Buscar

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE TILÁPIAS (Oreochromis niloticus) EM CATIVEIRO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
CURSO DE RECURSOS PESQUEIROS 
 
 
 
 
 
RAMILLY PAMELA VITOR MARTINS 
 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE TILÁPIAS (Oreochromis niloticus) EM 
CATIVEIRO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macau/RN 
2017 
 
 
 
 
 
RAMILLY PAMELA VITOR MARTINS 
 
 
 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE TILÁPIAS (Oreochromis niloticus) EM 
CATIVEIRO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial 
para a Conclusão do Curso de Recursos 
Pesqueiros do Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia - IFRN. Sob a orientação 
da Professora Dra. Suzete Roberta da Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macau/RN 
2017 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, por ser meu tudo. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradeço primeiramente a Deus, meu Abba, pois nos momentos de fragilidade 
Ele foi minha força. 
 
 Aos meus pais, Ricardina Medeiros e Edivan Barreto, que sempre me apoiaram 
e estiverem presentes na minha vida. Amo muito vocês, sou grata pela família 
abençoada que temos. 
 
 Aos meus amigos que de maneira direta ou indireta me ajudaram. Aos de perto 
e aos de longe. Amo todos. 
 
 Obrigada líderes espirituais, vocês não sabem o quanto me ajudaram no 
processo de constante evolução e amor. Em especial a minha líder de célula Raquel 
Gsquiwaze, que amo muito, e também aos meus pastores Valter Santana e 
Jaqueline Garcia... Vocês são 12! 
 
 A minha turma concluinte: TPA. Foram anos juntos de aprendizado e carinho. 
Vou sentir saudade de cada um, de todos os momentos vividos! 
 
 A minha orientadora, Suzete Roberta, que não mediu esforços para me ajudar 
neste trabalho. Sempre esteve disposta e atenciosa, tirando todas minhas dúvidas e 
dando muitas dicas! Sou grata. 
 
 A todos os professores que passaram por mim nessa longa e árdua jornada, 
mas recompensadora, do IFRN. Me ajudaram e me ensinaram muito! Só desejo 
mais sucesso em suas vidas. 
 
 A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para a realização e 
finalização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seu coração, estejam unidos em 
amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem 
plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os 
tesouros da sabedoria e do conhecimento.” Colossenses 2:2-3 
RESUMO 
 
 
O entendimento acerca da relação entre a nutrição e saúde de peixes ganha 
bastante impulso, principalmente pelo aprimoramento e descobertas de 
determinadas tecnologias, visando adequar os dados obtidos em pesquisas com as 
condições de produção. A Tilápia (Orechromis niloticus) é uma das espécies mais 
estudadas do país e, com o passar do tempo, os avanços tecnológicos se tornaram 
notáveis quanto à especificação das exigências nutricionais a respeito desta espécie 
de peixe. Contudo, ainda se faz necessário explanar algumas características 
importantes para se obter alta produtividade, tal como elaboração de dietas que 
sejam viáveis economicamente. Embora a importância da nutrição para a 
manutenção da salubridade dos peixes seja evidente, os questionamentos, ainda, 
superam os resultados conclusivos nesta linha de pesquisa. Além de nutrir o animal 
para máximo desempenho, é preciso nutrir também seu sistema de defesa. Foi-se 
então necessárias análises mais profundas acerca do seu manejo alimentar, que 
resultam assim na melhoria de crescimento do animal e rendimento econômico do 
negócio. Desta forma, este trabalho apresenta uma breve revisão sobre as 
exigências nutricionais de Tilápias determinadas no estado do Rio Grande do Norte, 
onde analisou-se não somente à nutrição, mas sim a inter-relação nutrição e saúde 
do peixe. Além do ganho de peso e conversão alimentar, por exemplo. Ademais, foi 
avaliado também os aspectos quantitativos e qualitativos da produção, além da 
viabilidade econômica, concluindo que as tilápias podem ser produzidas a um baixo 
custo desde que sejam alimentadas corretamente nas várias fases de cultivo (de 
preferência com alimento natural) e obedecendo sempre suas exigências 
nutricionais. 
 
 
Palavras-Chave: Nutrição; Tilápia; Cultivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This paper presents a brief review on nutritional requirements of Tilapias determined 
in the State of Rio Grande do Norte. The inspection about the relationship between 
nutrition and fish health gains enough momentum, mainly due to the improvement 
and discovery of certain technologies, aiming to adapt the data obtained in research 
with production conditions. Being the one of the most studied species Tilapia in the 
country, with the passage of time, these advances have become notable as the 
nutritional requirements specification about this fish. However, it is necessary to 
explain some important features to achieve high productivity, such as elaborate diets 
that are viable economically. Although the importance of nutrition for maintenance of 
wholesomeness of fish is clear, the questions also outweigh the conclusive results in 
this line of research. In addition to nourishing the animal for maximum performance, it 
is necessary to nourish his defense system. Was then required deeper analysis 
about your food handling, resulting thus in improving growth and yield. In this way, 
this work analyzes not only to nutrition, but the interrelation nutrition and health of the 
fish. In addition to the weight gain and feed conversion, for example. Furthermore, it 
was evaluated also the quantitative and qualitative aspects of the production, in 
addition to the economic viability, concluding that the tilapias can be produced at a 
low cost, provided they are properly fed at various stages of cultivation (preferably 
with natural food) and always obeying their nutritional requirements. 
 
 
Key words: Nutrition; Tilápia; Production. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 HIPÓTESE ....................................................................................................... 10 
2 OBJETIVO ....................................................................................................... 10 
3 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11 
4 METODOLOGIA .............................................................................................. 12 
5 TIPOS DE ALIMENTAÇÃO ............................................................................. 14 
5.1 Alimento natural x alimento artificial ............................................................ 14 
5.1.1 Alimento natural ............................................................................................... 15 
5.1.2 Alimento artificial .............................................................................................. 16 
6 NUTRIÇÃO EM CATIVEIRO ............................................................................ 20 
6.1 Históricos de processos em cativeiro .......................................................... 20 
6.2 Tipos de sistema ............................................................................................22 
6.3 Viveiros escavados x tanques-rede .............................................................. 23 
6.4 Cultivo em sistema de bioflocos ................................................................... 24 
6.5 Nutrientes ........................................................................................................ 26 
7 EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS ........................................................................ 26 
7.1 Aspectos históricos do desenvolvimento da piscicultura ......................... 26 
7.2 Cultivo sem exigências nutricionais x cultivo com exigências nutricionais
 .................................................................................................................................. 27 
7.3 Requisições nutricionais ............................................................................... 28 
8 MANEJO ALIMENTAR .................................................................................... 30 
8.1 Produtividade e rentabilidade ....................................................................... 30 
8.2 Disponibilidade da ração ............................................................................... 32 
8.3 Cuidados importantes que se deve ter durante o manejo .......................... 33 
8.3.1 Comportamento anormal do peixe ................................................................... 33 
8.3.2 Consumo da ração ........................................................................................... 34 
8.3.3 Aspecto externo do cardume ............................................................................ 34 
8.3.4 Monitoramento da mortalidade ......................................................................... 34 
9 CONCLUSÃO .................................................................................................. 36 
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 37 
10 
 
1 HIPÓTESE 
 
 
 
Como aprimorar a alimentação e nutrição da Tilápia a fim de aumentar sua 
produtividade no campo econômico? 
 
 
 
2 OBJETIVO 
 
 
 
Analisar devidamente os processos de fornecimento e consumo da 
alimentação desta espécie, bem como explanar suas exigências necessárias, 
proporcionando assim melhorias no que diz respeito à qualidade do manejo 
alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3 INTRODUÇÃO 
 
 
A nutrição e alimentação dos peixes têm sido, cada vez mais, importantes 
para o cultivo na piscicultura ao redor do mundo todo. Hoje em dia é possível ver 
grandes avanços com relação ao desempenho nesta área, já que, a relevância para 
estes aspectos é responsável por boa parte da produtividade dos organismos 
aquáticos e fator primordial para a economia também. 
A Tilápia é hoje uma das espécies mais fornecidas na piscicultura e um 
produto comum de se encontrar nas diversas redes de supermercados em vários 
lugares. Por isso, é interessante discutir os aspectos de manejo nutricional e 
alimentar na produção, evidenciando estratégias de refeição que possam ser de 
eficiência para a melhoria da execução nos cultivos (KUBITZA, 2007). 
O Brasil oferece um território fluvial abrangente e, principalmente, boas 
condições climáticas para se alcançar rentáveis produções – inclusive para criação 
de Tilápias. No entanto, esse desenvolvimento ainda é despretensioso, já que 
faltam informações sobre as espécies em seu potencial zootécnico, principalmente 
no estado do Rio Grande do Norte (AFONSO, 1999). 
Na região semiárida potiguar, ainda que esses pontos sejam inconsistentes, 
vemos um grande nível de potencial tanto na parte hídrica quanto psíquica. Essa 
criação vem se destacando como uma prática adequada para ministrar as 
oportunidades dos produtores familiares de alguns territórios (BEZERRA, 2004). 
Com isso, tudo implica que uma nutrição bem equilibrada pode ajudar o peixe 
a desenvolver todo seu potencial genético, e assim, melhorar sua resistência ao 
prevenir doenças variadas. No entanto, para se obter uma potencialização no 
desempenho, é necessário focalizar diretamente na concentração dos nutrientes em 
suas dietas, seus comportamentos em cativeiro, sistemas de cultivos adotados, 
produtividade natural, condições climáticas, etc., tudo para que os peixes utilizem a 
energia da alimentação na manutenção do metabolismo, locomoção, reprodução e, 
consequentemente, crescimento na produtividade (COSTA, 2010). 
 
