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ATIVIDADE DISCURSIVA Direito da Infância e da Adolescência

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QUESTÕES
De acordo com o Código de Menores, de 1927, as crianças com família não eram objeto do Direito. O tratamento dado à questão da infância e da adolescência nesta época era conservadora e parcial e, mesmo assim, constituía-se em um avanço legislativo considerável. O tema acolhimento de crianças e adolescentes que vivenciam violação de direitos foi sendo discutido no que se refere ao desenvolvimento de políticas públicas em busca da garantia do direito à convivência familiar e comunitária. O Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90 - também assegura às crianças acolhidas, conforme preconizado no art. 19, que: "Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe Inter profissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei". (Redação dada pela Lei 13.509/2017).
Neste sentido, responda:
De acordo com o Código de Menores, de 1927, quais eram as medidas previstas para as crianças que estavam fora dos cuidados dos pais e de que forma era realizada a classificação de idade das crianças?
R -. O Primeiro Código de Menores, criado em 1927, dizia que as crianças merecedoras de cuidados do Estado eram aquelas "em situação irregular", órfãs, abandonadas e desemparadas. Nesta fase, as medidas previstas para elas eram: ficar institucionalizadas, porém com oportunidade de trabalhar e receber orientação. Até 1935, tanto os menores abandonados, quanto os infratores, eram apreendidos e levados para abrigos.
 Quanto à classificação da idade das crianças, o Código exigiu que as crianças ficassem sob os cuidados dos pais até os 14 anos de idade (quando isso não fosse possível, era aplicada medida de internação). Os menores em situação irregular entre 14 e 18 anos eram classificados em abandonados ou delinquentes. 
 
2) De que forma o ECA (Lei 8069/90) permeia a institucionalização dos direitos legais das crianças e dos adolescentes? Por que?
R- O ECA é o Estatuto da Criança e do Adolescente e determina parâmetros legais para a relação entre sociedade e crianças/adolescentes, bem como Estado e este mesmo grupo. A ideia é proteger estes indivíduos, considerados partes fracas nas relações jurídicas, de abusos de poder e violências, garantindo a institucionalização dos direitos legais deles. O ECA, criado na década de 1990, tem sido ferramenta potente nos assuntos que correspondem aos direitos e obrigações legais de seu público-alvo.
Se torna desnecessário dizer o quão importante e revolucionário foi a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, sua fonte inspiradora, as Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça da Infância e Juventude, trouxeram para o Sistema Jurídico nativo uma nova vida, pois estabeleceu o respeito do qual e digna a criança e o adolescente em qualquer parte do mundo.
Não obstante a concreta preocupação com o bem estar do menor, o ECA, afastou de vez qualquer resquício de discriminação, seja ela econômica, social ou cultural; diferenciou-se de forma concreta o tratamento ao menor em situação irregular, lidando com este de forma diferenciada dos adultos, passou-se a buscar a satisfação das necessidades dos jovens infratores e a proteção dos seus direitos sem deixar de lado os anseios da sociedade; A justiça da Infância e Juventude assumiu o papel de garantidora da proteção ao menor, podendo para isso utilizar-se de certa discricionariedade obedecendo a competência que lhe fora atribuída; A Liberdade do menor passa a ser de extrema importância só sendo este submetido a institucionalização em situações extremas e mesmo assim pelo mínimo de tempo possível; Órgãos especiais são criados e cidadãos treinados para lidar e atender à criança e ao adolescente em todas as particularidades que lhes são inerentes; Por fim, passa a ter a autoridade competente um enorme leque de medidas aplicáveis que lhe permitirá uma maior flexibilidade na aplicação das medidas socioeducativas.
Portanto é indubitável que com a vigência do ECA tanto o Estado como a sociedade em sua totalidade passaram a assumir um compromisso maior com a sua juventude, compromisso este que cada vez mais deve ser aprofundado e cultuado na busca da tão almejada paz social e em nome do verdadeiro progresso econômico, pois tal jovem tem indubitavelmente um potencial construtivo que, se bem explorado e direcionado pode ser o motor propulsor que levará a um pais e a um mundo melhor.

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