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Gestão Participativa em Serviços de Saúde

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Gestão Participativa em Serviços de Saúde
Dia 17 de outubro de 2014
Profa. Adriana Diniz de Deus
Serviços de Saúde
Considerado como uma das organizações mais complexas de se Gerenciar
 - Serviços diversificados nas áreas assistenciais e de apoio necessitando de um trabalho integrado
 - Extensa divisão de trabalho e complexidade
 - Alto grau de profissionalização
Farmácia
Laboratório
Berçário
Almoxarifado
Oficina de Manutenção
SND
Restaurante
Bloco Obstétrico
Admissão e Pré parto
Alojamento Conjunto
Lavanderia
 Serviços de Saúde 
 Mudanças nos últimos anos que aumentaram o desafio da Gestão
 - Perfil epidemiológico
 - Perfil demográfico
 - Exigência de maior tecnologia
 - Medicamentos de última geração
 - Custos mais elevados 
 
Gestão de Serviços de Saúde
Consenso em Qualificar a Gestão dos Serviços
Porém os caminhos são diversos
 1- Pensamento Gerencial Hegemônico:
 - Implantação de fluxos, protocolos e rotinas
 - Organização e controle dos processos de trabalho
 - Avaliação dos resultados 
 - Terceirização de alguns serviços
 - Meta de alcançar a Acreditação 
 - Utilização de metodologias e técnicas administrativas
 - Gestão da Qualidade
 
1- Pensamento Gerencial Hegemônico
Utiliza de metodologias e técnicas administrativas que visam à eficiência e eficácia com mecanismos poderosos de controle com métodos disciplinares. 
Organiza e controla os processos de trabalho com fluxos, protocolos pré- estabelecidos e rotinas rígidas 
- Reduz o espaço de reflexão e de autonomia dos trabalhadores durante a execução das tarefas.
- Centralização normativa e descentralização executiva
Reduz a dimensão humana e a expressão da subjetividade.
 (AZEVEDO,2010; CAMPOS, 2007)
 
 
 
Rotinas pré-estabelecidas, diminuindo o trabalho vivo em ato, Na tentativa de reduzir o sujeito do trabalho a um objeto
Terceirização de serviços, avaliação normativa com a Acreditação
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2-Perspectiva Gerencial mais dialógica:
Considera que o trabalho em saúde se diferencia por se estabelecer a partir das interações entre pessoas, predominam as tecnologias leves, as relacionais. Depende da qualidade do encontro com o outro:
Entre profissional da saúde e paciente com sua rede social, 
Entre profissionais da equipe, 
Entre profissionais e gerentes...
Relacionais entre trabalhadores, entre trabalhadores e usuários, entre gerentes e trabalhadores.
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Lavanderia
 A roupa caminha no FLUXO das Atividades - insumo
 Processo de trabalho
 RELAÇÕES Humanas
 No setor – trabalhadores e gestores 
 Outros setores
 TECNOLOGIA DURA - equipamentos
 e LEVE / DURA - conhecimento
Recolhimento da
 roupa suja
Recebimento da
Roupa suja
Calandragem
Pesagem 
lavagem
Secagem
Separação
Dobradura
Armazenagem
Distribuição
Setores que acolhem a usuária 
Recepção 
Admissão
Pré Parto
Bloco Obstétrico
Alojamento
Conjunto
Avaliação de alta
CASA
Setores que acolhem o usuário
Quem caminha pelo fluxo é o usuário
Pessoa fragilizada, ansiosa, com medo.
Familiares e rede social
Tecnologia Dura, leve/dura e leve (relacional)
Seres humanos cuidando de seres humanos 
2-Perspectiva Gerencial mais dialógica:
Considera que o gerenciamento disciplinar não tem sido capaz de qualificar estes espaços de autonomia dos trabalhadores, desconsiderando as questões subjetivas que ocorrem no trabalho em saúde. (CAMPOS, 2007)
“Trabalho Vivo em Ato” (MERHY, 2007)
 