12 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
A área de estudo desta pesquisa está localizada na região do Rio Grande do 
Norte, no Nordeste brasileiro, tendo por limites o Oceano Atlântico a norte e a leste, 
a Paraíba a sul, e o Ceará a oeste. O estado abrange uma área de 52 811,126 km² 
equivalente a 3,42% da área do Nordeste e 0,62% da superfície do Brasil, tendo 
3,409 milhões de habitantes e coordenadas de 5.74° S 36.55° O (IBGE 2014). 
 
 
Figura 01: Mapa do estado do Rio Grande do Norte. 
 
O presente trabalho tratou de algumas determinações básicas sobre a 
nutrição e métodos de comando alimentar no ramo da tilapicultura do Rio Grande do 
Norte, abordando alguns avanços científicos que melhoram o funcionamento do 
setor de produção, a respeito das formulações dos diferentes tipos de alimentos, tal 
como sua influência na cultivação para peixes de água doce. 
A pesquisa foi embasada em alguns artigos científicos que visam como 
métodos de estudo a própria Tilápia (Oreochromis niloticus) sendo uma espécie de 
grande relevância no mercado econômico do estado. A ideia central foi retratar a 
precisão de condições nutricionais em dietas, determinando o nível mínimo de 
nutrientes e garantindo o máximo desempenho desta espécie. 
13 
 
De início realizou-se um levantamento bibliográfico em obras especializadas 
tanto da nutrição e alimentação como também de peixes cultivados em água doce, 
textos técnicos e coletâneas de dados estatísticos que abordam o tema. 
Para alcançar estes e outros requisitos, foi importante estudar profundamente 
alguns fatores como o hábito alimentar dos peixes, requerimento nutricional e 
manejo alimentar, tudo, respeitavelmente, de acordo com o sistema de criação a ser 
usado. 
Esta resposta foi considerada importante mediante a relação de custo-
benefício na composição de alimentos, uma vez que alguns ingredientes foram 
considerados fatores economicamente limitantes nas formulações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
5 TIPOS DE ALIMENTAÇÃO 
 
5.1 Alimento natural x alimento artificial 
 
Pode-se afirmar que o processo de elaboração da alimentação de peixes é 
uma atividade considerada milenar. Entretanto, nos primórdios, os estudos que eram 
feitos destinavam-se apenas a substituição da ração, farinha de peixe e/ou carne e 
farinha de krill, por subprodutos de abatedouros avícolas, como penas e vísceras, 
farelo de soja e leveduras. O avanço nesta área se sucedeu somente nas últimas 
décadas, com o fornecimento e aprimoramento de dietas mais específicas para 
diversos tipos de animais aquáticos. Ademais, há aproximadamente 25 anos, o 
Japão iniciou estes procedimentos com a carpa comum e enguia, bem como alguns 
países da Europa e Estados Unidos com o bagre do canal e salmão (PEZZATO; 
BARROS, 2005). 
No que diz respeito ao Brasil, os estudos datados sobre aspectos nutricionais 
dos peixes (além dos tipos de alimentos fornecidos) foram registrados somente nos 
anos 80. Os primeiros cultivos aproveitavam as sobras agrícolas para alimentá-los. A 
invençãode usar rações surge somente depois, com a capacidade de integrar os 
alimentos derivados de aves e suínos. Mesmo assim, estas rações se apresentavam 
de maneira ineficiente quanto ao fornecimento de organismos aquáticos, além de 
não possuírem um balanceamento adequado de nutrientes para os peixes. Tudo 
isso implicou em baixa eficiência de ingestão alimentar, alto aporte de nutrientes na 
água e dissipação de vitaminas e minerais. Consequentemente, veio então a 
peletização das rações e com isso alguns problemas foram sanados, como por 
exemplo, a perda de muitas das rações fareladas. Além do mais, este procedimento 
resultou em melhoria na digestibilidade e aumento na eficiência de ingestão dos 
alimentos dos peixes. Foi por volta deste período que se deu o surgimento das 
primeiras rações específicas/formuladas (CASTAGNOLLI, 2005). 
O Rio Grande do Norte, por sua vez, possui excelentes condições climáticas 
para a tilapicultura (em tanques escavados, principalmente). Sobre a alimentação de 
algumas espécies de peixes no estado, algumas análises foram feitas por Da Silva 
et al., (2012) destacando alguns estudos realizados na região semiárida do nordeste 
15 
 
brasileiro, mais especificamente na lagoa do Piató, em Assú, sobre a espécie 
Astyanax lacustris. Ademais, Morais-Segundo, (2013) também relata variações 
espaciais e temporais da estrutura trófica da ictiofauna da barragem de Santa Cruz, 
Apodi. 
O desempenho zootécnico de organismos aquáticos como um todo tem se 
destacado bastante nos últimos tempos, principalmente na área de nutrição e 
alimentação de peixes de água doce (como é o caso da tilápia). Geralmente, a 
manutenção do metabolismo, deslocamento, reprodução e transformação da 
proteína são mecanismos exercidos pelo peixe proveniente da energia do alimento 
que é consumido (TEIXEIRA et al., 2009). 
Alguns fatores determinantes no cultivo são inteiramente vinculados com o 
tipo de sistema de produção bem como a alimentação utilizada pelo peixe, segundo 
(ZUANON et al. 2011). Os peixes consomem um único tipo de alimento em sua 
grande parte, entretanto, podem facilmente troca-lo por outro inteiramente distinto 
quando o primeiro se tornar insuficiente. Em alguns casos, ainda, ao longo de suas 
vidas, eles também podem mudar completamente seus hábitos alimentares – isso 
ocorre, principalmente, entre espécies onívoras como é o caso da tilápia –. Por isso, 
muitos componentes podem ser aplicados na elaboração da dieta completa do 
peixe, todavia, a autenticação para a elaboração que tenha um baixo custo só será 
consentida por meio de um conhecimento geral da composição química e, 
principalmente, do valor nutricional dos ingredientes ali presentes (RIBEIRO et al., 
2012). 
 
5.1.1 Alimento natural 
 
O alimento natural é uma ótima alternativa para enriquecer a alimentação de 
peixes cultivados em cativeiro. Esse nutrimento orgânico pode ser gerado por meio 
da fertilização que ocorre nos tanques com o adubo orgânico e também químico. O 
plâncton, ali presente, compõe um dos itens primordiais na dieta da maioria dos 
alevinos e de outras espécies de peixes filtradores. Já o zooplâncton, por sua vez, 
junta todo seu estoque energético dominantemente de lipídeos. Ademais, a comida 
ingerida pelo peixe e sua aptidão filtradora estão interligadas com a sua constituição 
em ácidos graxos da carcaça (RIBEIRO et al., 2012). 
 
16 
 
Em uma análise feita por (SCHROEDER, 1983) em viveiros com baixa 
renovação de água – inclusive com oferecimento de ração suplementar –, a ingestão 
de alimentos naturais resultou no crescimento da maioria das tilápias (em torno de 
50 a 70%). Por esta razão, se comparar o cultivo intensivo em tanques-rede e 
raceways aos viveiros de baixa renovação de água, o último leva vantagem por 
haver menos custo na produção de tilápias (KUBITZA, 1999). 
A maioria das tilápias aproveitam de maneira bastante eficaz/rentável o fito e 
o zooplâncton presentes no ambiente. Alguns vegetais e animais aquáticos como 
algas, plantas, frutos, sementes, crustáceos, larvas, ninfas de insetos, vermes, 
moluscos, anfíbios, etc., servem de alimento natural para elas e outros demais 
peixes. Em razão disto, alguns estudos revelem que, no que diz respeito ao 
crescimento, não se faz necessário à introdução de rações com enriquecimento 
vitamínico utilizadas na criação se, todavia, há uma boa incidência de alimentos 
naturais ali presente. A suplementação vitamínica completa só é destinada, 
primeiramente, as rações das pós-larvas e ao cultivo em sistemas mais intensivos. A 
suplementação também pode ser sucedida em rações usadas em tempo frio 
(período de inverno) além de no tratamento de peixes doentes ou sob demasiado 
estresse (KUBITZA, 2000). 
 
