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Anatomia SISTEMA CARDIOVASCULAR E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

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SISTEMA CARDIOVASCULAR E 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
 
 
CÁSSIA FERREIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 ANATOMIA - TEÓRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, 
2018 
 
INTRODUÇÃO 
 O coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-
propulsora. Embora o seu peso oscile entre 280 e 340g, pode pesar muito mais quando 
exigido continuamente, como em atletas e trabalhadores que exercem intensa atividade física. 
Nestes casos não há aumento do número de fibras musculares cardíacas, isto é, uma 
hiperplasia, mas sim uma hipertrofia das fibras musculares. O tecido muscular que forma o 
coração é de tipo especial – tecido muscular estriado cardíaco, e constitui a sua camada média 
ou miocárdio. Forrando internamente o miocárdio existe endotélio, contínuo com a camada 
íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. O miocárdio é altamente especializado e 
consiste de fibras que se ramificam e se conectam por seus ramos com fibras adjacentes. 
Compreende-se que o coração, que começa a bater no feto no 7° mês de vida intrauterina e 
contínua depois do nascimento até a morte, necessita de grande quantidade de oxigênio, 
garantido pelo suprimento sanguíneo fornecidos pelas artérias coronárias que o irrigam. A 
cavidade do coração é dividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e entre os 
átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos orientadores da corrente sanguínea que 
são as valvas. 
 O coração tem 12cm de comprimento e 9cm de largura, sua espessura é de 6cm e seu 
peso é 250g nas mulheres e 300g nos homens. Repousa sobre o diafragma. Mediastino: 
Região anatômica que se estende do esterno até a coluna vertebral, da primeira costela até o 
diafragma e entre as pleuras. Situado obliquamente cerca de 2 terços à esquerda do plano 
mediano. Ele funciona como uma bomba propulsora do sistema cardiovascular capaz de 
bombear 5 litros de sangue por minuto. 
CÂMARAS 
 O interior do coração é dividido em quatro cavidades chamadas de câmaras que 
recebem e bombeiam sangue. As câmaras superiores são chamadas de átrios direito e 
esquerdo. Os átrios são separados por uma parede divisória chamada de septo interatrial. As 
duas câmaras inferiores são os ventrículos direito e esquerdo. Eles estão separados por um 
septo intraventricular. Externamente, o sulco coronário separa os átrios dos ventrículos. Ele 
circunda o coração e contém gordura e vasos sanguíneos coronarianos. 
 A espessura do miocárdio das câmaras varia de acordo com a quantidade de trabalho 
que elas têm a fazer. As paredes dos átrios são finas quando comparadas às dos ventrículos, 
porque os átrios necessitam apenas de tecido 
muscular cardíaco suficiente para mandar o sangue 
aos ventrículos. O ventrículo direito manda sangue 
apenas para os pulmões (circulação pulmonar); o 
ventrículo esquerdo bombeia sangue para todas as 
outras partes de corpo (circulação sistêmica). Assim, 
o ventrículo esquerdo deve trabalhar mais que o 
direito para manter a mesma taxa de fluxo sanguíneo. 
A estrutura dos dois ventrículos é relacionada a esta 
diferença funcional: a parede muscular do ventrículo 
esquerdo é consideravelmente mais espessa que a 
parede do ventrículo direito. 
 
VALVAS 
 
 Ao contrair, cada câmara do coração impulsiona uma porção de sangue para dentro do 
ventrículo ou para fora do coração por uma artéria. O coração tem quatro valvas compostas de 
tecido conjuntivo denso para evitar que haja refluxo sanguíneo. Em resposta a mudança de 
pressa, essas valvas abrem e fecham quando o coração contrai e relaxa. 
 
Valvas atrioventriculares 
 
 As valvas atrioventriculares ficam localizadas entre os átrios e os ventrículos. Entre o 
átrio direito e o ventrículo direito fica localizada a valva atrioventricular, também chamada de 
valva tricúspide porque possui três cúspides formadas de tecido fibroso revestido por 
endocárdio. Projetadas para dentro do ventrículo estão as extremidades pontiagudas da 
cúspide. Semelhantes a tendões, cordas tendíneas conectam as extremidades de cada válvula a 
projeções do músculo cardíaco, chamadas de músculos papilares. A função das cordas 
tendíneas é não permitir que as válvulas se movam para cima, entrando no átrio quando o 
ventrículo contrai. Valva Bicúspide ou Mitral é chamada a valva atrioventricular localizada 
entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Essa valva possui duas cúspides com o 
funcionamento semelhante da valva tricúspide. Para que o sangue passe de um lado para o 
outro a valva atrioventricular abre-se. Para mover-se do átrio para o ventrículo o sangue 
empurra as cúspides que abrem-se, as cordas tendíneas afrouxam e os músculo papilares 
relaxam. Quando o ventrículo contrai causando pressão, o sangue move as cúspides para cima 
até que as extremidades se encontrem e fechem o óstio. Ao mesmo tempo, a contração dos 
músculos papilares e a tensão nas cordas tendíneas ajudam a evitar que as cúspides movam-se 
para cima, entrando no átrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valvas semilunares 
 
