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ESTUDO DIRIGIDO
Quais os atos praticados pelo juiz? Quais os recursos cabíveis contra cada um deles? 
Os atos do juiz dividem-se em:  
– Pronunciamentos (também chamados provimentos) e;
– Atos materiais – que podem ser instrutórios e atos de documentação.
Atos do Juiz
- Pronunciamentos do juiz: são atos pelos quais se manifesta a autoridade jurisdicional: a sentença, a decisão interlocutória e o despacho.
- Sentença: sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 do CPC põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
- Decisão Interlocutória: é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no conceito de sentença. São proferidos no curso do processo, mas sem finalizá-lo.
- Despacho: todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Tem como principal objetivo impulsionar o processo.
Atos materiais: Além dos pronunciamentos judicial, o magistrado pratica outros atos no processo, reconhecidos pela doutrina como atos materiais. Câmara (2016) assim os classifica e define:
Atos instrutórios são os atos do juiz que se destinam a preparar o resultado final do processo, como é o caso da colheita do depoimento de uma testemunha ou a realização de uma inspeção judicial.
Há, também, atos de documentação, aqueles que o juiz prática para registrar ou autenticar outros atos processuais (como assinar uma decisão ou o termo de audiência).
Não obstante, o Código de Processo Civil preocupou-se em conceituar expressamente os atos praticados pelo juiz em seus artigos 162 e 163. Leia-se os referidos dispositivos:
“Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994)”.
“Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais.”
Recursos
Em conformidade com o que preceitua Humberto Theodoro Jr., recurso pode ser definido como “meio ou remédio impugnativo apto para provocar, dentro da relação processual ainda em curso, o reexame da de decisão judicial, pela mesma autoridade judiciária, ou por outra hierarquicamente superior, visando a obter-lhe a reforma, invalidação, esclarecimento ou integração”.
A impugnação de decisões proferidas pelo juiz por meio da interposição de recursos fundamenta-se na possibilidade de erro, ignorância ou má-fé do juiz ao julgar. Isto porque o magistrado é um humano, e como tal, está sujeito a incorrer em quaisquer tipos de erros e falhas. Ademais, o sistema recursal permite que a matéria seja reexaminada por magistrados presumidamente mais experientes, de forma que o pronunciamento destes Tribunais sobre determinadas matérias ensejará a uniformização de interpretação da legislação.
A impugnação de sentenças e decisões interlocutórias reveste-se da aplicação de princípios gerais, quais sejam, duplo grau de jurisdição, taxatividade, singularidade, fungibilidade e legitimação para recorrer.
O Código de Processo Civil aponta, em seu artigo 496, um rol taxativo dos recursos admitidos no processo civil. Confira-se:
“Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II – agravo;
III - embargos infringentes;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário”. 
O que é preparo?
Preparo é o adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. É uma causa objetiva de inadmissibilidade e independe de qualquer indagação quanto à vontade do omissivo. O valor do preparo é a soma da taxa judiciária mais o porte de remessa e de retorno dos autos.
Conforme reza o artigo 511, do CPC, o preparo deve ser comprovado no momento da interposição do recurso.
Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
Nos Juizados Especiais Cíveis é possível a efetivação do preparo em até 48 horas da interposição do recurso, conforme dispõe o artigo 42, 1º, da Lei 9.099/95: O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena de deserção.
A falta de preparo oportuno gera a sanção da deserção. Em atenção ao 4º do art. 515, CPC, não se deve mais reconhecer a imediata deserção, pois a ausência de preparo constitui um vício sanável. Antes de se aplicar a pena de deserção, o recorrente deve ser intimado para, no prazo fixado, efetuar o preparo. Não efetuando o pagamento, reconhece-se a deserção. E, cumprida a diligência, prossegue-se no julgamento do recurso. E, também, insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias (2º do art. 511, CPC).
