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OAB 2ª FASE CESPE NACIONAL Direito Tributário Enunciados Problemas Livro Vol. 2

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OAB 2ª FASE CESPE NACIONAL 
Direito Tributário 
Enunciados Problemas Livro Vol. 2 
 
 
PROBLEMA N.º 1 
O Município de Guaxupé – MG, por intermédio da Lei n.º 3.456, de 15 de julho de 2007, que foi 
publicada e que entrou em vigor nessa mesma data, instituiu a Taxa de Lixo, estabelecendo os 
seguintes elementos do fato gerador: 
a) o fato gerador é a “utilização do serviço de coleta e transporte de lixo domiciliar”; 
b) o contribuinte da taxa é o “proprietário de imóvel urbano, tomador do serviço de coleta e 
transporte do lixo domiciliar”; 
c) a alíquota é de 0,001 % (um milésimo por cento) sobre o valor venal do imóvel; 
João da Silva, morador e proprietário de bem imóvel localizado no Município de Guaxupé, não 
concordando com a referida exigência, procurou-o para defender seus interesses. 
 
QUESTÃO: Como advogado de João da Silva, promova a medida judicial cabível no interesse do 
cliente. 
 
PROBLEMA N.º 2 
O contribuinte XPTO, sediado na cidade de São Paulo, sofreu fiscalização realizada pela Fazenda 
Estadual em 15.04.2008 e teve contra si lavrado um auto de infração e imposição de multa (AIIM), 
relativo à falta de pagamento do imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA), cujo 
fato gerador ocorreu em 1.º de janeiro de 2002. Pela falta de pagamento do IPVA na data 
aprazada, foi cobrado o valor originário de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) mais a multa 
de 20 % (vinte por cento), com base na Lei n.º 4.589 de 12.08.2006, que estava em vigor na data 
da fiscalização (15.04.2008). Na data da ocorrência do fato gerador estava em vigor a Lei n.º 
6.538, que fixava o valor originário do IPVA em R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) e a multa 
de 30 % (trinta por cento) sobre o valor do imposto não pago. 
 
QUESTÃO: Como advogado de XPTO, ingresse com a medida judicial pertinente à defesa dos 
direitos do contribuinte. 
 
PROBLEMA N.º 3 
No dia 12.04.2008, um Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo interceptou, na BR 116, 
altura da cidade de Registro, uma remessa de 4.150 exemplares de Revista “O Apocalipse”, 
editada pela Igreja do Último Milênio, com sede na Capital, tendo lavrado Auto de Infração e 
Imposição de Multa, que descreve as seguintes irregularidades: (I) remessa de mercadoria 
desacompanhada de documentação fiscal; (II) falta de pagamento do imposto por ter escriturado a 
operação como não tributada; (III) falta de pagamento do imposto apurado por meio de 
levantamento fiscal (arbitrado por médio e retroativo a março de 1998, data da criação da revista). 
 OAB 2ª FASE CESPE NACIONAL 
Direito Tributário 
Enunciados Problemas Livro Vol. 2 
 
 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da Igreja, adote a medida judicial cabível, independentemente de 
defesa administrativa. 
 
 
PROBLEMA N.º 4 
Empresa Alfa, com sede em São Paulo, Capital, que tem por objeto o serviço de transporte 
urbano de passageiros, promoveu o recolhimento do ICMS incidente sobre alienações eventuais 
de veículos de seu ativo fixo. Embora indevido o pagamento, fê-lo em virtude da postura adotada 
pela fiscalização estadual. 
 
QUESTÃO: Postular judicialmente a devolução dos valores pagos, fundamentando a medida 
eleita. 
 
PROBLEMA N.º 5 
Flávio é proprietário de um imóvel localizado em Sorocaba, em terreno que faz limite com a cidade 
vizinha de Votorantim, ambas no Estado de São Paulo. A área, muito embora tenha iluminação 
pública, meio-fio e saneamento básico, não recebe água encanada. Há alguns dias, chegaram à 
sua residência notificações de lançamento de IPTU, expedidas pelas duas Municipalidades, 
relativas ao ano de 2007, no valor de R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais) cada, e com 
vencimento em três semanas. 
 
QUESTÃO: Como advogado de Flávio, proponha a medida judicial cabível. 
 
PROBLEMA N.º 6 
A empresa “Casas de Madeira, Indústria e Comércio Ltda.” deixou de recolher o ICMS (18%) em 
operação de venda de produto industrializado realizada em 24.05.1989. Em 28.03.1995, a 
fiscalização identificou a irregularidade e lavrou Auto de Infração, passando a exigir o pagamento 
do imposto, calculado pela aplicação da alíquota de 25%. Irresignada com a exigência, 
imediatamente ingressou com defesa administrativa, mas não teve sucesso, sendo que a decisão, 
que lhe foi desfavorável, transitou em julgado em 31.12.2001. Por falta de pagamento, o crédito 
tributário foi inscrito na Dívida Ativa e, em 10.12.2006, a Fazenda Pública propôs a Execução 
Fiscal, sendo deferida a inicial pelo MM. Juízo, nesta mesma data. Há 10 (dez) dias, a executada 
foi intimada da penhora de bens de sua propriedade. 
 
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Direito Tributário 
Enunciados Problemas Livro Vol. 2 
 
 
QUESTÃO: Como advogado da Empresa “Casas de Madeira, Indústria e Comércio Ltda.”, propor 
a medida judicial cabível. 
 
 
PROBLEMA N.º 7 
Fundação Misericordiosa de São Paulo, entidade de assistência social sem finalidade lucrativa e 
como tal reconhecida, confecciona e fabrica produtos cujo lucro é totalmente revertido para as 
suas finalidades sociais. Em 30 de maio de 2006, a Fundação foi autuada pela Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo, pretendendo o pagamento da quantia de R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais), a título de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), 
sobre as operações de venda dos produtos por ela fabricados, referentes ao período de janeiro de 
1999 a março de 2006, além de multa, juros e correção monetária. Em 20 de maio de 2007, após 
citada, a Fundação foi intimada da penhora sobre bens de sua propriedade, em razão da 
execução fiscal do débito. 
 
QUESTÃO: Como advogado da Fundação Misericordiosa de São Paulo, ingresse com via judicial 
mais adequada à defesa dos seus interesses, considerando-se, quanto ao aspecto temporal, que 
a ação é contemporânea à data da citação mencionada – 20 de maio de 2007. 
 
PROBLEMA N.º 8 
Em fiscalização realizada em 12 de novembro de 2001, a empresa “Comércio de Óleo Vegetal 
S.A.” teve contra si lavrado Auto de Infração e Imposição de Multa porque a fiscalização entendeu 
que haviam sido praticadas as seguintes irregularidades: 
a) falta de pagamento de imposto sobre importação, referente a fato gerador ocorrido em 
22.02.1997; 
b) falta de pagamento do IPI (imposto sobre produtos industrializados), relativo a fato gerador 
ocorrido em 05.03.1999; 
c) falta de pagamento do IR (imposto sobre a renda), referente à venda de mercadoria sem nota 
fiscal (omissão de receita) em 01.07.2000. 
Para os itens “a” e “b”, ingressou imediatamente com defesa administrativa cuja decisão, 
desfavorável a ela, transitou em julgado em 10.10.2006. 
Não sendo pago o crédito tributário constante do referido Auto de Infração, após inscrição na 
Dívida Ativa, foi o débito objeto da Execução Fiscal, proposta pela União, cuja inicial foi deferida 
pelo MM. Juízo em 09.08.2007. Após citada, foi intimada da penhora sobre bens de sua 
propriedade, em razão da execução fiscal do débito. 
 
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Direito Tributário 
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QUESTÃO: Como advogado da Empresa “Comércio de Óleo Vegetal S.A.”, propor a medida 
judicial cabível, considerando-se, quanto ao aspecto temporal, que a ação é contemporânea à 
data da citação mencionada – 9 de agosto de 2007. 
 
 
 
PROBLEMA N.º 9 
João adquiriu, em 1990, imóvel então situado na zona rural do Município de Serra Negra. Em 
2006, a Câmara Municipal aprovou lei que alterou o perímetro urbano do Município, passando a 
incluir o imóvel de João. Porém, a área manteve características típicas de zona rural, sem 
apresentar qualquer espécie de equipamento urbano, tal como água encanada, iluminação 
pública, saneamento básico ou calçamento. Recentemente, João recebeu notificação de 
lançamento do IPTU relativo ao exercício de 2007, com vencimento para daqui a2 (duas) 
semanas, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais). 
 
QUESTÃO: Aja na qualidade de advogado de João. 
 
PROBLEMA N.º 10 
A empresa ABC, sediada em Tupã – SP, cuja principal atividade é a industrialização de 
combustíveis, foi alvo de fiscalização federal, tendo sido lavrado auto de infração de IPI, na última 
semana. Não concordando com a referida exigência, propor a medida cabível, capaz de afastar a 
exigência, suspendendo o crédito tributário, uma vez que carece a autuada de certidões 
negativas. 
 
PROBLEMA N.º 11 
A sociedade Copiadora do Mestre Ltda. dedica-se à atividade de reprodução de documentos e, 
nessa qualidade, é contribuinte do ISS (Imposto sobre Serviços), inscrita no cadastro específico 
do Município de São Paulo, onde tem sede. Em maio de 1998, recebeu encomenda 
excepcionalmente vultosa de cliente, para reprodução de 100.000 cópias de panfleto publicitário. 
Essa operação levantou suspeita perante a fiscalização estadual, que entendeu ter havido, de 
fato, operação de venda dos panfletos, inclusive em razão de ter sido o papel de sua impressão 
fornecido pela própria Copiadora do Mestre Ltda. Assim, há três semanas, recebeu autuação por 
falta de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, não 
impugnada na esfera administrativa e geradora da inscrição do débito respectivo como dívida 
ativa. 
 
