obtida; metodologia e as 
ferramentas de auditoria usadas. 
14. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A empresa Documental S.A., tendo como 
objetivo manter um arquivo completo sobre o seu processo de auditoria, exige 
do auditor que forneça cópia de todos os seus arquivos eletrônicos e papéis de 
trabalho elaborados durante a execução de seus serviços. Pode-se afirmar 
que: 
a) a referida solicitação é pertinente, uma vez que a empresa também é 
responsável pela guarda e sigilo dos papéis de trabalho. 
b) a solicitação da empresa é indiferente, pois os papéis de trabalho são de 
acesso público, conforme determinado por resolução da Comissão de Valores 
Mobiliários. 
c) é indevida a solicitação, visto que a guarda e sigilo dos papéis são de 
responsabilidade do auditor. 
d) é permitido à empresa solicitar os papéis de trabalho, visto estar sujeita a 
questionamentos por parte dos acionistas ou de terceiros. 
e) a solicitação é irregular, já que em nenhuma hipótese os papéis de trabalho 
podem ser disponibilizados, seja para a empresa seja para qualquer usuário. 
Comentários: 
Como vimos, a documentação do trabalho de auditoria (papéisde trabalho) é 
de propriedade do auditor, e ele pode, a seu critério, disponibilizar partes ou 
trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação 
não prejudique a validade do trabalho realizado ou a independência da firma 
ou do seu pessoal. 
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Ou seja, a disponibilização da documentação é uma liberalidade do auditor, a 
empresa auditada não pode exigir o fornecimento desta. Portanto, a solicitação 
a que se refere o enunciado é indevida. 
Assim, as assertivas ‘a’, ‘b’ e ‘d’ estão erradas, pois a exigência da empresa foi 
indevida. 
Já, a assertiva ‘e’ está errada ao afirmar que em nenhuma hipótese os papéis 
de trabalho podem ser disponibilizados, vimos que o auditor pode, a seu 
critério disponibilizá-los à empresa auditada e, ainda, a terceiros, quando tiver 
autorização expressa da entidade ou houver obrigações legais que o obrigue a 
fazê-lo. Portanto, gabarito letra ‘C’. 
15. (NCE/Analista – Mercado de Capitais/CVM/2008) – adaptada - 
Segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, 
o auditor deve manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de: 
a) 5 anos, a partir da data de encerramento das demonstrações. 
b) 4 anos, a partir da data de encerramento das demonstrações. 
c) 5 anos, a partir da data de emissão do seu relatório (parecer). 
d) 6 anos, a partir da data de encerramento das demonstrações. 
e) 4 anos, a partir da data de emissão do seu relatório (parecer). 
16. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) – adaptada 
- Segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis, o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a 
custódia dos papéis de trabalho 
a) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório. 
b) pelo prazo de três anos, a partir da data de emissão do seu relatório. 
c) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de finalização da auditoria. 
d) pelo prazo de três anos, a partir da data de finalização da auditoria. 
e) pelo prazo de dois anos, a partir da data de finalização da auditoria. 
17. (ESAF/AFRE/MG/2005) – adaptada - O prazo normal para guarda dos 
papéis de trabalho pelo auditor é: 
a) 5 anos da data da emissão do relatório de auditoria. 
b) 6 anos da data da publicação do balanço pela empresa. 
c) 5 anos da data do encerramento das demonstrações auditadas. 
d) indeterminado, enquanto a empresa for cliente. 
e) aquele pelo qual a firma de auditoria for contratada. 
Comentários: 
Vimos que em regra o auditor deve reter, ou seja, manter a custódia da 
documentação de auditoria por no mínimo cinco anos a contar da data do seu 
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relatório. Portanto, o gabarito da questão 16 é a letra ‘C’, das questões 17 e 18 
é a letra ‘A’. 
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Supervisão e controle de qualidade 
“Supervisão e Controle de Qualidade” é um tema pouco cobrado em provas de 
concurso. Esse assunto é tratado nas Resoluções CFC 1.201/09 (NBC PA 01) e 
1.205/09 (NBC TA 220). 
