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Resumo Aristóteles

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1	
FERNANDA	MAGNI	BERTHIER	
ANOTAÇÕES DE AULA: IFD 
FERNANDA MAGNI BERTHIER – 2018/1 
	
	
	
	
	
	
	
“ÉTICA	A	NICÔMACO”	
	
• Ética	Teleológica	 (telos	=	 fim):	 toda	ação	visa	a	algum	 tipo	de	bem	como	 finalidade,	mesmo	ações	 como	o	
assassinato.		
o Esse	bem	pode	também	estar	associado	a	outros,	não	sendo,	pois,	um	fim	em	si	mesmo;	
o Exemplo:	o	indivíduo	pode	vir	a	aula	(meio)	para	ter	uma	boa	formação	(fim	associado)	para	que,	no	
futuro,	seja	muito	rico	(bem	final/	supremo/	soberano	->	eudaimonia).	
	
• Eudaimonia	(felicidade):	é,	para	Aristóteles,	o	bem	supremo.	
o Não	era	uma	felicidade	como	puro	prazer,	mas	sim,	ter	uma	vida	correta	e	virtuosa,	sendo,	portanto,	
um	exercício	constante	e	não	um	simples	estado	de	espírito;	
	
• Prudência	e	virtude:	
o Mesothis:	 virtudes,	o	 justo	meio-termo	entre	dois	extremos	viciados	 (=	equilíbrio).	O	ser	virtuoso	é	
aquele	que	deseja	as	coisas	corretas.	
• Exemplo:	coragem	é	o	meio-termo	entre	covardia	e	temeridade.	
o Phrônesis:	prudência,	uso	da	razão	para	achar	o	justo	meio-termo	no	caso	concreto.	O	ser	prudente	é	
aquele	que	consegue	fazer	o	intermédio	(meio	campo)	entre	o	caso	concreto	e	os	fins	últimos.	
o A	virtude	é	o	meio	termo	e	nossa	prudência	é	um	dispositivo	da	razão	capaz	de	apontar	tal	meio	termo.	
o Exemplo:	um	sujeito	possui	um	amigo	viciado	em	heroína,	que	lhe	pede	empréstimo	de	dinheiro.		
• Virtude,	nessa	circunstância,	é	querer	emprestar.		
• Prudência,	aqui,	é	saber	discernir	entre	o	dever	ou	não	emprestar.	
o Os	meio-termos	são	diferentes,	relativos	e	proporcionais	para	cada	pessoa.	
o Para	alguns	atos,	não	há	meio-termo	–	sua	própria	natureza	já	é	má	em	si	mesma,	não	por	seu	excesso	
ou	por	sua	carência	(exemplo:	rancor,	inveja,	adultério,	assassinato).	
o Em	casos	em	que	é	difícil	atingir	o	meio-termo,	devemos	escolher	o	menor	dos	males	para	fazê-lo	com	
mais	facilidade.	
Aristóteles 
Resumão – Pontos Chave: 
-Antropologia:	zoon	politikon	–	homem	animal	político	é	sociável	e	predisposto	a	viver	em	
comunidade.	
-Ética:	busca	fins	últimos	(felicidade)	através	do	justo	meio-termo	político.	Por	meio	de	uma	vida	
virtuosa,	com	razão	e	com	sabedoria,	a	felicidade	é	obtida.	
-Direito:	aplicação	do	justo	meio-termo	político.	
-Lei:	caminho	para	o	ético.	
-Realização	individual	está	relacionada	a	alcançar	o	bem.	
-O	homem	racional	é	responsável	por	suas	escolhas.	Virtude	e	felicidade	dependem	da	razão.	
-	
	
2	
FERNANDA	MAGNI	BERTHIER	
Apetites,	
acompanhadas	de	
prazer	ou	de	dor	
(ciúme,	cólera,	
medo,	amizade,	
compaixão,	
inveja,	alegria).
PAIXÕES
Estados	pelos	
quais	somos	
capazes	de	sentir	
(violentamente	
ou	
moderadamente).
FACULDADES
Dois	vícios	
(excesso	e	
deficiência)	e	
uma	virtude	
(meio	termo).
DISPOSIÇÕES
• Tipos	de	virtudes:	
o Éticas:	definem	o	bom-cidadão,	estando	relacionadas	à	moral	e	à	vontade.	São	adquiridas	pelo	hábito.	
Exemplos:	coragem,	generosidade,	temperança,	fortaleza,	magnanimidade,	justiça.	
o Dianoéticas:	definem	o	bom	pensador,	estando	relacionadas	à	razão	e	aos	intelectuais.	São	adquiridas	
pelo	ensino.	Exemplo:	episteme	(ciência),	phronesis	(prudência).	
	