5.1.2 Alimento artificial 
 
Os alimentos artificiais ou rações balanceadas (como são mais conhecidas) 
são alimentos processados por procedimento de peletização, extrusão e floculação 
(MORO; RODRIGUES, 2015). 
Seguindo a fase de crescimento de cada peixe, é importante que a ração 
possua uma quantidade exata de proteína, energia e componentes de alta 
digestibilidade (diminuindo assim a carência de ração e a quantidade de fezes 
excretado por ele, resultando em melhoria do funcionamento e desempenho físico). 
Isso minimiza a eutrofização do ambiente. Além do mais, fatores como estabilidade 
na água, granulometria e tamanho, são características físicas que a ração deve ter 
(NASCIMENTO & OLIVEIRA, 2010). 
Todos os dias é recomendável que o alimento artificial seja aplicado a uma 
quantidade entre 3 à 5% de biomassa (fracionado em duas refeições), durante um 
período de cinco dias por semana, especificamente. É importante que se estipule um 
17 
 
local e uma hora regularmente, de preferência no período da manhã e final de tarde. 
Ademais, os peixes de viveiro – que são capturados através de rede e/ou tarrafa –, 
normalmente tem a quantidade de alimento calculada por meio de uma biometria 
mensal de amostra, segundo (VIEIRA, 2015). 
Quanto maior houver umidade no local da conservação de rações, maior será 
o risco de contaminação por microrganismos e insetos, acarretando assim uma série 
de problemas causados pela perda das propriedades nutricionais. Isto ocorre em 
detrimento da alta incidência de raios solares que prejudica vários de seus 
componentes. Em vista disso, estocar a ração de maneira adequada é de suma 
importância para mantê-las conservadas com sua qualidade nutricional. O 
procedimento mais recomendável é armazená-las em temperatura ambiente ou, 
ainda, sob sistema de refrigeração (este, por sua vez, garante um período maior de 
preservação) (RIBEIRO et al., 2012). 
Uma análise feita por Ribeiro, et al. (2012), aponta que existem cerca de 13 
ingredientes usados nas formulações de rações comerciais, dentre eles: Farelo de 
soja; farelo de algodão; farinha de peixe; farinha de carne e ossos; farinha de 
sangue (como fontes de proteína); milho; sorgo; farelo de arroz e óleos (como fontes 
energéticas); suplementos minerais e vitamínicos; sal e substâncias antioxidantes. 
Farelada: Os componentes passam por um processo de moído e mistura, 
acarretando tanto problemas ao peixe quanto a qualidade da água do cultivo. Além 
disso, é descomunal a perda de nutrientes que se há, por isso, sua utilização não é 
recomendada (KUBITZA, 2000). 
Peletizada: Apresenta alguns fatores negativos mediante a extrusada, como 
por exemplo, menor digestibilidade, estabilidade, eficiência alimentar e retorno 
econômico. No entanto, esta restringe a ausência de nutrientes na água, podendo 
extinguir alguns compostos tóxicos, minimizar a seleção de alimento pelos peixes e, 
ainda, reduzir o volume no transportee armazenamento da ração. Sua estabilidade 
na superfície assegura sua qualidade, pois dura em torno de aproximadamente 15 
minutos. Atualmente, a ração peletizada tem o 13º custo de produção mais 
transcendente – quando comparada à ração farelada –, porém, para o cultivo em 
cativeiro, ainda sim, é pouco recomendada (devido à baixa flutuabilidade e alto nível 
de desperdício) (KUBITZA, 2000). 
Extrusada: Para a piscicultura, este é o tipo de ração mais indicada. O manejo 
alimentar é feito de forma simples, sem muitas implicações, pois sua estabilidade na 
18 
 
superfície da água dura cerca de cerca de 12 horas seguidas. Este tipo de ração 
concede maior digestibilidade e aproveitamento ao peixe. Isto proporciona melhor 
observação do consumo e permite minimizar as perdas de ração além de ajuste na 
taxa de alimentação. A extrusão é baseada num processo de cozimento em 
temperaturas elevadas, pressão e umidade controlada. Estas são mais utilizadas em 
tanques-rede (KUBITZA, 2000). 
Ração suplementar: É a ração utilizada para a engorda dos animais. Se por 
alguma razão no viveiro houver baixa renovação de água, é possível que de maneira 
eficiente e habitual se utilize rações suplementares (que tem baixo valor nutricional), 
para que a produção seja realizada com sucesso. Na maioria dos casos, estas 
rações não fornecem um balanço exato de aminoácidos essenciais e, ainda, 
expressam níveis menores de proteína – cerca de 22 a 24% no total – além de 
terem maior relação energia/proteína e terem uma parcial suplementação com 
premix vitamínico e mineral (isto é, quanto oferecem suplementação, pois na maioria 
dos casos não oferecem) (KUBITZA, 2000). 
Ração complementar: É utilizada para complementar as exigências básicas 
do organismo do peixe. O êxito no cultivo de tilápias em cativeiro está diretamente 
ligado ao emprego das rações completas. Estas, ainda, devem conter todos os 
nutrientes necessários em quantidades de maneira equilibrada que supram as 
exigências do peixe, resultando no crescimento, saúde e reprodução do mesmo. 
Além do mais, estas rações são extremamente importantes para viveiros que tem 
sua biomassa ultrapassada a 6.000 kg/ha. Sem embargo, são rações que devem ser 
aplicadas em sistemas de produção onde a disponibilidade ou o acesso ao alimento 
natural é limitado (KUBITZA, 2000). 
Visando o desempenho produtivo do peixe, a maioria dos nutricionistas 
destinam-se a substituição de fontes proteicas e energéticas de origem animal do 
peixe, com dedicação e atenção as análises. Esse processo de troca é aplicado, 
principalmente, nas farinhas e óleos, que são prontamente substituídos por fontes de 
origem vegetal. A soja, o girassol, o algodão, etc., (subprodutos do processamento 
de sementes de plantas oleaginosas) também são substituídos; bem como o trigo, o 
arroz, o milho, a mandioca e muitas outras amiláceas. Além do mais, há também um 
aproveitamento de subprodutos industriais, como é o caso dos resíduos de 
cervejaria, leveduras, polpa de frutos e sementes, etc., como aponta (KUBITZA, 
1999). 
19 
 
Para minimizar os custos da ração, muitos estudos têm sido feitos em todo o 
Brasil por vários pesquisadores. Muitos resultados significativos já foram obtidos, no 
entanto, as despesas gastadas com a alimentação ainda são fatores dificultosos 
enfrentados pela piscicultura, inviabilizando, assim, uma melhoria no 
desenvolvimento da cadeia do pescado. Neste ponto de vista, uma das espécies 
que mais se destacam no cultivo é a Oreochromis niloticus – mais conhecida como 
tilápia – justamente por ser portadora de uma proteína de excelente qualidade, 
rentável, de fácil cultivo e representante de um elevado recurso sustentável 
(HALWART et al., 2003). 
Contudo, uma das alternativas para a produção anual, contínua e com 
qualidade, pode ser o uso de sistemas que compatibilize o rendimento do alimento 
natural acessível com rações granuladas suplementares, isso tudo, claro, a um custo 
singular, com volumes suficientes para o mercado tanto interno quanto externo. 
Geralmente, em ambientes naturais, as tilápias equilibram suas dietas e escolhem 
os alimentos que suprem suas exigências nutricionais e preferências alimentares, 
por isso, dificilmente sinais de deficiência nutricional são detectados mediante estas 
condições (KUBITZA, 1999). 
Segundo Kubitza (1999) estudos feitos em Israel (Gur 1997), após uma 
devida observação no crescimento dos peixes, o enriquecimento vitamínico em 
rações aplicadas no cultivo de tilápias (em viveiros que possuem disponibilidade de 
alimentos naturais), não é necessário. Porém, a suplementação vitamínica destas 
rações resulta em melhoria a sobrevivência dos animais. 
Referente ao cultivo em cativeiro, muito se tem estudado a cerca de qual tipo 
de alimentação é mais recomendável. Dessa forma, análises feitas por (BACARIN, 
2002) apontam que a alimentação natural obtém mais vantagens à produção de 
tilápias (principalmente em tanques escavados). 
Viveiros povoados com alevinos machos de tilápia, sexualmente revertidos, 
com peso médio de 13,35 ± 0,59g, na densidade de 1,7 peixes/m2, foram divididos 
em quatro tratamentos: alimento natural, ração peletizada, ração extrusada e ração 
farelada. As rações experimentais de mesma formulação (30% de proteína bruta e 
3.000kcal de energia digestível), foram fornecidas duas vezes ao dia. Nos viveiros 
adubados foi aplicado esterco de galinha poedeira, a cada 20 dias. Os tratamentos 
arraçoados apresentaram os maiores custos com alimentação e mão de obra, sendo 
o tratamento com ração farelada responsável pelo maior valor (R$1,41/kg) e o 
20 
 
tratamento com ração peletizada o menor (R$1,29). Os menores custos com 
alimentação e mão de obra foram obtidos no tratamento alimento natural 
(R$0,57/kg). O uso de ração nos sistemas de criação contribuiu para o aumento dos 
custos operacionais totais (SCHALCH, 2013). 
A partir desta análise feita nos dois primeiros meses de criação, os peixes que 
tiveram um tratamento por meio de alimento natural acabaram apresentando maior 
desempenho produtivo quando comparados aos demais tratamentos. O que significa 
que, por não receber ração neste período de peso médio entre 79,93g, o alimento 
natural teve uma função primordial no crescimento da tilápia, destacando-a em sua 
performance geral. No entanto, conforme uma observação feita pelos autores, nos 
viveiros que eram somente adubados, as tilápias tiveram um percentual de 
crescimento menor comparadas aos outros peixes que foram alimentados com 
ração. Tanto a ração como o adubo orgânico provocaram taxas de crescimento 
semelhantes durante os 28 primeiros dias de criação. Contudo, de acordo com 
BROWN et al. (2000), os alevinos de até 0,11g não precisam ser alimentados com 
ração, por, pelo menos, 75 dias (BACARIN, 2002). 
Portanto, de acordo com, (KUBITZA, 2000), mesmo com a distribuição de 
ração suplementar no cultivo, as tilápias preferiram o consumo de alimentos 
naturais, o que acarretou em torno de 50% a 70% do seu crescimento, isto é, em 
viveiros com baixa renovação de água. Por esta razão, o cultivo em viveiros de baixa 
renovação de água tem menos custo do que em cultivo intensivo de tanques-rede 
e/ou raceways. 
 
