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NCPC SISTEMATIZADO

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NCPC – GAJARDONI 2016 
I - NORMAS FUNDAMENTAIS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................. 12 
1. NEOPROCESSUALISMO (art. 1º e art. 8º) .......................................................... 13 
1.1. Impacto nos Tribunais Superiores .................................................................... 13 
2. NORMAS PRINCÍPIOS E NORMAS REGRAS? .................................................. 13 
3. DIMENSÕES DOS PRINCÍPIOS.......................................................................... 15 
1.2. Natureza objetiva .............................................................................................. 15 
1.3. Natureza subjetiva ............................................................................................ 15 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS .................................................................. 15 
1.4. Princípios informativos ou formativos ................................................................ 15 
1.5. Princípios gerais/genéricos ou fundamentais (explícitos/implícitos) .................. 16 
5. PRINCÍPIOS GERAIS/GENÉRICOS OU FUNDAMENTAIS NO NCPC ................ 17 
1.6. Princípio da demanda/inércia/dispositivo e impulso oficial (art. 2º) ................... 17 
1.7. Princípio da ação/inafastabilidade do controle judicial (3º NCPC e 5º XXXV CF)
 20 
1.8. Razoabilidade temporal (4º NCPC e 5º, LXXVIII, CF) ....................................... 27 
1.9. Boa-fé (5º NCPC) (422 CC) .............................................................................. 30 
1.10. Princípio da Cooperação (6º, NCPC) ................................................................ 31 
1.11. Isonomia (7º, NCPC e 5º, caput, e I, CF) .......................................................... 33 
1.12. Contraditório (9º e 10, NCPC) ........................................................................... 39 
II – COMPETÊNCIA .......................................................................................................... 41 
1. GENERALIDADES ............................................................................................... 41 
1.1. Conceito ........................................................................................................... 41 
1.2. Previsão Legal .................................................................................................. 41 
2. DIVISÃO .............................................................................................................. 41 
2.1. Competência internacional (jurisdição) ............................................................. 41 
2.2. Competência interna ......................................................................................... 42 
3. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL (“JURISDIÇÃO”) .......................................... 42 
3.1. Princípios/critérios de direito internacional ........................................................ 42 
3.2. Dois critérios ..................................................................................................... 42 
3.3. Competência internacional exclusiva (art. 23 NCPC) ........................................ 43 
3.4. Competência internacional concorrente (arts. 21 e 22 do NCPC) ..................... 44 
3.5. Critério de prevalência na competência concorrente (art. 24 NCPC) ................ 44 
4. CRITÉRIOS (ART. 44 NCPC) – CHIOVENDA ..................................................... 45 
4.1. Critério Hierárquico ou funcional (ratione personae) ......................................... 45 
4.2. Critério Material ................................................................................................ 46 
4.2.1. Competência material delegada ....................................................................... 50 
 
2 
 
4.3. Critério Valorativo ............................................................................................. 51 
4.4. Critério Territorial (arts. 42 a 63 do NCPC) ....................................................... 51 
5. REGIME JURÍDICO DA COMPETÊNCIA (INTERNA) .......................................... 53 
5.1. Competência absoluta ...................................................................................... 54 
5.2. Competência relativa ........................................................................................ 55 
6. CAUSAS MODIFICATIVAS DE COMPETÊNCIA ................................................. 57 
6.1. Perpetuatio jurisdictionis (art. 43 NCPC) ........................................................... 57 
6.2. Prorrogação legal ............................................................................................. 57 
7. CONFLITO DE COMPETÊNCIA .......................................................................... 59 
7.1. Positivo (art. 66, I, NCPC) ................................................................................. 59 
7.2. Negativo (art. 66, II, NCPC) .............................................................................. 59 
7.3. Quem suscita .................................................................................................... 59 
7.4. Quem julga ....................................................................................................... 59 
III – LITISCONSÓRCIO ..................................................................................................... 59 
2. ASPECTOS CONCEITUAIS ................................................................................ 59 
3. CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................ 60 
3.1. Quanto aos sujeitos .......................................................................................... 60 
3.2. Quanto ao momento ......................................................................................... 60 
3.3. Quanto aos efeitos ............................................................................................ 60 
3.4. Quanto à obrigatoriedade ................................................................................. 61 
4. FIGURAS PROBLEMÁTICAS .............................................................................. 63 
4.1. Litisconsórcio ativo, facultativo e ulterior ........................................................... 63 
4.2. Litisconsórcio ativo necessário ......................................................................... 64 
4.3. Litisconsórcio passivo eventual ......................................................................... 64 
4.4. Litisconsórcio passivo alternativo ...................................................................... 64 
5. LITISCONSÓRCIO (FACULTATIVO) MULTITUDINÁRIO (113, §§ 1º E 2º NCPC).
 65 
6. REGIME JURÍDICO DO LITISCONSÓRCIO (117 NCPC) .................................... 66 
6.1. Atos benéficos .................................................................................................. 66 
6.2. Atos prejudiciais ............................................................................................... 67 
7. EFEITOS DA NÃO FORMAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO .................................... 67 
7.1. Facultativo ........................................................................................................ 67 
7.2. Necessário (115 NCPC) ................................................................................... 67 
8. CASUÍSTICA........................................................................................................ 67 
8.1. Prazo em dobro (229 NCPC) (súmula 641 STF) ............................................... 67 
8.2. Alimentos avoengos (1698 do CC) ................................................................... 68 
8.3. Conta conjunta e litisconsórcio passivo ............................................................68 
 
