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Skinner e o comportamentalismo

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RESUMO PARA FINS DIDÁTICOS: SKINNER E O COMPORTAMENTALISMO
Org. Professora Nedina Stein
O inicio das pesquisas sobre condicionamento, que depois a se tornou o behaviorismo (comportamentalismo), foi no século XX, na obra de Pavlov. Posteriormente o norte-americano, John Watson (1878-1958) traz a mesma concepção para a America do norte. Entretanto quem levou esses conceitos para o campo da educação foi o psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990).
Foi esse pensador que se tornou popular no Brasil. A Teoria do condicionamento, que estabeleceu os princípios para o behaviorismo de Skinner, surge com os estudos de Pavlov. Vamos então entender como foram às pesquisas de Pavlov.
Pavlov fez experimentos com animais, mais especificamente com cachorros. O estudo foi com glândulas salivares dos cães, ele observou que os cães começavam salivar rapidamente quando lhe mostrava comida. Percebeu também que os cachorros salivavam antes mesmo de ver a comida. Quando ele chegava ao laboratório, os cachorros percebendo que ele estava entrando já começavam a salivar. A partir dessas observações, fez uma serie de experimentos. 
As conclusões dos experimentos de Pavlov foram que existem respostas comportamentais que são reflexos incondicionados ( cão saliva quando via a comida) e outras respostas comportamentais são reflexos condicionados, ou seja são aprendidos. Esses condicionamentos são apreendidos por situações agradáveis ou desagradáveis. Com isso Pavlov concluiu que é possível manipular o comportamento por meio de estimulo qualquer que no caso os “cães” consigam compreender. O cheiro, o som etc podem ser um estimulo que pode gerar um condicionamento.
Posteriormente John Watson, partindo dos estudos de Pavlov trouxe esses estudos para a America. Para Watson a psicologia deveria ter como objeto de estudo apenas o comportamento humano, e não apenas os processos mentais.
Watson defendia que o meio influenciava, certamente, no que a pessoa se tornaria. “se alguém veio de um lar desequilibrado, será assim”. O ao behaviorismo clássico de Watson defendia então uma determinação do meio sobre o desenvolvimento e personalidade do individuo.
Skinner criou o chamado behaviorismo radical, baseado nos estudos anteriores sobre as teorias do comportamento, mas com outros enfoques. Também fez experimentos com animais, ratos e pombos, criou a “caixa de Skinner”, trabalho muito com estímulo e resposta dos animais.
Quando o homem se controla, escolhe um curso de ação, pensa na solução de um problema, ou se esforça em aumentar o autoconhecimento, está se comportando. Controla-se precisamente como controlaria o comportamento de qualquer outro através de manipulação de variáveis das quais o comportamento é função. Ao fazer isso, seu comportamento é um objeto próprio de análise, e finalmente deve ser explicado por variáveis que se situam fora do próprio indivíduo (SKINNER, 1953/1981; p. 222 apud LOPES JÚNIOR,1994).
O interesse científico, de Skinner levou-o a descoberta do princípio do reforço positivo. Skinner se diferencia dos outros pesquisadores, por entender que o homem não é somente um ser que responde a estímulos, como era proposto por Watson, mas sim, que um ser interage com o ambiente produzindo mudança em si mesmo e no mundo ao redor.
Para Skinner é por meio do reforço, positivo ou negativo, que o organismo é condicionado a realizar ou a evitar comportamentos.
A base da concepção Skinneriana está no conceito de comportamento operante. Para desenvolver este conceito, é necessário voltar ao um conceito anterior, comportamento reflexo ou respondente.
O COMPORTAMENTO RESPONDENTE
O comportamento reflexo ou respondente é o que denominamos de comportamento não voluntário . Por exemplo, a contração das pupilas quando uma luz forte vai em direção ao olho; saliva com uma fruta azeda etc
Esses comportamentos reflexos ou respondentes são interações estímulo-resposta (ambiente-sujeito) incondicionadas, nas quais certos eventos ambientais confiavelmente eliciam certas respostas do organismo que independem de “aprendizagem”(BOCK, 2008,p. 59).
Entretanto nas pesquisas de Skinner ele descobriu que esses reflexos, podem ser condicionados devido a uma situação de “pareamento”, que leva o organismo a responder a estímulos que antes não respondia. 
Skinner deixa mais claro isso com um exemplo: 
[...] suponha que, numa sala aquecida, sua mão direita seja mergulhada numa vasilha de água gelada. A temperatura da mão cairá rapidamente devido ao encolhimento ou constrição dos vasos sangüíneos, caracterizando o comportamento como respondente. Esse comportamento será acompanhado de uma modificação semelhante, e mais facilmente mensurável, na mão esquerda, onde a constrição vascular também será induzida. Suponha, agora, que a sua mão direita seja mergulhado na água gelada certo número de vezes, em intervalos de três ou quatro minutos, e que você ouça uma campainha pouco antes de cada imersão. Lá pelo vigésimo pareamento do som da campainha com a água fria, a mudança de temperatura nas mãos poderá ser eliciada apenas pelo som, isto é, sem necessidade de imergir uma das mãos (BOCK, 2008, p. 60).
Neste exemplo, de Skinner demonstra que o condicionamento respondente, a diminuição da temperatura da mão, causada pela água fria, é uma resposta incondicionada, enquanto a queda da temperatura, causada pelo som, é uma resposta condicionada (aprendida). Ou seja, a água é um estímulo incondicionado, e o som, um estímulo condicionado. 