 
6 NUTRIÇÃO EM CATIVEIRO 
 
6.1 Históricos de processos em cativeiro 
 
A piscicultura é uma prática adotada para a criação de peixes em cativeiro 
que atualmente reflete de maneira perspicaz no que diz respeito ao contexto mundial 
e histórico. Essa atividade que é utilizada há milhares de anos, principalmente pelos 
antigos egípcios, e hoje em dia resulta em alternativas viáveis que garantem a 
segurança alimentar da população mundial e principalmentedas futuras gerações – 
ao contrário das atividades extrativistas que extraem e retiram recursos naturais com 
21 
 
finalidades lucrativas e substanciais. A piscicultura visa, sobretudo, o favorecimento 
do desenvolvimento sustentável, proporcionando assim o aumento da produção de 
proteína animal e, principalmente, a conservação dos recursos pesqueiros e sua 
biodiversidade (KANASHIRO, 2014). 
Desde a Idade Antiga, muito tempo antes de Cristo (cerca de dois mil anos), 
já se havia a prática da criação em cativeiro de tilápias. O cultivo era feito em 
tanques para o próprio consumo dos povos; mas foi só por volta do século XX que 
essa atividade começou a se desenvolver. Atualmente, a maior potência de 
tilapicultura do mundo é a China, graças a sua forte exploração que vem sendo 
fortificada desde os anos de 1970 (FIGUEIREDO; VALENTE, 2008). 
No Brasil, a tilápia foi inicialmente implementada no Nordeste. Houve uma 
introdução em caráter experimental por meio do Departamento Nacional de Obras 
Contra as Secas (DNOCS) para essa prática se fortificar no mercado. A estratégia 
utilizada foi de efetivar na região do Nordeste um programa de produção de alevinos 
de tilápias, com o principal intuito de ocupar os reservatórios públicos. O Sudeste, 
por sua vez, também teve seu papel significativo nessa implementação. Por meio de 
companhias hidrelétricas, as cidades de São Paulo e Minas Gerais passaram a 
produzir uma quantidade considerável de alevinos para a venda, compartilhamento 
e, sobretudo, povoamento de peixes (FIGUEIREDO; VALENTE, 2008). Contudo, a 
criação racional se desenvolveu somente no Paraná, começando em tanques 
escavados, e, posteriormente, partindo para os tanques-rede na fase seguinte 
(SUSSEL, 2010). 
Mesmo o território brasileiro tendo um potencial hídrico riquíssimo, foi só por 
volta dos anos de 1930 que, de fato, começou-se a praticar experiências com peixes 
para se alcançar as desovas de determinadas espécies originárias. Na década de 
80, os empreendimentos em caráter comercial daquela época tinham poucos 
recursos e conhecimentos técnicos a respeito do manejo, acarretando assim em 
pesquisas limitadas, baixa qualidade genética de alevinos e, principalmente, em 
insuficiência de rações apropriadas que deveriam obedecer às exigências 
nutricionais. No entanto, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas no início, a 
atividade foi se expandindo e tornou-se uma boa geração de renda para o mercado 
tanto interno quanto externo. Hoje em dia a criação de peixes (principalmente de 
tilápias) tem obtido um grande crescimento no que diz respeito à linha mundial 
(NOGUEIRA; RODRIGUES, 2007). 
22 
 
Já no Nordeste, foi só por meados dos anos 1990 que o cultivo comercial 
começou a se estender. Atualmente, há vários estados nordestinos que efetuam a 
tilapicultura, porém os dois polos de produção que mais se destacam são: Bahia 
(com o rio São Francisco) e o Ceará. Em todos o sistema de cultivo mais 
predominante é o tanque-rede (SUSSEL, 2010). 
No que diz respeito ao Rio Grande do Norte, a tilapicultura enfrenta 
dificuldades para se expandir, pois estudos apontam que o teor de fósforo em alguns 
açudes está acima do limite permitido. No entanto, apesar dos entraves, atualmente 
existem projetos que incentivam a tilapicultura no estado, como por exemplo a 
Cartilha Criação de Tilápias em Tanques Escavados, que reforça a atividade como 
uma oportunidade de negócio para produtores rurais e traz informações técnicas 
fundamentais para estruturar tanques escavados em uma propriedade (SEBRAE, 
2014). 
 
6.2 Tipos de sistema 
 
Várias condições podem estabelecer que tipo específico de sistema deve ser 
utilizado no processo de produção/criação do peixe, uma vez que, torna-se difícil 
determinar somente um método que seja inteiramente eficiente. A elaboração 
estrutural vai depender diretamente da espécie a ser cultivada, do clima e 
principalmente da quantidade de água disponível. No caso da tilápia, as criações 
em lagoas, açudes e represas são as que mais tem se destacado. Essa espécie 
oriunda do Egito se adaptou muito bem às águas brasileiras; podem ser facilmente 
alimentadas e são resistentes a doenças, além de serem muito boas reprodutoras. 
Se tratando de cultivo, a tilápia tolera bem as variações de temperatura e água com 
pouco oxigênio dissolvido. Criadas sozinhas no tanque, podem alcançar 
produtividade de cinco toneladas por hectare ao ano. O sistema mais utilizado é o 
chamado de bifásico. Como o próprio nome já diz, este se refere a duas fases que 
são ocorridas ali no cultivo. A primeira, por sua vez, é chamada de pré-engorda, 
onde as tilápias estão na fase de alevinos, com peso médio de 1,0 grama e 
estocadas por cerca de 60 dias nos tanques-rede de alevinagem até obterem o peso 
que varia normalmente entre 20 e 30 gramas. Após atingirem então o peso 
almejado, estas são repassadas a segunda fase nos tanques-rede de engorda, 
permanecendo ali por cerca de 120 dias até totalizar o peso comercial que varia 
23 
 
entre 600 a 850 gramas. O ciclo total de engorda da tilápia acontece em mais ou 
menos 180 dias (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2007). 
Outro sistema muito comum e aplicado é o trifásico, tendo como única 
diferença quanto ao sistema anterior, sua fase de pré-engorda que é dividida em 
duas. Os alevinos de 1,0 grama de peso médio devem ser estocados em tanques-
rede com malha de 5 mm, necessitando ficar ali, no mínimo, 21 dias para só então 
totalizar um peso médio de 10 gramas. Depois desta etapa, o lote de alevinos deve 
passar por jejum de 24 horas e, posteriormente, ser transferido para tanque-rede, 
com malha de 8 mm. O tempo estimado de permanência no tanque de 8 mm é de 30 
a 40 dias, podendo prontamente ser iniciada a retirada dos juvenis (somente aqueles 
acima de 20g) para a estocagem nas gaiolas de engorda, classificando-os em 
pequenos, médios e grandes. Os demais podem voltar normalmente para um 
tanque-rede com malha de 8 mm, que esteja devidamente higienizado, para então 
alcançar o peso adequado no início da fase de engorda, que dependendo da 
exigência de padronização dos exemplares por parte dos compradores, pode ser 
dividida em duas ou mais etapas de cultivo, permitindo uma melhor classificação por 
tamanho (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2007). 
 
6.3 Viveiros escavados x tanques-rede 
 
Nos tanques de terra existem alguns complicadores no que diz respeito à 
estratégia alimentar. Há produtores que ultrapassam as taxas de alimentação por 
causa da baixa estocagem (em detrimento da relação de densidade do plâncton e 
biomassa), não permitindo, assim, maior aproveitamento do alimento natural no 
cativeiro. Já outros produtores utilizam densidades elevadas e acabam investindo 
em aeração, dispondo da renovação de água, entretando, usam rações baratas de 
baixa densidade nutricional que acabam resultando em pior conversão alimentar, 
menores taxas de crescimento e maior acúmulo de gordura visceral. Se tratando dos 
tanques de terra, muitos tilapicultores tem dificuldade em determinar e conservar 
uma densidade de plâncton adequada e elaborar um manejo nutricional/alimentar 
eficaz. Na maioria das vezes os peixes são alimentados em excesso e findam em 
inatividade, prejudicando assim o aproveitamento do alimento natural. Sem 
embargo, nos cultivos de tilápia em tanques-rede o manejo nutricional é um pouco 
mais uniforme, pois não há muita margem para experimentações. Todavia, nenhum 
24 
 
desses fatores impedem que cada produtor busque e experimente estratégias de 
alimentação que melhor sirvam às características do seu empreendimento, sem, 
obviamente, comprometer o progresso dos peixes (KUBITZA, 2006).No que se refere ao cultivo de peixes em tanques-rede, podemos ressaltar 
algumas vantagens: O controle e monitoramento dos peixes se torna mais fácil, 
acessível; a utilização de ambientes de grandes lagos e barragens torna-se mais 
apropriada, em decorrência aos processos de erosão e assoreamento de rios e 
lagos que são causados pela movimentações de terras e desmatamento; há maior 
aproveitamento do cultivo; há maior monitoramento contra predadores; melhor 
controle no processo de despesca; a produção tende a ter maior capacidade de 
expansão graças à facilidade; a montagem da infra-estrutura acaba sendo mais 
rápida e descomplicada; há um menor custo de implantação quanto aos sistemas de 
cultivo intensivo em viveiros escavados e raceway. Porém, como todo cultivo, há 
também suas desvantagens como: A ração é o único alimento que pode ser 
fornecido; há menor possibilidade de correção dos parâmetros químicos e físicos da 
água (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2007). 
 