O auditor e as firmas de auditoria devem estabelecer e manter um sistema de 
controle de qualidade do trabalho realizado a fim de obter segurança razoável 
de que todas as normas técnicas, bem como as exigências regulatórias e legais 
estão sendo cumpridas; e de que os relatórios sobre as demonstrações 
contábeis estão corretos e apropriados. 
Dessa forma, um sistema de controle de qualidade inclui políticas e 
procedimentos que tratam dos seguintes tópicos: 
• Responsabilidades da liderança pela qualidade: o sistema de controle 
de qualidade é responsabilidade do auditor independente ou do 
presidente da firma de auditoria. 
• Exigências éticas relevantes: o auditor e sua equipe cumprem as 
exigências éticas relevantes, como independência, objetividade, zelo 
profissional e confidencialidade. 
• Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de 
trabalhos específicos: segurança razoável de que a aceitação e 
continuidade do relacionamento com clientes apenas se dará nos 
casos em que o auditor: 
o é competente para executar o trabalho e possui habilidades, 
incluindo tempo e recursos, para isso; 
o consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e 
o considerou a integridade do cliente, e não tem informações que 
o levaria a concluir que o cliente não é íntegro 
• Recursos humanos: pessoal suficiente com competência, habilidade e 
compromisso com os princípios éticos. 
• Execução do trabalho: trabalhos são executados de acordo com 
normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis. 
• Monitoramento: avaliação contínua de que as políticas e os 
procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade 
são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva. 
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Enfim, seja um auditor independente, pessoa física ou uma firma de auditoria, 
ambos devem constituir um sistema de controle de qualidade capaz de 
fornecer segurança de que o trabalho desenvolvido está de acordo com as 
normas técnicas e profissionais de auditoria. 
O auditor ou sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade 
pela qualidade geral do trabalho de auditoria. Dessa forma, o auditor pode 
levar em consideração, ao analisar as competências e as habilidades esperadas 
da equipe de trabalho, se esta: 
• possui experiência prática de trabalhos de natureza e complexidade 
semelhantes; 
• entende as normas técnicas e as exigências legais e regulamentares; 
• possui especialização técnica, incluindo especialização em tecnologia da 
informação pertinente e áreas especializadas de contabilidade ou 
auditoria; 
• possui conhecimentos relevantes sobre o setor/indústria em que o cliente 
opera; 
• possui capacidade para aplicar julgamento profissional; e 
• entende as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma. 
Outro ponto importante dentro do processo de controle de qualidade é a 
responsabilidade do auditor em realizar revisões periódicas do trabalho, de 
acordo com as políticas e procedimentos da firma de auditoria, com base no 
fato de que o trabalho de membros menos experientes da equipe deve ser 
revisado por membros mais experientes. 
Essas revisões permitem que assuntos significativos sejam prontamente 
resolvidos e áreas críticas de julgamento, especialmente aquelas relacionadas 
com assuntos complexos ou controversos, sejam identificadas no curso do 
trabalho. 
Uma revisão consiste em considerar, por exemplo, se o trabalho foi realizado 
de acordo com as normas técnicas, profissionais e exigências legais e 
regulamentares aplicáveis; se o trabalho realizado suporta as conclusões 
obtidas e está adequadamente documentado; e se as evidências obtidas são 
suficientes e apropriadas para suportar o relatório. 
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
18. (FGV / ICMS-RJ / 2010) A respeito do controle de qualidade da 
Auditoria das Demonstrações Contábeis, analise as afirmativas a seguir: 
I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de 
responsabilidade da empresa auditada que deve seguir as políticas e processos 
de trabalho implantadas. 
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II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação 
subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e, ao elaborar o 
relatório, as conclusões devem envolver a revisão das demonstrações 
contábeis. 
III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, 
com as pessoas consultadas ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado 
do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, a equipe de 
trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e 
resolver as diferenças de opinião. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
Comentários: 
Todos os itens podem ser respondidos a partir da leitura da NBC PA 01 
(Resolução CFC nº 1.201/09). 
I. Errado, pois o sistema de controle de qualidade da firma de auditoria é do 
presidente da firma de auditoria (sócio-gerente ou equivalente) ou da diretoria 
executiva da firma de auditoria (ou equivalente). 
II. Errado, pois a avaliação do revisor do controle de qualidade deve ser 
objetiva. 
