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vacinologia nova 2011

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Novos protocolos de 
vacinação para cães e gatos: 
onde estamos e para onde 
vamos?
Leonardo P. Brandão, MV, MSc, PhD
Gerente de Produto - Operação Animais de Companhia
Merial Saúde Animal
2011
leonardo.brandao@merial.com
2011
A história da vacinação
l Os chineses no século XII criaram o 
conceito de variolação esfregando as 
crostas dos doentes nas crianças para 
torná-las resistentes. Mais tarde usaram 
crostas de doentes menos graves para 
tornar esta técnica mais segura
leonardo.brandao@merial.com
2011
A história da vacinação
l Em 1754, na Europa, começou-se a usar o 
conceito da variolação para proteger os bovinos 
da peste. Inseria-se sob a pele dos susceptíveis 
um barbante umedecido nas secreções nasais 
dos animais acometidos
l Em 1798 Edward Jenner utilizou o conceito de 
variolação para proteger seres humanos da 
varíola. Ele esfregava lesões crostosas dos 
ruminantes nos indivíduos doentes
leonardo.brandao@merial.com
2011
A história da vacinação
l Em 1879 Louis Pasteur 
conclui que se injetarmos 
num animal um 
microorganismo atenuado, 
este não causará a doença, 
mas sim a proteção deste 
indivíduo contra surtos 
posteriores do mesmo 
microorganismo 
leonardo.brandao@merial.com
2011
Tecnologia vacinal
l As tecnologias vacinais eram baseadas na 
estimulação do sistema imunológico pelo 
uso de um patógeno vivo (atenuado) ou 
morto (inativado)
l Vacinas vivas: parvovírus, parainfluenza, 
adenovírus, cinomose, Bordetella 
bronchiseptica (intranasal), coronavírus
l Vacinas inativadas: coronavírus, leptospiras, 
Bordetella bronchiseptica (injetável) e raiva
leonardo.brandao@merial.com
2011
Atenuação/inativação dos microorganismos para 
produção vacinal
Vírus vivo 
modificado
Vírus 
inativado
Subunidades 
purificadas Produtos 
recombinantes
DNA vacinal
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2011
Vacinas mortas (inativadas)
l Necessitam de adjuvantes na maioria das 
vezes
l Estimulação de imunidade 
predominantemente humoral (anticorpos)
l Não funcionam bem contra vírus 
(patógenos intracelulares)
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2011
Vacinas mortas (inativadas)
MHC II
T
aux
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac
Ac Ac
Ac
B
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2011
Vacinas vivas (atenuadas)
l Não necessitam de adjuvantes
l Estimulação da imunidade 
predominantemente celular (Linfócitos T)
l Excelente ação contra vírus (patógenos 
intracelulares)
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2011
Vacinas vivas (atenuadas)
MHC I
Ta
Tc
Tc
Tc
Tc
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2011
Vacinas recombinantes
l A maioria das vacinas recombinantes está baseada 
no conceito de antígeno-chave
l Antígeno-chave é aquele que permite ao sistema 
imune reconhecer o agente infeccioso e 
desenvolver uma resposta imune eficiente
l Esse conceito já vinha sendo utilizado em vacinas 
de “sub-unidade” – vacina contra a doença de 
Lyme (EUA)
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2011
epiderme
derme
Vasos linfáticos 
aferentes
Linfócito T
Linfócito B
APC’s
Novas vias de 
administração 
das vacinas
leonardo.brandao@merial.com
2011
Vacinação e vacinologia
l Vacinologia moderna
l As reações adversas produzidas 
pelas vacinas devem ser revistas 
e encaradas de modo racional 
(sarcomas no ponto de aplicação, 
doenças imunomediadas, reações 
alérgicas)
l Qual o real status imune do 
indivíduo?
l Como utilizar vacinas mais 
seguras e para o indivíduo certo, 
no momento certo?
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2011
Vacinação e Vacinologia
l O processo de vacinação de cães e gatos 
é o mesmo há cerca de 20 anos – existe 
algo novo?
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2011
Vacinação e vacinologia
l Dentre os anos de 1980 e 1990 Dodds (1995) 
estudou 162 casos de cães com doenças 
hematológicas imunomediadas e relacionou a 
vacinação como o fator desencadeante em 7 
animais, e como o provável fator desencadeante 
em 115 animais 
l Hipotireoidismo foi ainda relacionado como 
uma complicação em 71% destes animais 
(tireoidite imunomediada)
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2011
Vacinação e vacinologia
l Cães das raças Akita, Weimaraner e 
Cocker Spaniel são mais predispostos a 
desenvolver doenças imunomediadas 
(Dodds, 2001)
l Vascellari et al. (2003) sugeriram a 
ocorrência de fibrossarcoma vacinal 
também em cães (Itália), mas ainda não 
se sabe a respeito do fator incitante
leonardo.brandao@merial.com
2011
Novos protocolos vacinais
l A vacinação deve ser considerada como um 
procedimento médico, e como tal, envolve riscos 
que devem ser levados em consideração pelo 
Médico Veterinário (AAHA, 2006).