 Perto do início do tronco pulmonar e da aorta encontramos valvas responsáveis por 
evitar que haja retorno sanguíneo para o coração, essas Valvas são chamadas de Semilunares. 
No óstio onde o troco pulmonar deixa o ventrículo direito está a valva do troco pulmonar. Já 
no óstio onde a aorta inicia, deixando o ventrículo esquerdo, está a valva da aorta. Cada valva 
consiste de três valvas semilunares, cada uma fixada à parede da artéria. Essas valvas 
permitem que o sangue flua somente em uma direção - dos ventrículos para as artérias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VEIAS E ARTÉRIAS 
 
 - Suas principais veias: veia cava superior e veia cava inferior, quais trazem o sangue 
venoso do corpo para o átrio direito juntamente com o seio coronário e veias pulmonares que 
são duas direitas e duas esquerdas (trazem o sangue do pulmão para o átrio esquerdo). 
 
 - Principais artérias: Artéria aorta que leva o sangue do ventrículo esquerdo para o 
corpo e a Artéria tronco pulmonar qual se bifurca em artérias pulmonares direita e esquerda, 
e levam o sangue do ventrículo direito para os pulmões. 
 
 
Obs.: Entre essas principais veias e artérias, encontram-se duas exceções, são elas: nem toda 
veia carrega sangue rico em CO2 e nem toda artéria carrega sangue rico em O2. As artérias 
pulmonares direita e esquerda levarão sangue rico em CO2 do ventrículo direito para os 
pulmões e as veias pulmonares direita esquerda irão trazer o sangue rico em O2 do pulmão 
para o átrio esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AORTA – RAMOS 
 
 A aorta faz parte do circuito sistêmico e o sangue que passa por ela irriga os órgãos e 
tecidos do corpo, ela é dividida em três partes: parte ascendente da aorta, arco da aorta e parte 
descendente da aorta que apresenta as porções torácica e abdominal. Sendo assim, a maior 
artéria do corpo, medindo 2-3cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ramos da parte ascendente da aorta: Artérias coronárias direita e esquerda que irrigam a 
musculatura do coração. 
 
Ramos do arco da aorta: Três ramos que se originam do arco. Tronco braquiocefálico, a 
artéria carótida comum esquerda, e a artéria subclávia esquerda. Essas artérias fornecem o 
sangue que vão irrigar a cabeça, o pescoço e os membros superiores. 
 
Ramos da partetorácica: As artérias intercostais posteriores e anteriores, artérias 
bronquiais, esofágicas, subcostal irão irrigar o tórax, e frênicas superiores que irrigam o 
músculo diafragma. 
 
Ramos da parte abdominal da aorta: Tronco celíaco, artéria mesentérica superior que 
irrigam todo o intestino delgado, artérias renais que irrigam os rins, a artéria mesentérica 
inferior que irriga parte do colo transverso e descendente e a maior parte do reto, artéria ilíaca 
comum que irá irrigar a região pélvica que se bifurca em artéria ilíaca interna e irriga através 
de ramos as vísceras pélvicas (bexiga urinária, útero vagina e reto) e a artéria ilíaca externa 
que irriga músculos e pele da parede abdominal. 
 