6.4 Cultivo em sistemas de bioflocos 
 
As práticas de manejo adequadas resultam numa melhoria significativa na 
produtividade do peixe. Mas além disso, fatores externos também devem ser 
levados em consideração, como por exemplo, precauções para a atividade aquícola 
não se tornar uma fonte de impacto ao meio ambiente. Por este motivo, a 
implantação de sistemas de produção sustentável tem se destacado, pois além de 
ressaltar os sistemas de cultivos fechados, também minimiza os possíveis danos 
ambientais (COLT et al., 2006). Sendo assim, um dos sistemas que mais tem se 
destacado ultimamente por ser considerado como uma técnica mais sustentável, 
mediante aos outros, é o bioflocos – pois não há trocas de água – de acordo com 
(AVNIMELECH, 2007; AZIM; LITTLE, 2008; CRAB et al., 2009). 
O principal intuito dessa técnica de bioflocos é precisamente estimular o 
crescimento de bactérias heterotróficas por meio de uma reciclagem de nutrientes 
através de uma alta ligação carbono/nitrogênio na água, em detrimento da 
conversão da amônia em biomassa microbiana, a qual suplementa a alimentação 
dos vários dos organismos cultivados. (AVNIMELECH, 1999; 2007). 
25 
 
Bioflocos são partículas orgânicas em suspensão na água ou aderidas às 
paredes dos tanques de produção. Estas partículas englobam material orgânico 
parti-culado, sobre o qual se desenvolvem microalgas, organismos microscópicos 
diversos (protozoários, rotíferos, fungos, oligoquetos), dentre outros 
microorganismos, em especial uma grande diversidade de bactérias heterotróficas. 
A criação de peixes em sistemas com bioflocos é uma derivação dos sistemas com 
recirculação de água, na qual não se utiliza filtros mecânicos, nem filtros bio-lógicos 
convencionais. Os resíduos orgânicos gerados na produção (as fezes, o muco dos 
peixes e as sobras de ração) são desintegrados e mantidos em suspensão dentro 
dos próprios tanques, servindo como substrato ao desenvolvimento das bactérias 
heterotróficas. Estas bactérias se encarregam da depuração da qualidade da água, 
utilizando compostos nitrogenados potencialmente tóxicos aos peixes (como a 
amônia, o nitrito e o nitrato) para a síntese de proteína e biomassa microbiana, que 
enriquecem os bioflocos (KUBITZA, 2011). 
De acordo com AVNIMELECH 2007, os estudos majoritariamente devem ser 
lançados numa análise de funções dos flocos microbianos pelos organismos 
cultivados, resultando assim em sistemas que são fundamentados na tecnologia 
adequada em manutenção da qualidade de água no bioflocos. Ele ainda afirma que 
as tilápias são excelentes no que diz respeito a adaptação a este tipo de sistema, 
pois sua capacidade de se alimentar por filtração garante um melhor absorvimento 
mediante a suspensão da água. Além do mais, por serem peixes robustos e de 
crescimento acelerado, são propícias a métodos adensados. Alguns sistemas de 
produção intensivos na produção de tilápias, principalmente os que utilizam a 
tecnologia de bioflocos, tem tido como finalidade optar por opções mais sustentáveis 
(MILSTEIN et al., 2001). 
O sistema de bioflocos apresenta diversas vantagens, como por exemplo, a 
produção de proteína microbiana de ótima qualidade na unidade de cultivo, que é, 
sem dúvidas, um alimento suplementar excelente para os organismos ali cultivados. 
Por esta razão, essa tecnologia possibilita que a qualidade da água esteja 
totalmente adequada para o desenvolvimento dos peixes, tornando-se assim uma 
boa alternativa de cultivo. (AVNIMELECH, 1999; BURFORD et al., 2004; 
AVNIMELECH, 2006; EBELING et al., 2006; WASIELESKY et al., 2006; 
AVNIMELECH, 2007; DE SCHRYVER et al., 2008) 
 
26 
 
6.5 Nutrientes 
 
Os alimentos que são fornecidos no cativeiro devem ter as quantidades de 
nutrientes necessárias para garantir os processos metabólicos e fisiológicos do 
peixe, proporcionando um desenvolvimento progressivo na saúde e em seu 
crescimento. Muitos fatores contribuem para saber a quantidade exata de ração que 
deve ser aplicada em um tanque, dentre eles: taxa de renovação da água, exigência 
da espécie, densidade de estocagem e biomassa final. Para evitar a mortalidade, é 
necessário respeitar os limites de arraçoamentos (KUBITZA, 2004). Dependendo da 
espécie a ser cultivada e suas particularidades, um peixe pode necessitar em torno 
de 44 nutrientes indispensáveis – que incluem água, aminoácidos essenciais, 
energia, ácidos graxos essenciais, vitaminas, minerais, carotenoides, entre outros 
(KUBITZA, 1999). 
 
7 EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS 
 
7.1 Aspectos históricos do desenvolvimento da piscicultura 
 
A ciência que envolve a nutrição de peixes obteve um grande avanço por 
volta dos anos 1960 com a chegada de algumas fazendas no país. No Nordeste, 
essa atenção voltada para a nutrição foi só por meados da década de 70, quando o 
Departamento Nacional de Obras Contras as Secas iniciou um programa de 
pesquisa tendo em vista alguns pontos importantes como: O levantamento quali-
quantitativo de ingredientes para rações produzidos na região; a elaboração de 
rações balanceadas, peletizadas ou não; testes com diversos ingredientes (tortas, 
farelos, grãos e outros produtos e subprodutos agrícolas e da agroindústria) usados 
como ração suplementar para peixes criados em tanques e viveiros, interessando 
conversão alimentar e crescimento, quase sempre; e testes com rações 
balanceadas em cultivos de peixes em gaiolas, tanques e viveiros. Ao pesquisar 
mais afundo a respeito dos alimentos utilizados para peixes no Rio Grande do Norte, 
é possível encontrar registros em artigos científicos que tratam com precisão o 
assunto, como é o caso de Magalhães et al. (1990) que é bastante conhecido por 
abordar a alimentação de peixes como o Serrasalmus brandtii do rio Piranhas/Açu. 
Também existem outros artigos recorrentes que abordam bastante esse assunto, 
27 
 
como é o caso de Gurgel et al. (1991), o qual os autores fazem uma observação 
mais fundamentava com informações qualitativas e quantitativas sobre os alimentos 
ingeridos do Arius luniscutis do rio Potengi/Natal. 
As exigências nutricionais dos peixes sujeitam-se a diversos fatores 
contribuintes. Alguns se destacam pela sua eficiência, mas dependendo da situação, 
podem variar de acordo ao meio em que vivem, principalmente as condições 
ambientais. Essas e outras condições nutricionais dependem propriamente da 
espécie, do sistema de cultivo a ser utilizado e da sua fase de desenvolvimento. Em 
tanques-rede, por exemplo, como os peixes são sujeitados a uma maior pressão de 
produção e estresse, a disponibilidade de alimento acaba sendo restringida. Por 
isso, é recomendável que as rações sejam mais concentradas em proteínas (cerca 
de 32 a maisou menos 40%) e que também recebam energia digestível e um 
enriquecimento mineral/vitamínico superior (JORGE, 2013). 
Assim como os outros peixes, as tilápias também precisam de vários 
nutrientes para que seu crescimento, sua reprodução e saúde sejam aprimorados. 
Dentre eles podemos destacar alguns como: Aminoácidos (extremamente 
importantes para a formação e regeneração dos tecidos e proteínas); energia 
(excelente para manutenção do metabolismo básico e, consequentemente, obter um 
bom crescimento); ácidos graxos (componentes fundamentais das membranas 
celulares além de fonte energética); minerais (importantes para a formação de ossos 
e dentes; e por fim as vitaminas (ativadores enzimáticos em diferentes processos 
metabólicos) (KUBITZA, 1999). 
 
