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summa MONETaRIA programa e AULA 1 moeda e moeda estatal 2015

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Economia Monetária
Aula 1
Ricardo Summa
27/10/2015
1. O que é Moeda? 
Metalistas x Cartalistas
Metalistas : Moeda:
Apenas um dispositivo para facilitar as transações
Apareceu espontaneamente no processo de escambo
Moeda escolhida pela sociedade: sancionada pelo governo. Lastro.
E sem lastro? Walras, leiloeiro e numerario.
Cartalistas
Características institucionais.
Relações de poder.
Teoria da Moeda Estatal
- Moeda e Tributos
- Sistema de pagamentos e Banco Central
Centralidade do Estado
Na história do pensamento economico
“ A prince, who should enact that a certain proportion of his taxes should be paid in a paper money of a certain kind, might thereby give a certain value to this paper money; even though the term of its final discharge and redemption should depend altogether on the will of the prince.(Smith, 1776: p. 312)
(paper had value because it was)
 ‘made efficient to discharge the perpetually recurring claims of public taxation’ (Say, 1964[1880]: p. 280,
Moeda Estatal
Knapp (1905); 
Por que moedas são aceitas independente do material que são compostas? 
 Estado: Capacidade de cobrar tributos;
 Define moeda em que tributos 
devem ser pagos;
capaz de impor obrigações pela
força;
define nível de tributo e 
escassez de sua própria moeda;
Tributação funciona como medida de Estados Nacionais para gerar demanda pela moeda;
 Causalidade Inversa: 
	Estado tem que gastar na sua moeda para que agentes possam pagar seus impostos.
“Fiat Money”
Innes (1913)
“the state (or any other authority able to impose an obligation) imposes a liability in the form of a generalized, social unit of account—a money—used for measuring the obligation”
 “The market, then, is not viewed as the place where goods are exchanged, but rather as a clearing house for debts and credits.”
“Moeda é criatura do 
 Estado”
(Lerner, A. 1947)
“Finanças Funcionais”
 
“everyone can create Money; the problem is to get it accepted.”
(Minsky 1986)
Big Government e Big Bank
“A subtler question is whether it makes sense to suppose that actual market institutions do not actually impose a constraint … upon governments (whether logically necessary or not), given that we believe that they impose such borrowing limits upon households and firms. The best answer to this question, I believe, is to note that a government that issues debt denominated in its own currency is in a different situation than from that of private borrowers, in that its debt is a promise only to deliver more of its own liabilities. (A Treasury bond is simply a promise to pay dollars at various future dates, but these dollars are simply additional government liabilities, that happen to be non-interest-earning.) There is thus no possible doubt about the government’s technical ability to deliver what it has promised…” (Woodford 2000, p. 32)
"The United States can pay any debt it has because we can always print money to do that. So there is zero probability of default“
 Alan Greenspan (2011)
Recente: Wray (1998) e Kansas City
“Modern money theory”
http://nakedkeynesianism.blogspot.com.br/
Cartalistas
Moeda: é crédito.
Representa uma relação de dívida. Uma promessa de pagamento.
Operação de dupla entrada no balanço
  credito e divida; ativo e passivo.
Programa
1. O que é Moeda? 
2. o sistema monetário:
3. “Oferta” de Moeda
4. Taxa básica de juros
5. Estrutura a termo da taxa de juros e spread bancário.
2. O sistema monetário
- O Banco Central e os bancos comerciais; 
- O balancete dos Bancos Comerciais, do Banco Central e do sistema monetário. 
- Agregados Monetários;
- Criação e destruição de base monetária. 
- Criação e destruição de meios de pagamento
 
3. “Oferta” de Moeda
- Moeda exógena e o multiplicador monetário. 
- Moeda Endógena.
4. Taxa básica de juros
- Teorias da taxa de juros;
- Operacionalidade da política de fixação da taxa de juros;
5. Taxa de juros de longo prazo
Estrutura a termo da taxa de juros
Spread bancário
Avaliação 1 (A1):
Prova em sala de aula sobre os pontos 1 a 5.
 
Avaliação 2 (A2):
Nota na participação das discussões que serão conduzidas pelo professor, a respeito dos textos escolhidos.
Cada aluno deve participar de 5 discussões para avaliação, conforme seu grupo (1 e 2).
A nota da avaliação 1 será uma média simples das 4 melhores notas obtidas nas discussões.
O aluno que participar das discussões e ajudar no debate no dia em que seu grupo não é o escolhido, ganhará 0,5 pontos extra na Avaliação 1 (prova).
 