 
 
PARTE ASCENDENTE 
TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO 
ARCO CARÓTIDA COMUM ESQUERDA 
SUBCLÁVIA ESQUERDA 
PARTE TORÁCICA 
DIAFRÁGMA 
AORTA ABDOMINAL 
ILÍACA COMUM 
ARCO AÓRTICO: 4cm a 5 cm de comprimento. Termina entre T4-T5, contendo três 
ramos diretamente do arco: Tronco braquiocefálico, A. carótida comum esquerda e A. 
subclávia esquerda.Contém também dois ramos indiretos do arco, quais são: A. carótida 
comum direita e A. subclávia direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADES 
 
 As artérias emitem ramos terminais e colaterais. 
 
a) Ramos terminais: Quando a artéria emite seus ramos (em geral bifurcação). Ex.: Artéria 
Braquial que no nível do cotovelo bifurca-se em duas outras: artéria radial e ulnar, ramos 
terminais da artéria braquial; 
 
b) Ramos colaterais: são assim classificados quando a artéria emite ramos e o tronco de 
origem segue junto com esses ramos. Quando o ramo colateral com a artéria tronco um 
ângulo obtuso, recebe o nome de recorrente, e, neste caso, o sangue circula em um sentido 
oposto aquele da artéria de origem. 
 
 
 
 
CIRCULAÇÕES PULMONAR E SISTÊMICA 
 
 Para que o coração possa funcionar de forma eficiente ele passa 
constantemente por um ciclo que chamamos de circulação e funciona como uma bomba 
TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO A. SUBCLAVIA ESQUERDA 
A. CARÓTIDA COMUM ESQUERDA 
A. SUBCLAVIA DIREITA 
A. CAROTIDA COMUM DIREITA 
dupla. O sangue é bombeado do coração para dois circuitos: o pulmonar e o sistêmico. Os 
dois tipos de circuito têm início e término no coração. 
 
Circuito pulmonar/ Pequena circulação: Coração -> pulmão -> coração. 
 O fluxo do sangue venoso do ventrículo direito até os sáculos alveolares e alvéolos dos 
pulmões e o retorno do sangue arterial dos sáculos alveolares e alvéolos até o átrio esquerdo é 
chamado de circulação pulmonar. O tronco pulmonar emerge do ventrículo direito e então 
divide-se em dois ramos. A artéria pulmonar direita dirige-se ao pulmão direito, enquanto que 
a artéria pulmonar esquerda vai ao pulmão esquerdo. As artérias pulmonares são únicas 
artérias pós-natais que carregam sangue venoso. Ao entrar nos pulmões, os ramos dividem-se 
e subdividem-se até que finalmente formam capilares em volta dos alvéolos pulmonares. O 
dióxido de carbono passa do sangue para aos alvéolos para ser expirado dos pulmões. OO 
oxigênio inspirado passa dos alvéolos para o sangue. Os capilares se unem; vênulas e veias 
são formadas; e, finalmente, duas veias pulmonares de cada pulmão transportam a sangue 
arterial ao átrio esquerdo. As veias pulmonares são as únicas veias pós-natais que carregam 
sangue arterial. As contrações do ventrículo esquerdo, então, enviam o sangue à circulação 
sistêmica. 
 Inicia-se no ventrículo direito, o sangue passa pelo tronco pulmonar chegando aos 
pulmões onde ocorre a hematose. Agora indo para o átrio esquerdo rico em O2. 
 
 VD – TP – PULMÃO - (HEMATOSE) - VV. PULMONARES – AE 
 
 
Circuito sistêmica/ Grande circulação: Coração -> corpo -> coração. 
 O fluxo do sangue oxigenado, distribuído do ventrículo esquerdo a todas as partes do 
corpo e de volta ao átrio direito, é chamado de circulação sistêmica. Sua função é carregar 
oxigênio e nutrientes aos tecidos corporais e remover dióxido de carbono além de outros 
resíduos. Todas as artérias sistêmicas ramificam-se a partir da aorta, que se origina no 
ventrículo esquerdo do coração. 
 O sangue venoso retorna ao coração através das veias sistêmicas. Todas as veias da 
circulação sistêmica fluem em direção às veias cavas superior e inferior, ou ao seio coronário, 
que, por sua vez, esvazia-se no átrio direito. 
 Inicia-se no ventrículo esquerdo, o sangue passa para a aorta sendo distribuído para 
todo o corpo como consequência da utilização das células, o sangue torna-se rico em CO2. 
Este sangue retorna ao coração pelas veias cavas superior e inferior e pelo ceio coronário 
chegando ao átrio direito do coração. 
 
 VE – AORTA – CORPO VEIAS CAVAS – AD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
 
Infarto: distúrbio decorrente do fenômeno da isquemia (do grego “pouco sangue”). 
Agudo: instalação abrupta da condição. 
Miocárdio: músculo cardíaco; é o elemento predominante no órgão. 
 