3 
 
8.4. Litisconsórcio entre segurado e seguradora (s. 529 e 537 STJ) ....................... 68 
IV – INTERVENÇÃO DE TERCEIROS .............................................................................. 69 
1. GENERALIDADES ............................................................................................... 69 
1.1. Efeitos das sentenças e intervenção (506 NCPC) ............................................ 69 
1.2. Conceito de terceiro .......................................................................................... 69 
1.3. Classificação das formas de intervenção .......................................................... 69 
1.4. Intervenção de terceiros no NCPC ................................................................... 70 
2. ASSISTÊNCIA ..................................................................................................... 72 
2.1. Hipóteses de cabimento ................................................................................... 72 
2.2. Espécies ........................................................................................................... 73 
2.3. Casuística ......................................................................................................... 74 
3. DENUNCIAÇÃO À LIDE ...................................................................................... 74 
3.1. Hipóteses de cabimento ................................................................................... 74 
3.2. Procedimento e formação de litisconsórcio entre denunciante e denunciado 
(127/128 NCPC) .................................................................................................................... 75 
3.3. Casuística ......................................................................................................... 75 
4. CHAMAMENTO ................................................................................................... 76 
4.1. Hipóteses de cabimento (130 NCPC) ............................................................... 77 
4.2. Procedimento (131 NCPC) ............................................................................... 77 
4.3. Formação de título executivo contra e entre todos (132 NCPC) ....................... 77 
5. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO PERSONALIDADE JURÍDICA ............... 77 
5.1. Objetivo ............................................................................................................ 77 
5.2. Modelos ............................................................................................................ 78 
5.3. Legitimidade (art. 133, caput) ........................................................................... 78 
5.4. Cabimento e momento...................................................................................... 78 
5.5. Procedimento (citação) e recurso (arts. 134, 135. 136 e 1.015, IV, NCPC)....... 78 
5.6. Efeitos do julgamento/acolhimento ................................................................... 79 
5.7. Coisa julgada .................................................................................................... 79 
5.8. Pedido de desconsideração e tutela de urgência (300 NCPC).......................... 79 
6. AMICUS CURIAE ................................................................................................. 79 
6.1. Conceito e previsão legal .................................................................................. 79 
6.2. Objetivo ............................................................................................................ 80 
6.3. Cabimento ........................................................................................................ 80 
6.4. Legitimidade (espontânea ou provocada) ......................................................... 80 
6.5. Diferenças ........................................................................................................ 80 
6.6. Poderes ............................................................................................................ 80 
V – JUIZ E TUTELA PROVISÓRIA .................................................................................... 80 
 
4 
 
1. DO JUIZ ............................................................................................................... 81 
1.1. Deveres/poderes .............................................................................................. 81 
1.2. Indeclinabilidade (140 NCPC) ........................................................................... 82 
1.3. Legalidade estrita (140, § único NCPC) ............................................................ 83 
1.4. Inércia ou demanda (141 NCPC) ...................................................................... 83 
1.5. Poderes instrutórios (370 NCPC) ...................................................................... 83 
1.6. Livre convencimento motivado (371 NCPC) (HÁ AINDA NO NCPC?) .............. 83 
1.7. Identidade física do juiz .................................................................................... 84 
1.8. Imparcialidade (impedimento x suspeição) (144/145 NCPC) ............................ 84 
1.9. Regime jurídico do impedimento/suspeição ...................................................... 85 
2. TUTELAS PROVISÓRIAS.................................................................................... 86 
2.1. Tutelas provisórias na doutrina ......................................................................... 86 
2.2. Impactos do NCPC ........................................................................................... 86 
2.3. Tutelas provisórias no NCPC ............................................................................ 89 
2.4. Tutela antecipada antecedente (303)................................................................ 91 
2.5. Estabilização da tutela antecipada (304) .......................................................... 92 
2.6. Tutela da evidência (311) ................................................................................. 93 
VI – NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL ....................................................................... 94 
1. GENERALIDADES ............................................................................................... 94 
1.1. A relevância da vontade no direito processual civil ........................................... 94 
1.2. O ideário publicista como impedimento para celebração de convenções atípicas 
sobre processo ...................................................................................................................... 94 
1.3. CPC/2015 e a cláusula geral de negócio jurídico processual ............................ 94 
2. MODELOS ........................................................................................................... 95 
2.1. Típicos .............................................................................................................. 95 
2.2. Atípicos ............................................................................................................. 97 
3. CONDIÇÕES GENÉRICAS DE ADMISSIBILIDADE ............................................ 97 
3.1. Agente capaz .................................................................................................... 97 
3.2. Objeto lícito ....................................................................................................... 97 
3.3. Forma ............................................................................................................... 98 
3.4. Autonomia da vontade ...................................................................................... 98 
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE ADMISSIBILIDADE .......................................... 98 
4.1. Capacidadeespecífica das partes .................................................................... 98 
4.2. Direitos que admitam autocomposição (análise do direito material em debate) 99 
5. OUTRAS QUESTÕES ......................................................................................... 99 
5.1. Momento .......................................................................................................... 99 
5.2. (Des) Necessidade de homologação pelo juiz (art. 200 do CPC)) .................... 99 
 
5 
 
5.3. Duas espécies de negócios jurídico processual atípico .................................... 99 
VII – PETIÇÃO INICIAL ..................................................................................................... 99 
1. GENERALIDADES ............................................................................................... 99 
1.1. Procedimento comum (art. 318 NCPC) e conceito ............................................ 99 
1.2. Efeitos da propositura ..................................................................................... 100 
2. REQUISITOS (319 NCPC) ................................................................................. 101 
2.1. Escritura ......................................................................................................... 101 
2.2. Autoridade a quem é dirigida .......................................................................... 101 
2.3. Partes e suas qualificações (319, §§, NCPC) ................................................. 101 
2.4. Causa de pedir ............................................................................................... 102 
2.5. Pedido (imediato e mediato) (322/329 NCPC) ................................................ 102 
2.6. Valor da causa (291/293 NCPC) – DANO MORAL ......................................... 102 
2.7. Protesto (genérico) por provas ........................................................................ 103 
2.8. Opção pela realização da audiência do art. 334 NCPC .................................. 103 
2.9. Documentos indispensáveis (320 NCPC) ....................................................... 104 
2.10. Capacidade postulatória de quem assina (76 e 104 NCPC) ........................... 104 
2.11. Requisitos específicos (330, § 2º, NCPC) (917, § 3º, NCPC) ......................... 105 
3. PEDIDO ............................................................................................................. 105 
3.1. Espécies ......................................................................................................... 105 
3.2. Princípio da congruência ou da adstrição (141 e 492 NCPC) ......................... 105 
3.3. Pedido certo (322 NCPC) ............................................................................... 105 
3.4. Pedido determinado (324 NCPC) ................................................................... 106 
3.5. Pedido genérico e liquidação de sentença (324, § 1º, NCPC) ........................ 106 
3.6. Interpretação dos pedidos (322, §2º, NCPC). ................................................. 106 
3.7. Cumulação legal de pedidos ........................................................................... 106 
3.8. Ampliação do pedido (cumulação de pedidos superveniente) e limites (329 
NCPC) 107 
4. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ............................................................................. 107 
4.1. Espécies ......................................................................................................... 107 
4.2. Requisitos ....................................................................................................... 108 
VIII – ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO ............................................................................... 109 
1. EMENDA DA INICIAL ........................................................................................ 109 
2. INDEFERIMENTO ............................................................................................. 110 
2.1. Sem análise do mérito (330 e 485, I, NCPC) .................................................. 110 
2.2. Com análise do mérito .................................................................................... 110 
3. APLICAÇÃO DO ART. 10 NCPC ÀS HIPÓTESES DE INDEFERIMENTO ........ 111 
3.1. Prescrição/decadência.................................................................................... 111 
 