7.2 Cultivo sem exigências nutricionais x cultivo com exigências 
nutricionais 
 
Alguns fatores acarretam no pouco desenvolvimento da piscicultura, como por 
exemplo, a incompetência na verificação e diagnóstico de sinais específicos dos 
problemas nutricionais apresentados e, igualmente, a carência de preparo técnico 
para o correto manejo alimentar das fazendas de criação de peixes. Por esta razão, 
é incorreto afirmar que os alimentos baratos limitam o custo de produção e fazem 
progredir a receita líquida por área de cultivo (ROUBACH et al., 2002). 
É importante ressaltar que, no ambiente o qual as tilápias são cultivadas, os 
patógenos e parasitos coexistem entre elas. Tanto doenças quanto esses 
28 
 
organismos variados podem ser prontamente identificados no cultivo, se, por 
ventura, não houver as exigências necessárias para a saúde do peixe. Tanto o 
manuseio rústico, quanto a manutenção desapropriada de qualidade da água, 
densidades de estocagem imoderada, etc., são resultados gerados pela má nutrição 
e outros determinantes que ampliam a incidência de problemas com doenças 
diversificadas (KUBITZA, 2000). 
Sendo assim, o cultivo que adota uma avaliação nutricional sistemática, tende 
a obter maior controle do valor nutritivo dos alimentos e das necessidades 
nutricionais do peixe – em função do sistema intensivo de cultivo, procurando nutrir 
os peixes de forma que suportem o rápido crescimento e o estresse a que estão 
constantemente expostos, minimizando, assim, as possíveis perdas – obtendo maior 
produtividade (KUBITZA, 2000). 
Para satisfazer às requisições nutricionais dos peixes em todas as suas fases 
de desenvolvimento (alevinagem, crescimento e engorda), a ração deve ser 
completa no que diz respeito ao sistema de produção e nível de manejo aplicado 
pelo criador. Portanto, consideramos que a biodisponibilidade de nutrientes – que 
progride a integração dos peixes – é expandida através do ajuste específico de 
exigências nutricionais e, também, o emprego de técnicas avançadas de cocção e 
expansão na fabricação das rações (KIANG, 1998). 
 
7.3 Requisições nutricionais 
 
As requisições nutricionais dos animais são semelhantes aos dos animais 
terrestres. Ambos carecem de proteína/aminoácidos, ácidos graxos, minerais, 
vitaminas e fontes energéticas. Mas, no caso dos peixes, independentemente de 
como esses nutrientes serão aplicados (seja por meio de rações especializadas ou 
de organismos aquáticos) eles podem variar segundo o sistema e as condições de 
cultivo (ROUBACH et al., 2002). 
De acordo com Santos et al., (2013), segundo as características anatômicas e 
morfológicas do sistema digestório, e, principalmente, dos hábitos e 
comportamentos alimentares do peixe, é possível verificar as exigências nutricionais 
necessárias. A frequência de arraçoamento tem que estar devidamente propícia, 
pois é a partir daí que se pode determinar o melhor desempenho produtivo. O 
sistema mais adequado para uma produção anual constante de tilápias com 
29 
 
qualidade é o que compatibiliza o aproveitamento do alimento natural acessível com 
rações granuladas suplementares. Assim, com um custo singular, essa opção pode 
resultar em volumes satisfatórios para o mercado interno e externo. 
A aplicação de alimentos apropriados, em dosagem e em aptidão, é essencial 
para o êxito da piscicultura. Para os peixes, sendo comparados às demais espécies 
de animais, o negócio torna-se ainda mais caro pois as exigências de nutrientes 
como a proteína, por exemplo, necessita de um fornecimento de ração com altos 
teores protéicos (SANTOS et al., 2013). 
Segundo Cyrino et al., 2002, as exigências em aminoácidos essenciais pelos 
peixes como a arginina, histidina, isoleucina, leucina, metionina, fenilanina, treonina, 
triptofano e valina, são similares a dos demais animais. No entanto, a falta desses 
aminoácidos fundamentais na dieta dos peixes acaba provocando uma série de 
problemas, como a redução na eficiência do uso de proteína, retardamento no 
crescimento, diminuição do ganho de peso e eficiência alimentar, redução da 
resistência a doenças pelo comprometimento dos mecanismos de resposta 
imunológica, entre outros. 
Geralmente, a maioria das rações empregadas contém um alto teor de 
proteína, aumentando então a atuação de fontes proteicas que concedem a maior 
parcela do custo da ração (FURUYA et al., 2000). 
De acordo com Teixeira et al. (2004), o melhor seria que as dietas fossem 
formuladas mediante uma certa proporcionalidade entre a taxa de fonte de proteína 
e aminoácidos, resultado assim no balanço com porcentagem mínima. No entanto, é 
necessário analisar a fase a ser alimentada. 
Os carboidratos e gorduras são bem empregados pela tilápia, o que significa 
ser possível economizar a proteína das rações para o proveito no crescimento. 
Conhecer a energia digestível dos alimentos é fundamental na formulação de rações 
suplementares e completas. O balanço entre a energia digestível e a proteína nas 
rações é importante para maximizar a eficiência alimentar e o crescimento dos 
peixes (KUBITZA, 2011). 
Uma vez criadas em viveiros e alimentando-se de alimentos naturais, 
habitualmente, as tilápias conseguem absorver uma boa parcela de vitaminas e 
minerais que suprem suas necessidades. Todavia, após haver uma intensificação de 
nutrientes no cultivo, consequentemente se há um aumento de vitaminas e minerais 
30 
 
nas rações, acarretando bom rendimento. Isso ocorre principalmente em tanques-
rede e raceway (OLIVEIRA, 2007). 
Como o alimento natural nos sistemas de cultivo é restringido, é importante 
que as exigências nutricionais sejam totalmente compensadas. A tilápia, por sua 
vez, expressa maior necessidade de vitaminas, riboflavina, ácido pantotênico, ácido 
ascórbico e vitamina E (CYRINO et al., 2004). 
 
8 MANEJO ALIMENTAR 
 
8.1 Produtividade e rentabilidade 
 
Pode-se afirmar que o manejo alimentar deve ser desenvolvido mediante uma 
análise dos hábitos naturais do peixe, seu sistema a ser cultivado, sua 
produtividade, as condições climáticas do ambiente, o manuseio da comida, etc. É 
de fundamental importância que o manejo possa contribuir com o melhoramento da 
conversão alimentar e a apropriação dos nutrientes do peixe, pois, isso faz com que 
haja uma redução de desperdício da ração e, ainda, diminuição de impactos 
desfavoráveis das sobras deste alimento na qualidade da água (RABE E BROWN 
2000; FURUYA, 2001; DIAS-KOBERSTEIN et al., 2004; LUIZ E PORTELLA 2005 e 
LARA, 2006). Tanto a reprodução, sobrevivência, saúde e crescimento do peixe são 
determinados a partir das condições de qualidade da água, podendo interferir ou não 
no êxito do sistema de cultivo (SCHIMITTOU, 1993; KUBITZA, 1998). Os critérios a 
serem adotados para se obter uma boa qualidade da água vão definir diretamente 
os níveis de nutrientes, turbidez, oscilação da biomassa de organismos bentônicos,do pH e redução da concentração de oxigênio dissolvido na água (CORNEL; 
WHORISKEY, 1993). 
A alimentação instintiva contribui positivamente ao manejo alimentar, de 
acordo com Oliveira (2007). O desempenho produtivo depende da taxa de 
arraçoamento, bem como a regularidade e o horário de suprimento a dieta. 
A expansão da produtividade em um contexto mais amplo – como, por 
exemplo, o melhoramento da eficiência alimentar, maior uniformidade do lote, 
diminuição de resíduos e melhor capacitação da mão de obra, são, sem dúvidas, 
finalidades da automatização do manejo alimentar (OLIVEIRA, 2010). 
31 
 
Existem algumas técnicas que devem ser usadas para que o manuseamento 
seja feito com eficiência. A ração, por exemplo, pode ser fornecida em altas 
frequências com a utilização de alimentadores automáticos. Isso permite um maior 
rendimento aos peixes, fornecendo assim menores quantidades de comida mais 
vezes ao dia e/ou noite (SOUSA et al., 2012). 
O fracionamento da porção diária de ração ofertada ao peixe acarreta 
diretamente na eficácia alimentar (RODEHUTSCORD et al. 2000). A constância de 
alimentos oferecidos em horários definidos pode estimular o peixe a continuamente 
procurar suas refeições nos períodos pré-determinados. Isso contribui para o 
progresso da conversão alimentar e do crescimento do peixe (CARNEIRO; MIKOS 
2005). 
Verifica-se que o conseguimento de alimentos que atendam os requerimentos 
nutricionais essenciais do peixe resulta na alta produtividade e rentabilidade 
(CASTRO, SOUZA; BARROS, 2002). O peixe que mais consome e alcança a 
máxima capacidade, é o mesmo peixe que mais cresce e se desenvolve, no entanto, 
como consequência, leva uma insatisfatória conversão alimentar. Em contrapartida, 
os peixes acabam ficando maiores e o consumo de ração se torna considerável 
(exemplo disso são as tilápias acima de 150g a 200g). Por estes fins, é importante 
que o produtor priorize a conversão alimentar em detrimento do crescimento, 
restringindo a alimentação dos peixes a, no máximo, 80/90% de consumo 
(KUBITZA, 2006). 
Segundo Tachibana e Castagnoli (2003), é fundamental que haja o 
reconhecimento de requerimentos nutricionais no cultivo de todo e qualquer 
organismo aquático. Contudo, a um baixo custo, as tilápias podem ser prontamente 
produzidas. Porém, é importante adotar estratégias minimamente apropriadas ao 
manejo nutricional, alimentando elas nas várias fases do cultivo, e, sobretudo, 
averiguando seu progresso no aproveitamento de alimentos naturais, assim como 
cita Santos et al. (2013). 
 
