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ESQUEMA – CONTR0LE DE CONSTITUCIONALIDE Finalidade: assegurar a supremacia da Constituição. Quanto à NATUREZA do ÓRGÃO: Político Jurídico Misto Nosso sistema é caracterizado como JURÍDICO (feito, preponderantemente, pelo Poder Judiciário). Quanto ao MOMENTO do controle: Preventivo/Prévio (à edição do ato normativo): atinge uma norma ainda em fase de elaboração. Exemplo: veto jurídico do Presidente da República ao projeto de lei. Repressivo/Posterior (à edição do ato normativo): objetiva a declaração de inconstitucionalidade de um ato normativo após a sua promulgação. Exemplo: ações do controle concentrado (ADI, ADC, ADO e ADPF). Quanto ao NÚMERO de órgãos competentes para a realização do Controle: Difuso: originado nos EUA, em 1803, é realizado por qualquer JUIZ ou TRIBUNAL. Concentrado: originado na Áustria, em 1920, somente pode ser realizado por um único órgão (ou por poucos, e previamente, determinados órgãos). No Brasil, temos o STF, no plano federal. Legitimados para o Controle de Constitucionalidade: Controle Concentrado Mesas Autoridades Entidades Mesa do Senado Federal Presidente da República Conselho Federal da OAB Mesa da Câmara dos Deputados Procurador Geral da República Partido Político com Representação no Congresso Nacional Mesa da Assembleia Legislativa Governador de Estado Confederação Sindical Mesa da Câmara Legislativa do DF Governador do DF Entidade de Classe de âmbito nacional Legitimados ESPECIAIS, ou seja, que precisam comprovar PERTINÊNCIA TEMÁTICA (precisam comprovar nexo ao pedido): Mesa de Assembleia Legislativa de Estado e Mesa da Câmara Legislativa do DF Governador de Estado e do DF Confederação Sindical Entidades de Classe de Âmbito Nacional Obs.: os demais são considerados legitimados UNIVERSAIS. Legitimados que NÃO possuem capacidade postulatória (precisam estar devidamente representados para a propositura da ação de controle concentrado): Partidos políticos com representação no Congresso Nacional Confederação Sindical Entidade de Classe de Âmbito Nacional Controle de Constitucionalidade DIFUSO Legitimados: - Autor - Réu - Ministério Público - Terceiro interveniente - Juiz ou Tribunal, de ofício Objeto do Controle Difuso de Constitucionalidade: Qualquer ato emanado dos Poderes Públicos: federal, estadual, distrital ou municipal, não importando se a sua natureza é de ato normativo ou não, primário ou secundário. Ato anterior ou posterior à norma constitucional parâmetro. Ato revogado ou com seus efeitos exauridos. A finalidade de ser atingida por esta via de controle é a tutela de direitos SUBJETIVOS. Efeitos das decisões no controle DIFUSO de constitucionalidade: Independentemente do órgão julgador, os efeitos serão, em regra, inter partes e ex tunc. Mas, se a decisão for definitiva do STF, no sentido da inconstitucionalidade, teremos a possibilidade de: - efeitos erga omnes e ex nunc. Artigo 52, X da CR: diz respeito aos efeitos das decisões no controle difuso de constitucionalidade, das decisões proferidas pelo STF -> quando houver participação do Senado, os efeitos serão erga omnes e ex nunc, em regra. Controle de Constitucionalidade Concentrado Objeto do Controle Concentrado de Constitucionalidade: ADO: obter a declaração de inconstitucionalidade por omissão e dar ciência ao órgão competente para adoção de providências cabíveis. ADC: lei ou ato normativo federal. ADI: lei e ato normativo federal ou estadual. ADPF: preceitos fundamentais e quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. Efeitos das decisões no Controle Concentrado de Constitucionalidade: Em regra: - Erga Omnes - Ex Tunc - Vinculante Os efeitos temporais poderão ser MODULADOS para: - Ex tunc - Prospectivos (Pro futuro) Obs.: A modulação temporal dos efeitos poderá ocorrer: - por razões de SEGURANÇA JURÍDICA - por razões de EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL - com a aprovação pelo quórum de 2/3 dos Ministros. Atuação do PGR e do AGU no controle concentrado de constitucionalidade: PGR AGU Previsão Constitucional Artigo 103, § 1º, parte final. Artigo 103, § 3º. Legitimidade Ativa Pode se manifestar tanto pela