São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal (beneficiário da justiça gratuita). Não podemos nos esquecer do enunciado de súmula n. 178 do STJ: O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentárias e de benefícios propostas na Justiça Estadual.
Apesar de o artigo 519, CPC, ser um dispositivo relacionado à apelação, é de aplicação geral, e prevê que se o recorrente provar justo impedimento (enchente, greve bancária), o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo.
Não são todos os recursos que exigem o preparo. Há aqueles que o dispensam: agravo retido, embargos infringentes de alçada, agravo de instrumento contra decisão que nega seguimento a recurso especial ou extraordinário, recursos do ECA, agravo interno e embargos de declaração.
Se o recurso não for conhecido, o valor do preparo não será devolvido, nem mesmo o valor dos portes de remessa e de retorno dos autos.
Quais são os efeitos de interposição de um recurso?
O recurso é um remédio que tem por finalidade invalidar, reformar, ou integrar determinada decisão judicial dentro da mesma relação processual.
Têm os recursos natureza jurídica de extensão do direito de ação, pois se pretende que um órgão diferente e hierarquicamente superior reanalise o pedido feito.
Logo, podemos dizer que os recursos têm a finalidade de correção da decisão proferida.
De modo que: se a correção for de erro na aplicação do direito (error in judicando), teremos o pedido de reforma ou integração da decisão; já se a correção for de erro no procedimento (error in procedendo), haverá pedido de invalidação/anulação da decisão.
Relativamente aos efeitos do recurso, vale apontar os seguintes:
Efeito devolutivo: trata-se da devolução da matéria objeto do recurso ao órgão competente ao julgamento, logo: o efeito devolutivo é inerente a qualquer recurso, uma vez que todo recurso serve para encaminhar a matéria atacada ao órgão competente a seu julgamento.
Efeito suspensivo: é a consequência do ato de interpor o recurso, havendo o impedimento da eficácia da decisão recorrida, ou seja: embora tenha havido uma decisão, esta não produzirá efeitos em razão da interposição do recurso.
Efeito obstativo: a interposição do recurso obsta o trânsito em julgado, isto é: o recurso impede que a decisão recorrida transite emjulgado.
Efeito substitutivo: a decisão dada pelo Tribunal, em razão do recurso interposto, pode substituir no todo ou em parte a decisão recorrida.
5. Efeito translativo: consistem na possibilidade de o Tribunal analisar matérias de ordem pública, ainda estas que não tenham sido arguidas pelo recorrente no corpo de seu recurso.
Estes são os principais efeitos dos recursos.
	
O que é remessa necessária?		
Antes de esclarecer a essência deste instituto, é importante diferençar os diferentes meios de impugnação à decisão judicial:
Recursos: Meio voluntário e idôneo com aptidão a ensejar, em tese, reforma, nulidade, esclarecimento ou invalidação de uma decisão judicial dentro do mesmo processo em que ela foi prolatada.
Sucedâneo recursal: Processado dentro do mesmo processo por meio não necessariamente voluntário, pode ensejar as mesmas consequências que os recursos, mas com eles não se confundem.
Ações autônomas de impugnação: Impugnação fora do processo em que prolatada a decisão judicial, é ação. Parcela da doutrina as denomina de sucedâneo recursal externo.
Ao se analisar os meios de impugnação, percebe-se que a remessa necessária é típico exemplo de sucedâneo recursal, pois permite a reforma, nulidade, invalidação ou mesmo esclarecimento de decisão judicial no mesmo processo em que ela foi prolatada, sem exigir manifestação voluntária da parte.
Sobre a ótica dos efeitos que produz, a doutrina sustenta que a Remessa Necessária tem natureza jurídica de condição de eficácia da sentença para os casos em que exigível.
No Novo CPC, a remessa necessária está regulada no art. 496, vejamos:
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
O fato de que a sentença não produz qualquer efeito senão depois de confirmada labora a favor da conclusão de tratar-se de condição de eficácia daquela decisão judicial.