	
• Ações:		
o O	fim	da	ação	é	dado	pela	vontade;	
o Os	meios	são	dados	pela	razão;	
o O	movimento	virtuoso	é	transformar	a	potência	em	ato,	transformando	a	natureza	política	em	justiça.	
o Tipos:	
• Voluntárias:	encorajam.	Princípio	no	agente	da	ação.	
• Involuntárias:	 agridem.	 Dão-se	 por	 coerção	 ou	 ignorância,	 e	 provocam	 indulgência,	 dor,	
arrependimento	e	compaixão.	
• Forçadas:	são	causadas	por	algo	exterior,	não	há	contribuição	do	agente.	
	
	
• Os	três	estados	da	alma:	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
• Os	três	tipos	de	alma:		
	 CIÊNCIA	(EPISTEME)	 PRUDÊNCIA	
(PHRONESIS)	
TÉCNICA	OU	ARTE	
(TEKNE)	
OBJETO	 	
Universal	e	Necessário	
Particular	e	
Contingente	
	
Particular	e	Contingente	
ATIVIDADE	 Contemplação	 Ação	 Produção	
FINALIDADE	 Verdade	em	si	 Bem	 Eficácia	
EXEMPLO	 Tales	e	Anaxágoras	 Péricles	 Fidiar	
ALMA	SENSITIVA
•Dor	e	prazer;	
•Compartilhamos	com	
animais.
ALMA	VEGETATIVA
• Biologia,	nutrição	e	
crescimento;
•Compartilhamos	com	
animais	e	plantas.
ALMA	RACIONAL
• Razão,	distinção	entre	
verdadeiro	e	falso;
•Exclusivo	dos	homens.
	
3	
FERNANDA	MAGNI	BERTHIER	
• Visão	antropológica:		
o Zoonpolitikon:	Animal	racional	político.	
• A	política	faz	parte	da	natureza	humana.		
• Somos,	 naturalmente,	 seres	políticos,	 ou	 seja,	 sociáveis	 (nascemos	predispostos	 a	 viver	 em	
comunidade).	Isso	se	deve	ao	fato	que	temos	uma	tendência	a	desenvolver	a	nossa	essência	
(que	é	o	que	distingue	os	seres)	e	a	racionalidade.	Portanto,	sabendo	que	a	melhor	maneira	de	
realizar	isso	é	vivendo	e	aprendendo	com	os	outros	homens,	prezamos	pela	coletividade.	
• A	ética	está	intrinsicamente	ligada	à	política	porque	o	ser	humano	é	um	ser	político.	Por	isso,	é	
impossível	tratar	de	ética	sem	tratar	de	política.	
• O	 bem	 do	 ser	 humano	 é	 a	 vida	 política.	 Portanto,	 não	 podemos	 ser	 felizes	 se	 estivermos	
afastados	da	pólis,	pois	estaríamos	indo	contra	nossa	própria	natureza.		
• A	possibilidade	de	eu	ter	a	felicidade	mais	plena	é	eu	tendo	uma	cidade	melhor.		
• “Se	o	bem	da	coisa	é	aquilo	que	a	conserva,	o	bem	do	homem	é	a	pólis,	visto	que	ela	
o	conserva”.	
	
• Bom	Cidadão	X	Homem	Bom:		
o Bom	Cidadão:	 valores	 de	 Bom	Cidadão,	 varia	 de	 acordo	 com	o	 regime	 político	 e	 com	 a	 função	 do	
indivíduo	na	sociedade	(governantes	X	governados),	 já	que	corresponde	aos	valores	da	comunidade	
(política/	cidadania);	
o Homem	 Bom:	 valores	 de	 Homem	 Bom	 são	 universais	 da	 natureza	 humana,	 valores	 individuais	
conduzem	à	virtude	perfeita;	
o Um	Bom	Cidadão	não	necessariamente	é	um	Homem	Bom,	pois	os	valores	são	diferentes;	
o É	impossível	que	a	cidade	seja	composta	apenas	por	Homens	Bons,	a	virtude	é	para	poucos;	
o Para	uma	cidade	existir,	é	preciso	pluralidade.	
	