6 
 
4. RECURSO CONTRA O INDEFERIMENTO ....................................................... 112 
IX – AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO ....................................................... 112 
1. PREVISÃO LEGAL ............................................................................................ 112 
2. ATO INAUGURAL .............................................................................................. 113 
3. CONCILIADORES E MEDIADORES ................................................................. 113 
4. CASOS DE NÃO REALIZAÇÃO......................................................................... 115 
5. CONSEQUÊNCIAS DO NÃO COMPARECIMENTO .......................................... 116 
6. INTERVALO ENTRE AS AUDIÊNCIAS.............................................................. 116 
7. QUESTÕES ....................................................................................................... 116 
X – RESPOSTA DO RÉU ................................................................................................ 118 
1. GENERALIDADES SOBRE AS RESPOSTAS DO RÉU .................................... 118 
1.1. A resposta do réu como ônus ......................................................................... 118 
1.2. Espécies de defesas ....................................................................................... 118 
1.3. Classificação das defesas .............................................................................. 118 
2. CONTESTAÇÃO ................................................................................................ 118 
2.1. Conceito ......................................................................................................... 118 
2.2. Princípios regentes do tema ........................................................................... 118 
2.3. Conteúdo (337 NCPC) .................................................................................... 119 
2.4. Prazo para contestação .................................................................................. 121 
2.5. Outras questões sobre contestação ............................................................... 123 
XI – JULGAMENTO ANTECIPADO E SANEAMENTO DO PROCESSO......................... 125 
1. JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO ...................................................... 125 
1.1. Total (art. 355) ................................................................................................ 125 
1.2. Parcial (356, NCPC) ....................................................................................... 126 
1.3. Particularidades sobre julgamento antecipado parcial do mérito ..................... 127 
2. SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO ........................................ 129 
2.1. Forma ............................................................................................................. 129 
2.2. Objetivos (357, caput, NCPC) ......................................................................... 129 
2.3. Particularidades .............................................................................................. 132 
XII – PROVAS ................................................................................................................. 134 
1. PADRÃO DA ATIPICIDADE (369 NCPC) ...........................................................134 
2. PROVAS DANTES ATÍPICAS DORAVANTE PREVISTAS NO NCPC ............... 134 
2.1. Prova emprestada (372 NCPC) ...................................................................... 134 
2.2. Ata notarial (384 NCPC) ................................................................................. 134 
2.3. Documentos eletrônicos (439 NCPC) ............................................................. 134 
3. PODERES INSTRUTÓRIOS (370 NCPC) .......................................................... 135 
4. SISTEMAS DE VALORAÇÃO DA PROVA ......................................................... 135 
 
7 
 
4.1. Persuasão racional (371/2) ............................................................................. 135 
4.2. Precedentes vinculantes (927) ........................................................................ 135 
5. ÔNUS DA PROVA (373, NCPC) ........................................................................ 136 
6. MODIFICAÇÃO DO PADRÃO LEGAL DO ÔNUS DA PROVA ........................... 136 
6.1. Pelas partes (373, §§ 3º e 4º, e 190, NCPC) .................................................. 136 
6.2. Pela lei (344, NCPC) ...................................................................................... 137 
6.3. Pelo juiz (373, § 1º e 2º, NCPC X 6º, VIII, do CDC) ........................................ 137 
7. DEVER DE COLABORAÇÃO (378 NCPC) ........................................................ 137 
7.1. Das partes (379 e 6º NCPC) ........................................................................... 138 
7.2. De terceiros (380 NCPC) ................................................................................ 138 
8. PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS (381 NCPC) ..................................... 138 
8.1. Hipóteses de cabimento (381, caput, e 700, § 1º, NCPC) ............................... 139 
8.2. Competência e prevenção (§ 2º a 4º, NCPC) ................................................. 139 
8.3. Aplicação ao arrolamento não constritivo e justificação (§ 1º e 5º) ................. 140 
8.4. Procedimento (382 e 383 NCPC) ................................................................... 140 
9. ASPECTOS DAS PROVAS EM ESPÉCIES ....................................................... 140 
9.1. Flexibilização da ordem de produção de provas (139, VI e 361) ..................... 140 
9.2. Gravação da audiência pelo juízo e pelas partes (367, § 4º e 5º) ................... 141 
9.3. Adiamento da audiência por atraso injustificado (362, III) ............................... 141 
9.4. Exibição de documentos e sanções (400 e 403, parágrafos NCPC) ............... 141 
9.5. Oitiva da testemunha de fora por vídeo (453, § 1º e 2o, NCPC) ..................... 142 
9.6. Intimação de testemunhas pelos advogados e exceções: 455 NCPC ............. 142 
9.7. Forma de inquirição: cross examination (459 NCPC) ..................................... 143 
9.8. Perícia simplificada (464, § 2º a 4º, NCPC) .................................................... 143 
9.9. Procedimento para nomeação de perito pelo juiz e fixação/pagamento de 
honorários (465 NCPC) ....................................................................................................... 143 
9.10. Convenção processual de escolha do perito (471, NCPC) ............................. 144 
XIII – SENTENÇA E PRECEDENTES ............................................................................. 144 
1. CONCEITO ........................................................................................................ 144 
1.1. Efeitos ............................................................................................................ 144 
1.2. Conteúdo ........................................................................................................ 144 
1.3. Conteúdo/efeitos (203, § 1º, NCPC) ............................................................... 145 
2. SENTENÇA TERMINATIVA (485, NCPC - ANÁLISE) ........................................ 145 
2.1. Abandono de causa ........................................................................................ 146 
2.2. Reconhecimento pelo árbitro de sua competência .......................................... 146 
2.3. Matérias cognoscíveis de ofício até o trânsito ................................................. 146 
2.4. Recurso cabível .............................................................................................. 147 
 