 OAB 2ª FASE CESPE NACIONAL 
Direito Tributário 
Enunciados Problemas Livro Vol. 2 
 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Copiadora do Mestre Ltda., proponha a medida 
pertinente à defesa de seus interesses. 
 
PROBLEMA N.º 12 
O Poder Executivo Federal, por intermédio do Decreto n.º 82.357, de 25 de março de 2007, 
publicado no Diário Oficial da União de 26.03.2007, elevou a alíquota de IPI incidente sobre 
calçados de couro fabricados no Estado do Mato Grosso do Sul, passando a exigir o referido 
aumento já a partir da publicação do ato normativo. 
A empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., com sede em São Paulo, mas com estabelecimento 
industrial, que produz calçados de couro, situado no Município de Dourados – MS, entende que tal 
exigência seja inconstitucional. 
 
QUESTÃO: Como advogado da Empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., ingressar com a 
medida judicial apropriada que objetive resguardar os interesses do seu cliente. 
 
PROBLEMA N.º 13 
A empresa XYZ Ltda., com estabelecimento e sede no Município de São Paulo, durante o mês de 
maio de 1991, prestou serviços de limpeza à Empresa WWW Ltda., sediada no mesmo Município, 
sem emissão de Nota Fiscal, e sem o recolhimento do Imposto sobre Serviços de competência 
municipal (ISSQN). Em 03 de maio de 1997, a fiscalização municipal identificou a falta de 
recolhimento, oportunidade em que lavrou o Auto de Infração e Imposição de Multa, passando a 
exigir o crédito tributário com base na Lei n.º 7.999, de 23.11.96, publicada nesta mesma data. O 
Contribuinte, não concordando com as exigências, ingressou imediata e tempestivamente, com a 
defesa administrativa, rejeitada por decisão desfavorável transitada em julgado em 03.10.2002. 
Porque o tributo não foi pago, após inscrito na Dívida Ativa, a Procuradoria Municipal ingressou 
com a Execução Fiscal em 01.12.2007, sendo desta mesma data o despacho do Juiz que deferiu 
a inicial. 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da Empresa XYZ Ltda., ingresse com a medida judicial cabível 
para a defesa do contribuinte, sabendo-se que a executada foi intimada da penhora de bens de 
sua propriedade há 10 (dez) dias. 
 
PROBLEMA N.º 14 
Empresa do ramo automotivo denominada Concessionária Bassan Distribuidorade Veículos S/A, 
sediada no Município de São Paulo, recebe veículos da montadora Lopes do Brasil LTDA., 
atualmente com isenção de IPI, para portadores de deficiência física. A legislação do IPI (Lei n.º 
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3.333/03 – fictícia) define como “portador de deficiência física” toda pessoa que possuir deficiência 
motora nos membros inferiores e superiores, afastando desta definição as pessoas que possuem 
deficiência visual (cegueira e outras doenças de visão). José Maria, portador de cegueira 
congênita, quer adquirir veículo da Concessionária Bassan, para uso pessoal, contratando 
motorista particular para dirigi-lo e, mesmo assim, soube que sofreria incidência do IPI. 
 
QUESTÃO: Como advogado de José Maria, manipule o meio judicial à garantia de seus direitos. 
 
 
 
PROBLEMA N.º 15 
Antônio detém 10 % (dez por cento) do capital social da sociedade por quotas de 
responsabilidade limitada, denominada ZYB LTDA., cuja gerência é exercida em caráter exclusivo 
pelos outros dois sócios, que, em conjunto, detêm os restantes 90 % (noventa por cento) do 
capital social, já totalmente integralizado. Em razão da conjuntura econômica fortemente 
recessiva, a empresa passa por graves problemas financeiros, razão pela qual deixou de efetuar o 
recolhimento do Imposto de Renda relativo ao ano-base de 1997, declarado como devido. Com o 
intuito de agilizar a satisfação do referido crédito tributário, a Fazenda Nacional direcionou a 
execução fiscal também contra os sócios, invocando o disposto no art. 135, III, do Código 
Tributário Nacional. Os sócios tiveram bens pessoais penhorados. 
 
QUESTÃO: Como advogado exclusivo de Antônio, exercite o instrumento judicial hábil a afastar a 
sua responsabilidade no caso concreto. Considere que a execução foi proposta na subseção 
Judiciária de São Paulo e que Antônio permaneceu como depositário de dois imóveis de sua 
propriedade, tendo assinado o respectivo termo de penhora 15 (quinze) dias atrás. 
 
PROBLEMA N.º 16 
A empresa ABC Ltda. possui duas instalações industriais situadas em endereços diferentes, 
dentro do Município de São Paulo-SP. A fábrica (I)produz insumos que são utilizados pela fábrica 
(II) e transportados por caminhão, de um estabelecimento para outro. A empresa jamais efetuou o 
recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS sobre essa 
operação. No último mês de abril (2008), a fiscalização estadual lavrou auto de infração e 
imposição de multa contra a ABC Ltda., exigindo o recolhimento do imposto sobre essa operação 
relativamente aos últimos 10 (dez) anos. Não foi apresentada defesa administrativa, e o débito 
está na iminência de ser inscrito na dívida ativa estadual. Sabe-se, ainda, que a empresa participa 
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constantemente de licitações, sendo imprescindível a manutenção de situação regular perante o 
Fisco. 
 
QUESTÃO: Como advogado da ABC Ltda., acione o meio judicial adequado para desconstituir o 
lançamento em questão, bem como para assegurar a suspensão da exigência do respectivo 
crédito tributário. 
 
PROBLEMA N.º 17 
No mês de abril de 1999, a sociedade Trás-os-Montes Participações Ltda. recolheu, com atraso, a 
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS, do mês de competência 
março, do mesmo ano. O recolhimento extemporâneo foi efetuado com o acréscimo de multa e 
juros moratórios, e a quantia devida foi corretamente informada à Secretaria da Receita Federal, 
por meio da Declaração apropriada (DCTF). Contudo, em dezembro de 2000, a Receita Federal, 
revendo suas bases de dados, lavrou auto de infração contra a “Trás-os-Montes Participações 
Ltda.”, no qual reconhecia a exatidão do crédito tributário declarado, bem como a regularidade do 
pagamento efetuado, porém impôs à contribuinte a multa de 75% prevista na Lei n.º 9.430/96, 
relativa ao lançamento de ofício. Como a sociedade não apresentou impugnação administrativa, o 
crédito foi inscrito na dívida ativa e a União Federal moveu execução fiscal para cobrá-lo. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Trás-os-Montes Participações Ltda.,aja em favor dos 
interesses da cliente. Considere que a empresa foi intimada da penhora realizada sobre bens de 
sua propriedade há 20 (vinte) dias e que o processo tramita perante a 15a Vara de Execuções 
Fiscais da Subseção Judiciária de São Paulo. 
 
PROBLEMA N.º 18 
Em 25.04.2002 a Fazenda do Estado de São Paulo, lavrou um Auto de Infração e Imposição de 
Multa contra a Empresa Importação e Exportação de Bolachas Nordeste Ltda., exigindo 
pagamento do ICMS e penalidade pecuniária relativa a saídas de mercadorias de seu 
estabelecimento sem emissão de nota fiscal. Ao tomar ciência do Auto de Infração, a empresa 
apresentou imediatamente a sua defesa administrativa, argumentando que o crédito tributário era 
inexigível, porque ficou provado em inquérito policial e em processo penal, que a culpa pela 
irregularidade era de seu empregado Joaquim José, inclusive demitido por justa causa, por haver 
furtado as mercadorias. A administração tributária, todavia, manteve a exigibilidade que também 
foi confirmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas, cuja decisão administrativa transitou em julgado 
em 05.07.2006. Pela falta de pagamento, o crédito tributário foi inscrito na Dívida Ativa em 
16.10.2006, após o que a Fazenda Estadual ingressou com a Execução Fiscal, sendo a empresa 
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Enunciados Problemas Livro Vol. 2 
 
 
citada para pagar o referido débito em 23.12.2006. Em 15 de maio de 2007, o Oficial de Justiça 
levou a efeito a penhora de bens da empresa para garantia da execução. 
 
QUESTÃO: Como advogado da contribuinte, ingresse com a medida judicial cabível para 
defender os interesses da cliente, considerando-se, quanto ao aspecto temporal, que a ação é 
contemporânea à data da penhora realizada – 15 de maio de 2007. 
 
PROBLEMA N.º 19 
No exercício de 2006, a Prefeitura do Município de São José da Serra realizou obras de 
pavimentação asfáltica na zona norte da cidade. Naquela oportunidade, os moradores da região 
receberam um comunicado da Secretaria Municipal de Transportes e Vias Públicas, do qual 
constava apenas o período da consecução das obras e as conseqüentes mudanças no tráfego 
daquela área. Sem outras formalidades ou providências preliminares, as obras foram iniciadas no 
prazo previsto. A Fazenda Municipal está, agora, efetuando a cobrança, pela via executiva, da 
contribuição de melhoria que foi instituída pela Lei Municipal n.º12, de 29 de dezembro de 2005, 
com a finalidade de custear a indigitada obra. De acordo com esse diploma, o valor da 
contribuição corresponderia ao custo total da obra dividido pelo número de imóveis beneficiados. 
Caio é proprietário de um imóvel nessa região, cujo valor venal passou de R$ 10.000,00 (dez mil 
reais) para R$ 12.000,00 (doze mil reais) em razão da pavimentação, e está sendo executado 
judicialmente para pagamento do montante equivalente a R$ 6.000,00 (seis mil reais), a título de 
contribuição de melhoria. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Caio, exercite a providência judicial necessária para 
afastar a cobrança, considerando-se que já houve citação no bojo da execução fiscal e que o 
executado foi intimado da penhora que recaiu sobre o próprio imóvel há 15 (quinze) dias. 
 