A remessa necessária não se aplica a decisões interlocutórias, ainda que antecipatórias de tutela ou as de natureza cautelar.
O que é o proibitio reformatio in pejus?
A reformatio in pejus consiste no agravamento da situação jurídica do réu em face de recurso interposto exclusivamente pela defesa. Classifica-se em duas formas:
Reformatio in pejus direta: Corresponde ao agravamento da situação do réu, pelo próprio tribunal, ao julgar o recurso exclusivo da defesa. É sempre proibida, conforme se infere do art. 617, 2.ª parte, do CPP. Exemplo: Considere-se que o réu, condenado a dez anos de reclusão, interponha apelação para ver-se absolvido. Todavia, ao julgar este recurso, o Tribunal não apenas indefere o pleito absolutório, como também aumenta a pena para quinze anos de prisão. Este julgamento será nulo, pois implicou agravamento da pena imposta ao réu sem que tenha havido recurso do Ministério Público, importando em reformatio in pejus direta.
Reformatio in pejus indireta: Ocorre na hipótese em que, anulada a sentença por força de recurso exclusivo da defesa, outra vem a ser exarada, agora impondo pena superior, ou fixando regime mais rigoroso, ou condenando por crime mais grave, ou reconhecendo qualquer circunstância que a torne, de qualquer modo, mais gravosa ao acusado. Exemplo: Imagine-se que o réu, condenado a dez anos de reclusão, recorra invocando nulidade do processo. Considere-se, também, que o Ministério Público não tenha apelado da decisão para aumentar a pena. Se o tribunal, acolhendo o recurso da defesa, der-lhe provimento e determinar a renovação dos atos processuais, não poderá a nova sentença agravar a situação em que já se encontrava o réu por força da sentença (v. G., fixando quinze anos de prisão), sob pena de incorrer em reformatio in pejus indireta.
Observações importantes:
Se houver recurso da defesa para anulação do julgamento e recurso da acusação somente para a agravação da pena e se for acolhido o recurso defensivo para anular a sentença condenatória, poderá o réu, por ocasião do novo julgamento, ser condenado a pena mais grave, SEM que isso configure violação ao princípio da vedação da reformatio in pejus indireta.
A jurisprudência tem entendido que, anulada decisão do júri por conta de recurso exclusivo da defesa, os jurados que venham a atuar no segundo julgamento são absolutamente soberanos, podendo reconhecer qualificadoras, causas de aumento ou de diminuição de pena que não foram reconhecidas no primeiro julgamento. Em outras palavras, não se pode impedir que o júri decida como bem entender, inclusive reconhecendo qualificadoras antes afastadas, sob pena de se negar vigência à soberania dos veredictos. (...) No entanto, se o resultado da quesitação no segundo julgamento for idêntico ao primeiro - no nosso exemplo, reconhecendo os jurados a prática de homicídio simples novamente -, o juiz presidente não poderá impor ao acusado pena mais grave que aquela que foi anulada, estando ele, juiz togado, vinculado à decisão anterior que foi invalidada, em fiel observância ao princípio da ne reformatio in pejus indireta.
Resumindo:
No reformatio in pejus direta: proibição de o Tribunal proferir, em recurso exclusivo da defesa, decisão mais desfavorável ao acusado do que a impugnada.
Ne reformatio in pejus indireta: se a sentença impugnada for anulada em recurso exclusivo da defesa (ou em HC), o juiz que vier a proferir nova decisão em substituição à anulada também ficará vinculado ao máximo da pena imposta no primeiro decisum, não podendo agravar a situação do acusado.
Ne reformatio in pejus indireta X princípio da soberania dos veredictos:
Para o Conselho de Sentença -> não incide o princípio da Ne reformatio in pejus indireta, uma vez que os jurados são soberanos, podendo reconhecer qualificadoras, causas de aumento e de diminuição de pena.
Para o Juiz Presidente -> INCIDE o princípio da Ne reformatio in pejus indireta, não podendo impor pena mais grave.

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