8 
 
2.5. Interesse no conhecimento do mérito ............................................................. 147 
2.6. Repropositura via correção do vício e pagamentos custas (486) .................... 147 
3. SENTENÇA DE MÉRITO (487, NCPC - ANÁLISE) ............................................ 148 
3.1. Sentença de mérito x decisões de mérito ....................................................... 148 
3.2. Confusão ........................................................................................................ 148 
3.3. Prescrição e decadência ................................................................................. 148 
4. PRECEDENTES ................................................................................................ 149 
4.1. Loteria judicial e jurisprudência ....................................................................... 149 
4.2. Estabilidade, integralidade e coerência (926) ................................................. 149 
4.3. Súmulas e circunstâncias fáticas (926, §§) ..................................................... 149 
4.4. Precedentes persuasivos (“jurisprudência”?) .................................................. 149 
4.5. Precedentes vinculantes (927) ........................................................................ 150 
4.6. Aplicações práticas dos precedentes vinculantes ........................................... 151 
4.7. Modificação dos precedentes vinculantes (927, §§ 2º a 4º) ............................ 153 
4.8. Publicidade dos precedentes (927, § 5º)......................................................... 153 
5. ELEMENTOS E FUNDAMENTAÇÃO (489) ....................................................... 153 
5.1. Decisão não fundamentada (489, § 1º, NCPC) – análise ................................ 154 
5.2. Decisão sucinta (enunciado 10 ENFAM) ........................................................ 154 
5.3. Ônus argumentativo das partes ...................................................................... 155 
6. OUTRAS QUESTÕES ....................................................................................... 155 
6.1. Recurso contra sentença sem fundamentação ............................................... 155 
6.2. Reexame necessário (496 e 701, § 4o) .......................................................... 155 
6.3. Sentenças líquidas e ilíquidas (491) ............................................................... 156 
6.4. Princípio da demanda (492) ............................................................................ 156 
6.5. Fato superveniente e art. 10 (493) .................................................................. 156 
6.6. Hipoteca judiciária (495) ................................................................................. 157 
XIV – COISA JULGADA .................................................................................................. 157 
1. CONCEITO (502) ............................................................................................... 157 
2. ESPÉCIES ......................................................................................................... 157 
2.1. Coisa julgada formal ....................................................................................... 157 
2.2. Coisa julgada material ....................................................................................158 
2.3. Coisa julgada soberana .................................................................................. 158 
3. MODELOS ......................................................................................................... 159 
3.1. Coisa julgada sobre questão principal (503) ................................................... 159 
3.2. Coisa julgada sobre questões prejudiciais de mérito (503, §§) ....................... 159 
4. HIPÓTESES EM QUE NÃO HÁ COISA JULGADA (504) ................................... 160 
5. LIMITES OBJETIVOS (505) ............................................................................... 160 
 
9 
 
5.1. Deduzível/dedutivo (508) ................................................................................ 161 
5.2. Mitigação dos limites objetivos ........................................................................ 161 
5.3. A polêmica sobre a tutela provisória (304, §§ 5º e 6º) ..................................... 162 
6. LIMITES SUBJETIVOS (506) ............................................................................. 162 
6.1. Ampliação ....................................................................................................... 162 
6.2. Cuida da hipótese do litisconsórcio/solidariedade (117 e 1.005) ..................... 162 
6.3. Cuida da hipótese de litisconsórcio/solidariedade (117 e 1.005) e outras, 
analisadas casuisticamente ................................................................................................. 163 
XV – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ........................................................................... 163 
1. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ........................................................................... 163 
1.1. Conceito ......................................................................................................... 163 
1.2. Excepcionalidade............................................................................................ 163 
1.3. Objeto ............................................................................................................. 163 
1.4. Espécies ......................................................................................................... 164 
1.5. Natureza ......................................................................................................... 164 
1.6. Recurso (1.015, parágrafo) ............................................................................. 164 
1.7. Liquidação provisória (512) ............................................................................. 165 
1.8. Regra da fidelidade (509, § 4º) e exceções .................................................... 165 
1.9. Liquidação zerada .......................................................................................... 165 
2. DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................... 165 
2.1. Necessidade de requerimento (513) ............................................................... 165 
2.2. Unificação das regras sobre intimação para cumprimento .............................. 166 
3. TÍTULOS JUDICIAIS (515)................................................................................. 166 
3.1. Decisões que reconheçam a exigibilidade de obrigação ................................. 167 
3.2. Autocomposição de questão e parte estranha (III e § 2º) ................................ 167 
3.3. Crédito de auxiliar da justiça (V) ..................................................................... 167 
3.4. Decisão interlocutória estrangeira (IX) ............................................................ 167 
4. COMPETÊNCIA (516) ........................................................................................ 167 
5. PROTESTO (517) .............................................................................................. 168 
5.1. Espécie de obrigação ..................................................................................... 168 
5.2. Amplitude (decurso do prazo) ......................................................................... 169 
5.3. Procedimento (§ 2º a 4º) ................................................................................. 169 
5.4. Vantagens ...................................................................................................... 169 
5.5. Ação de alimentos .......................................................................................... 169 
6. DEFESA DO DEVEDOR .................................................................................... 169 
6.1. Impugnação (525 e 536, § 4º) ......................................................................... 169 
6.2. Mera petição (525, § 11º e 518) ...................................................................... 171 
 
10 
 
XVI – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ............................................................................ 172 
1. GENERALIDADES ............................................................................................. 172 
2. PANORAMA GERAL SOBRE PROCEDIMENTO NO NCPC ............................. 172 
2.1. Procedimento comum ..................................................................................... 172 
2.2. Procedimentos especiais ................................................................................ 173 
3. PRINCIPAIS MUDANÇAS NOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ..................... 173 
3.1. Ação de consignação em pagamento (arts. 539/549) ..................................... 173 
3.2. 3.2. Ação de exigir contas (arts. 550 a 553) .................................................... 175 
3.3. Ações possessórias (arts. 554 a 566) ............................................................. 176 
3.4. Ação de divisão e demarcação de terras particulares (arts. 569 a 598) .......... 178 
3.5. Ação de dissolução parcial da sociedade (arts. 599 a 609) ............................ 182 
3.6. Inventário e partilha (arts. 610 a 673) ............................................................. 184 
3.7. Embargos de terceiro (arts. 674 a 681) ........................................................... 186 
3.8. Oposição (arts 682 a 686) .............................................................................. 187 
3.9. Habilitação (arts. 687 a 692) ........................................................................... 187 
3.10. Ações de família (arts. 693/699) ..................................................................... 188 
3.11. Ação monitória (arts. 700 a 702) ..................................................................... 189 
3.12. Homologação do penhor legal (arts. 703 a 706) ............................................. 191 
3.13. Regulação de avaria grossa (arts. 707 a 711) ................................................ 192 
3.14. Restauração de autos (arts. 712 a 718) .......................................................... 193 
3.15. Usucapião extrajudicial (art. 1.071) ................................................................. 194 
XVIII - RECURSOS ......................................................................................................... 195 
1. NOVA DISCIPLINA DA TEMÁTICA ................................................................... 195 
1.1. Sem redução de recursos e meios de impugnação ........................................ 195 
1.2. Drástica redução da jurisprudência defensiva ................................................. 195 
1.3. Agravou a situação do recorrente vencido ...................................................... 196 
2. PODERES/DEVERES DO RELATOR (932) ...................................................... 197 
2.1. Presidência (I) ................................................................................................198 
2.2. Liminares (II) ................................................................................................... 198 
2.3. Inadmissão (III) ............................................................................................... 198 
2.4. Negar provimento (IV) .................................................................................... 198 
2.5. Dar provimento (V) ......................................................................................... 198 
2.6. Decidir do IDPJ (136, parágrafo único)) .......................................................... 199 
2.7. Correção de vícios e suprimento de vícios...................................................... 199 
3. APLICAÇÃO DO ART. 10 NO ÂMBITO RECURSAL E IMPACTOS NAS SESSÕES 
DE JULGAMENTO (933) ......................................................................................................... 199 
4. SUSTENTAÇÃO ORAL (937) ............................................................................ 199 
 