PROBLEMA N.º 20 
A empresa “Indústria e Comércio de Móveis de Madeira Santo Antônio Ltda”, em 21.03.2008, teve 
contra si lavrado um Auto de Infração pela Fiscalização Estadual, uma vez que foi identificada a 
realização de uma operação de venda de mercadorias, em 05.10.2003, sem emissão de nota 
fiscal, o que implicou a falta de pagamento do ICMS. No Auto de Infração e Imposição de Multa, a 
fiscalização exigiu a cobrança do imposto calculado pela alíquota de 18% e da multa de 30% pela 
inadimplência, conforme previsto na Lei n.º 7.896, de 23.03.2007, publicada nesta mesma data, 
sendo certo que a Lei n.º 5.698, de 17.07.2001, vigente na data de ocorrência do fato gerador, 
fixava a alíquota de 10% e multa de 40%. 
 
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Direito Tributário 
Enunciados Problemas Livro Vol. 2 
 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da contribuinte, ingresse com a medida judicial cabível para 
defender os interesses de sua cliente. 
 
 
PROBLEMA N.º 21 
Por meio de fiscalização realizada em 25.08.98, na empresa “Comércio de Materiais para 
Construção João de Barro Ltda”., a Receita Federal, com base na legislação vigente nesta data, 
lavrou Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM) no valor de R$ 1.800.000,00 (um milhão e 
oitocentos mil reais) relativamente à falta de pagamento do Imposto Sobre a Renda (IR) incidente 
sobre o lucro apurado em operação de vendas de mercadorias, realizadas durante o ano de 1992. 
Não concordando com a referida exigência, o contribuinte ingressou, imediata e tempestivamente, 
com a competente impugnação administrativa, rejeitada por decisão desfavorável que transitou 
em definitiva em 24.08.2002. Não sendo pago o crédito tributário, a Fazenda Pública, após 
inscrição na dívida ativa, ingressou com Execução Fiscal, cuja petição inicial foi deferida pelo MM. 
Juiz em 24.02.2008. Em 15 de março de 2008, após regularmente citado para o pagamento da 
referida execução, foi efetuada a penhora de bens da empresa. 
QUESTÃO: Como advogado(a) do(a) contribuinte, promova a medida judicial adequada a 
resguardar os direitos de sua constituinte, salientandose, quanto ao aspecto temporal, que a ação 
é contemporânea à data da penhora realizada – 15 de março de 2008. 
 
PROBLEMA N.º 22 
A Virtual Ltda., localizada na cidade de São Paulo-SP, é empresa prestadora de serviços de 
acesso à rede mundial de computadores (provedora de Internet) e nessa qualidade foi autuada e 
multada pelo Fisco Municipal, em razão do não recolhimento do Imposto Sobre Serviços – ISS, 
relativo aos meses de janeiro a dezembro de 1999. De acordo com o auto de infração lavrado no 
mês de janeiro de 2008, seria de rigor o recolhimento do imposto sobre as receitas decorrentes 
das mensalidades pagas pelos associados, tendo em vista a previsão específica de tributação do 
serviço de acesso à Internet na Lei Municipal n.º 9.999, aprovada em 31 de dezembro de 2004. 
A empresa não apresentou defesa administrativa, mas ainda não foi executada judicialmente. 
 
QUESTÃO: Considerando-se que o serviço em questão não consta da lista anexa ao Decreto-lei 
n.º 406 / 68, nem da Lei Complementar n.º 56/87, adote, em nome da contribuinte, a medida 
judicial cabível para desconstituir o indigitado auto de infração e assegurar o direito do contribuinte 
de obter certidões de regularidade fiscal durante o trâmite da ação. Os objetivos deverão ser 
perseguidos em uma única ação. 
 
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PROBLEMA N.º 23 
A sociedade “Almeirão e Filhos Ltda.” tem por atividade principal a comercialização, no atacado, 
de material de limpeza. Há 20 (vinte) dias, foi intimada da lavratura de Auto de Infração e 
Imposição de Multa pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que lhe aplicou 
penalidade por haver vendido mercadorias sem a emissão da correspondente nota fiscal de saída, 
cobrando-lhe ainda o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS 
correspondente. A “Almeirão e Filhos” sustenta que, na verdade, a venda daqueles produtos foi 
cancelada antes que houvesse a sua efetiva saída do estabelecimento comercial, mas que por 
problemas internos, o sistema informatizado de controle de estoque não registrou o cancelamento 
da operação, dando baixa dos produtos vendidos. Possui, para tanto, documentos que 
comprovam tanto a falha no sistema quanto a permanência dos produtos tidos como vendidos em 
seu estoque. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da “Almeirão e Filhos Ltda.”, tome a medida cabível para 
cancelar o Auto de Infração e Imposição de Multa lavrado contra a empresa. Considereque a 
empresa tem sede em São Bernardo do Campo. 
 
 
 
PROBLEMA N.º 24 
A Indústria de Artefatos de Madeira Ltda., entendendo que um determinado produto por ela 
fabricado encontrava-se abrangido pela isenção do IPI, antes de qualquer manifesto do Fisco, 
formulou, em 01.06.2007, Consulta à Secretaria da Receita Federal do Brasil, porém, enquanto 
aguardava a resposta, continuou comercializando o referido produto ao abrigo da isenção. Em 
29.04.2008, a Receita Federal do Brasil, em resposta à Consulta formulada, posicionou-se 
oficialmente, fixando o entendimento de que aquele produto era tributado pelo IPI à alíquota de 
5% (cinco por cento). Nesta mesma data, o contribuinte recebeu o DARF (Documento de 
Arrecadação de Receitas Federais), emitido pela SRFB (Secretaria da Receita Federal do Brasil), 
para recolher, até o dia 25.05.2008, o tributo devido, acrescido de correção monetária, juros de 
mora e multa moratória de 20%. 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da empresa, ingresse com a medida judicial adequada à defesa 
dos interesses da constituinte. 
 
PROBLEMA N.º 25 
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A Fiscalização Estadual de São Paulo, em data de 23.09.2002, notificou regularmente a empresa 
KLM Distribuidora de Produtos AlimentíciosLtda., da lavratura de Auto de Infração e Imposição de 
Multa (AIIM) contra a contribuinte, por ter apurado a venda de mercadorias em 14.04.1997, sem 
emissão de nota fiscal, o que implicou a falta de recolhimento do tributo devido. Em face da falta 
de pagamento do referido débito, o mesmo foi devidamente inscrito na Dívida Ativa em 
12.11.2007, e a Execução Fiscal foi protocolizada em 18.12.2007, sendo desta mesma data o 
despacho do Juiz que deferiu a inicial. Citada da execução e penhorados os bens da contribuinte, 
há 10 (dez) dias, a empresa KLM Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda. contratou-o (a) para 
defender seus interesses. 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da empresa, acione o instituto judicial pertinente. 
 
PROBLEMA N.º 26 
A sociedade “Editora São Paulo S.A.” dedica-se à atividade jornalística e, nessa qualidade, realiza 
periodicamente a importação de papel para impressão do jornal “Gazeta de São Paulo”, de grande 
circulação. Atualmente, encontra-se retido na Alfândega do Porto de Santos, um lote de 1.000 
toneladas de papel, cujo desembaraço vem sendo obstado pela Inspetoria da Alfândega daquela 
localidade, que exige para tanto o recolhimento do Imposto de Importação incidente na operação, 
não recolhido pela empresa. A exigência fiscal vem comprometendo seriamente o funcionamento 
das oficinas de impressão, obrigando à redução da tiragem diária do jornal. Estima-se que em 4 
(quatro) dias o estoque de papel se esgotará, suspendendo de vez a impressão do jornal. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado (a) da “Editora São Paulo S.A.”, proponha a medida 
judicial cabível, para desembaraçar imediatamente a mercadoria sem o pagamento do tributo. 
 
 
PROBLEMA N.º 27 
A empresa Marmoraria Ltda., em 31.03.2002, foi regularmente citada em processo de execução 
para pagar ou garantir o juízo relativamente a débito de ISS, referente a fatos geradores ocorridos 
em janeiro de 2000 que, tempestivamente apurado e declarado ao Município de São Paulo, 
deixou de ser pago porque a empresa não tinha disponibilidade financeira. Oferecidos bens em 
garantia, lavrados o auto de penhora, foram afinal julgados improcedentes os embargos da 
empresa, com arrematação dos bens penhorados. Todavia, uma vez que os bens penhorados não 
foram suficientes para liquidar o crédito em discussão e não possuindo a empresa outros bens, 
em 15.12.2007, os sócios da executada foram citados para pagar o restante da dívida ou garantir 
a execução. Um dos sócios, de nome José Antônio, em data de 20.03.2008, ofereceu um de seus 
imóveis em garantia, formalizada pelo ato respectivo. 
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QUESTÃO: Como advogado do sócio José Antônio, instrumente o meio adequado em prol do 
cliente, considerando-se, quanto ao aspecto temporal, que a ação é contemporânea à data da 
penhora realizada – 20 de março de 2008. 
 