constitucionalidade como pela inconstitucionalidade da norma em sede de ADI. Seu parecer é opinativo. Obs.: o PGR pode se manifestar, inclusive, nas ações que ele mesmo tenha proposto (ADI, ADC). O PGR pode, também, ser autor da ação e, no parecer, se manifestar pela improcedência da mesma. Obs.: Atuação do PGR em ADO -> o PGR só terá vista do processo, nas ações em que não for autor. ADPF -> o PGR só terá vista do processo, nas ações em que não for autor. Defender o ato ou texto impugnado, desempenhando o papel de curador da presunção de constitucionalidade da norma na ADI. Obs.: a jurisprudência do STF passou a admitir que o AGU tem certa autonomia em sua atuação existindo casos que justifiquem sua opção pela inconstitucionalidade da lei, de acordo com a sua livre percepção jurídica do assunto (ADI 3916, rel. Min. Eros Grau). Obs.: o AGU não atua nas ações de ADC. Obs.: em ADO, o relator poderá solicitar manifestação do AGU. Medida Cautelar no Controle Concentrado: De início, cumpre esclarecer que em TODAS as ações de controle concentrado (ADI, ADC, ADO e ADPF), temos a possibilidade de concessão de medida cautelar, mediante aprovação pelo quórum de maioria absoluta (obs.: lembrando que no período de recesso, a cautelar poderá ser concedida pelo Relator e referendada, posteriormente, pelo Tribunal Pleno), cujos efeitos são: erga omnes, vinculante, ex nunc (embora haja possibilidade excepcional de a decisão ser concedida com efeitos retroativos – ex tunc) e repristinatório (este decorre da suspensão da norma, pois, segundo determina a lei, salvo expressa manifestação em contrário, a concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente – na concessão da cautelar, é um efeito temporário, o que significa que a norma anterior, se esta houver, somente vai produzir seus efeitos enquanto a cautelar mantiver a norma objeto da ADI, suspensa). Peculiaridades: Na ADC, a concessão da medida cautelar consiste na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo, que deverá ocorrer em até 180 dias, sob pena de perda de sua eficácia. O STF admite, todavia, a prorrogação deste prazo por um período superior a cento e oitenta dias. Na ADO, a lei nº 12.063/09 trouxe a possibilidade expressa de concessão da medida cautelar. Esta poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada por este Tribunal. Na ADPF, admite-se a concessão de medida liminar em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o Relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. Amicus Curiae O amicus curiae desempenha papel de acentuada relevância nas discussões concernentes ao controle concentrado e difuso de constitucionalidade, visto que solicita seu ingresso para fornecer ao juiz ou Tribunal (órgão julgador) elementos que melhor fundamentem sua decisão. O amicus curiae tem por finalidade pluralizar o debate constitucional. Obs.: a figura do amicus curiae não consiste em intervenção de terceiros, sendo o amicus um auxiliar do juízo. Requisitos para a admissão da atuação do amicus curiae (cumulativos): A relevância da matéria; A representatividade dos postulantes. Obs. 1: a jurisprudência do STF vem, no entanto, firmando a necessidade do preenchimento de um terceiro requisito, a pertinência temática. Obs. 2: não há direito subjetivo para nenhum interessadoa participar como amicus curiae de um processo. Obs. 3: a decisão de ingresso (segundo a lei, um despacho irrecorrível) compete ao Relator do processo. Obs. 4: a admissão do amicus curiae no processo não lhe assegura o direito de interpor recursos da decisão. Obs. 5: participação do amicus curiae em ADC e ADPF -> não há autorização legislativa expressa, mas pode-se dizer que a admissão ficou firmada pelo STF, em construção jurisprudencial. Obs. 6: o amicus curiae pode fazer sustentação oral. Quadro que estabelece algumas distinções entre o Controle Concentrado e o Controle Difuso: Controle Difuso Controle Concentrado Concreto Abstrato Incidental ou Incidenter Tantum Principal Via de Exceção Via de Ação Processo Subjetivo Processo Objetivo Efeitos Inter Partes Efeitos Erga Omnes Estadunidense Austríaco Aberto Reservado
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