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Literatura de cordel Norma Culta

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14/10/2018 Literatura de cordel - Norma Culta
https://www.normaculta.com.br/literatura-de-cordel/ 1/3
LITERATURA
Literatura de cordel
Literatura de cordel é uma literatura popular, feita com base na cultura popular, em relatos da
tradição oral. Ilustradas com técnica de xilogravuras, as obras eram impressas em folhetins de
produção barata, sendo destinadas ao grande público. Teve grande preponderância no nordeste
brasileiro.
O nome literatura de cordel tem sua origem em Portugal, onde os livros eram vendidos
pendurados em cordéis, ou seja, fios de barbante. As cantigas dos trovadores medievais, que
transmitiam notícias através de versos, estão na base da literatura de cordel.
Características da literatura de cordel
Utilizavam uma linguagem informal, com rimas fáceis de cantar e decorar.
Relatavam temas cotidianos, históricos e religiosos, bem como lendas do folclore brasileiro.
Falavam sobre o relacionamento entre as pessoas, quer amoroso, quer social.
Faziam críticas sociais e políticas, recorrendo ao humor, sarcasmo e ironia.
Os autores exprimiam suas opiniões nas suas obras.
Autores de literatura de cordel
Leandro Gomes de Barros;
Francisco das Chagas Batista; 
João Martins de Athayde;
Cuíca de Santo Amaro;
Apolônio Alves dos Santos;
Firmino Teixeira do Amaral;
João Ferreira de Lima.
Obras de literatura de cordel
A seca do Ceará, de Leandro Gomes de Barros;
O Justiceiro do Norte, de Rouxinol do Rinaré;
Epopeia do Boi Corisco, de José Vidal dos Santos;
O cachorro dos mortos, de Leandro Gomes de Barros;
A chegada de Lampião no céu, de José Pachêco;
Lenda do Caipora, Gonçalo Ferreira da Silva;
História das Sete Cidades da Serra da Ibiapaba-Ce, de Apolônio Alves dos Santos;
14/10/2018 Literatura de cordel - Norma Culta
https://www.normaculta.com.br/literatura-de-cordel/ 2/3
Peleja de Pinto com Milanês, de Severino Milanês da Silva;
A história emocionante de Celeste e Bitião, de Gonçalo F. da Silva;
Antônio Silvino, o Rei dos Cangaceiros, de Leandro Gomes de Barros.
Poesia de cordel
Ai! Se sêsse!...
Se um dia nós se gostasse; 
Se um dia nós se queresse; 
Se nós dois se impariásse, 
Se juntinho nós dois vivesse! 
Se juntinho nós dois morasse 
Se juntinho nós dois drumisse; 
Se juntinho nós dois morresse! 
Se pro céu nós assubisse? 
Mas porém, se acontecesse 
qui São Pêdo não abrisse 
as portas do céu e fosse, 
te dizê quarqué toulíce? 
E se eu me arriminasse 
e tu cum insistisse, 
prá qui eu me arrezorvesse 
e a minha faca puxasse, 
e o buxo do céu furasse?... 
Tarvez qui nós dois ficasse 
tarvez qui nós dois caísse 
e o céu furado arriasse 
e as virge tôdas fugisse!!! 
(Zé da Luz)
E Tudo Vem a Ser Nada
Tanta riqueza inserida 
Por tanta gente orgulhosa 
Se julgando poderosa 
No curto espaço da vida 
Oh! que idéia perdida 
Oh! que mente tão errada 
Dessa gente que enlevada 
Nessa fingida grandeza 
Junta montões de riqueza 
E tudo vem a ser nada 
14/10/2018 Literatura de cordel - Norma Culta
https://www.normaculta.com.br/literatura-de-cordel/ 3/3
[...] 
(Silvino Pirauá)
A Discussão do Carioca com o Pau-de-Arara
[...] 
Certo dia feriado 
sendo o primeiro do mês 
fui tomar uma cerveja 
no bar de um português 
lá assisti uma cena 
agora pego na pena 
para contar pra vocês
Quando eu estava sentado 
chegou nessa ocasião 
um velho pernambucano 
daqueles lá do sertão 
com a maior ligeireza 
foi se sentando na mesa 
pediu uma refeição
O português logo trouxe 
um prato grande sortido 
o nortista vendo aquilo 
ficou logo enfurecido 
com um gesto carrancudo 
começou mexendo tudo 
depois falou constrangido
Patrício não leve a mal 
nem me queira achar ruim 
toda espécie de comida 
que você tem é assim? 
desculpe minha expressão 
mas a sua refeição 
não vai servir para mim 
[...] 
(Apolônio Alves dos Santos)

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