	
• Filosofia	Política:	
o Desigualdade	natural:	homens,	
naturalmente,	são	senhores	ou	
escravos;	
o Discorda	de	Platão,	defendendo	a	
democracia:	agregando	várias	
pessoas	e,	consequentemente,	
suas	qualidades,	o	governo	
melhora;	
o Homem	=	animal	político.	
	
	
	
• Formas	de	governo:	
o Duas	classificações:	
• Caráter	da	forma	de	
governo.	
• Número	de	governantes	no	poder.	
	
	
RELAÇÃO	(ANALOGIA)	 REGIME	(RETO)	 PERVERSÃO	(TORTO)	
Pai	e	Filho	 Monarquia	 Tirania	
Marido	e	Mulher	 Aristocracia	 Oligarquia	
Entre	filhos	 Politeia/	Timocracia	 Demagogia	
BOAS	
INSTITUIÇÕES
BONS	
CIDADÃOS
BOAS	
CIDADES
HOMENS	
BONS
	
4	
FERNANDA	MAGNI	BERTHIER	
⇒ Uma	monarquia	é	o	governo	de	um	virtuoso,	enquanto	uma	tirania	é	o	governo	de	daquele	que	
usa	sua	autoridade	para	governar	em	favor	de	si	próprio.		
⇒ Uma	aristocracia,	por	sua	vez,	é	o	governo	de	poucos	virtuosos,	uma	oligarquia	o	de	poucos	
não	virtuosos.		
⇒ Por	fim,	a	politeia	é	o	governo	de	muitos	virtuosos,	governo	do	povo,	e	tem	como	princípios	
isonomia	(todos	são	iguais	perante	a	lei),	isegoria	(todos	têm	liberdade	e	igualdade	de	fala)	e	
isocracia	(todos	têm	igual	acesso	ao	poder).	Na	demogagia,	eles	não	são	respeitados.	Atenção:	
para	Aristóteles,	“democracia”	é	usada	como	sinônimo	para	“demagogia”.	
	
• Justiça:	
o É	a	soma	de	todas	as	virtudes;	
o Sua	 condição	 de	 existência	 é	 a	 nossa	
natureza	humana	política;	
o Equidade:	 todos	 são	 iguais	 perante	 a	 lei,	
porém	os	indivíduos	são	diferentes	entre	si,	
ou	seja,	o	caráter	universal	da	lei	a	faz	estar	
sujeita	 ao	 erro.	 A	 equidade	 propõe,	
basicamente,	tratar	os	iguais	de	forma	igual	
e	os	desiguais	de	forma	desigual,	atendendo	
às	necessidades	de	cada	um.	
o Subdivisão	em	tipos:	
	
	
	
	
	
•Prega	que	todasas	virtudes	estão	ligadas	à	justiça,	uma	vez	que	ela	própria	é	a	soma	de	todas	as	
virtudes.	
•Ela	é	a	virtude	máxima,	a	virtude	por	excelência.
Justiça	Geral:
•O justo dentro da cidade.
•Seria, por exemplo, a obrigação que os cidadãos têm de limpar suas calçadas e a irrelevância da
sujeira de suas casas.
•Busca-se a garantia do aspecto público em prejuízo ao privado.
Justiça	Política/	Justiça	do	Direito:
•Justo	ideal	que	existe	apenas	como	critério,	mas	não	como	tentativa	de	realização.	
Justo	Haplós:
•Trata	da	relação	de	todos	os	indivíduos	com	a	comunidade.	
Justiça	Legal:
•Distributiva: propõe que A está para B assim como C está para D. Proporcionalidade. Exemplo:
determinado sujeito foi herói militar e ganhou uma condecoração. Nesse caso, ser herói é
diretamente proporcional a ser condecorado.
•Geométrica: não diz respeito a o que um indivíduo deve ao outro, mas sim ao seu dever para
com a comunidade. Exemplo: imposto de renda. Aqueles que possuem uma renda superior
devem ao Estado uma contribuição superior.
•Corretiva: procura regredir ao estado anterior, independentemente de critérios ou fatores
externos. Exemplo: se alguém provoca a outrem um dano de $200, deve devolver tal quantia ao
prejudicado.
•Aritmética: casos de adultério ou homicídio, relação de um indivíduo com outro.
Justiça	Particular:

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