11 
 
4.1. AI sobre tutelas provisórias ............................................................................. 200 
4.2. Agravo interno em ações originárias ............................................................... 200 
4.3. Outra hipótese ................................................................................................ 200 
4.4. Possibilidade de NJP ...................................................................................... 201 
5. DISCIPLINA LEGAL DA VISTA DOS AUTOS (940) ........................................... 201 
6. VOTAÇÃO (941) ................................................................................................ 201 
6.1. Termo final da alteração do voto (§ 1º) ........................................................... 201 
6.2. Declaração de voto vencido (§ 3º) .................................................................. 201 
7. EMBARGOS INFRINGENTES “COVER” (942) .................................................. 202 
7.1. Apelação ........................................................................................................ 202 
7.2. Rescisória ....................................................................................................... 202 
7.3. Agravo de instrumento de julgamento parcial do mérito.................................. 202 
8. PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO POR DECURSO (944) ...................................... 203 
9. ASPECTOS GERAIS DOS RECURSOS ............................................................ 203 
9.1. Objetivação dos recursos excepcionais (998, pu e 1029, § 3º) ....................... 203 
9.2. Uniformização de prazos ................................................................................ 203 
9.3. Preparo e porte de remessa ........................................................................... 203 
10. APELAÇÃO ........................................................................................................ 204 
10.1. Cabimento ...................................................................................................... 204 
10.2. Preclusão elástica (1.009, § 1º) ...................................................................... 204 
10.3. Unirrecorribilidade (1.009, § 3º) ...................................................................... 205 
10.4. Admissibilidade. Atenção! ............................................................................... 205 
10.5. Efeito suspensivo e exceções (1.012 e §§) ..................................................... 205 
10.6. Causa madura (1.013, § 3º) ............................................................................ 206 
11. AGRAVO DE INSTRUMENTO ........................................................................... 207 
11.1. Cabimento (203, § 2º e 1.015) ........................................................................ 207 
11.2. Rol taxativo, taxativo com interpretação extensiva ou exemplificativo? ........... 207 
11.3. Questões ........................................................................................................ 207 
11.4. Comunicação do recurso ao 1º grau (1.018) ................................................... 208 
12. AGRAVO INTERNO ........................................................................................... 208 
12.1. Cabimento (1.021) .......................................................................................... 208 
12.2. Impugnação específica (1.021, § 1º) ............................................................... 210 
12.3. Retratação após contraminuta (1.021, § 2º) .................................................... 210 
12.4. Vedação à decisão genérica (1.021, § 3º) ...................................................... 210 
12.5. Sanções ......................................................................................................... 210 
12.6. Sustentação oral ............................................................................................. 211 
13. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ....................................................................... 211 
 
12 
 
13.1. Cabimento (1.022) .......................................................................................... 211 
13.2. Definição de omissão ..................................................................................... 212 
13.3. Embargos com efeitos infringentes/modificativos e contraditório (1.023, § 2º) 212 
13.4. Fungibilidade com agravo interno (1.024, § 3º) ............................................... 213 
13.5. Aditamento e ratificação de recursos já interpostos (1.024, §4º e 5º) ............. 213 
13.6. Prequestionamento implícito (1.025)............................................................... 214 
13.7. Efeitos dos embargos (1.026, caput e § 1º) .................................................... 214 
14. RE E RESP (1.029 A 1.035) ............................................................................... 214 
14.1. Dissídio jurisprudencial e comprovação/inadmissão (1.029, com redação pela Lei 
13.256/16) 216 
14.2. Desconsideração de vício formal (1.029, § 3º) ................................................ 216 
14.3. Admissibilidade em 2º grau (1.030, com redação pela Lei 13.256/16) ............ 217 
14.4. Pedido de concessão de efeito suspensivo .................................................... 218 
14.5. Interposição conjunta de RE e Resp ............................................................... 219 
14.6. Profundidade do efeito devolutivo ................................................................... 220 
XIX – AÇÕES IMPUGNATIVAS ...................................................................................... 220 
1. AÇÃO RESCISÓRIA (966 A 975)....................................................................... 220 
1.1. Cabimento ...................................................................................................... 222 
1.2. Violação de norma jurídica ............................................................................. 223 
1.3. Julgamento liminar de improcedência da rescisória ........................................ 224 
1.4. Emenda da rescisória - incompetência (968, § 5º e 6º) ................................... 224 
1.5. Prazo da rescisória ......................................................................................... 225 
2. IRDR (976 a 987) ............................................................................................... 225 
2.1. Tratamento das demandas repetitivas ............................................................ 228 
2.2. Requisitos (simultâneos) de cabimento .......................................................... 228 
2.3. Legitimidade (977) ..........................................................................................229 
 
ATENÇÃO! Este caderno foi baseado no curso de 32h do Prof. Gajardoni sobre o NCPC, não tem 
o objetivo de esgotar a matéria de processo civil. Foram abordadas as principais inovações, 
algumas de forma bem aprofundadas, outras de maneira mais superficial. Quando o caderno passar 
pela atualização, será complementado com doutrina, naquilo que julgarmos pertinente, 
oportunidade em que será enviado sem custo adicional. 
 
I - NORMAS FUNDAMENTAIS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Este assunto corresponde aos artigos 1º ao 12 do Novo Código de Processo Civil. 
 
13 
 
1. NEOPROCESSUALISMO (art. 1º e art. 8º) 
Há forte dúvida acercada existência ou não do neoprocessualismo no ordenamento jurídico 
brasileiro. 
De acordo com esta teoria, o processo civil deve ser interpretado segundo as normas e 
valores da Constituição Federal, este, inclusive, foi o entendimento expresso no NCPC (art. 1º e art. 
8º), in verbis: 
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme 
os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da 
República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. 
 
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às 
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da 
pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a 
legalidade, a publicidade e a eficiência. 
 