2-Perspectiva mais dialógica:
Propõem a utilização de instrumentos e metodologias administrativas que considerem as relações e os interesses do conjunto de indivíduos e grupos envolvidos nos serviços de saúde.
(CAMPOS,2010; MERHY, 2007; CECÍLIO,2003; ONOCKO, 2003; LIMA RIVERA,2009)
Método Paidéia – CAMPOS
Propõe: Construção da Democracia Institucional para Produção de Saúde, Produção de Sujeitos e Sustentabilidade
Objetiva: Aumentar a capacidade de análise e de intervenção dos coletivos
Método de apoio a Co-gestão:
Inclusão de novos sujeitos nos processos de gestão.
 Reconhece a existência de conflitos - Sujeitos com diferentes
 interesses, necessidades e desejos. 
- Inclusão de novas funções de gestão
 Análise coletiva da instituição (espaço de problematização)
 Formulação de projetos (espaço de criação e de compromissos)
 Tomadas de decisão (espaço de poder)
 Produção de socialização do conhecimento (espaço pedagógico) 
 Arranjos e dispositivos 
 (CAMPOS,2000 e 2003 
Método Paidéia- Grega “formação integral do ser humano
Processos inconscientes segundo Azevedo – as fantasias, as ilusões, as identificações
A Racionalidade gerencial hegemônica nega conflitos entre estes atores, escondendo e desvalorizando- Colaboradores
Considerando que os indivíduos embora imersos no constituído, no contexto, podem recriar, fazer escolhas, atuar e mudar sua realidade 
Clínica Ampliada com esquipes de referência, equipes matriciais, projeto terapêutico interdisciplinar
Gestão Colegiada com colegiados de gestão e conselhos, e incentivo a grupalidade.
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 Modelo 
Assistencial
 da Clínica
 Ampliada
Modelo 
de Gestão
 Participativa
Produção de Sujeitos
Produção de Saúde
Arranjos e Dispositivos:
Equipes de Referência
Equipes Matriciais
Projeto Terapêutico
Arranjos e Dispositivos
Unidades de Produção
 com gerenciamento
 único
Colegiado Gestor
Planejamento
Apoio Paidéia
Colegiado das Unidades
Conselhos de saúde
Contratos de gestão
Método Paidéia
 
 
 
Gestão Participativa 
Valoriza o trabalhador 
Motiva e estimula o vínculo do trabalhador com a instituição e com o usuário, 
Aumenta a responsabilidade e a criatividade
Resulta em maior prazer, satisfação, envolvimento no trabalho e realização profissional. 
É um investimento na pessoa, no sujeito, ampliando sua capacidade de análise crítica, de planejamento e manejo de conflitos
 
Política Nacional de Humanização
Os valores que norteiam essa política são:
 Autonomia e o protagonismo dos sujeitos,
 Co-responsabilidade entre eles, 
Estabelecimento de vínculos solidários, 
Participação coletiva no processo de gestão 
Indissociabilidade entre atenção e gestão.
 (BRASIL, 2004)
Premissas de uma Gestão Qualificada
 Gestão Participativa
 Gestão do Cuidado Humanizado
 Gestão do Trabalho que Valorize o Trabalhador
Gestão Financeira equilibrada
Gestão da Qualidade Hospitalar com construção coletiva
Práticas da Gestão Participativa
Gestão aberta
Gestão a vista 
Colegiados- reuniões produtivas e deliberativas.
Delegar - atribuições e fluxos de decisões claras, monitorar, trabalhar em equipe, saber escutar. Exercer Liderança
Comissões e grupos
Comunicação efetiva
Planejamentos coletivos
Planejar “Como fazer é tão importante como O que fazer”
Oficinas de Avaliação
Questionários de Avaliação da satisfação
Rodas de Conversa 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO CS, Sá MC. Subjetividade e gestão: explorando as articulações psicossociais no trabalho gerencial e no trabalho em saúde.Ciência e Saúde Coletiva. 15(5): 2345-2354, 2010
CAMPOS, Gastão W. Saúde Paidéia. São Paulo: Hucitec, 2003.
CAMPOS Gastão W. de S. Um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo: Hucitec, 2007.
CECÍLIO, Luiz Carlos de O. ; MERHY, Emerson Elias. A integralidade do cuidado como eixo da gestão hospitalar. São Paulo: Hucitec, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: gestão participativa: co-gestão. Brasília: Ministério
da Saúde, 2004(a).
LIMA,MC;Rivera, FJU. Agir comunicativo, redes de conversação e coordenação em serviços de saúde: uma perspectiva teórico- metodológica.Interface,v.13,p329-42,out./dez.2009
MERHY EE. Saúde: A Cartografia do Trabalho Vivo. 3ª ed. São Paulo: Hucitec; 2007. p. 189.

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