 
8.2 Disponibilidade da ração 
 
É importante ressaltar que a quantidade de ração a ser oferecida ao peixe 
deve ser de acordo com sua idade, espécie, temperatura da água, teor de oxigênio, 
32 
 
fase de crescimento e, ainda, condição da saúde do peixe. O recomendável é que a 
ração seja ofertada com intervalos de, aproximadamente, 7 a 14 dias, porém, 
mesmo assim, este processo pode estressar os peixes, resultando em menos 
consumo pelos mesmos. Ademais, é fundamental que o alimento seja partilhado 
com mais ou menos a mesma quantidade por todo o cultivo. Na fase inicial de 
desenvolvimento, recomenda-se o uso de uma ração moída, em razão do tamanho 
da boca do peixe. Existem algumas maneiras de quantificar a ração oferecida aos 
animais que são previamentes baseadas pela biomassa. Isto se dá pelo número 
considerado de peixes que habitam no tanque multiplicado pelo seu peso médio, 
processo feito por meio de avaliações períodicas (RIBEIRO et al., 2012). 
Um dos fatores essenciais para determinar o nível de proteína e dos grânulos 
da ração do peixe é a sua idade. A necessidade de proteína é maior em sua fase 
inicial, no entando, o tamanho da ração deve ser menor, pois esta deve ser 
apropriada ao tamanho da boca do peixe, assegurando, desta forma, uma melhoria 
na ingestão do alimento sem nenhum desperdício (LIMA et al., 2013). 
É importante ressaltar alguns fatores importantíssimos na fase de vida dos 
peixes. A quantidade de vezes que eles serão alimentados depende da temperatura 
do ambiente, da espécie a ser cultivada, do tamanho atingido, da qualidade da água 
do tanque e, principalmente, da sua idade. Primeiramente, não é indicado alimentar 
os alevinos com ração durante o período em que nadam em cardume. Isto ocorre 
pelo simples fato deles não verem e perceberem o alimento presente na água, 
acarretando assim um desperdício considerável da ração, bem como poluição no 
tanque. Entretanto, depois que se passa um período de tempo onde eles chegam a 
alcançar em torno de 7 cm, os peixes passam a ter essa detecção na água, 
começando então a procurar por presas individuais. Somente neste momento que é 
recomendável o início do treinamento alimentar. No entanto, isto deve ser feito com 
cuidado, pois a ração deve ser hidratada para somente depois ser fornecida. Este 
processo é feito por meio do escorrimento do excesso de água do zooplâncton vivo, 
misturando em seguida com a ração. No início do processo, a mistura deve conter 
50% de zooplâncton e 50% de ração, e a quantidade de plâncton deve ser, 
gradualmente, reduzida. Todo esse procedimento deve ser feito com análise 
contínua da reação dos peixes, ofertando sempre dosagens gradativamente 
maiores. Alguns peixes demoram mais a aceitar a ração, por isso, os tratos devem 
ser intercalados com zooplâncton puro, pelo menos durante os primeiros dias. A 
33 
 
primeira alimentação do dia deve ser com a mistura (já que a fome estimula o 
consumo) e deve ser oferecida a cada duas horas. E assim, sucessivamente, após 
10 dias os peixes já terão atingido 9 cm e comerão, exclusivamente, ração. 
(RIBEIRO et al., 2012). 
Após o treinamento, os alevinos de 8 a 10 cm devem ser tratados 4 a 5 vezes 
por dia e chegam a consumir 5% a 6% do seu peso. Quando atingem os 10 cm, 
estão aptos para entrar na engorda. Peixes de 10 cm consomem pellets de 1 mm e 
a transição para pellets de 2 mm pode ser feita com peixes acima de 12 cm 
(HALVERSON, 2013). 
A ração pode ser oferecida através de duas maneiras: tanto manualmente 
quanto pela utilização de comedouros. O primeiro, por sua vez, permite que todo o 
processo seja visto no tanque, podendo se fazer um diagnóstico ali mesmo de 
possíveis problemas na saúde do peixe. No entanto, se a demanda for grande, este 
requisita maior trabalho quando comparado ao outro sistema. A alimentação em 
comedouros é diferenciada, sendo capaz de ser em cochos ou mecanizada. A em 
cochos é mais utilizada em sistemas tradicionais, no fornecimento de ração farelada. 
Já a mecanizada lança o alimento por meio de um equipamento acoplado a um 
trator. Essa técnica limita o contato entre o tratador e os peixes, todavia, acaba 
fornecendo uma alimentação mais rápida e eficaz em territórios maiores. Também 
existem os comedouros automáticos que distribuem a ração ocasionalmente no 
tanque, porém, do mesmo modo, estes limitam o acesso à pessoa responsável por 
tratar, mas já estão disponíveis no mercado para a avaliação de custo/benefício 
(RIBEIRO et al., 2012). 
 
8.3 Cuidados importantes que se deve ter durante o manejo 
 
8.3.1 Comportamento anormal do peixe 
 
Um peixe saudável é ativo e nada com perspicácia, se alimentando 
corretamente, e, principalmente, respondendo aos estímulos externos. Em razão 
disto, (BARBOSA, MOURA; SANTOS, 2010) cita que as anormalidades do cultivo só 
serão detectadas por meio de uma ponderada análise na conduta do peixe – tendo 
em vista que alguns fatores indicam sua irregularidade, como mudanças na 
atividade natatória, por exemplo –. Portanto, medidas devem ser tomadas para a 
34 
 
melhoria da saúde do peixe, se possível,consultando efetivamente um 
especialista/técnico. 
 
8.3.2 Consumo da ração 
 
Ainda de acordo com Barbosa et al. (2010), se os peixes estão com 
problemas ou o cálculo de arraçoamento superestimado, pode ser resultado das 
sobras de ração. Por isso, é importante alcançar um ponto em que o consumo seja 
total, diminuindo progressivamente a quantidade de ração a ser ofertada. 
 
8.3.3 Aspecto externo do cardume 
 
É necessário fazer uma constante análise acerca da fisionomia do peixe, 
verificando se o mesmo apresenta deformidades ou necroses na estrutura física, 
como diz Barbosa et al. (2010). Esse processo é primordial, pois destaca o 
aparecimento de doenças no cardume, e, desde já, viabiliza uma possível consulta 
ao especialista. 
 
8.3.4 Monitoramento da mortalidade 
 
A cada biometria, esse procedimento possibilita um ajuste na porção da 
ração, facilitando assim o cálculo da taxa de sobrevivência. Por esta razão, segundo 
(KUBITZA, 1999), se no cultivo houver uma nutrição satisfatória e um bom manejo 
alimentar, esses fatores podem acarretar em bons resultados, como por exemplo: 
Rendimento e crescimento dos peixes; aumento do nível de safras anuais; eficácia 
alimentar do peixe com melhoria, resultando em um custo de produção mais baixo; 
diminuição do impacto causado por poluentes da piscicultura intensiva, aumentando 
assim o progresso na produção por área; boa saúde e mais tolerância a doenças e 
parasitoses; condescendência do peixe ao processo de manuseio/transporte vivo; 
desempenho produtivo maior, e, semelhantemente, a qualidade das pós-larvas e 
alevinos; otimização e maximização da produção as receitas da piscicultura, etc. 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
9 CONCLUSÃO 
 
 
Concluímos que, de um modo geral, a tilápia expressa maior necessidade de 
vitamina, riboflavina, ácido pantotênico e ácido ascórbico. A comida natural tem mais 
vantagens do que a artificial, porém, o uso da ração também é eficiente quando esta 
é concentrada em proteínas que recebem energia digestível e tem um 
enriquecimento mineral e vitamínico muito bom. Assim, a um baixo custo, as tilápias 
podem ser prontamente produzidas. Porém, é importante adotar estratégias 
apropriadas ao manejo nutricional, alimentando-as corretamente nas várias fases do 
cultivo, e, sobretudo, averiguando seu progresso no aproveitamento dos alimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
AFONSO. P. 1999. NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE TILÁPIAS - PARTE 1. 
Panorama da Aquicultura. 43 p. 
ANDRADE, Caniggia Lacerda et al. Nutrição e alimentação de Tilápias do 
Nilo. Nutritime: Revista Eletrônica, Viçosa, v. 12, n. 6, p.4464-4469, nov./dez. 
2015. 
BARBOSA, Ana Célia Araújo; MOURA, Ezequias Viana de; SANTOS, Rafson 
Varela dos. Cultivo de tilápias em gaiolas. Emparn: Circuito de Tecnologias 
Adaptadas para a Agricultura Familiar, Natal, v. 17, n. 7, p.7-33, 2010. 
BEZERRA, A. de F. ANÁLISE FINANCEIRA DO CULTIVO DE TILÁPIAS EM 
TANQUE-REDE – UMA CONTRIBUIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E 
ECONÔMICO DO RN. Curso de Administração. Faculdade Natalense para o 
Desenvolvimento do RN. Monografia. 2004. 65 p. 
BORGES, A. PISCICULTURA INTENSIVA EM TANQUES-REDE RESULTA 
EM ALTA PRODUTIVIDADE. Portal Catalão. Disponível em: 
<http://www.portalcatalao.com.br/portal/noticias/natureza/piscicultura-intensiva-em-
tanquesrede-resulta-em-alta-produtividade,MTIwNjU.html>. Acesso 19 jun. 2016. 
CALDAS, Marta Emilia Moreno do Rosário. Criação racional de peixes. 
Disponível em: <http://www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo14.htm>. Acesso em: 
25 jun. 2016. 
COSTA. L. S.; RIBEIRO. P. A. P.; ROSA. P. V. MANEJO ALIMENTAR EM 
PISCICULTURA CONVENCIONAL. Revista Eletrônica Nutritime. Disponível em: 
<http://www.nutritime.com.br>. Acesso 19 jun. 2016. 
COSTA SAMPAIO, JOAQUIM MOURA. CULTIVO DE TILÁPIA EM 
TANQUES-REDE NA BARRAGEM DO RIBEIRÃO SALOMÉA FLORESTA AZUL – 
BAHIA. 2005. 55 p. Dissertação (Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio 
Ambiente) - Universidade Estadual de Santa Cruz,Ilhéus, 2005. Disponível em: 
<http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/mdrma/teses/dissertacao_joaq
uim_sampaio.pdf>. Acesso em: 21 out. 2016. 
CYRINO, J.E.P.; CONTE, L.; CASTAGNOLLI, M.C. et al. Mini-curso: criação 
de peixes em tanques-rede. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA. 12. 
São Paulo: ABRAq. 60p. 2002. 
CYRINO, J.E.P.; URBINATI, E.C.; FRACALOSSI, D.M. et al. Tópicos 
especiais em piscicultura de água doce tropical intensiva. São Paulo: TecArt, 
2004, 250p. 
38 
 