III. Correto. Eventuais divergências devem ser tratadas de acordo com 
políticas e procedimentos estabelecidos pela firma de auditoria. 
O gabarito é a letra “C”. 
19. (NCE/Analista – Mercado de Capitais/CVM/2008) - Os auditores 
independentes deverão se submeter à revisão do seu controle de qualidade por 
outro auditor independente, também registrado na Comissão de Valores 
Mobiliários. Esta revisão deverá: 
(A) gerar relatório a ser encaminhado ao auditor independente e à CVM até 31 
de março do ano seguinte em que se realizar a revisão. 
(B) ter a observância, por parte do responsável pela revisão em relação ao 
auditor revisado, das normas de independência aprovadas pelo CFC. 
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(C) ser realizada exclusivamente por Auditor Independente – Pessoa Jurídica, 
registrado na Comissão de Valores Mobiliários. 
(D) ter a substituição do auditor independente revisor determinada, se 
solicitado pelo auditor revisado e acatado o pedido pelo Ibracon. 
(E) ocorrer a cada três anos, podendo ter o interstício aumentado para quatro 
anos se o relatório de revisão classificar o controle de qualidade como elevado. 
Comentários: 
Segundo o art. 33 da Instrução CVM nº 308/99, no âmbito da auditoria 
independente das empresas de capital aberto, os auditores deverão, a cada 
quatro anos, submeter-se à revisão do seu controle de qualidade, segundo as 
diretrizes emanadas do Conselho Federal de Contabilidade - CFC e do Instituto 
Brasileiro de Contadores – IBRACON, que será realizada por outro auditor 
independente, também registrado na Comissão de Valores Mobiliários, cuja 
escolha deverá ser comunicada previamente a esta Autarquia. 
O auditor independente responsável pela revisão do controle de qualidade 
também deverá observar, em relação ao auditor revisado, as normas de 
independência aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 
Portanto, gabarito letra ‘B’. 
20. (ESAF/AFTE – SEFAZ RN/2005) - No controle da qualidade dos seus 
serviços, o auditor deverá ___________, supervisionar e revisar o trabalho em 
todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuários de seus serviços a 
certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as 
___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias. 
 
(A) planejar / razoável / normas 
(B) reestruturar / parcial / normas 
(C) organizar / mínima / leis 
(D) elaborar / total / regulamentações 
(E) auditar / razoável / leis 
Comentários: 
O enunciado pede para completar as lacunas, o que, mesmo sem saber nada 
de controle de qualidade em auditorias independentes, não é difícil. Vejamos... 
“No controle da qualidade dos seus serviços, o auditor deverá planejar, 
supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a 
garantir aos usuários de seus serviços a certeza razoável de que o 
trabalho foi realizado de acordo com as normas de controle de qualidade 
requeridas nas circunstâncias.” 
Portanto, o gabarito é a letra ‘A’. 
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21. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – 
Adaptada – Segundo a NBC PA 01, a comunicação dos resultados do 
monitoramento do sistema de qualidade interno dos serviços prestados por 
empresa de auditoria independente deve ser efetuado a cada 
(A) ano. 
(B) dois anos. 
(C) três anos. 
(D) quatro anos. 
(E) cinco anos. 
Comentários: 
Vimos que um dos pilares do controle de qualidade de uma firma de auditoria é 
a avaliação contínua de que as políticas e os procedimentos de controle de 
qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva 
(=monitoramento). 
De acordo com a NBC PA 01, a firma deve comunicar, pelo menos uma vez por 
ano, os resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade 
aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas na firma, 
incluindo o presidente ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma. 
Essa comunicação deve ser suficiente para permitir que a firma e essas 
pessoas adotem prontamente as ações apropriadas, quando necessário, de 
acordo com suas funções e responsabilidades definidas. Portanto, o gabarito é 
a letra ‘A’. 
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Fraude e Erro 
Já citamos algumas vezes os termos fraude e erro em nossa aula, e apesar de 
seus conceitos serem, de certa forma, bem intuitivos, entraremos em mais 
detalhes sobre sua caracterização e das responsabilidades envolvidas em sua 
apuração, avaliação e comunicação. 