 
PROBLEMA N.º 28 
A RLBO Ltda., empresa situada no Município de Salto – SP, dedica-se ao ramo de prestação de 
serviços técnicos de engenharia e estaria, nessa qualidade, sujeita ao recolhimento do ISS. Desde 
o exercício de 2007, a empresa não vinha efetuando o recolhimento desse imposto, tendo em 
vista isenção específica concedida às empresas da região, por força da Lei Municipal n.º 
100/2006, uma isenção por prazo certo e sob determinadas condições. Todavia, o novo Prefeito, 
que tomou posse no dia 01 de janeiro de 2008 (data fictícia), pretende revogar aquele benefício 
fiscal, a fim de angariar receita necessária para financiar projetos sociais. Para tanto, baixou o 
Decreto n.º101/2008, publicado no Diário Oficial do Município, em fevereiro de 2008, que 
determinou a todas as empresas beneficiárias da isenção que voltassem a efetuar o recolhimento 
do ISS já a partir do próximo mês (março/2008). 
 
QUESTÃO: Como advogado da RLBO, manipule o instituto judicial hábil a garantir à empresa o 
benefício da isenção. Considere para tanto que o Fórum local não possui vara privativa da 
Fazenda Pública. 
 
 
 
PROBLEMA N.º 29 
A RLBO Ltda., sociedade com sede na cidade de São Paulo – SP, vem tentando obter, nos 
últimos 30 dias, a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, que é mantido 
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, para fins de fiscalização e controle da arrecadação 
dos tributos federais. Todavia, a inscrição vem sendo negada pela Delegacia da Receita Federal 
do Brasil, em São Paulo – SP, sob o argumento de que um dos seus sócios participa de outras 
empresas que estão em débito com o Fisco Federal. Tal restrição, segundo a autoridade fi scal, 
estaria respaldada em Instrução Normativa do Ministério da Fazenda. 
 
QUESTÃO: Como advogado da empresa, adote a medida judicial adequada à obtenção imediata 
do referido registro, eis que o contribuinte já vem operando e necessita regularizar a sua situação 
fiscal. 
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PROBLEMA N.º 30 
Caio e Tício são os únicos sócios da empresa XPTO S.A., que atuava no ramo de industrialização 
e comércio varejista de tubos de plástico. Diante das divergências administrativas entre ambos, 
em 31 de dezembro de 2007, foi deliberada a cisão da companhia, com a versão dos ativos 
relacionados à atividade de comercialização para outra empresa controlada por Caio, a RLBO 
LTDA., Tício permaneceu à frente da XPTO, que passou a se dedicar exclusivamente à atividade 
de industrialização. Antes da data da operação, os sócios decidiram transferir para os 
estabelecimentos comerciais toda a produção excedente de tubos, que se encontrava no estoque 
da fábrica. Em 01 de abril de 2008, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e imposição de 
multa contra a XPTO S.A., pelo não recolhimento do ICMS na transferência daquelas 
mercadorias, sob o argumento de ser a transferência fraudulenta. 
 
QUESTÃO: Como advogado da empresa, utilize o meio judicial pertinente a afastar a cobrança do 
ICMS no caso concreto e assegurar à Autora o acesso desde logo a certidões de regularidade 
fiscal. Suponha, para tanto, que todos os estabelecimentos das empresas localizam-se no 
Município de São Paulo. 
 
 
PROBLEMA N.º 31 
A sociedade Mirassol Agroindustrial S.A. vendeu, em março de 2007, um imóvel integrante de seu 
ativo imobilizado, pelo valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Esse imóvel estava registrado na 
contabilidade da sociedade pelo mesmo valor de R$ 100.000,00, que correspondia ao preço de 
sua aquisiçãopela sociedade. No mesmo ano-base de 2007, a empresa contabilizou um prejuízo 
fiscal de R$ 70.000,00 e, portanto, não pagou Imposto de Renda (IRPJ). Contudo, a fiscalização 
federal, revendo os livros contábeis, verificou que o valor da venda não foi lançado como receita e 
autuou a sociedade pelo valor correspondente, adicionando este ao resultado e cobrando o IRPJ 
no montante de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), equivalente ao lucro líquido de R$ 
30.000,00 (trinta mil reais). A sociedade não se defendeu do auto de infração, e o crédito foi 
inscrito na dívida ativa, com a subseqüente propositura de execução fiscal. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, atue em seu benefício. Considere que a 
constituinte tem sede na cidade de São José do Rio Pardo e que foi intimada da penhora de seus 
bens há 10 (dez) dias. 
 
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PROBLEMA N.º 32 
A Beija-Flor Revestimentos Ltda., com sede em São Paulo, é empresa que se dedica à 
comercialização de papéis de parede. Seus sócios pretendem aumentar o capital da sociedade, 
atualmente de R$ 100.000,00 (cem mil reais), para R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), mediante 
a conferência de imóvel, avaliado pelo diferencial de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Contudo, para realizar a transferência da propriedade do bem, exige-se a comprovação do 
recolhimento do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, por ato do Diretor do 
Departamento de Rendas Imobiliárias da Secretaria das Finanças do Município de São Paulo, que 
exige o pagamento do tributo na hipótese. A alteração contratual correspondente já foi arquivada 
pela JUCESP, restando apenas a integralização do aumento de capital. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado (a) da Beija-Flor Revestimentos Ltda., acione o meio 
judicial adequado à solução do impasse. 
 
PROBLEMA N.º 33 
Caio adquiriu de Túlio um imóvel, localizado no Município de São Paulo. Para tanto, celebrou 
contrato de compromisso de compra e venda, em caráter irrevogável e irretratável, por meio do 
qual se comprometeu a pagar o preço de R$ 100.000,00 (cem mil reais) em 10 prestações 
mensais, iguais e sucessivas de R$ 10.000,00 (dez mil reais), após o que seria outorgada a 
escritura definitiva de compra e venda. Era interesse de Caio registrar, no Cartório de Registro de 
Imóveis competente, o contrato de compromisso de compra e venda. Contudo, ao apresentar o 
contrato para registro, na última semana, Caio foi surpreendido com a exigência do pagamento do 
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) à alíquota de 2% (dois por cento) sobre o 
valor da transação, com respaldo em Lei municipal a exigi-lo, desde logo, no caso de 
compromissos irretratáveis e irrevogáveis. 
 
QUESTÃO: Como advogado de Caio, proponha a medida judicial conveniente aos interesses do 
cliente. 
 
PROBLEMA N.º 34 
João é sócio da sociedade Alpha Remédios Ltda., detendo 50% (cinqüenta por cento) do capital 
da empresa. Apesar de possuir proporção significativa do capital, nunca se interessou pela 
administração da sociedade, confiada ao sócio, Rubens. Pelo contrato social, a gerência incumbe 
exclusivamente a Rubens. João foi surpreendido pelo recebimento de um mandado de citação, 
intimação e penhora, dando conta da propositura de execução fiscal movida contra a sociedade e 
ambos os seus sócios, visando à cobrança da quantia de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), a 
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título de Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. João nunca soubera da existência dessa 
dívida, nem tem idéia da sua origem. Ao procurar Rubens, não obteve êxito, pois este evadiu-se 
para evitar a citação. O oficial de justiça, dando cumprimento ao mandado, citou João e penhorou-
lhe bens no valor suficiente para a garantia da dívida, intimando-o desse fato há 15 (quinze) dias. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado exclusivo de João, aja em seu favor. Considere que a 
execução fiscal corre perante o Anexo Fiscal da comarca de Itu, sede da sociedade e domicílio de 
João. 
 
PROBLEMA N.º 35 
A empresa Dragster Motors Ltda., dedicada ao comércio de veículos novos e usados, venda de 
peças e serviços, pretende a emissão de Certidão Positiva de Débitos com efeitos negativos, a fim 
de habilitar-se a participar de licitações públicas, mas teve seu pedido negado pela Delegacia da 
Receita Federal do Brasil em São Paulo/SP. Relata a empresa que a certidão foi negada sob 
alegação de que existem débitos pendentes. Entende a empresa que a recusa é injustificada, uma 
vez que as pendências existentes em relação à contribuição ao PIS dos períodos de 07/91 a 
11/91 e 03/93 a 07/93, referem-se ao processo n.º 000.00.12345-6, distribuído e processado na 
14ª Vara Cível Federal, cuja sentença, transitada em julgado há mais de um mês, aguarda 
conversão em renda da União de depósitos existentes, procedimento não realizado em razão da 
omissão da União, não podendo, assim, ser exigida a referida exação. A empresa procura-o(a), 
fornecendo a certidão de objeto e pé da 14ª Vara Cível Federal, comprovando a existência dos 
autos da ação ordinária n.º 000.00.12345-6, bem como cópia de todos os depósitos realizados 
naqueles autos, solicitando as medidas judiciais cabíveis. Saliente-se que o prazo para habilitar-se 
a participar da licitação pública encerrar-se-á amanhã. 
 
QUESTÃO: Como advogado da empresa Dragster, opere no sentido de afastar o óbice à licitação 
cujo prazo de vencimento é iminente. 
 
PROBLEMA N.º 36 
Pompônio faleceu e deixou dois filhos, Jonas e Sofonias, seus únicos herdeiros. Processado o 
inventário, cada um dos herdeiros recebeu bens no valor equivalente a R$ 10.000,00, conforme 
sentença homologatória de partilha amigável, transitada em julgado. Recentemente, Jonas 
recebeu notificação cobrando débito tributário de responsabilidade do de cujus, no valor de R$ 
50.000,00. Esse débito diz respeito ao Imposto de Renda (IRPF) de responsabilidade de 
Pompônio, dos últimos cinco anos, e está prestes a ser inscrito na dívida ativa da União, já em 
nome de Jonas. 
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QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Jonas, proceda em seu favor. 
Considere que Jonas mora em Santo André. 
 