Estes artigos, em suma, argumentam que o Processo Civil deve obediência à Constituição 
e a tudo que ela representa, aos seus princípios, ao seu regime, à proporcionalidade e à 
razoabilidade que a CF representa. 
Contudo, não foi uma inovação do CPC/2015, tendo em vista que a interpretação do PC nos 
moldes da CF é algo que já existe no Brasil há, pelo menos, 60 anos. 
Gajardoni critica demais, pois o neoprocessulismo (para ele) é uma grande tentativa de criar 
algo novo, com o intuito de vender livro. 
Afinal, tudo o direito deve ser interpretado de acordo com a CF. 
1.1. Impacto nos Tribunais Superiores 
Ao falarmos, hoje, sobre normas e princípios fundamentais em processo civil, utilizamos o 
art. 5º da CF. Isso, no entanto, causa um sério problemas, pois o STF possui uma súmula (S. 636) 
que afirma: “para você alegar a violação da CF, a violação não pode ser reflexa”. Ou seja, o STF 
não admite o acesso ao RE quando houver violação indireta da CF. 
SÚMULA 636 Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio 
constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a 
interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. 
O problema é que o NCPC reproduz inúmeros princípios (contraditório, inércia, acesso à 
justiça, igualdade) que constam na CF. Diante disso, haverá a possibilidade de RE por violação da 
CF direta, bem como a interposição de Resp., eis que ao desobedecer, por exemplo, o princípio do 
contraditório haverá ofensa à CF (o que enseja RE), bem como ao CPC (o que enseja Resp.). 
Assim, percebe-se que houve uma ampliação/potencialização da recorribilidade de decisões 
de segundo grau, considerando que há no NCPC princípios que antes estavam apenas previstos 
na CF. 
2. NORMAS PRINCÍPIOS E NORMAS REGRAS? 
É importante fazer a distinção entre normas princípios e normas regras, são faces distintas 
de uma mesma moeda. 
 
14 
 
Lembrar que norma é diferente de texto legal, este é o dispositivo posto, escrito. A partir do 
texto legal, é realizada a interpretação, para, somente então, ter-se a norma. 
Normas princípios são aquelas abstratas, as quais são necessárias para a completude do 
sistema. Verdadeiras “vigas”, normas estruturantes do sistema, com o intuito de evitar omissões. 
Pois, na ausência da norma regra, o juiz irá utilizar-se da norma princípio. Não partem de uma 
interpretação do tudo ou nada. São normas “depende”, ou seja, possibilitam diversas interpretações, 
a exemplo da dignidade da pessoa humana. 
Normas regras são concretas, as quais, efetivamente, visam tutelar o direito subjetivo. 
Representam, em verdade, a afirmação do SIM ou do NÃO. Podendo ser interpretadas a base de 
tudo ou nada, ou seja, aplica-se a norma X ou aplica-se a norma B. Entre normas regras é possível 
haver conflitos, pois são dispositivo fechados. 
Importa ficar atento que dos arts. 1º ao 12 do NCPC há várias normas princípios, mas 
também há, nos mesmos artigos, várias normas regras (afirmações de direitos subjetivos), a 
exemplo do art. 12 do NCPC, o qual determina o julgamento, preferencialmente, por ordem 
cronológica (determinação jurídica materializada/concreta). 
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem 
cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada 
pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente 
à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de 
computadores. 
§ 2o Estão excluídos da regra do caput: 
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de 
improcedência liminar do pedido; 
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica 
firmada em julgamento de casos repetitivos; 
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de 
demandas repetitivas; 
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; 
V - o julgamento de embargos de declaração; 
VI - o julgamento de agravo interno; 
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional 
de Justiça; 
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham 
competência penal; 
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão 
fundamentada. 
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das 
conclusões entre as preferências legais. 
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento 
formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto 
quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em 
diligência. 
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma 
posição em que anteriormente se encontrava na lista. 
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, 
no § 3o, o processo que: 
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade 
de realização de diligência ou de complementação da instrução; 
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. 
 
15 
 
 
3. DIMENSÕES DOS PRINCÍPIOS 
Os princípios podem ter duas grandes naturezas, quais sejam: natureza objetiva e natureza 
subjetiva. 
1.2. Natureza objetiva 
Serve de vetor legislativo e de vetor hermenêutico, pois, ao identificar o dispositivo legal, ele 
deve passar pelo processo de interpretação (hermenêutico), para depois virar norma. 
a) Vetor hermenêutico 
Processo de interpretação. 
Ex.: A Lei 12.153/2009 fala que não haverá um processo de execução quando a FP for 
condenada. O juiz profere sentença liquida e expede-se RPV até 60 SM, não há intimação da FP 
para embargar. 
Contudo, tem-se entendido que, apesar da omissão, quando há o transito em julgado e a 
apresentação de RPV pelo credor, é necessário se ouvir a FP. Tal entendimento é retirado do 
princípio do contraditório. 
b) Vetor legislativo 
O legislador deve estar atento as normas fundamentais, tanto contidas na CF quanto no 
NCPC. 
Inspirando o legislador a moldar-se à carga axiológica. 
1.3. Natureza subjetiva 
Os princípios acabam sendo uma afirmação de uma posição jurídica de vantagem. 
Basicamente, os arts. 1ºao 11 do CPC servem nas duas dimensões. Assim, as 
interpretações devem caminhar para concretizar os princípios previstos na CF. 
Parênteses: O art. 8º do NCPC fala da eficiência, isso permite concluir que toda vez que a normativa 
do NCPC for contrária ao padrão de eficiência, será permitido que o juiz deixe de aplicar 
determinadas regras do NCPC, por serem ineficazes. 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS 
É uma classificação rápida, pois já é batida. 
1.4. Princípios informativos ou formativos 
É um grupo de princípios com validade universal, são verdadeiros axiomas. 
a) Lógico: afirma que o processo deve ter uma ordem estrutural lógica. Ou seja, uma ordem 
que permita ação, reação e decisão. 
Ex.: Pedido – Resposta – Sentença. 
b) Econômico: é o ideário de que com o menor sacrifício alcance-se o melhor resultado. 
 
16 
 
c) Jurídico: o processo espelha aquilo que o ordenamento jurídico quer que ele espelhe. 
Ou seja, o regramento processual não se distancia do próprio ordenamento jurídico. 
Ex.: ordenamento democrático – processo democrático. 
d) Político: processo é o mecanismo de afirmação da vontade da lei e do estado. Assim, 
através do processo o Estado determina quem está certo ou errado, que se pague ou 
não, que se execute ou não. 
1.5. Princípios gerais/genéricos ou fundamentais (explícitos/implícitos) 
São os princípios que possuem um conteúdo político e ideológico. Ou seja, são frutos de 
escolha, a exemplo do contraditório, da ampla defesa. 
a) Constitucionais: previstos no art. 5º da CF. 
b) Infraconstitucionais (NCPC – 1º ao 12 e outros): estes artigos não exaurem, pois ao longo 
do NCPC há inúmeros outros princípios. 
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme 
os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da 
República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. 
 