 
FURUYA , W.M.; HAYASHI, C.; FURUYA, V.R. et al. Exigencia de proteína 
para alevinos revertidos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Revista 
Brasileira de Zootecnia. V. 29, n.6, p. 1912-1917, 2000. 
GURGEL, H. C. B.; BARBIERI, G.; PEREIRA, J. A. & MARINS, M. A. 1991. 
Análise quantitativa e qualitativa da nutrição de Arius luniscutis Cuvier & 
Valencienes, 1840 (Siluriformes, Ariidae) do estuário do rio Potengi, Natal/RN. An. 
Sem. Reg. Ecol. 6:169-182. 
HALWART, M.; FUNGE-SMITH, S.; AND MOEHL, J. 2003. The role of 
aquaculture in rural development. Review of the State of World Aquaculture, FAO 
Fisheries Circular nº. 886 (Revision 2), 47-58 p.SIPAUBA-TAVARES. 
KIANG, M. Principles of aquaculture feed production by cooking extrusion. In: 
INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON ANIMAL AND AQUACULTURE FEEDSTUFFS 
BY EXTRUSION TECHNOLOGY, 1., Águas de Lindóia, 1998. Proceedings. 
Campinas: UNICAMP, p.16. 1998. 
KUBITZA, F. BRASIL E PARAGUAI GANHARÃO MUITO COM O CULTIVO 
DE TILÁPIAS NO LAGO DE ITAIPU. Panorama da Aquicultura. Disponível em: 
<http://www.panoramadaaquicultura.com.br/novosite/?p=2316> Acesso 22 jun. 2016. 
KUBITZA, F. Qualidade da água, planejamento da produção, manejo 
nutricional e alimentar, sanidade em piscicultura. Jundiaí: F. Kubitza, 2004. 22p. 
KUBITZA, Fernando. Nutrição e Alimentação de Tilápias - Parte 1. Panorama 
da Aquicultura, v. 9, n. 52, p.42-53, mar./abr. 1999. 
KUBITZA, Fernando; KUBITZA, Ludmilla M. M.. Tilápias. Panorama da 
Aquicultura, Jundiaí, v. 10, n. 60, p.31-53, jul./ago. 2000. 
KUBITZA. F. 2007. AJUSTES NA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DAS 
TILAPIAS. Acqua Imagem Serviços Ltda. 15 p. 
KUBTIZA, Fernando. Nutrição e Alimentação de Tilápias - Parte 2 - Final. 
Panorama da Aquicultura, v. 9, n. 53, p.41-49, mai./jul. 1999. 
LIMA, H.F.F.; FERNANDES, R.T.V.; COSTA, M.K.O. SILVA, S.L.G.; 
MARINHO, J.B.M. VASCONCELOS, N.A.B.; ARRUDA, A.M.V. Farelo de girassol na 
alimentação de aves label rouge em crescimento no ambiente equatorial. Acta 
Veterinaria Brasilica, v.7, n.1 p.56-60, 2013. 
MAGALHÃES, E. M.; ALMEIDA, R. G.; GURGEL, H. C. B. & BARBIERI, G. 
1990. Contribuição ao estudo da alimentação de Serraasalmus brandtii Reinhardt, 
1874 (Characidae, Serrasalmidae) do rio Piranhas-Açu, Pendências, Rio Grande do 
Norte. Revista Ceres 37 (213): 429-442. 
39 
 
MILSTEIN, A.; AVNIMELECH, Y.; ZORAN, M.; JOSEPH, D. Growth 
performance of hybrid bass and hybrid tilapia in conventional and active suspension 
intensive ponds. The Israeli Journal of Aquaculture, v. 53, p. 147-157, 2001. 
NASCIMENTO, Flávio Lima; OLIVEIRA, Márcia Divina de. Noções básicas 
sobre piscicultura e cultivo em tanques-rede no Pantanal. 2010. Disponível em: 
<http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/CAR03.pdf>. Acesso em: 2 dez. 
2016. 
OLIVEIRA FILHO, P. R. C.; FÁVARO-TRINDADE, C. S.; TRINDADE, M. A.; 
BALIEIRO, J. C. C.; VIEGAS, E. M. M. Quality of sausage elaborated using minced 
Nile Tilapia submmitted to cold storage.Scientia Agricola, v. 67, n. 2, p.183-190, 
2010. 
PEZZATO, L.E. BARROS, M.M. Nutrição de peixes no Brasil. In: Palestra I 
Simpósio de Nutrição e Saúde de Peixes, Unesp Botucatu, SP. Anais... Botucatu: 
Aquanutri, Cd-rom. 2005. 
Roubach, R.; Gomes, L.C. ; Lourenço, J. N. P.; Fonseca, F.A.L.; Val, A.L. 
2002. Efficacy of eugenol as anaesthetic for tambaqui Juvenile (Colossoma 
macropomum). In: Val, A.L.; Almeida-Val, V.M.F.; McKinley, D. (Eds.) Tropical Fish: 
News and Reviews. International congress on biology of fishes. Vancouver. p. 93-
96. 
ROUBACH, Rodrigo et al. Nutrição e Manejo Alimentar Na Piscicultura. 
Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, v. 23, n. 14, p.10-15, nov. 2002. 
Santos, E.F.; Tavares-Dias, M.; Pinheiro, D.A.; Neves L.R.; Marinho, R.G.B.; 
Dias, M.K.R. 2013. Fauna parasitária de tambaqui Colossoma macropomum 
(Characidae) cultivado em tanque-rede no estado do Amapá, Amazônia oriental. 
Acta Amazonica, 43: 107-114. 
SANTOS, Elton Lima et al. Considerações sobre o maneio nutricional e 
alimentar de peixes carnívoros. Revista Eletrônica Nutritime, Rio Largo, v. 10, n. 
191, p.2216-2255, jan./fev. 2013. 
SCHALCH, Sergio Henrique Canello. OS BENEFÍCIOS DO ALIMENTO VIVO 
NA CRIAÇÃO DE TILÁPIAS NILÓTICAS. Pesquisa & Tecnologia, 
Pindamonhangaba, v. 10, n. 5, p.1-3, jul./dez. 2013. 
TACHIBANA, L.; CASTAGNOLLI, N. Custo na alimentação dos peixes: é 
possível reduzir mantendo qualidade. Revista Panorama da Aquicultura, Rio de 
Janeiro, v.13, n. 75, p. 55-57, 2003. 
FIGUEIREDO, C. A. Jr.; VALENTE, A. S. V. Jr. Cultivo de tilápias no Brasil: 
origens e cenário atual. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
40 
 
ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, XLVI., 2008, Rio Branco. 
Anais... Rio Branco: SOBER, 2008. Disponível em: Acesso em: 10 dez. 2016. 
 
TEIXEIRA, J. L. A. & GURGEL, H. C. B. 2004. Dinâmica da nutrição e 
alimentação natural de Steindachnerina notonota (Mirand-Ribeiro, 1937) (Pisces, 
Curimatidae), Açude de Riacho da Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil. Rev. bras. 
Zoociências, Juiz de Fora, 6 (1): 19-28. 
TEIXEIRA, Raimundo Nonato Guimarães et al. Piscicultura em tanques-rede. 
Embrapa Amazônia Oriental, Brasília, v. 1, n. 6, p.9-113, 2009. 
USHIZIMA, Thiago Tetsuo. Nutrizon A Nutrição Forte do Brasil: MANUAL 
DE BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO EM PISCICULTURA. Disponível em: 
<http://nutrizon.com.br/files/Manual_BPP.pdf>. Acesso em: 5 set. 2016. 
ZUANON, J.A.S.; FERREIRA, P.M.F.; MOREIRA, D.M.V. et al. Tolerância 
subcrônica de juvenis de colisas (Colisa labiosa e Colisa lalia) à salinidade da água. 
Revista Brasileira de Engenharia de Pesca, 2011 (prelo).

Continue navegando