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SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO O Brasil é uma República Federativa Presidencialista formada pela União, estados e municípios atribuídos à uma Constituição. Sua forma de governo, ou seja, a forma pela qual se estrutura e se exerce o poder político é democrática. Isso se dá a partir da escolha pelos cidadãos, através das eleições, de representantes que possuem a função de dar voz às suas vontades e representá-los. É uma República pois o Chefe de Estado é eleito pelo povo por um determinado período de tempo. Sua forma de Estado é Federativa, pois há a coexistência de um poder federal e de poderes locais submetidos à uma Constituição, conferindo assim, um grau de autonomia limitado às cidades e municípios. E, seu sistema de governo é presidencialista, onde há a concentração de poder das Chefias de Estado e Governo no presidente da República. Além disso, tem como principal característica a separação dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Baseada na teoria de Montesquieu sobre a separação dos três poderes, essas instituições são independentes e harmônicas entre si, assegurando o equilíbrio, autonomia e limites para cada um desses poderes. Portanto, o Executivo é responsável pela administração de órgãos públicos e aplicação das leis, com o Presidente podendo veta-las ou sanciona-las. Já o Legislativo tem a função de elaborar as leis, além de fiscalizar o Poder Executivo. E, por fim, o Judiciário tem a função de interpretar e garantir o cumprimento das leis, fiscalizando tanto o Executivo quanto o Legislativo para assegurar o cumprimento da Constituição. Dentro da estrutura política de um país democrático e representativo como o Brasil, o sistema eleitoral se faz importante para sua organização. Noberto Bobbio (1976, p.1174) define sistema eleitoral como “os procedimentos institucionalizados para atribuição de encargos por parte dos membros de uma organização ou de alguns deles”, portanto, o sistema eleitoral consiste em um conjunto de regras que organizam e legitimam as eleições, provocando a conversão dos votos em mandatos políticos. O sistema eleitoral brasileiro é baseado no voto direto, secreto e obrigatório. De acordo com a Constituição Federal de 1988, estão previstos dois sistemas: o majoritário e o proporcional. No majoritário, o vencedor é aquele no qual recebe a maioria dos votos. Esse modelo é usado nas eleições do presidente da República, governadores, prefeitos e senadores. Já o proporcional, demanda o cálculo de uma fórmula para identificar o coeficiente eleitoral, onde estabelece os partidos e/ou coligações que irão ocupar as vagas disponíveis. É utilizado nas eleições dos vereadores, deputados federais e estaduais. Outra estrutura fundamental para manutenção de um governo democrático representativo é o sistema partidário. O Brasil é caracterizado por possuir um sistema multipartidário pois admite a formação legal de diversos partidos. Os múltiplos partidos possuem a função de representar os interesses de diferentes grupos e fazer a intermediação dos interesses deles com o Estado. Esse sistema, também chamado de pluripartidário, é considerado o mais propício à democracia já que visa a diversidade das ideias, possibilitando uma representação e atendimento dos interesses de todos, inclusive das minorias da sociedade. Desta forma, se faz extremamente importante e essencial para um país tão plural e homogêneo como o Brasil. Referências MATTEUCCI, N.; BOBBIO, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. 1º. ed. São Paulo: Unb, 1976. NICOLAU, J. M.; SCHMITT, R. A. Sistema Eleitoral e Sistema Partidário. Lua Nova, p. 129- 147, 1995. ISSN 0102-6445. ___________. Processo Eleitoral Brasileiro. Governo do Brasil, 2010. Disponivel em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/cidadania-e-inclusao/2010/09/processo-eleitoral>. Acesso em: 27 set. 2018. TORRES, D. Sistemas eleitorais brasileiros. Revista Eletrônica EJE, Brasília, n. 1º, p. 19-21, jun 2014. VENTURINI, L. Sistema eleitoral: as regras do jogo e os questionamentos. Nexo Jornal, 2016. Disponivel em: <4. https://www.nexojornal.com.br/explicado/2016/02/17/Sistema-eleitoral-as- regras-do-jogo-e-os-questionamentos>. Acesso em: 27 set. 2018. MONTESQUIEU, Charles de Secondat. O Espírito das Leis. Introdução, trad. e notas de Pedro Vieira Mota. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000. BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. 10. ed. (tradução de Maria Celeste C. J. Santos). Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
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