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05/06/2013 1 ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS Engenharia Florestal Aberrações cromossômicas • São alterações no número de cromossomos ou estrutura dos cromossomos. • Mutações cromossômicas causam anomalias nas células e funcionamento do organismo. • Em sua maioria essas anomalias são baseadas em mudanças nos números de genes ou posição dos genes. • Em alguns casos, uma mutação cromossômica resulta numa quebra cromossômica. • Se a quebra ocorre dentro de um gene, ocorre a perturbação funcional desse gene. Aberrações cromossômicas • Erros na mitose, na meiose ou na fertilização dão origem a cariótipos aberrantes. Alterações cromossômicas • Numéricas • Estruturais 05/06/2013 2 Aberrações cromossômicas numéricas • Euploidia: são células ou organismos com múltiplos do conjunto cromossômico básico da espécie. • Aneupolidia: Cariótipos com um número pequeno de cromossomos extras ou cariótipos aos quais falta um número pequeno de cromossomos. Euploidia • Euplóides são células ou organismos cujo número somático (2n) de cromossomos é um múltiplo exato do número básico (x) de cromossomos da espécie. • Espécies normais diplóides apresentam 2n=2x cromossomos Poliploidia • Há espécies em que o genoma é repetido um maior número de vezes, constituindo os chamados poliplóides. • 3n: triplóides • 4n: tetraplóides • 5n: pentaplóides • 6n... Poliploidia • 30 a 80% de todas as espécies de angiospermas são poliplóides. • 95% samambaias • A poliploidia é rara em gimnospermas e fungos. 05/06/2013 3 Autopoliplóides • Quando um único genoma básico é repetido. • Completa homologia entre os cromossomos de cada grupo e um pareamento perfeito na meiose. Alopoliplóides • Ocorrem dois ou mais genomas diferentes. • Provavelmente resultado da hibridação de genitores que possuem diferenças marcantes em seus genomas. A homologia e pareamento dos cromososmos se dá normalmente apenas entre genomas idênticos. Autopoliplóides • Em geral os autopoliplóides possuem maior número de cromossomos, apresentam consequentemente, maior volume celular e nuclear. • Esse aumento, se não associado a uma redução correspondente ao número de células, pode provocar crescimento exagerado de certas partes das plantas, o que pode ser vantajoso em alguns casos. Exemplos • Maior aumento das partes florais pode ser vantajoso em plantas ornamentais. • Em forrageiras, folhas maiores tendem a ser uma vantagem. • Em fruteiras, frutos maiores são mais apreciados. • A autopoliploidia pode ocorrer espontaneamente ou ser induzida. • Tratamento com colchicina: afeta a divisão celular, inibindo a formação das fibras do fuso, impedindo a separação das cromátides irmãs durante a anáfase mitótica. • Consequências do uso de colchicina: o núcleo formado possui o dobro do número de cromossomos. 05/06/2013 4 Autotriplóides • Os autotriplóides (2n=3x) podem ocorrer ocasionalmente entre a progênie de indivíduos diplóides como resultado do funcionamento de gametas não reduzidos, isto é, n=2x. Autotriplóides • No paquíteno poderá haver a formação de bivalentes mais univalentes, bem como trivalentes. Autotriplóides • A grande maioria dos gametas resultantes de indivíduos triplóides não possui complementos cromossômicos balanceados o que não é, portanto, viável, causando a esterilidade do indivíduo. Autotetraplóides • Nos autotetraplóides existem quatro cromossomos homólogos, os quais podem se parear de diversas maneiras, dependendo do ponto de início do pareamento. Autotetraplóides • No paquíteno são, possíveis a formação de dois bivalentes, ou de um trivalente mais um univalente, ou ainda, a formação de um tetravalente. • Dependendo do modo de orientação dos cromossomos pareados na placa equatorial, durante a metáfase I, haverá ou não distribuição irregular dos cromossomos para os gametas, o que pode torná-los inviáveis. 05/06/2013 5 • O grau de esterilidade dos tetraplóides é sempre menor do que nos triplóides. • Ex. batata e alfafa são tetraplóides. Alopoliplóides • Os alopoliplóides surgem na natureza pela duplicação dos cromossomos após um cruzamento interespecífico. • Quando ocorre cruzamento interespecífico, o descendente recebe apenas um genoma de cada genitor e é denominado anfipoliplóide ou anfidiplóide. Alopoliplóides • Como no anfipoliplóide existe apenas um genoma de cada espécie, nesses indivíduos não ocorre pareamento dos cromossomos durante a meiose, a menos que exista homologia entre os genomas das duas espécies. • Com a duplicação dos cromossomos, cada genoma passa a existir em dose dupla, permitindo, desse modo, a ocorrência de pareamentos e segregações cromossômicas normais. • Portanto, o alopoliplóide resultante é completamente fértil. Alotreplóides Alopoliplóides • Na natureza: trigo, aveia, algodão, cana- de-açúcar, banana. • O trigo (Triticum aestivum) é um alohexaplóide (2n=6x=42), derivado do cruzamento das espécies Triticum monococcum, Aegliops speltoides e Aegliops squarrosa. 