De acordo com a NBC TA 2407, as distorções nas demonstrações contábeis 
podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro 
está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente 
que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. 
O termo erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e 
demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles, consistente em: 
• erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações 
contábeis; 
• aplicação incorreta das normas contábeis; e 
• interpretação errada das variações patrimoniais. 
O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de 
transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, 
e pode ser caracterizada por: 
• manipulação, falsificação ou alteração de registros contábeis ou 
documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de 
demonstrações contábeis; 
• mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, 
operações ou outras informações significativas; e 
• aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a 
valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação. 
Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas 
de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção 
relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais 
são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações 
contábeis fraudulentas e da apropriaçãoindébita de ativos. 
Você deve estar se perguntando: “Essas definições mudaram com as novas 
normas de auditoria?” 
 
7 Resolução CFC nº. 1.207/09. 
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A resposta é não, contudo, as novas normas foram mais a fundo e detalharam 
um pouco mais esses conceitos, principalmente, no que ser refere às 
responsabilidades do auditor nesse processo. 
A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é 
dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. 
É importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis 
pela governança, enfatize a prevenção da fraude, o que pode reduzir as 
oportunidades de sua ocorrência e a sua dissuasão, o que pode persuadir os 
indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e 
punição. 
Já falamos sobre isso, mas não custa reforçar: O auditor não é responsável 
pela prevenção ou detecção de erros e fraudes. É responsável por obter 
segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não 
contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. 
Nesse sentido, faz-se necessário destacar mais uma vez a expressão 
“segurança razoável”, pois, devido às limitações inerentes ao trabalho de 
auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes não 
sejam detectadas, mesmo em uma auditoria devidamente planejada e 
realizada de acordo com as normas cabíveis. 
Lembre-se que os efeitos potenciais das limitações inerentes são 
particularmente significativos no caso de fraude, pois o risco de não detectar 
uma distorção relevante é mais alto do que nos casos decorrentes de erro. Isso 
porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente 
organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada 
no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao 
auditor. 
Além disso, destaca-se que o risco do auditor não detectar uma distorção 
relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de 
fraude cometida por empregados, porque a administração, pela posição que 
ocupa, tem mais condições de manipular os registros contábeis, apresentar 
informações fraudulentas ou burlar procedimentos de controle. 
Portanto, são responsabilidades do auditor: 
(a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de 
fraude; 
(b) obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante 
decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de 
respostas apropriadas; e 
(c) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes 
identificada durante a auditoria. 
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Há, no entanto, situações em que a existência de fraudes deixa o auditor sem 
condições de continuar o trabalho. Exemplos dessas circunstâncias 
excepcionais incluem o fato de a entidade não tomar a ação apropriada, 
considerada pelo auditor como necessária, com referência a uma fraude 
(mesmo no caso em que a fraude não é relevante); risco significativo de 
existência de fraudes relevantes e generalizadas; e preocupação quanto à 
competência ou integridade da administração. 
Portanto, se o auditor encontrar circunstâncias que coloquem em dúvida sua 
capacidade de continuar a auditoria, como resultado de uma distorção 
decorrente de fraude ou suspeita de fraude, deve: 
• determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à 
situação, inclusive se é necessário informar à pessoa que aprovou sua 
contratação ou, em alguns casos, às autoridades reguladoras8; 
• considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando 
essa saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável e caso 
se retire: 
o discutir com a administração e com os responsáveis pela 
governança a sua saída e as razões da interrupção; e 
o determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar 
outras pessoas envolvidas (acionistas, contratantes da auditoria ou 
autoridades reguladoras). 
É importante ressaltar que a responsabilidade profissional e legal do auditor 
continua existindo em tais circunstâncias. Em alguns casos, por exemplo, o 
auditor pode ter o direito ou obrigação de fazer uma declaração ou relatório 
para terceiros interessados, como acionistas, contratante da auditoria ou 
órgãos reguladores e de controle. 
Segundo as normas de auditoria, caso o auditor tenha identificado uma fraude 
ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude, deve comunicar 
estes assuntos tempestivamente a pessoa de nível apropriado da 
administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar 
fraude. Isso é necessário mesmo que o assunto possa ser considerado não 
importante (por exemplo, um desfalque mínimo cometido por empregado em 
um nível inferior na organização da entidade). 
