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RESUMO PSICOLOGIA APLICADA À GESTÃO DE PESSOAS @A U G U S T O N A S C I M E N T O P S I Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Centro Universitário Barão de Mauá Disciplina: Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Professora: Profa. Esp. Sonia Regina Campos Contato: sonia.campos@baraodemaua.br E-mail: euaugustonascimento@gmail.com Bibliografia: França, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos: conceitos, ferramentas e procedimentos. p. 2 a 25 .São Paulo:Atlas, 2012. Gestão de Pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais. (GIL, 2001). Segundo Dutra, (2002) Gestão de pessoas é um conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo. Para Lacombe, Francisco ( 2004) Gestão de Pessoas é o conjunto de esforços que tem por objetivo: planejar, organizar, dirigir ou liderar, coordenar e controlar atividades de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado comum. Gestão de Pessoas segundo Ana Cristina Limongi França p.6. (2012): deve ocorrer a partir da visão integrada das pessoas de questões fundamentais como: as expectativas sobre relações de trabalho, o contrato psicológico entre o que a pessoa quer da empresa e o que está, quer de seu pessoal, perfis e tipos de personalidade, grupos, equipes, lideranças, processos de cooperação, competição. Apatia, cultura, valores, questões éticas, entre outros aspectos ligados a vida social. Gestão de pessoas é o conjunto de forças humanas voltadas para atividades produtivas, gerenciais e estratégicas dentro de um ambiente organizacional. Gestão de pessoas e os diferentes cenários organizacionais A gestão de pessoas quando analisadas pelos enfoques comportamental e administrativo relaciona- se com os diferentes cenários organizacionais como: Novas tecnologias Reduções ou aumento de posições na organização R&S, T&D, R&B,MKT Banco de talentos Segurança, saúde e qualidade de vida. Comunicação e Sistemas de gestão e de qualidade Quais os objetivos deste conjunto de processos? Contribuir com a prática das políticas organizacionais. Alinhar conceitos e práticas de gestões. Mapear e conhecer os talentos existentes Multiplicar os saberes organizacionais Alinhamento da Ação e valores organizacionais A contribuição da psicologia social O comportamento humano decorre das características herdadas dos familiares e das influências identitárias. A psicologia social da atenção especial ao estudo das influências sobre a forma de cada indivíduo responder a um estímulo, diante a sua história de vida! Posso afirmar que a pessoa só consegue maturidade emocional diante a convivência diária com outras pessoas. No trabalho não seria diferente. A psicologia social não está sozinha, os problemas de comportamento são um conjunto de aspectos econômicos, culturais, tecnológicos , políticos e de saúde física e mental. E preciso compor uma abordagem multidisciplinar. mailto:sonia.campos@baraodemaua.br mailto:euaugustonascimento@gmail.com Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Uma breve história brasileira das práticas de Recursos Humanos Pré-história da Administração de Recursos Humanos no Brasil Iniciou com a vinda da corte Portuguesa com os primeiros sistemas artesanais de produção. No início do século já se iniciou as fábricas de tecido, primeiro sistema mecanizado no país e o desenho da produção, Taylorismo americano. Já nos anos 40 os modelos americanos de produção trazem o TWI – (sistema de treinamento e supervisão de pessoal. SENAI. Períodos clássicos da administração de RH no Brasil, conforme Wood Jr. são seis períodos 1930 – Período Pré- jurídico trabalhista Inexistência de legislação trabalhista, DP ou área correlata de GP. Caracterizada pela descentralização de tarefas. Tarefas normalmente simples e primárias Perfil demográfico de imigrantes, mulheres e crianças 1930-1950- período burocrático Início das leis, normas que vigoram até hoje. 1932 - Surge a carteira profissional, criada por Getúlio Vargas – PTB – ERA VARGAS Surgem os primeiros DP ( centrados na rotina de apontamentos, de frequência, pontualidade, absenteísmo, registro de ponto e pagamento de salários. Existia o cargo de Guarda LIVRO (hoje dados informatizados) Ainda existe organização que não utilizam de muita tecnologia e realizam o trabalho como há 50 anos atrás. 