 
 Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) refere-se a um processo dinâmico no qual uma ou 
mais regiões do músculo cardíaco experimentam diminuição grave e prolongada no 
suprimento de oxigênio por fluxo sanguíneo coronário insuficiente. Subsequente, ocorre a 
necrose ou a morte do tecido miocárdio. 
 O coração bombeia o sangue oxigenado pelos pulmões para todo o organismo através 
da maior artéria do corpo, a aorta. Logo em seu início, a aorta emite seus dos primeiros ramos, 
as coronárias, responsáveis por devolver parte do sangue ao órgão, nutrindo-o. As coronárias 
são pequenas artérias, com paredes musculares e contráteis. 
 A redução do fornecimento do sangue ocorre basicamente por meio de três 
mecanismos em interação: espasmo, trombose e formação de placas no interior das 
coronárias, que diminuem progressivamente o fluxo sanguíneo. A estrutura anatômica das 
artérias coronárias as torna particularmente sensíveis aos mecanismos da aterosclerose. Elas 
trocem-se e viram à medida que fornecem sangue para o coração, criando locais suscetíveis ao 
desenvolvimento do ateroma (Smeltzer e Bare, 2002, p; 573). 
 Os três mecanismos de redução do fornecimento de sangue descritos podem ocasionar 
desequilíbrio entre à instalação do quadro de insuficiência coronariana. Em graus extremos, 
tal alteração leva ao infarto. 
 Com o fluxo coronariano diminuído ou até interrompido, o tecido entra em sofrimento. 
Nessa fase, geralmente, começam a surgir os sintomas. Quando a condição se prolonga, 
ocorrem morte das células do miocárdio e alterações na função global do órgão. 
 
CAUSAS 
 
1. Aterosclerose (acúmulo anormal de substâncias lipídicas e tecido fibroso na parede 
vascular, formando placas denominadas ateromas). É a cardiopatia 
ateroesclerótica. 
2. Oclusão completa de uma artéria por êmbolo ou trombo. 
3. Vasoespasmo de uma artéria coronária (constrição ou estreitamento súbito). 
4. Suprimento diminuído de oxigênio. 
5. Demanda aumentada de oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espasmo Trombose Ateromas Outras causas 
 
 
 
 
 Diminuição significativa do fluxo sanguíneo coronariano 
 
 
 
 Diminuição do oxigênio para o tecido miocárdico (isquemia) 
 
 
 
 Lesão ou morte das células miocárdicas (infarto) 
 
 
 A angina de peito é umasíndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou 
paroxismos de dor ou pressão na parte anterior do tórax. Ela pode ser aguda ou crônica. Em 
geral, essa dor é percebida sob a parte superior do esterno, sendo quase sempre referida para 
áreas superficiais do corpo, mais frequentemente o braço e o ombro esquerdos, mas, também, 
muitas vezes o pescoço e até o lado da face ou braço e ombros opostos. Ela surge sempre que 
a descarga sobre o coração torna-se excessivamente grande em relação ao fluxo sanguíneo 
coronário. 
 A dor do IAM pode começar espontaneamente e durar horas ou dias, não sendo 
aliviada pelo repouso ou pela nitroglicerina (Silva et al., 2002, p. 109-11). Pode-se sentir dor 
mais intensa. Isso ocorre porque a diminuição no suprimento sanguíneo é significativa e/ou de 
duração expressiva, ocasionando lesão ou morte das células musculares do coração, que gera 
danos para o seu funcionamento. 
 Além de saber que a cessação de oxigênio no músculo cardíaco pode acarretar sérias 
complicações, cabe ressaltar que cada pessoa responderá de uma forma ao infarto. 
 