O COMPORTAMENTO OPERANTE
O comportamento operante se caracteriza por varias atividades humanas: desde o comportamento de um bebê de balbuciar até de agarrar objetos.
O comportamento operante é quando tem uma intervenção no ambiente, ou seja, de acordo com a interação que temos com o ambiente, manifestamos o comportamento operante.
A leitura que você está fazendo deste texto é um exemplo de comportamento operante, assim como tocar um instrumento etc.
O comportamento operante precisa de um reforço que serve como um “estimulo” para continuar com o comportamento. Como aconteceu na pesquisa que realizaram com os ratinhos. Exemplo: colocaram ratinhos em uma caixa e deixaram com sede, por acaso o ratinho bateu em uma barra e saiu água. Esse movimento serviu como reforço, assim sempre que tivesse sede bateria na barra para obter água.
A água neste caso serviu como um reforço para o comportamento operante. Ele realizou uma ação para obter a resposta que teve pela primeira vez.
[...] O comportamento operante refere-se à interação sujeito-ambiente. [...] Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das conseqüências criadas pela nossa ação. As conseqüências da resposta são as variáveis de controle mais relevantes. [...] Pense no aprendizado de um instrumento: nós o tocamos para ouvir seu som harmonioso. Há outros exemplos: podemos dançar para estar próximo do corpo do outro, mexer com uma garota para receber seu olhar, abrir uma janela para entrar a luz etc (BOCK, 2008, p. 60).
REFORÇAMENTO
Chamamos de reforço a toda ação e ou comportamento que, sendo realizada, altera a probabilidade futura de ocorrer o comportamento. 
Por exemplo: uma criança desobedece a uma regra e é castigada por isso. Quando ela desobedecer a essa regra novamente sabe que ira ser castigada novamente. Ou seja, o castigo serve de reforço negativo, pois visa extinguir o comportamento.
O reforço pode ser positivo ou negativo.
O reforço positivo é todo a acontecimento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz. Por exemplo: Fazer algo bom e ganhar uma recompensa. Tirou notas boas, ganhou um brinquedo. O premio (ganhar brinquedo) é um reforço para que o comportamento se repita novamente.
O reforço negativo é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o extingue ou atenua. Por exemplo: Alguém bate em outra pessoa e é preso por isso. A punição (ser preso) é um reforço negativo que visa extinguir esse comportamento. Ou seja, o objetivo doreforço é para a pessoa não faça mais isso.
Entretanto, alguns eventos tendem a ser reforçadores para toda uma espécie, como, por exemplo, água, alimento e afeto. Esses são denominados reforços primários. Os reforços secundários, ao contrário, são aqueles que adquiriram a função quando pareados temporalmente com os primários. Alguns destes reforçadores secundários, quando emparelhados com muitos outros, tornam-se reforçadores generalizados, como o dinheiro e a aprovação social. (BOCK, 2008,p. 64).
EXTINÇÃO
Para Skinner a extinção é um procedimento no qual uma resposta deixa de repente de ser reforçada. Como conseqüência, a resposta vai ser emitida menos vezes e poderá até se extinguir. 
Assim, quando alguém esta flertando com outra pessoa,mas essa pessoa não retribui, o flerte não correspondido pode deixar de existir com o tempo, pois não houve recíproca.
PUNIÇÃO
A punição é outro procedimento que pode gerar a supressão do comportamento. 
Os dados de pesquisas mostram que a supressão do comportamento punido só é definitiva se a punição for extremamente intensa, isto porque as razões que levaram à ação — que se pune — não são alteradas com a punição. (BOCK, 2008,p. 66).
Para Skinner punir uma ação indesejada, leva à supressão temporária da resposta sem, alterar muitas vezes a motivação.Por isso os behavioristas, tem debatido a eficácia da punição como forma de reduzir a freqüência ou extinguir comportamento.
As práticas punitivas comuns na Educação foram questionadas pelo Behaviorismo. Como por exemplo, ficar isolado; receber régua na cabeça etc.
Os behavioristas, respaldados por crítica feita por Skinner e outros autores, propuseram a substituição definitiva das práticas punitivas por procedimentos de instalação de comportamentos desejáveis. Esse princípio pode ser aplicado no cotidiano e em todos os espaços em que se trabalhe para instalar comportamentos desejados. O trânsito é um excelente exemplo. Apesar das punições aplicadas a motoristas e pedestres na maior parte das infrações cometidas no trânsito, tais punições não os têm motivado a adotar um comportamento considerado adequado para o trânsito. Em vez de adotarem novos comportamentos, tornaram-se especialistas na esquiva e na fuga. (BOCK, 2008,p. 67).
Apesar das muitas criticas realizada ao pensamento de Skinner, ele influenciou e ainda influencia muito a educação. Seja em práticas pedagógicas que utilizam a premiação para controlar comportamento dos alunos, seja em práticas punitivas.
BOCK, Ana Mercês B;FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.Psicologias:Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. 14ª. São Paulo: Saraiva,2008.
LOPES JÚNIOR, Jair.Behaviorismo radical, epistemologia e problemas humanos. Psicol. cienc. prof.vol.14 no.1-3 Brasília,1994. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931994000100007. Disponível http://www.scielo.br/pdf/pcp/v14n1-3/07.pdf

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