1950-1960: Período Tecnicista Ocorre a implantação de plantas fabris especialmente automotivas. Surgem polos industriais sobretudo nas regiões de São Paulo. Grande centro metalúrgico 1986- Ocorre o movimento grevista liderado por Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil já adota o conceito de sistemas de recursos humanos composto por R&S, T. (principalmente para aprendizes e operários semiqualificados) AD, CS, HIGIENE INDUSTRIAL E SERVIÇO SOCIAL. Entra JK em 1956 até 1961 1960- 1980. Período da Abordagem Sistêmica: Iniciou os cargos de Gerência de RH. A gestão estava vigorosa e empresas como Petrobras, BB e EMBRAPA tiveram papel importante na qualificação e produtividade nacional. MEC autoriza sistemas privados a terem ensino superior de ADM e hoje chega a quase 2000. Nas indústrias surgiram as primeiras práticas brasileiras de gestão participativa e qualidade através dos CCQ. Iniciam os primeiros instrumentos de diagnóstico de forma sistemática. Apresentam sérios problemas de qualificação dos avaliadores e impactos de mal gerenciamento, contaminação da subjetividade nos programas de AD. 1980-1990: período relações industriais integradas – Conhecida como a década perdida. Caracterizou pela integração dos enfoques do tripé administrativo, estruturalista e comportamental. (Alinhamento entre rotinas de pessoal, estrutura organizacional e CO). Criou-se o corporativismo Detalhamento Impaciência com as demandas competitivas de pessoal. A função do Diretor de Relações Industriais tinha como a maior demanda as pressões sindicais e a capacidade de eliminar conflitos principalmente grupais. Iniciaram as células de produção e depois levados para o adm. Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Iniciam Treinamentos de liderança, equipes e discussões sobre neuroses e patologia no trabalho. Começam os redesenhos organizacionais com a metodologia do DOWSIZING. 1986- Dejours lança seu livro no Brasil a loucura do trabalho e cria um novo padrão de consciência das necessidades humanas nas organizações no tocante sofrimento psíquico desagregador e ao sofrimento criativo. Inicia- se uma nova fase com os estudos de Saúde Mental no Trabalho; 1990: Reformas estruturais profundas Cria-se uma fase de reformas estruturais profundas de migração da função de RH que vivia em momentos turbulentos. Buscam novas identidades de denominação: Gestão de pessoas, gestor de talentos, departamento de gente. Etc. Cresceram substancialmente os desafios de qualidade e competitividade . Enquanto a administração do sex XX foi norteada por valores mecanicistas e legalistas, agora vive novos cenários . (conhecer e integrar elementos do ambiente externo. Vetores agora: alta velocidade, qualidade e produtividade, qualificação continua, emprego com vínculos de fidelidade transitória, etc; Houve uma turbulência criativa através de fóruns, congressos, valores e fatos da administração de RH; Nunca se estudou tanto. Iniciou a implantação de gestão estratégica com a concepção de : valorização do talento humano, atração e manutençãode pessoas, motivação e mobilidade, crescimento funcional, incentivo de base grupal e políticas integradas. Surgiu o INSTITUTO ETHOS. (responsabilidade social) ENANPAD, ENANGRAD. Essa Turbulência Criativa pode ser sintetizada como: Valorização da cultura organizacional brasileira; Abordagem do comportamento individual e mapeamento dos perfis; Natureza estratégica e modelos de gestão de pessoas; Inovação de tecnologia; Programas de Qualidade e produtividade – PNQ _ ISO 9000; Modernização da comunicação nas organizações. (redesenhos estruturais); Inicia uma consciência social (diversidade e inclusão); Qualificação e desenvolvimento da mão- de- obra. Aproximação da ARH com os desafios da Saúde Ocupacional e QV. (SESMET) Surge o perfil do GESTOR DE PESSOAS Modelos de Gestão de Pessoas – cap 2 p.2 a 25 Modelo diretivo Mecanicista Autoridade formal e burocrática Obediência Estrutura administrativa centralizada Chefia não pode ser questionada Chefias dispõem de instrumentos coercitivos para reforçar o papel Os cargos deixam pouca autonomia aos ocupantes Mais forte a autoridade da chefia menor e a autonomia dos subordinados e ai se tem maior caracterização do modelo diretivo Estruturas tradicionais: formas de departamentalização que seguem no Modelo Diretivo. Funcional: A departamentalização funcional tem como critério básico a(s) área(s) de conhecimento necessário para a realização da atividade Todas as pessoas com um mesmo conhecimento ficariam em um mesmo local = células de trabalho. Vantagem: Permitir especializações em uma área ou várias e utilizar melhor os recursos humanos e materiais nessas áreas. Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Modelo participativo Organicista Disciplina, liderança e autonomia Indivíduos responsáveis pelo desempenho e comportamento Quanto maior a autonomia maior e o Modelo Participativo = do modelo diretivo. Geográfico Cria- se células geograficamente diferentes e pertinentes ao assunto da organização Escopo comum a todos porém com mobilidade nas unidades de negócio RH- Corporativo – São Paulo RH – Ribeirão Preto RH- Belo horizonte RH- Goiânia RH- Curitiba Por processo Muitas vezes as atividades organizacionais devem ser agrupadas conforme as fases do processo. É mais usado no chão de fábrica Ex. Produção (agrupadas com fundição, usinagem, montagem, pintura e embalagem); Vantagem: Cria-se um alto nível de especialização em cada fase. Por cliente Desenha-se os departamentos de acordo com a demanda dos clientes principalmente quando se tem clientes diferentes. Ex. Depto de viagens Aéreo, terrestre, marítimo Call center Por produto (ou serviço) Quando os produtos são muito diversificados a solução é departamentalizar por produto ou serviços. Vantagens Cada unidade e especializado no que faz Cada unidade e quase uma pequena empresa Tem vida própria Ex: Montadoras de carros e suas plataformas de fabricação Por período Organizações que operam 24 horas são obrigadas a criar unidades cuja única diferença e o período que as equipes trabalham. Turnos diferentes subordinados a um mesmo gerente Condições de trabalho semelhante Ex: Manutenção industrial (turnos dia e noite) Por amplitude de controle Quando se leva em consideração o número de pessoas que “alguém” consegue coordenar. Ex: Colheita de algodão, corte de cana, costureiras, produção de calçados Na prática é bem difícil se ter somente departamentalizações puras A solução mais frequentes e saber combiná-las de acordo com as necessidades organizacionais. E através de um bom diagnóstico e possível tê-los. Gestão integrada à estratégia ▪ Representa efetiva evolução na ARH. ▪ Conhecimento real dos pontos positivos e a serem capacitados ▪ Entendimento das dificuldades e virtudes organizacionais Criação do entendimento do todo ▪ Criação de parcerias nos projetos ▪ Evolução diária nos processos de gestão ▪ Engajamento nas mudanças organizacionais Transformação de intenções em ações efetivas ▪ Vantagens competitivas sustentáveis Como o RH entra nesse fomento de melhorias? ▪ Oferecendo integração de todos os níveis ▪ Criando possibilidade de agregar valor aos cliente ▪ Manter a continuidade dos processos ▪ Oferecer exclusividade que não sejam facilmente copiadas ▪ Promover o compromisso do empregado ▪ Estabelecer identidade (cliente, empregados e investidores) Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Cap 1. Gestão de Pessoas por Competência: Modismo ou conceito em construção? Bibliografia Dutra, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, p. 21 a 35, 56 a 85. 2004. A organização subterrânea opera da seguinte forma: O gestor toma uma decisão com alguém da sua equipe depois verifica como formalizar essa situação. Caso ele não de respostas certas o gestor de RH fará os acertos. GAMBIARRA. Ou sabotar o sistema formal para justificar aumentos salariais No final dos anos 80 inicio de 90! Grande saída para a década!!! Competências/entrega Qualificação em pequenas e médias empresas para mudar o FOCO sobre o estoque de conhecimentos e habilidades PARA a forma como a pessoa mobilizava seu estoque e repertório de saberes; Agregação de valores Conceito de competências Foi proposto de forma estruturada pela primeira vez em 73 (David McClelland) na busca de uma abordagem efetiva MAIOR QUE os testes de QI nos processos Seleção Boyatziz (82) defendeu que a partir de demandas de determinado cargo na organização, procura fixar ações ou comportamentos efetivos esperados. Ele já demonstra uma preocupação com o poder de entrega no ambiente em que está inserido. Le Boterf (94 e 2000, 2001 e 2003)estuda o conceito de competência associado a ideia de agregação de valores independente do cargo, ou seja, a partir dos propósitos de valores organizacionais. Essa construção de competência explica de forma mais adequada o que observamos na realidade organizacional. Emprego da competência na década de 90! Trabalhos de intervenção organizacionais e adaptações de multinacionais para estruturar e criar identidade brasileira com resultados satisfatórios. Mas a aplicação abrangia apenas alguns aspectos da gestão de pessoas. A primeira oportunidade de aplicação de um sistema integrado gestão de pessoas por competências ocorreu em 96/97 em uma empresa de comunicações. Fez- se então a construção desses instrumentos com o conjunto de gestores e eles se tornaram partícipes dessa construção. O que eles construíram? Entrega exigida pela organização; Caracterização da entrega; Forma de mensurar a entrega; Articulação: Estratégia empresarial/competências organizacionais X competências individuais Estratégia empresarial/competências organizacionais: Conjunto de competências que lhe é próprio , essas competências decorrem da gênese e do processo de desenvolvimento da organização e são concretizadas em seu patrimônio de conhecimento que estabelece as vantagens competitivas da organização no contexto em que ela se insere. Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Estratégia individuais Do outra lado temos as pessoas, com seu conjunto de competências , aproveitadas ou não pela organização Mills et al (2002)criou as COMPETÊNCIAS DISTINTIVAS! Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Centro Universitário Barão de Mauá Disciplina: Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Professora: Profa. Esp. Sonia Regina Campos Contato: sonia.campos@baraodemaua.brE-mail: euaugustonascimento@gmail.com Descreva as competências por eixo diante as entregas exigidas das pessoas em cada eixo de carreira em função da estratégia organizacional. Gerentes da empresa X Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Prestação de serviços em larga escala (Transportadora regional) 1. Custo 2. Processo de trabalho 3. Monitoramento 4. Comercialização 5. Parcerias estratégicas 1. O que a pessoa pode contribuir para ajudar na área de custos? ➔ Orientação em custos, experiência em custos. 2. Liderança 3. Gestão/gerenciamento 4. Controle de qualidade 5. Habilidades sociais & Network. Técnicos da empresa X Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Prestação de serviços em larga escala. (transportadora regional) 1. Custo 2. Processo de trabalho 3. Monitoramento 4. Comercialização Parcerias estratégicas 1. Orientação à redução de desperdício e eficiência; 2. Foco na tarefa; 3. Conhecimento e experiência em processos de qualidade; 4. Cumprimento de metas 5. Comunicação interpessoal, trabalho em equipe. mailto:sonia.campos@baraodemaua.br mailto:euaugustonascimento@gmail.com Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Empresa Y Gerente da empresa Y Representante da empresa Y Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Call center (cobrança) (commoditie) 1. Custo 2. Processo de trabalho 3. Monitoramento 4. Comercialização 5. Parcerias estratégicas 1. Agilidade e eficiência (TMA – tempo médio de atendimento); 2. Habilidade na comunicação e paciência; 3. Habilidades com sistemas informatizados; 4. Habilidades de negociação e autogestão; 5. Bom relacionamento interpessoal. Empresa Z Gerentes da empresa Z Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Alimentação Animal (rações) 1. Custo 2. Processo de trabalho 3. Monitoramento 4. Comercialização 5. Parcerias estratégicas 1. Habilidade em gestão financeira; 2. Habilidade e vivência em gestão de equipes; 3. Habilidade em gestão de pessoas; 4. Gestão de controle de qualidade e estoque; 5. Network interno e externo. Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Call center (cobrança) (commoditie) 1. Custo 2. Processo de trabalho 3. Monitoramento 4. Comercialização 5. Parcerias estratégicas 1. Não pode perder uma ligação, competência de capacidade, que tipo de competência ele tem em relação ao custo? ➔ Vivência em gestão financeira; 2. Liderança de equipes sob pressão; 3. Vivência em gestão de pessoas; 4. Orientação para negociação, autonomia e endomarketing; 5. Network com o sistema financeiro e habilidade em comunicação. Psicologia Aplicada a Gestão de Pessoas Psicólogos da empresa Z Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Alimentação Animal) Rações 1. Custo 2. Processo de trabalho. 3. Monitoramento. 4. Comercialização 5. Parcerias estratégicas 1. Entendimento ou conhecimento com relação ao custo; 2. Habilidades técnicas para o cargo 3. Monitoramento comportamental (compreender gestão de pessoas e processos motivacionais) 4. Gerenciamento de clima organizacional 5. Participação em grupos operativos de estudo. Operadores da empresa Z Estratégia Comp. organizacionais Comp. individuais Alimentação Animal 1. Custo 2. Processo de trabalho 3. Monitoramento 4. Comercialização 5. Parcerias estratégicas 1. Atenção e foco no trabalho. Eficiência, disciplina e precisão. 2. Comprometimento. Responsabilidade de entrega 3. Atenção, disciplina 4. Cumprimento de prazos e metas. Qualidade de entrega 5. Saber trabalhar em grupo. Senso colaborativo @augustonascimentopsi
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