PROBLEMA N.º 37 
A sociedade Magnólia Comercial Ltda. atuava no ramo de comércio varejista de roupas infantis, 
mantendo loja na cidade de São Paulo, denominada “O Bebê Feliz”. Findo o prazo de locação, o 
estabelecimento comercial foi fechado e ali se instalou um estabelecimento de venda de lustres e 
abajures, denominado “Lustres do Manolo”, mantido por Manolo e Irmãos Ltda. Porém, corria 
contra a Magnólia Comercial Ltda., execução fiscal para cobrança do ICMS, relativo aos meses de 
junho a setembro de 2005, no valor total de R$ 100.000,00 (cem mil reais). O Exeqüente, 
constatando o fato, requereu a inclusão, no pólo passivo da execução fiscal, da Manolo e Irmãos 
Ltda., na qualidade de responsável tributário em virtude da aquisição de estabelecimento 
comercial, o que foi deferido pelo Juízo. Há 15 (quinze) dias, a Manolo e Irmãos Ltda. foi intimada 
da penhora de bens de sua propriedade. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Manolo e Irmãos Ltda., atue na defesa de seus 
interesses. 
 
PROBLEMA N.º 38 
O Estado de São Paulo, por meio da Lei n.º 4.455/08, instituiu a cobrança do Imposto Sobre 
Transmissão causa mortis e doação, sobre quaisquer bens e direitos (ITCMD), aplicando sobre os 
respectivos fatos geradores alíquotas progressivas que variam de 1,0 % (um por cento) para bens 
no valor de até R$ 10.000,00, a 5% (cinco por cento) para outros, cujo valor supere o montante de 
R$ 150.000,00. Ricardo Altruísta deseja doar ao fi lho Tércio um imóvelde sua propriedade, no 
valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). O doador, inconformado com a disparidade de 
alíquotas sobre o fato gerador, procurou-o para saber da legitimidade ou não de tal cobrança. 
 
QUESTÃO: Como advogado(a) de Ricardo Altruísta, ingressar com a medida ou medidas 
pertinentes à proteção dos interesses do cliente. 
PROBLEMA N.º 39 
Em janeiro de 2008, a Sociedade “Carlos Ferreira – ME”, inscrita no CNPJ sob n.º 222.332.444-
0001-00, foi regularmente notificada de lançamento relativo a crédito tributário de IPTU, referente 
ao exercício de 2008, ocasião em que constatou que a alíquota utilizada para apuração do valor 
do imposto era de 2% (dois por cento), específica para imóveis destinados a fins comerciais. Na 
mesma ocasião, a Municipalidade de São Paulo, alterando lançamentos anteriores, exigiu IPTU 
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relativo aos exercícios de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, uma vez que, nos lançamentos 
anteriores, fora adotada por engano a alíquota de 1% (um por cento), específica para imóveis 
residenciais. 
 
QUESTÃO: Diante dessa situação, elabore a medida judicial apropriada para defender os 
interesses da Empresa “Carlos Ferreira – ME”, e que impeça eventual execução fiscal por parte 
da Fazenda Pública Municipal. 
 
PROBLEMA N.º 40 
Alcebíades é professor universitário e ministra cursos livres em caráter autônomo. Para exercer 
esta última atividade, inscreveu-se no Cadastro de contribuintes Mobiliários do Município de São 
Paulo (cidade onde ministra seus cursos) para efeito do pagamento do Imposto sobre Serviços – 
ISS. No entanto, logo após a inscrição, recebeu correspondência da Secretaria Municipal das 
Finanças, orientando-o a manter regular escrituração fiscal para apuração do tributo que, de 
acordo com a Lei municipal n.º 10.000/2008 (fictícia) incidiria exclusivamente sobre as receitas 
auferidas em decorrência da atividade, à alíquota de 5%. 
 
QUESTÃO: Como advogado de Alcebíades, atue em seu prol. 
 
PROBLEMA N.º 41 A sociedade A&C Serviços de Limpeza Ltda. tem sede em São Paulo e filial 
na cidade de Taboão da Serra. Para efeitos fiscais, ambos os estabelecimentos são autônomos, 
têm inscrições nos respectivos municípios e apenas prestam serviços dentro dos territórios 
municipais em que estão localizados. No entanto, o estabelecimento de São Paulo recebeu 
notificação, expedida pela Prefeitura, de que doravante deverá recolher aos cofres municipais 
também o imposto relativo aos serviços prestados em Taboão da Serra, uma vez que a sede da 
contribuinte é em São Paulo. De seu turno, a Prefeitura de Taboão da Serra exige o tributo e, não 
sendo pago, procederá à inscrição do débito na dívida ativa e conseqüente execução fiscal. 
 
QUESTÃO: Como advogado da A&C Serviços de Limpeza Ltda., aja para defender seus 
interesses e, diante das pretensões contempladas na hipótese, manter sua regularidade fiscal já a 
partir deste mês, em que o imposto questionado atinge o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
 
 
PROBLEMA N.º 42 
Alfredo foi eleito para exercer o cargo de Diretor Administrativo da Transportes Seabra S.A. na 
assembléia geral ordinária de 29.04.2001 e desempenhou essa função até abril de 2008. Pouco 
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depois de assumir o cargo, a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços, devido por seus clientes, em operação pela qual era 
responsável tributária nos anos 1999 e 2000. O auto de infração fora lavrado em maio de 2001 e 
foi definitivamente julgado na esfera administrativa em novembro de 2006, após a apresentação 
de defesa da autuada. Em seguida, a Fazenda do Estado moveu execução fiscal contra a 
sociedade e vários de seus diretores, para cobrança do mencionado débito, dentre os quais 
Alfredo. Alfredo recebeu, há 10 (dez) dias, a visita de um oficial de justiça, que o intimou da 
penhora de bens de sua propriedade para pagamento da dívida. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Alfredo, tome a medida necessária para defender seus 
interesses. Considere que a execução fiscal foi proposta em São Paulo, sede da sociedade. 
 
 
PROBLEMA N.º 43 
A União Federal, por meio da Lei n.º 9.999/05 (fictícia), instituiu contribuição previdenciária 
incidente sobre pagamentos efetuados a pessoas jurídicas prestadoras de serviços, à base de 
20% (vinte por cento) do montante efetivamente pago, a cargo do tomador. Com base nesse 
permissivo legal, o Banco Industrial S.A. foi autuado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
em razão de não ter recolhido a citada contribuição nos anos de 2006 e 2007, incidente sobre os 
pagamentos efetuados à empresa Bits Informática Ltda., empresa responsável pela manutenção 
de sistemas do Banco. A notificação fiscal de lançamento de débito (NFLD) não foi impugnada na 
esfera administrativa, e o débito, no valor atual de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), está 
prestes a ser inscrito na dívida ativa. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado do Banco Industrial S.A., tome as medidas judiciais 
necessárias para defesa de seus interesses. Considere que o Banco tem sede em Santo André, 
ao passo que a Bits Informática Ltda. tem sede em São Paulo. 
 
PROBLEMA N.º 44 
O Presidente da República, por intermédio da Lei Complementar n.º 22.222, de 31 de agosto de 
2007 (lei fictícia), instituiu o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), passando a exigir, a partir de 
01 de janeiro de 2008, das pessoas jurídicas e físicas, esse tributo, elegendo como base de 
cálculo exclusivamente o valor da aquisição de imóveis urbanos adquiridos que supere, 
mensalmente, o importe de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), mediante a incidência da 
alíquota de 0,3% sobre o montante estimado a esse título. O Partido Político ABC, sediado em 
São Paulo – Capital, não concorda com esta incidência tributária sobre imóveis que adquire para 
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o exercício de suas atividades. 
 
QUESTÃO: Como advogado, ajuíze medida cabível para defesa dos interesses de seu cliente. 
 
PROBLEMA N.º 45 
Por meio da Lei n.º 9.999, publicada em 1.º de abril de 2008, a União modificou a disciplina da 
tributação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, 
determinando que as empresas cujo faturamento no ano imediatamente anterior tenha sido 
inferior a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) passam a sujeitar-se à sistemática de 
apuração com base no lucro presumido, facultando-se a opção pelo lucro real apenas para as 
empresas cujo faturamento tenha ultrapassado aquele montante. Tendo em vista que o período 
de apuração do imposto de renda com base no lucro presumido é trimestral, as empresas que se 
enquadravam naquelas condições ficaram obrigadas a recolher o tributo relativo ao primeiro 
trimestre do presente ano já em 30 de abril último. A empresa XPTO S.A., sediada na Capital do 
Estado de São Paulo, cujo faturamento no último ano foi de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões 
de reais), procura- o relatando que, tendo em vista sua mínima margem de lucro, pretendia 
recolher o imposto de renda com base no lucro real anual, levantando, mensalmente, balancetes 
para apurar o valor das antecipações mensais, na sistemática do lucro real; como já era de se 
esperar, o valor recolhido a título de antecipações de imposto de renda e de contribuição social foi 
muito menor que o agora apurado com base no lucro presumido. Acredita que esta situação não 
se alterará nos próximos meses desse exercício. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da XPTO S.A., proponha a medida judicial que julgar 
cabível para proteger. 
 