05/06/2013 6 Alopoliplóides • Artificialmente, mais de 1000 híbridos aloplóides já foram produzidos experimentalmente. Ocorrência de poliploidia • A poliploidia é muito generalizada em plantas mas raramente ocorre em animais. Poliploidia em peixes • Diversamente dos mamíferos, muitas espécies de peixes podem existir tranquilamente como poliplóides. • Fêmeas diplóides são submetidas a tratamentos curtos de calor ou frio ou pressão, alguns de seus óvulos em desenvolvimento não conseguem entrar em meiose II e permanecem no estado diplóide. Poliploidia em peixes • Quando tais óvulos são fertilizados por espermatozóides normais (haplóides), resulta prole triplóide. • Os peixes triplóides são estéreis -> vantagem: devotam toda sua energia ao crescimento sem se desviar para a reprodução (a reprodução reduz o crescimento como aumenta a mortalidade dos machos). Poliploidia em peixes • Existe evidência de que a triploidia em peixes resulta num crescimento mais rápido. • Produção de tetraplóides: suspensão de um turno de mitose um óvulo diplóide fertilizado, resultando em tetraplóides férteis. Colchicina 05/06/2013 7 Aneuploidia • Possuem em suas células somáticas um ou mais cromossomos adicionais ou em falta, em relação ao número de cromossomos normais da espécie. Causas da aneuploidia • Movimento retardado dos cromossomos durante a anáfase; • Não disjunção (não segregação dos cromossomos ou cromátides) na meiose ou mitose. • Assinapse, não pareamento dos cromossomos homólogos na meiose. • Irregularidades na distribuição dos cromossomos durante a meiose d eorganismos poliplóides com um número ímpar de cromossomos. Causas da aneuploidia Monossomias • Monossomias: falta um dos cromossomos. Mais frequentemente encontrado em organismos poliplóides. Utilizados no melhoramento de espécies vegetais para realizar substituições cromossômicas: transferir alelos favoráveis a uma característica. Ex.: transferir alelos de resistência à ferrugem de trigo. Trissomias • Trissomias: um dos cromossomos está em triplicata. • Exemplo: trigo, fumo as diferenças não são tão marcantes, identificação apenas pela análise de cariótipo. Pareamentoem trissômicos 05/06/2013 8 Aberrações cromossômicas estruturais Deleções • Quebra de fragmentos cromossômicos e sua consequente perda. • Pode ser terminal ou intersticial. Deleções Duplicações • São mudanças estruturais que se referem a ganhos extras de segmentos cromossômicos. Duplicações Duplicações 05/06/2013 9 Inversões • Um cromossomo invertido é aquele cuja sequência de genes se encontra em ordem invertida em relação ao cromossomos normal. Inversões Pareamento envolvendo uma inversão para cêntrica Translocações • São mudanças estruturais que envolvem a transferência de um segmento cromossômico para outro cromossomo não homólogo. Translocação recíproca • Quando ocorre uma troca mútua de fragmentos entre dois cromossomos não homólogos. Translocações 05/06/2013 10 • As translocações não provocam alterações no conteúdo gênico dos portadores. • Pode reduzir a fertilidade. Os rearranjos podem: a) Ocorrer no tecido somático ou no germinativo. b) Surgir por: – Quebra física e reunião – o que pode acontecer espontaneamente ou por tratamento com raios X ou gama; – X-over ilegítimo – entre elementos repetitivos no genoma. Ocorre em células somáticas entre os segmentos repetidos ABERRAÇÕES ESTRUTURAIS MECANISMOS DE MUDANÇA INVERSÕES - quando um segmento do cromossomo originado de duas quebras sofre rotação de 180° e é ressoldado. Quando a inversão envolve o centrômero é denominada pericêntrica, quando não envolve o centrômero é denominada paracêntrica TRANSLOCAÇÃO - troca de segmentos entre cromossomos não homólogos. ISOCROMOSSOMOS - Resultam de um erro na divisão do centrômero que ao invés de separar as cromátides separa os braços do cromossomo. Cromossomos em anel - ocorrem duas quebras em um cromossomo uma em cada braço, as pontas se afastam ou se juntam e o pedaço mediano se curva, formando um anel. A ocorrência de uma permuta no local de uma inversão paracêntrica fará com que de cada bivalente surjam dois cromossomos gaméticos anormais (um dicêntrico, a ponte, e outro acêntrico), um normal e outro com a inversão original: A tensão faz a ponte romper-se, formando 2 cromossomos com deleções terminais. INVERSÃO A ocorrência de permuta em uma inversão pericêntrica fará com que um bivalente dê origem a dois cromossomos anormais (ambos com uma deficiência e uma duplicação), um cromossomo normal e outro com a inversão original. INVERSÃO
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