Existem ainda situações de fraude que são mais sensíveis, como quando 
envolvem a administração, empregados com funções chave na organização e 
 
8 No Brasil, existem obrigações determinadas pelas autoridades reguladoras que podem incluir essa situação. 
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em casos de fraudes que gerem distorção relevante nas demonstrações 
contábeis. 
Nessas hipóteses, a menos que todos os responsáveis pela governança 
estejam envolvidos na administração da entidade, o auditor deve comunicar 
tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança, 
verbalmente ou por escrito9. 
Caso o auditor suspeite de fraude envolvendo a administração, o auditor deve 
comunicar essas suspeitas aos responsáveis pela governança e discutir com 
eles a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria necessários 
para concluir a auditoria. 
Além disso, em alguns casos, o auditor pode considerar apropriado comunicar-
se com os responsáveis pela governança quando ele toma conhecimento de 
fraude que envolva outros empregados que não os da administração e que não 
resulte em distorção relevante. Similarmente, os responsáveis pela governança 
podem desejar ser informados de tais circunstâncias. 
Finalmente, há situações nas quais o auditor tem responsabilidade em 
comunicar terceiros fora da entidade. Embora o dever profissional do auditor 
de manter a confidencialidade da informação do cliente possa impedir que tais 
informações sejam dadas, as responsabilidades legais do auditor podem ir de 
encontro ao dever de sigilo em algumas situações. 
O dever de confidencialidade não pode passar por cima de estatuto, lei ou 
tribunais de direito. Por exemplo, no Brasil, o auditor de instituição financeira 
tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão. Em 
outros segmentos, o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos 
em que a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar 
ações corretivas. 
No entanto, cada caso deve ser analisado à luz da legislação apropriada e o 
auditor pode considerar apropriado obter assistência jurídica para determinar o 
curso de ação apropriado nessas circunstâncias. 
 
9 A NBC TA 260 identifica fatores que o auditor considera ao escolher entre comunicar-se verbalmente ou por escrito. 
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O auditor deve 
comunicar a (aos)... 
Nos casos em que... 
Administração encontrar fraudes, mesmo que irrelevantes; 
Responsáveis pela 
governança 
houver participação da administração nas fraudes; 
houver participação de funcionários chaves de organização 
(principalmente responsáveis pelo controle interno) nas 
fraudes; 
encontrar fraudes relevantes; 
encontrar fraudes irrelevantes (opcional); 
Órgãos reguladores e de 
controle (terceiros) 
existam exigências legais. 
Vejamos algumas questões sobre esse assunto: 
22. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Analise as afirmativas a seguir: 
I. A prevenção e detecção da fraude é de responsabilidade da governança da 
entidade e da sua administração. 
II. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a 
ocorrência de fraude, ele pode estabelecer juridicamente se realmente ocorreu 
fraude. 
III. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas é responsável por 
obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, 
não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. 
Assinale: 
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(E) se somente a afirmativa II estiver correta. 
Comentários: 
Esses itens foram tirados da NBC TA 240. Vamos inicialmente analisar os itens 
II e III. 
II. Errado, a norma fala que apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros 
casos, identificar a ocorrência de fraude, ele NÃO estabelece juridicamente se 
realmente ocorreu fraude. 
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III. Correto, essa é a atribuição do auditor, obter segurança razoável de que 
não há distorções relevantes nas demonstrações. 
Agora, diferente do que afirma a FGV, entendemos que o item I não está 
correto, pois a prevenção e a detecção de fraude são de responsabilidade dos 
RESPONSÁVEIS pela governança da entidade e da sua administração. 
Não podemos confundir GOVERNANÇA como RESPONSÁVEIS PELA 
GOVERNANÇA10. 
O primeiro se refere, de acordo com o IBGC, a um SISTEMA pelo qual as 
organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os 
relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e 
órgãos de controle. 
Já o segundo, de acordo com a NBC TA 260 (Resolução CFC nº 1.209/09), se 
refere às PESSOAS ou ORGANIZAÇÕES com responsabilidade pela supervisão 
geral da direção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas à 
responsabilidade da entidade. 