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso 
oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
 
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos 
conflitos. 
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos 
e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 
 
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral 
do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
 
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-
se de acordo com a boa-fé. 
 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se 
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao 
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos 
ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz 
zelar pelo efetivo contraditório. 
 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja 
previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; 
III - à decisão prevista no art. 701. 
 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em 
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de 
 
17 
 
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de 
ofício. 
 
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, 
e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. 
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a 
presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos 
ou do Ministério Público. 
 
5. PRINCÍPIOS GERAIS/GENÉRICOS OU FUNDAMENTAIS NO NCPC 
1.6. Princípio da demanda/inércia/dispositivo e impulso oficial (art. 2º) 
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso 
oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
 
A provocação do Estado deve ser feita pela parte, após o Estado age por impulso oficial. 
Havendo, conforme o NCPC, exceções. 
a) Reflexos no art. 141 e 492 do NCPC 
Estes artigos reproduzem o padrão do CPC/73, afirmando que o juiz não pode 
reconhecer questões não alegadas pela parte, bem como não pode proferir sentença de 
questões não pedidas/fora do que foi pedido (extra petita, ultra petita) 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-
lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige 
iniciativa da parte. 
 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, 
bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do 
que lhe foi demandado. 
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica 
condicional. 
 
Atenção para a questão do dano social, visa punir condutas negativas, reprovadas 
socialmente, pois afetam a sociedade como um todo. 
Por exemplo, um plano de saúde que se nega atendimento de urgência, mesmo 
tendo entendimento consolidado que tal conduta é abusiva. Assim, pune-se e fixa-se 
indenização por dano social. 
O problema é que os juízes começaram a fixar dano social em processo individual e 
sem o pedido, ofendendo, assim, o princípio da demanda. Nesse sentido, decidiu o STJ no 
informativo 552. 
 
18 
 
 
b) Mitigação pelo art. 322, §2º do NCPC (interpretação dos pedidos) 
Este artigo “abala” o princípio da demanda. 
No CPC/73 havia um dispositivo que determinava a interpretação restritiva dos 
pedidos. Assim, por exemplo, em uma ação em que a parte, por ter seu nome negativado 
de forma indevida, pedia a retirada de seu nome dos órgãos de proteção ao crédito e uma 
indenização por danos morais, o juiz não declarava a ausência da dívida, por ausência de 
pedido. 
Havia, portanto, uma interpretação equivocada do CPC/73. 
Para resolver o problema, foi inserido no CPC/2015 o art. 322, §2º, afirmando que o 
pedido deve ser interpretado conforme o conjunto da postulação. Assim, deve o juiz verificar 
o todo, ainda, que não haja pedido expresso. Observando-se, contudo, o princípio da boa-
fé. 
Art. 322. O pedido deve ser certo. 
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e 
observará o princípio da boa-fé. 
 
c) Mitigação pelos poderes instrutórios do juiz (art. 370 do NCPC) 
O juiz continua podendo produzir provas de ofício. Na dúvida o juiz possui o dever 
de determinar a produção de provas. 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as 
provas necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências 
inúteis ou meramente protelatórias. 
 
É equivocada a doutrina que afirma que esta possibilidade quebra a imparcialidade 
do juiz. Primeiro, porque o juiz não sabe o resultado que a prova irá produzir, não tem como 
antever, por exemplo, o resultado de uma perícia. Segundo, ao assim agir o juiz não está 
prestigiando maus advogados, mas sim concretizando a distribuição da justiça. 
 
19 
 
As hipóteses tratadas nas letras “b” e “c” tratam de mitigação ao princípio da 
demanda, não são exceções, estas serão tratadas no próximo item. 
d) Exceções (art. 322, §1º, arts. 323, 712, 730 e 738) 
Nestes casos, o juiz, ainda que a parte não peça, poderá concederdeterminadas 
“coisas”. 
Vejamos os artigos abaixo: 
 O juiz poderá conceder juros legais, correção monetária e as verbas de sucumbência 
independente do pedido da parte. 
Art. 322. O pedido deve ser certo. 
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as 
verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. 
 
 Igualmente consideram-se pedidas as prestações vincendas no curso do processo. 
Por exemplo, ação de alimentos; ação de cobrança de aluguel cumulada com 
despejo. 
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em 
prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, 
independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na 
condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do 
processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. 
 
 Restauração de autos. 
Art. 712. Verificado o desaparecimento dos autos, eletrônicos ou não, pode 
o juiz, de ofício, qualquer das partes ou o Ministério Público, se for o caso, 
promover-lhes a restauração. 
Parágrafo único. Havendo autos suplementares, nesses prosseguirá o 
processo. 
 
 O juiz poderá mandar alienar o bem em leilão quando não há consenso entre as 
partes. 
Art. 730. Nos casos expressos em lei, não havendo acordo entre os 
interessados sobre o modo como se deve realizar a alienação do bem, o juiz, 
de ofício ou a requerimento dos interessados ou do depositário, mandará 
aliená-lo em leilão, observando-se o disposto na Seção I deste Capítulo e, no 
que couber, o disposto nos arts. 879 a 903. 
 
ATENÇÃO! O CPC/2015 não trouxe a hipótese de abertura de inventário de ofício pelo juiz, 
que era prevista no CPC/73. 
 Em caso de herança jacente o juiz poderá mandar arrecadar os bens. 
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja 
comarca tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação 
dos respectivos bens. 
 
 
20 
 
1.7. Princípio da ação/inafastabilidade do controle judicial (3º NCPC e 5º 
XXXV CF) 
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos 
conflitos. 
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos 
e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 
 
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito; 
 
Também chamado de princípio do acesso à justiça. 
a) Exceções constitucionais (142, § 2º e 217, § 2º, CF) 
O referido princípio comporta exceções. Há, pelo menos, dois casos em que não é possível 
acessar diretamente o Poder Judiciário, ou seja, é necessário passar, necessariamente, por um 
prevê procedimento administrativo. 
São eles: 
Art. 142, § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares 
militares. 
 
Art. 217, § 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, 
contados da instauração do processo, para proferir decisão final. 
 
Os casos acima são considerados constitucionais, pois previstos na própria CF. 
b) Requerimento administrativo (STF, RE 631.240) (Exibição - STJ) 
Há uma controvérsia, que dura anos no Brasil, acerca da possibilidade de recusa, pelo Poder 
Judiciário, de apreciar pedidos, sob o argumento de que não se esgotou a via administrativa. 
Durante muitos anos (este ainda é o entendimento do TJ/SP), entendeu-se que não era 
necessário o esgotamento da via administrativa, tendo em vista que tal requisito violaria o princípio 
em questão. 
Contudo, nos últimos cinco anos houve uma mudança jurisprudencial. Assim, para aquilatar 
o interesse processual da parte é necessário que primeiro o órgão que irá ou não conceder o pedido 
tenha conhecimento do mesmo. O ajuizamento direto acaba sendo antieconômico. 
Este entendimento foi fixado em matéria previdenciária (RE 631.240). 
 