PROBLEMA N.º 46 
Os sóciosda Moura e Leão S.A., sociedade anônima de capital fechado, sediada na cidade de 
São Paulo, inconformados com a elevada carga fiscal sobre ela incidente, decidem contratar um 
renomado escritório de advocacia para elaborar um planejamento tributário e, mediante a 
utilização de formas jurídicas lícitas, reduzir o impacto tributário. Os especialistas do escritório 
contratado sugerem a cisão da Moura e Leão S/A (em perfeita concordância com os dispositivos 
da Lei 6.404/76 – Lei das S.A) em duas outras sociedades – Moura S.A. e Leão S.A.. A Leão S.A. 
ficaria com o imóvel da sociedade, que seria alugado à Moura S.A., a preço de mercado. Optando 
a Leão S.A. pela tributação com base no lucro presumido, e a Moura S.A. pela tributação com 
base no lucro real, alcançar-se-ia uma economia tributária significativa, tendo em vista que a 
Moura S.A. poderia deduzir, no cálculo de seu lucro real, os alugueres pagos à Leão S.A. De fato, 
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a lei tributária considera dedutível do lucro real o pagamento de aluguéis de imóveis utilizados 
pela pessoa jurídica, e a Moura S.A. precisa do imóvel para as suas atividades. Após a 
implementação do planejamento, a Moura S.A. sofreu um processo de fiscalização promovido por 
autoridades federais, que culminou na lavratura de um auto de infração, fundamentado no 
parágrafo único do artigo 116 do Código Tributário Nacional, alegando o Fiscal responsável, em 
seu relatório, que o processo de cisão da sociedade Moura e Leão S.A. teve por fim exclusivo a 
economia tributária, inexistindo qualquer outro propósito gerencial ou comercial e, além disso, que 
haveria ofensa ao princípio da igualdade, já que sociedades na mesma situação que a empresa 
Moura e Leão S.A. eram obrigadas a arcar com uma carga tributária mais elevada do que as 
sociedades Moura S.A. e Leão S.A., daí se justificando o emprego da analogia para se tributar a 
Moura S.A. O prazo para defesa administrativa transcorreu sem que a Moura S.A. oferecesse 
impugnação, o que precipitou a inscrição do lançamento na dívida ativa e a promoção do 
processo de execução, sendo deferida a inicial pelo MM. Juízo, há 10 (dez) dias. Nesta mesma 
data, a executada foi intimada da penhora de bens de sua propriedade. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Moura S.A., apresente as medidas necessárias e 
cabíveis. 
 
PROBLEMA N.º 47 
Antes de ser editada a Lei paulista n° 10.992, de 2 1 de dezembro de 2001, que instituiu o Imposto 
sobre Transmissão Causa Mortis e Doações de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD, José doa 
para seu primeiro filho, Antonio, ações de uma empresa situada no Estado de São Paulo. José 
falece em 15 de janeiro de 2003, portanto, depois da edição do novo Código Civil – Lei no 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002. As ações que foram doadas para Antonio são levadas à colação no 
processo de inventário, e foi recolhido o ITCMD sobre todos os bens arrolados no inventário, 
inclusive os que haviam sido objeto da antecipação de legítima. Em janeiro de 2004, Antonio lê 
uma entrevista de um advogado no jornal, que defende a não-incidência do ITCMD nesta hipótese 
específica, de modo que os valores já recolhidos poderiam ser restituídos ou compensados com 
outros débitos de tributos estaduais. Desta forma, Antonio consulta-o/a como advogado/a, para 
obter sua opinião legal sobre o caso. 
 
QUESTÃO: Elabore a medida judicial adequada para defender os interesses de Antonio, 
redigindo a fundamentação e o pedido nos termos que entender aplicáveis. 
 
PROBLEMA N.º 48 
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A Empresa Globalcomunications Ltda., sediada no Município de São Paulo, é autuada em 
decorrência do não pagamento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) em 
relação aos valores recebidos pela prestação de serviços de comunicação. O prazo para 
impugnação administrativa expira, sem que a empresa autuada tome qualquer iniciativa, tendo 
sido então o débito inscrito em Dívida Ativa, há cinco meses. 
 
QUESTÃO: Por julgar indevido o ISS sobre serviços de comunicação e, na iminência de sofrer 
uma execução fiscal, que poderia comprometer os seus negócios, a empresa o constitui como 
advogado para defender os seus interesses. Tomar as providências cabíveis. 
 
PROBLEMA N.º 49 
Recentemente, a legislação do Município de São Paulo referente ao Imposto sobre a Transmissão 
de Bens Imóveis (Lei 11.154/91) foi substancialmente alterada pelo Decreto Municipal n.º 
46.228/08, bem como pela Portaria n.º 81/08, da Secretaria de Finanças do Município de São 
Paulo, dispositivos estes que promoveram a alteração da base de cálculo do tributo mencionado, 
que passou a ser fixada pelo Município com base na Planta Genérica de Valores. O referido 
decreto estabelece: 
 
“Artigo 7.º: A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
§1.º: Considera-se valor venal, para efeitos deste imposto, o valor pelo qual o bem ou direito seria 
negociado à vista, em condições normais de mercado. 
Artigo 8.º: A Secretaria Municipal de Finanças tornará públicos os valores venais atualizados dos 
imóveis inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal do Município de São Paulo. §1.º : Os valores 
venais dos imóveis serão atualizados periodicamente, de forma a assegurar sua compatibilização 
com os valores praticados no Município, mediante pesquisa e coleta permanente, por 
amostragem, dos preços correntes das transações e das ofertas à venda no mercado imobiliário, 
inclusive com a participação da sociedade representada no Conselho de Valores Imobiliários. (...) 
§3.º : O valor venal divulgado, em nenhuma hipótese, será inferior à base de cálculo do Imposto 
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana — IPTU, utilizada no exercício da transação.” 
 
O Sr. Guimarães acabou de negociar a venda, mediante contrato formal e regular, com valor 
fixado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), de um imóvel seu para o Sr. Machado, e cujo 
valor venal no carnê de IPTU é de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Todavia, segundo a 
Planta Genérica de Valores, este imóvel valeria R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). As partes 
têm interesse em fazer o registro da transmissão da propriedade no cartório de registro de imóveis 
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o mais rápido possível, mas sabem que este ato não será consumado na hipótese de o ITBI não 
ser recolhido consoante o Decreto Municipal no 46.228/05. 
 
QUESTÃO: Como advogado, tome as medidas judiciais cabíveis visando assegurar o pagamento 
do tributo da forma menos onerosa possível. 
PROBLEMA N.º 50 
O Sr. Ubaldo, executivo consagrado no mercado, foi contratado pela Tokiofl y Ltda. – uma 
empresa do segmento de helicópteros e que passa por graves dificuldades financeiras – para o 
cargo de diretor, para promover o seu saneamento e torná-la novamente lucrativa. Para o 
exercício da sua delicada função, iniciada em janeiro de 2002, o Sr. Ubaldo recebeu amplos 
poderes dos sócios. Em vista do delicado quadro financeiro da empresa e no intuito de que 
fossem adimplidos os compromissos com empregados e fornecedores, acabou-se por não pagar 
a contribuição previdenciária, parte patronal, nos exercícios de 2002 e 2003. A empresa sofreu 
autuação fiscal em setembro de 2007, sem ter, contudo, ingressado com recurso administrativo 
que pudesse suspender a exigibilidade do débito envolvido. Seguiu-se a execução fiscal com a 
penhora dos bens pessoais do Sr. Ubaldo, há 15 (quinze) dias, uma vez que ele figurava no pólo 
passivo da execução fiscal. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado do Sr. Ubaldo, tome as medidas cabíveis. 
 
PROBLEMA N.º 51 
O município em que está estabelecida a empresa X editou lei, em abrilde 2008, instituindo taxa 
de limpeza pública para o custeio do serviço público municipal de limpeza de logradouros 
públicos. Sua base de cálculo é o faturamento das empresas estabelecidas no município e sua 
alíquota é de 0,5%.Referida taxa passará a ser exigida no dia 1. º de janeiro do próximo ano. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa X, tome as medidas judiciais cabíveis para 
questionar a exigência dessa taxa. 
 
PROBLEMA N.º 52 
A empresa X aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, em março de 2000. Além do 
recolhimento das parcelas mensais do REFIS, a empresa deveria manter o pagamento regular 
dos demais tributos em dia. Ocorre que a empresa recolheu pontualmente, por 4 (quatro) meses 
consecutivos, PIS e COFINS, relativos a fatos geradores de 2005, porém, com os códigos de 
receita invertidos. Por esse motivo, a empresa foi notificada, há 3 (três) meses da lavratura de 
auto de infração relativo à falta de recolhimento integral da COFINS. A impugnação ao auto de 
infração foi protocolizada extemporaneamente, resultando na inscrição do débito em dívida ativa e 
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intimação da empresa para imediato pagamento do débito, sob pena de exclusão do REFIS. 
QUESTÃO: Como advogado, adote as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar a reinclusão 
da empresa no REFIS. 
 
PROBLEMA N.º 53 
A imprensa publicou recentemente diversas notícias acerca do julgamento, pelo Supremo Tribunal 
Federal – STF, de um recurso extraordinário que trata da inconstitucionalidade da inclusão do 
ICMS na base de cálculo da COFINS. Até o momento, há seis votos favoráveis à empresa 
recorrente e um voto negando provimento ao recurso extraordinário em questão. Embora a 
questão não esteja definitivamente julgada, visto que os ministros ainda podem alterar seus votos, 
sua cliente, ABC Industrial e Comercial Ltda., interessou-se por essa discussão jurídica e solicitou 
a elaboração de uma medida judicial que lhe assegure a não inclusão do ICMS na base de cálculo 
da COFINS daqui pra frente, bem assim o reconhecimento do direito ao crédito dos valores pagos 
a maior no passado. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, tome as medidas judiciais cabíveis, levando-
se em conta que sua cliente solicitou uma medida judicial que não implique a sua condenação em 
honorários de sucumbência. (Observação: a ABC Industrial e Comercial Ltda. apura a COFINS 
pelo regime da cumulatividade, previsto na Lei n.º 9.718, de 27 de novembro de 1998). 
 