Enfim, não é possível responsabilizar um sistema, mas as pessoas ou 
organizações responsáveis por esse sistema. 
Por esse motivo, consideramos que o item I está incorreto, e o gabarito 
deveria ter sido alterado de ‘A’ para a letra ‘D’, o que não ocorreu. 
23. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e 
identificação de fraudes e erros na empresa é: 
a) da administração. 
b) da auditoria interna. 
c) do comitê de gestão corporativa. 
d) do Conselho Fiscal. 
e) da auditoria externa. 
Comentários: 
Vimos que a responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraudes é 
da entidade. 
Ressalte-se que essa responsabilidade não foi alterada com as novas normas, 
segundo a NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção 
 
10 Responsáveis pela governança são as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da 
entidade e, consequentemente, de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do 
relatório financeiro). 
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da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua 
administração. Gabarito da questão: Letra ‘A’. 
24. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e 
detecção de fraudes e erros é: 
a) da administração. 
b) da auditoria interna. 
c) do conselho de administração. 
d) da auditoria externa. 
e) do comitê de auditoria. 
Comentários: 
Essa questão, recentemente aplicada na prova para Auditor Fiscal da Receita 
Federal do Brasil, é idêntica a analisada no item anterior. Esse é só um, dos 
inúmeros exemplos que mostram a importância da resolução de provas 
passadas, são pontos certos e preciosos para a aprovação. 
Segundo a novíssima NBC TA 240, como já vimos diversas vezes, a principal 
responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela 
governança da entidade e da sua administração. 
Gabarito da questão: Letra ‘A’. 
25. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) Por ser um ato não-intencional na 
elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto afirmar que se 
trata de um erro: 
a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos, 
passivos e resultados. 
b) a apropriação indébita de ativos. 
c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis. 
d) o registro de transações sem comprovação. 
e) a aplicação incorreta das normas contábeis. 
Comentários: 
Essa questão trata das definições de erro e fraude, vimos que o ato não-
intencional caracteriza o erro; o intencional, a fraude. 
Portanto, a alteração de documentos visando modificar os registros; a 
apropriação indébita; a supressão ou omissão de transações e o registro de 
transações são exemplos de atos intencionais que visam um objetivo 
específico. 
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Por sua vez a aplicação incorreta, quando não proposital, das normas 
contábeis é considerada um erro. Gabarito, letra ‘E’. 
26. (ESAF/ATM/Natal/2008) O auditor, ao efetuar a avaliação e os testes 
nas contas dos itens componentes do imobilizado e de suas respectivas 
depreciações, constatou os seguintes fatos: 
I. Contrato efetuado entre a empresa e um de seus sócios transferindo uma 
máquina entregue como integralização de capital no valor de R$ 1.000.000,00. 
Ao efetuar a comparação com o valor de mercado na data da transferência, 
constatou-se que a máquina estava valorizada por R$ 800.000,00. 
II. Unidade Fabril operando em dois turnos, efetuando a depreciação de suas 
máquinas pela taxa relativa a um turno. 
III. Os Juros e a variação cambial de uma máquina em processo de construção 
e importação, a ser usada no processo produtivo, contabilizado em despesas 
financeiras e de juros, respectivamente. 
Assim, pode-se afirmar que as assertivas I, II e III correspondem a: 
a) erro, fraude, erro. 
b) fraude, erro, fato normal. 
c) erro, erro, erro. 
d) fato normal, fraude, fraude. 
e) fraude, erro, erro. 
Comentários: 
A distinção entre fraude e erro reside na intencionalidade ou não do ato que os 
originou. Nem sempre essa distinção é fácil. Fraude refere-se a ato intencional 
de omissão ou manipulação / adulteração; já, erro, refere-se a ato não-
intencional na elaboração dos registros e demonstrações contábeis. 
Vamos resolver essa questão por eliminação. 
Analisando os três itens, verificamos que nenhum deles refere-se a um ato 
normal, todos têm alguma impropriedade. Portanto, as assertivas “b” e “d” 
estão erradas. 
Agora para resolver a questão basta identificar em qual item, I ou II, houve 
fraude, já que nas assertivas restantes, o item III aparece em todas como 
erro, então,

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