 
COMPLICAÇÕES 
 
1. Arritmia – Refere-se a distúrbios de ritmo e frequência cardíacos. Pode reduzir a eficiência 
da Bomba miocárdica e causar morte súbita. 
2. Insuficiência ventricular esquerda – A contratilidade normalmente diminui após o IAM, 
causando insuficiência do sistema de bombeamento. Tal insuficiência pode ocorrer súbita ou 
gradativamente. 
3. Choque cardiogênico – Se manifesta quando o coração não tem mais a capacidade de 
manter a circulação sanguínea. 
4. Tromboembolismo – Há propensão de criar coágulos na parede do ventrículo infartado. 
Esses coágulos podem se deslocar ocasionando embolia pulmonar. 
5. Ruptura da parede ventricular – Sua gênese consiste em uma extensa lesão na parede 
ventricular, em que a área necrótica pode romper, causando tamponamento. 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 A ausência de circulação colateral satisfatória por 1 hora acarretará necrose de 50% do 
músculo cardíaco. Se perdurar por mais de 3 horas, haverá comprometimento de 
aproximadamente 70% (Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, SOCERJ, 
2003). 
 Vários fatores podem precipitar a ocorrência de infarto agudo do miocárdio (IAM). 
Assim, em qualquer momento do dia ou da noite, uma pessoa predisposta a essa cardiopatia 
pode ter seu aporte de oxigênio diminuído a ponto de comprometer a dinâmica funcional do 
coração. Dependendo da duração da limitação do oxigênio, resultará em maior ou menor 
destruição das regiões do músculo cardíaco. Portanto, é preciso implementar o tratamento da 
SIA o mais precocemente possível para evitar e/ou atenuar áreas de necrose cardíaca, uma vez 
que a extensão do músculo cardíaco acometido está diretamente relacionada com o grau de 
complicação que o cliente poderá apresentar após a SIA. Nesse sentido, o objetivo maior do 
tratamento é promover a perfusão miocárdica o mais rápido possível. 
 Ao favorecer a reperfusão precoce, reduz-se a lesão miocárdica (Smeltzer e Bare, 
2002, p. 597). Isso poderá ser obtido a partir do alívio da dor, do repouso e da prevenção das 
complicações. Entretanto, uma vez instalada a necrose, essa área não se regenerá mais. Assim, 
torna-se imprescindível a instauração precoce de condutas que possibilitam o retorno do 
equilíbrio entre a demanda e a oferta de oxigênio para o coração (Silva et al., 2002, p. 110). A 
esse respeito, a Sociedade Brasileira de Cardiologia apresenta três formas básicas de 
tratamento: a angioplastia coronária, a cirurgia de revascularização miocárdica e o tratamento 
clínico medicamentoso. Dentre as três formas, as mais utilizadas são a terapia medicamentosa 
(com destaque para os trombolíticos). 
 
Angioplastia Coronária 
 De acordo com a Sociedade Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ, 
2003), a angioplastia consiste em uma técnica que possibilita a dilatação e a desobstrução da 
artéria relacionada ao infarto ou zona isquêmica. Ela é realizada com um cateter que é 
introduzido através de artéria braquial ou femoral e dirigido até o coração, no qual, a partir da 
injeção de um contraste nas cavidades cardíacas, podem-se analisar os átrios, os ventrículos, 
as valvas cardíacas e, principalmente, as coronárias. Na identificação da área lesionada na 
coronária, com auxílio do contraste, ela é dilatada por um cateter especial, que apresenta, em 
sua extremidade, um “balão”, que, quando inflado, “esmaga” a placa de ateroma contra a 
parede da artéria, desobstruindo-a. De acordo com o grau de obstrução, usa-se um stent 
(pequena mola de metal), que se introduz contraído até o local estreitado. Uma vez 
posicionada no lugar certo, a contração da mola é liberada, fazendo com que dilate e, 
consequentemente, alargue a zona estreitada da artéria. 
 
Cirurgia de Revascularização Miocárdica 
 Consiste na utilização de uma veia da perna ou uma artéria do peito (principalmente as 
mamárias) para a união da aorta até um ponto além daquele em que a artéria coronária está 
obstruída, a fim de permitir a passagem do sangue (Socer, 2003). Essa intervenção cirúrgica é 
feita quando o paciente não melhora com o tratamento clínico ou quando ocorre complicação 
na realização da angioplastia e quando a obstrução está no local onde contraindique a 
angioplastia. 
 
 
 
 
Tratamento Medicamentoso 
 De acordo com a SOCERJ, os trombolíticos são um grupo de drogas que possuem a 
propriedade de dissolver o coágulo e restabelecer o fluxo de sangue. Os agentes trombolíticos 
mais empregados são a estreptoquinase (EQ) e o rt-PA, capazes de reabrir; em cerca de 90 
minutos, aproximadamente 80% das artérias agudamente ocluídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Tortora, Gerard J. 
 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia/ 
Gerard J. Tortora; trad. Cláudia L. Zimmer... [et al.].- 4.ed. – Porto Alegre : Artmed Editora, 
2000. 
 
 
Dangelo e Fattini – Anatomia Humana/ Sistema Tegumentar 
Atheneu, 3ed, edição revista. 
 
 
Cardiopatias: Avaliação e Intervenção em Enfermagem/ 
Maria N. [et al.], Cardiopatias; 2° Ed – YENDIS, 2011. 
 
 
Aulas teóricas e práticas.

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