PROBLEMA N.º 54 
Sua cliente, Fabbrica Automobili Ltda., é uma subsidiária de um grupo italiano do setor automotivo 
recém-constituída no Brasil. Um dos primeiros contratos celebrados entre a Fabbrica Automobili 
Ltda. e sua controladora refere-se à licença para uso da marca da empresa. Ao analisar as 
incidências tributárias aplicáveis sobre esse contrato, o departamento jurídico da Fabbrica 
Automobili Ltda. deparou com a previsão da Lei Complementar n.º 116, de 2003, de que o 
Imposto sobre Serviços – ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constantes de sua 
lista anexa, sendo que este imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do 
País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. Entre os serviços constantes na lista 
anexa à Lei Complementar n.º 116, de 2003, encontra-se o seguinte item “3.02 – Cessão de 
direito de uso de marcas e de sinais de propaganda”. Por não concordar com a exigência do ISS 
sobre a cessão de direito de uso da marca em questão, sua cliente o contrata para propor uma 
medida judicial que afaste tal exigência. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, elabore a medida judicial solicitada por seu 
cliente. 
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PROBLEMA N.º 55 
A empresa de engenharia de informação Procomputer S.A., sucessora de outra empresa do 
mesmo grupo, porém atuante no ramo tecnológico em mecânica de máquinas, Protecmaq Ltda., 
vem sofrendo problemas financeiros, agravada sua situação em virtude da falta de investimento 
por parte dos sócios estrangeiros. Como resultado dessa circunstância, a Procomputer se viu 
obrigada a atrasar o pagamento de tributos federais de modo deliberado, com o intuito de poupar 
caixa para fazer frente às despesas com empregados e fornecedores. Não obstante impontual no 
cumprimento das obrigações principais, a empresa manteve as obrigações acessórias em dia, 
efetuando os lançamentos fiscais e prestando as informações sobre os tributos impagos. Os 
débitos fiscais da Procomputer foram inscritos na Dívida Ativa da União, dando-se início às 
execuções fiscais correspondentes. A Procomputer foi citada nas mencionadas execuções 
fiscais. Inerte no prazo legal, teve bens penhorados para garantia do débito e intimado o 
representante legal da penhora realizada (15 dias), na qualidade de depositário legal. Seu 
departamento contábil, porém, verificou que determinados tributos federais lançados há mais de 
seis anos foram inscritos na dívida ativa extemporaneamente. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, elabore a medida judicial solicitada por seu 
cliente. 
 
PROBLEMA N.º 56 
A instituição de educação Colégio dos Mares S/C ingressou com consulta perante determinada 
municipalidade, com o intuito de ver confirmado o seu entendimento no sentido de que está imune 
do IPTU sobre imóveis de sua propriedade, locados para terceiros (um imóvel está locado para 
uma padaria, e outro, para um hotel). A resposta do referido município foi negativa. 
Entendeu a ilustre consultoria do município que somente estariam albergados pela imunidade 
aludida os imóveis utilizados na consecução dos fins essenciais da mencionada entidade de 
educação. Portanto, no entender da municipalidade, a locação de bens a terceiros não constituiria 
uma atividade essencial da aludida instituição. 
 
QUESTÃO: Como advogado do Colégio dos Mares S/C, formule a medida judicial mais célere e 
menos custosa possível, com o objetivo de não se ver constrangido, de imediato, ao pagamento 
do referido tributo. 
 
 
PROBLEMA N.º 57 
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O Estado de São Paulo decidiu realizar a desapropriação de grande área urbana e, para tanto, 
obedeceu a todos os trâmites e requisitos exigidos pela legislação pertinente. Alguns 
contribuintes, que tiveram seus imóveis desapropriados, e após receber todos os valores 
indenizatórios, incluíram-nos em suas declarações de rendimentos como ganhos não tributáveis. 
Ocorre que o Fisco Federal intimou, na última semana, os referidos contribuintes para o 
pagamento do IRPF dos valores recebidos a título de indenização por desapropriação e realizou o 
respectivo lançamento do tributo. Alegou que os valores recebidos pelos referidos contribuintes a 
título de desapropriação são superiores ao custo de aquisição original dos respectivos imóveis. Os 
contribuintes consultam-no a respeito da legalidade dessa cobrança e solicitam medidas urgentes 
que impeçam a cobrança do mencionado crédito tributário. 
 
QUESTÃO: Como advogado de todos os contribuintes, ou qualquer deles, redija a medida judicial 
adequada. 
 
PROBLEMA N.º 58 
A Igreja Evangélica X recebeu intimação da Secretaria do Estado, por intermédio da qual se 
solicitam esclarecimentos acerca da utilização de frota de veículos de propriedade da instituição. 
Após o recebimento de tal consulta, a entidade religiosa respondeu ao Fisco Estadual que todos 
os veículos eram utilizados em serviços administrativos da entidade. 
Não satisfeita com a resposta aludida, a Secretaria do Estado realizou, há poucos dias, o 
lançamento do IPVA dos últimos cinco anos com imposição de multa. A entidade religiosa 
consulta-o a respeitoda constitucionalidade de tal medida. 
 
QUESTÃO: Como advogado da entidade religiosa, redija a medida judicial que contemple a não 
necessidade de desembolso de caixa imediato para pagamento ou garantia do referido tributo. 
 
PROBLEMA N.º 59 
Sua cliente, empresa “A”, sediada no Estado de São Paulo, procura-o, pois foi surpreendida com a 
notícia de que o Diário Oficial do Estado publicou texto de Lei que instituiu uma taxa, cujo fato 
gerador consiste na prestação de serviços públicos de segurança pública em todo o território do 
referido Estado. A mencionada taxa será cobrada em valores fixos das pessoas físicas e jurídicas 
domiciliadas no respectivo Estado. A taxa será devida anualmente. Há casos previstos em Lei de 
isenção para pessoas físicas com idade superior a 65 anos. A empresa “A” pretende antecipar-se 
à referida cobrança e contrata-o para tomar as medidas judiciais cabíveis. 
 
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QUESTÃO: Como Advogado contratado da empresa, ingresse com a medida judicial tendente a 
evitar a cobrança futura da referida taxa. 
 
PROBLEMA N.º 60 
A empresa “B”, sediada na cidade de São Paulo, com filiais em várias cidades do referido Estado, 
pretende realizar, no mês de novembro/2007, transferências de mercadorias de seu 
estabelecimento situado na cidade de Sorocaba para o estabelecimento situado na cidade de 
Ourinhos. A aludida transferência tem por intuito concentrar parte do estoque hoje existente em 
área vizinha ao Estado do Paraná, tendo em vista estratégia comercial da empresa. Contudo, a 
empresa “B” tem conhecimento de que a legislação do ICMS do Estado de São Paulo exige o 
referido tributo nas transferências de mercadorias entre estabelecimentos comerciais dentro do 
próprio Estado. A empresa “B”, entendendo incorreta tal situação jurídica, contrata-o com o intuito 
de se ver desobrigada de fazer incidir o ICMS sobre as futuras operações de transferência de 
mercadorias. Para tanto, solicita que a medida judicial referida seja a mais célere possível e não 
acarrete risco de pagamento de honorários de sucumbência. 
 
QUESTÃO: Como Advogado de “B”, tome as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar o não 
pagamento de ICMS nas operações de transferências de mercadorias entre estabelecimentos 
comerciais situados no Estado de São Paulo. 
 
PROBLEMA N.º 61 
A empresa “C”, sediada no Estado de São Paulo, é uma empresa holding que tem por objeto 
social a participação em outras sociedades. Em decorrência disso, recebe das companhias de que 
participa, anualmente, juros sobre o capital próprio (JCP). Os referidos valores sofrem, por 
disposição legal, tributação do PIS e da COFINS. Já, com relação aos dividendos recebidos pela 
participação em outras sociedades, não há a referida tributação do PIS e da COFINS, também, 
por expressa disposição legal. Contudo, a empresa “C”, sabedora de que outras empresas 
ingressaram contra a cobrança dos referidos tributos (PIS e COFINS sobre JCP), contrata-o para 
ingressar com medida judicial que iniba a exigência futura de tais valores e a conseqüente 
cobrança do referido tributo. 
 
QUESTÃO: Como Advogado de “C”, tome as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar o não 
pagamento do PIS e da COFINS sobre a receita decorrente do recebimento de JCP. 
 
PROBLEMA N.º 62 
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A instituição financeira A. A., sediada no município de São Paulo, foi surpreendida com o aumento 
— de 9% para 15% — da alíquota da contribuição social sobre o lucro (CSLL), previsto no artigo 
17, da Medida Provisória n° 413/2008, a qual, por d eterminação de seu artigo 18, entraria em 
vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, com relação ao aumento da referida alíquota, 
a partir do primeiro dia do quarto mês subseqüente ao da respectiva publicação. Inconformados 
com o referido aumento, por entendê-lo inconstitucional, os diretores da A. A. resolveram contratar 
advogado para ajuizar a medida judicial competente para evitar o pagamento da mencionada 
majoração de CSLL e para, desde o primeiro momento, discutir toda a questão de mérito. 
Por cautela, a diretoria achou por bem solicitar que seja oferecido ao juízo competente o depósito 
do montante integral, com o fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do 
disposto no artigo 151 do Código Tributário Nacional. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética descrita, redija, na condição de advogado 
contratado pela instituição financeira A. A., a medida judicial que entender cabível, com 
fundamentação na matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a 
peça exigir. 
PROBLEMA N.º 63 
A sociedade de advogados “A”, estabelecida na capital de São Paulo há mais de 20 anos, 
resolveu adquirir um imóvel para onde pretende transferir suas atividades. A referida sociedade, 
durante todos os anos de sua existência, auferiu, tão-somente, receita decorrente do exercício da 
advocacia. Ao pretender realizar a operação de compra e venda do referido imóvel 
com a lavratura da competente escritura pública, “A” surpreendeu-se com a notícia de que teria de 
pagar o imposto previsto no artigo 156, inciso II, da Constituição Federal. Não se conformando 
com tal exigência, os sócios de “A”, por não atuarem na área tributária, resolveram contratar 
advogado especializado nessa área, para ingressar com medida judicial que vise a inibir essa 
exigência da municipalidade de São Paulo. Segundo solicitação dos sócios de “A”, a medida 
judicial não deve causar qualquer contingência pecuniária futura, no que se refere a honorários da 
parte contrária. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição de advogado 
contratado pelos sócios de “A”, a medida judicial que entender cabível, com fundamentação na 
matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a peça exigir. 
 