21 
 
 
Na sequência, o STJ mudou o entendimento sobre a exibição de documento. Assim, antes 
de ajuizar ação, é necessário que a parte tenha contatado a instituição financeira (seja por e-mail, 
por telefone) e esta tenha negado ou se mantido inerte, por exemplo, em fornecer o extrato. 
Para o Gajardoni, em breve, o mesmo entendimento será aplicado ao DPVAT. 
c) Reflexos no 140 e 373 NCPC 
Evidentemente, este princípio possui reflexos importantes no NCPC. 
De acordo com o art. 140 do CPC/2015, o juiz não pode se eximir de decidir por ausência 
de lei, lacunas, deve recorrer ao art. 5º da LINDB, na falta de direito. 
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou 
obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
 
Havendo falta de prova, o juiz julga de acordo com o ônus da prova (art. 373) 
 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor. 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa 
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o 
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do 
fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde 
que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a 
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que 
a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente 
difícil. 
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por 
convenção das partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
 
22 
 
§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o 
processo. 
 
d) Liminares e PP (Leis 9.494/97 e 8.437/92) (1.059 NCPC) (ADC4) 
Art. 1.059. À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se 
o disposto nos arts. 1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 
7o, § 2o, da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009. 
 
 Prevalecem válidas as vedações à concessão de liminares contra o Poder Público previstas 
nas Leis 9.494/97 e 8.437/92. Ressalva-se, contudo, que a depender das peculiaridades do caso 
concreto, tais dispositivos podem ser afastados. 
e) Reconhecimento da arbitragem e de sua natureza jurisdicional (189, IV, 237, IV, 
337, § 6º, 485, VII, 515, VII, 960, § 3º, NCPC). 
É permitida a arbitragem, nos termos da lei. Com isso, o NCPC reconhece a arbitragem 
como uma das formas de resolução de conflitos, confirma-se isso pelos inúmeros dispositivos que 
tratam do assunto. 
Vejamos abaixo alguns: 
 Art. 189, IV – havendo confidencialidade da arbitragem, os processos correrão em 
segredo de justiça. 
Art. 189, IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de 
carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja 
comprovada perante o juízo. 
 
 Art. 237, IV – trata da carta arbitral (expediente em que o arbitro pede ao juiz togado 
para ajudá-lo) 
Art. 237 Será expedida carta: 
IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o 
cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido 
de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que 
importem efetivaçãode tutela provisória. 
 
 Art. 337, §6º - não se pode conhecer de ofício a convenção de arbitragem. 
Art. 337, § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de 
arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição 
estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
 Art.485, V – havendo reclamação das partes, o juiz pode extinguir sem resolução de 
mérito. 
Art. 485 O juiz não resolverá o mérito quando: 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando 
o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
 
 Art. 515, VII – a sentença arbitral é título executivo judicial 
Art. 515 São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo 
com os artigos previstos neste Título: 
 
23 
 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 
 Art. 960, §3º - trata da homologação de sentença arbitral estrangeira. 
Art. 960, § 3o A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao 
disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições 
deste Capítulo. 
 
f) Mediação/conciliação (154, VI, 381, II, 165/174, 334, 565, NCPC) 
O NCPC estabelece que a mediação e conciliação devem ser estimulados pelos operadores 
do direito, é o subprincípio do dever de incentivar os mecanismos autocompositivos. 
OS artigos abaixo comprovam que o dever de incentivar a autocomposição não é apenas 
do juiz, mas de todos que atuam no processo. 
Vejamos: 
 Art. 154, VI – trata do oficial de justiça. 
Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça: 
VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por 
qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que 
lhe couber. 
 
 Art. 381, II – pode-se produzir provas antecipadas, a fim de tentar a autocomposição. 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou 
outro meio adequado de solução de conflito; 
 
 Art. 165 ao 174 – tratam das figuras do mediador e conciliar, novos auxiliares da 
justiça. 
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de 
conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de 
conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a 
auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. 
§ 1o A composição e a organização dos centros serão definidas pelo 
respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça. 
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não 
houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, 
sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou 
intimidação para que as partes conciliem. 
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver 
vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as 
questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções 
consensuais que gerem benefícios mútuos. 
 
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da 
independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da 
confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. 
 
24 
 
§ 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no 
curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso 
daquele previsto por expressa deliberação das partes. 
§ 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o 
mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar 
ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da 
mediação. 
§ 3o Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de 
proporcionar ambiente favorável à autocomposição. 
§ 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia 
dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras 
procedimentais. 
 
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de 
conciliação e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro 
de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de 
profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional. 
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso 
realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido 
pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, 
o conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer 
sua inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de 
tribunal regional federal. 
§ 2o Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o 
tribunal remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária 
onde atuará o conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu 
nome passe a constar da respectiva lista, a ser observada na distribuição 
alternada e aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma 
área de atuação profissional. 
§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e 
mediadores constarão todos os dados relevantes para a sua atuação, tais 
como o número de processos de que participou, o sucesso ou insucesso da 
atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros 
dados que o tribunal julgar relevantes. 
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão classificados sistematicamente 
pelo tribunal, que os publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da 
população e para fins estatísticos e de avaliação da conciliação, da mediação, 
das câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores e dos 
mediadores. 
§ 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, 
se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que 
desempenhem suas funções. 
§ 6o O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores 
e mediadores, a ser preenchido por concurso público de provas e títulos, 
observadas as disposições deste Capítulo. 
 
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o 
mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. 
§ 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar 
cadastrado no tribunal. 
§ 2o Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá 
distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a 
respectiva formação. 
 
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§ 3o Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um 
mediador ou conciliador. 
 
Art. 169. Ressalvada a hipótese do art. 167, § 6o, o conciliador e o mediador 
receberão pelo seu trabalho remuneração prevista em tabela fixada pelo 
tribunal, conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional de 
Justiça. 
§ 1o A mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho 
voluntário, observada a legislação pertinente e a regulamentação do tribunal. 
§ 2o Os tribunais determinarão o percentual de audiências não remuneradas 
que deverão ser suportadas pelas câmaras privadas de conciliação e 
mediação, com o fim de atender aos processos em que deferida gratuidade 
da justiça, como contrapartida de seu credenciamento. 
 
Art. 170. No caso de impedimento, o conciliador ou mediador o comunicará 
imediatamente, de preferência por meio eletrônico, e devolverá os autos ao 
juiz do processo ou ao coordenador do centro judiciário de solução de 
conflitos, devendo este realizar nova distribuição.

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