Média semestral = (A1 + A2)/2
 
A média semestral mínima para a aprovação direta é 6,0 (seis). Os alunos que obtiverem média igual ou inferior a 3,0 (três) não terão direito a prova final e serão reprovados. Caso não atinja a média acima, o aluno será submetido à prova final. A média final será a soma (média aritmética simples) da média semestral com a nota da prova final, que terá que totalizar no mínimo 5,0 (cinco).
Cronograma da Avaliação 2
Grupo 1 - Multiplicador Monetário? 
Bibliografia: Mcleay, Radia, Thomas, (2014)
Grupo 2 - Multiplicador Monetário? 
Bibliografia: Sheard (2013)
 
Grupo 1 - Tesouro e BC 
Bibliografia: Lavoie (2013)
 
Grupo 2 -Tesouro e BC no Brasil 
Bibliografia: De Rezende (2009)
 
Grupo 1 - Crise Financeira do Subprime 
Bibliografia: Borça Jr. E Teixeira (2008)
 
Grupo 2 - Política monetária nos EUA 
Bibliografia: Santiago (2012, cap. 1); 
 
Grupo 1 - Política monetária nos EUA 
Bibliografia: Lavoie (2010);
 
Grupo 2 Políticas Não Convencionais
Bibliografia: Fullwiler e Wray (2010)
 
Grupo 1 Políticas Não Convencionais
Bibliografia: Bastos e Teixeira (2015)
 
Grupo 2 – Zona do Euro 
Bibliografia: Lavoie (2015) 
Bibliografia (Parte I)
BASTOS, C. ; TEIXEIRA, L. Política econômica em tempos de crise: a reação do governo norte-americano à crise subprime. Anais do Encontro da ANPEC, 2015.
BELL, Stephanie. The role of the state and the hierarchy of money. Cambridge Journal of Economics, v. 25, n. 2, p. 149-163, 2001.
BORÇA, J., & TORRES, E. T. (2008). Analisando a crise subprime. Revista do BNDES, 15(30), 129-159.
CARVALHO, Fernando; DE PAULA, LUIZ FERNANDO; SICSU, JOÃO. Economia monetária e financeira. Elsevier Brasil, 2000.
COSTA, Fernando Nogueira da. Economia monetária e financeira. Folha de São Paulo. São Paulo, 1999.
DE REZENDE, Felipe Carvalho. The nature of government finance in Brazil. International Journal of Political Economy, v. 38, n. 1, p. 81-104, 2009.
FULLWILER, Scott T. Modern Central Bank operations: the general principles. Wartburg College, 2008.
FULLWILER, Scott T.; WRAY, L. Randall. Quantitative easing and proposals for reform of monetary policy operations. Bard College Levy Economics Institute Working Paper, n. 645, 2010.
LAVOIE, Marc. A primer on endogenous credit-money. Modern Theories of Money, p. 506-543, 2000.
LAVOIE, Marc. Endogenous money: accommodationist. A Handbook of Alternative Monetary Economics, p. 17, 2006.
LAVOIE, Marc. Changes in central bank procedures during the subprime crisis and their repercussions on monetary theory. International Journal of Political Economy, v. 39, n. 3, p. 3-23, 2010.
LAVOIE, Marc. The monetary and fiscal nexus of neo-chartalism: a friendly critique. Journal of Economic Issues, v. 47, n. 1, p. 1-32, 2013.
LAVOIE, Marc. The Eurozone: Similarities to and differences from Keynes’s plan. International Journal of Political Economy, v. 44, n. 1, p. 3-17, 2015.
MCLEAY, Michael; RADIA, Amar; THOMAS, Ryland. Money creation in the modern economy. Quarterly Bulletin, v. 54, n. 1, p. 14-27, 2014.
MISHKIN, F.. The economics of money, banking, and financial markets. Pearson education, 2007.
SANTIAGO, M (2012) Limites e procedimentos da política monetária:evidências do Brasil e dos E.U.A. nos anos 2000 Tese de Doutorado, IE-UFRJ.
SERRANO, Franklin Leon Peres; SUMMA, Ricardo. Uma sugestão para simplificar a teoria da taxade juros exógena. Ensaios FEE, v. 34, n. 2, 2013..
SHEARD, Paul. Repeat after me: Banks cannot and do not “Lend Out” reserves. Standard & Poor’s (13 August), 2013.
SIMONSEN, Mario Henrique; CYSNE, Rubens Penha. Macroeconomia. Atlas, 1995.
SMITHIN, John. The theory of interest rates. A Handbook of Alternative Monetary Economics, Cheltenham: Edward Elgar, p. 273-90, 2006.

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