PROBLEMA N.º 64 
A empresa “B” tem por objeto social atividade de arrendamento mercantil, equiparada à atividade 
das instituições financeiras para fins de tributação de vários tributos (IR, CSLL, PIS, COFINS etc.). 
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Contudo, enquanto vigia a legislação da CPMF, as empresas de arrendamento mercantil estavam 
obrigadas a pagar a CPMF sobre as operações previstas no seu objeto social (operações próprias 
— arrendamento), o que já não ocorria com as instituições financeiras, que estavam desobrigadas 
do pagamento da referida exação tributária. A empresa “B”, durante todos os anos de vigência da 
CPMF, pagou o referido tributo, que incidia sobre as operações de arrendamento mercantil. 
Alertada da eventual inconstitucionalidade da cobrança, “B” pretende reaver os valores pagos 
indevidamente. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição de advogado 
contratado pela empresa “B”, a medida judicial que entender cabível, com fundamentação na 
matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a peça exigir. 
 
PROBLEMA 65 
A&D Consultoria Ltda. firmou contrato de prestação de serviços de consultoria com o Banco Claro 
S.A., para desenvolver e propor a implementação de estratégias mercadológicas para Internet e 
intranet. O serviço foi prestado na sede do Banco Claro S.A., em certo município goiano, e o 
estabelecimento da A&D Consultoria Ltda. é localizado em município paulista. Após consulta às 
legislações locais, os dirigentes da A&D Consultoria Ltda. concluíram que tanto o município 
goiano quanto o paulista se reputam credores do imposto sobre serviços (ISS), o que ensejou 
dúvida sobre quem seria o sujeito ativo competente para receber o referido imposto, no valor de 
R$ 5.500,00. 
 
QUESTÃO:Considerando a situação hipotética apresentada, proponha, na qualidade de 
procurador da A&D Consultoria Ltda., a medida judicial que entender cabível, com fundamento na 
matéria de direito aplicável ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
 
PROBLEMA 66 
Durante o exercício de 2005, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela Fábrica de Papel 
Paulista S.A. foram destinados à impressão de livros e jornais, com saídas cobertas pela 
imunidade tributária do ICMS, nos termos do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal. Em 
fiscalização, o agente fiscal estadual de São Paulo autuou a empresa, exigindo valores de 
imposto, multa e juros, por considerar que ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30% dos 
créditos de ICMS pelas compras de matérias primas e componentes, utilizados na fabricação dos 
papéis vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hipótese de não-incidência ou isenção do 
tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo administrativo teve trânsito 
em julgado, tendo o órgão administrativo de julgamento de segunda instância — Tribunal de 
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Impostos e Taxas do Estado de São Paulo —, em decisão não-unânime, mantido a cobrança do 
ICMS e acréscimos. O débito foi inscrito em dívida ativa, mas ainda não foi ajuizada a execução 
fiscal. 
 
QUESTÃO: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado da Fábrica de 
Papel Paulista S.A., considerando que a empresa necessita, com urgência, de certidão negativa 
ou positiva com efeitos de negativa para a participação em licitações públicas, e considerando, 
ainda, que a empresa possui recursos financeiros para efetuar o depósito judicial do débito, redija 
a medida judicial cabível, com a devida fundamentação legal, para fins de se pleitearem, em juízo, 
a certidão citada e o cancelamento da cobrança fiscal. 
 
 
PROBLEMA 67 
Considere a publicação de portaria ministerial determinando a incidência do imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguros ou relativas a títulos e valores mobiliários (IOF) sobre as 
operações de crédito das instituições de assistência social sem fi ns lucrativos. Considere, ainda, 
que os dirigentes da Associação Criança Feliz, por entenderem indevido o referido imposto, 
alegando que as operações financeiras da associação são direcionadas ao atendimento de suas 
finalidades, requeiram o ajuizamento de ação que obste imediatamente a cobrança do tributo. 
 
QUESTÃO: Em face dessa hipótese, na qualidade de procurador da 
Associação Criança Feliz, proponha a medida judicial que entender cabível, com fundamento na 
matéria de direito aplicável ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
 
PROBLEMA 68 
Em agosto de 2008, o Município de São Paulo promoveu, contra o Partido do Triunfo Nacional 
(PTN), regularmente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, execução fiscal na qual era cobrado 
o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), referente aos exercícios de 2004 
a 2007, relativo a imóvel de propriedade do referido partido político, localizado na Avenida Paulista 
e alugado a terceiro. Os recursos advindos da locação do imóvel são aplicados nas principais 
atividades desenvolvidas pelo PTN. O executado foi devidamente citado e intimado da penhora 
levada a efeito sobre um de seus automóveis. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima apresentada, elabore a medida judicial 
cabível para a defesa dos interesses do Partido do Triunfo Nacional (PTN), abordando todos os 
aspectos de direito material e processual pertinentes, com fulcro na doutrina e na jurisprudência. 
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Considere, quanto ao aspecto temporal, que a ação é contemporânea à data da citação na 
referida ação executiva. 
 
PROBLEMA 69 
A fazenda pública municipal da cidade de São Paulo promoveu o lançamento do imposto sobre 
serviços de qualquer natureza (ISS), em razão dos serviços prestados pelos sócios-gerentes de 
Amina Farmacêutica S.A. a esta pessoa jurídica. Foi aplicada a alíquota de 5% sobre o valor dos 
serviços, o que resultou no débito de R$ 4.500,00. Os dirigentes de Amina Farmacêutica S.A. 
entendem indevido o lançamento tributário e anseiam por medida que suspenda a exigibilidade do 
crédito tributário. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de 
procurador(a) dos dirigentes de Amina Farmacêutica S.A., elabore a medida judicial cabível em 
defesa de seus clientes, com fundamento na matéria de direito aplicável ao caso, apresentando 
todos os requisitos legais pertinentes. 
 
PROBLEMA 70 
João e Maria, casados entre si sob o regime da comunhão universal de bens, promoveram o 
pagamento do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) no ato em que 
firmaram instrumento particular de cessão de direitos, vantagens, obrigações e responsabilidades 
relativas a bem imóvel localizado em área não-residencial do município de Caxipó. A entidade 
municipal competente cobrou o imposto relativo a mais quatro transferências realizadas por 
cessões de direitos efetivadas anteriormente ao negócio por eles entabulado. O valor do imposto 
resulta da aplicação da alíquota de 2% sobre o valor do imóvel e, nesse caso, João e Maria foram 
obrigados a recolher cerca de 10% do valor do bem a título de ITBI. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de 
procurador(a) de João e Maria, elabore a medida judicial cabível em defesa de seus clientes, com 
fundamento na matéria de direito aplicável ao caso, apresentando todos os requisitos legais 
pertinentes. 
 
PROBLEMA 71 
A sociedade de economia mista Central Elétrica do Sul S.A. (CEES) é uma concessionária de 
serviços públicos de energia elétrica localizada em Porto Alegre – RS. Visando evitar problemas 
com o fisco federal, estadual ou municipal, os dirigentes da CEES deliberaram por realizar 
minuciosa inspeção interna. Nessa inspeção, foi constatado que, em relação ao imposto obre 
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serviços de qualquer natureza (ISS), a CEES recolheu, durante os nos de 2001 a 2006, quantia 
inferior à devida ao fisco. A diferença entre imposto devido e o efetivamente recolhido perfazia a 
importância de R$ 2000.000,00. Assim, em fevereiro de 2008, a empresa procurou a fazenda 
pública municipal competente para realizar a denúncia espontânea e recolher o valor 
correspondente ao tributo devido, atualizado monetariamente. Contudo, a autoridade fazendária 
se recusou a receber o valor devido, caso não fossem incluídas multas punitivas e moratórias, o 
que acabaria por majorar a importância a ser recolhida em cerca de 40%, fato que impossibilitou 
que a CEES quitasse sua obrigação tributária, pois não dispunha de todo o valor cobrado. 
 
QUESTÃO: Diante da situação hipotética apresentada, na condição de advogado da CEES, 
proponha a ação judicial que entender cabível para a defesa dos interesses dessa concessionária, 
abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 
 
PROBLEMA 73 
Em 14 de fevereiro de 2004, reunidas as condições para o pleito, a pessoa jurídica Multitec 
Comércio e Serviços Eletrônicos Ltda., domiciliada na cidade de Mogi das Cruzes-SP, optou pelo 
regime do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e 
das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), que concede o benefício de pagamento mensal 
unificado de determinados impostos e contribuições. Em agosto de 2005, a autoridade fiscal, por 
meio de ato declaratório executivo, determinou a exclusão de Multitec Comércio e Serviços 
Eletrônicos Ltda. do regime do

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