leonardo.brandao@merial.com
2011
Vacinação e Vacinologia
l Então, como devemos vacinar?
l A AAHA (2006) recomenda intervalos mais 
longos entre as vacinações, dividindo as 
vacinas em essenciais e opcionais
l Cães:
lEssenciais: parvovírus, cinomose, ADV-2, raiva 
lOpcionais: parainfluenza, Bordetella, Leptospira
lNão recomendadas: ADV-1, parvo morta, 
giárdia, coronavírus
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2011
Vacinação e Vacinologia
l A resposta imune não é a desenvolvida de 
forma uniforme por todos os indivíduos de uma 
população (curva de Gauss)
l O que devemos levar em consideração?
l Fatores intrínsecos – estado imune do indivíduo
l Animais doentes, imunossuprimidos, mal nutridos
l Fatores extrínsecos – nível de desafio ambiental
l Número de animais vacinados (barreira epidemiológica) -
apenas 25% dos cães são vacinados no Brasil contra 
cinomose anualmente*
*Dados das indústrias farmacêuticas veterinárias no Brasil, considerando-se uma 
população de cães de 27 milhões
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2011
Vacinação de filhotes
l Diminuição dos anticorpos recebidos pela 
mãe a partir de 45 dias de vida (até 3 
meses ou 12 semanas de vida)
l “Janela de vulnerabilidade”
l Maior susceptibilidade à quantidade de 
alérgenos vacinais (reações alérgicas)
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2011
Idade (semanas)
Níveis de Anticorpos de Interferência
Níveis de anticorpos protetores
4 6 8 9 12 15 
3ª dose1ª dose 2ª dose
T
ít
u
lo
 d
e
 
a
n
ti
co
rp
o
s 
Primo-vacinação
4ª dose
Opcional ?
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2011
Efeito dos títulos de anticorpos maternos em filhotes sobre a resposta imunológica à vacinação (GREENE, 2006) 
SN – técnica da soroneutralização; IH – técnica da inibição da hemaglutinação, ND – não determinado.
* Os títulos absolutos variarão entre diferentes laboratórios.
Interferência de Ac maternos
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2011
Vacinação de filhotes (cães)
l Cãezinhos: são recomendadas pelo menos 3 doses de 
vacina a partir de 45 dias de vida (intervalo entre as 
vacinas não deve ser inferior a 15 dias)
l Primeira dose da vacina pode ser realizada sem as frações de leptospira
(pelo menos 2 doses são necessárias para a imunização). Vacinação 
semestral para animais em áreas endêmicas.
l Parvovírus, Cinomose, Parainfluenza, Adenovírus tipo 2, Coronavírus (?)
l Não terminar o esquema de primo-vacinação antes de 3 meses de vida 
(12 semanas)
l Recomendação atual de retornar ao esquema de vacinação com 2, 3 e 4 
meses
l Uma única dose da vacina antirrábica é recomendada ao redor da 16a
semana de vida (4 meses)
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2011
Protocolo de vacinação 
recomendado AAHA 2006
lParvovírus 
l Imunidade duradoura (vacinação a cada 3 anos?)
l Independentemente do parvovírus presente na vacina 
(CPV-2, 2a, 2b) existe imunidade cruzada entre eles
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2011
Protocolo de vacinação 
recomendado AAHA 2006
l Cinomose Recombinante 
l Imunização precocede filhotes – não interferência de 
anticorpos maternos
l Pode ser utilizada de modo alternado com as vacinas 
vivas-atenuadas (melhora da resposta imune)
l Recomendada para vacinação de animais em áreas 
de alto desafio (abrigos de animais, lojas, etc)
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2011
Protocolo de vacinação 
recomendado AAHA 2006
l Leptospirose 
l Não se recomenda que seja administrada em filhotes 
com menos de 3 meses de vida (risco de anafilaxia e 
pequeno benefício para o filhote)
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2011
Vacinação de cães adultos 
l O protocolo de vacinação pode variar de acordo 
com as características do indivíduo (estilo de 
vida e exposição aos agentes):
l Essenciais: parvovírus, cinomose, ADV-2, raiva 
l Opcionais: parainfluenza, Bordetella, Leptospira
l O uso de outras vacinas pode variar de acordo com o 
risco de exposição e gravidade das doenças
l Intervalo entre as vacinações:
l Anual
l A cada 3 anos
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2011
Vacinação de filhotes (gatos)
l Gatinhos: pelo menos 2 doses de vacina, a partir da 6a
a 8a semana de vida (intervalo entre as vacinas não 
deve ser inferior a 15 dias)
l Uma única dose da vacina antirrábica ao redor do 4o mês de 
vida (16 semanas)
l Essenciais: parvovírus (panleucopenia), rinotraqueíte
(herpesvírus) e calicivírus (calicivirose)
l Chlamydophila felis opcional – recomendada para animais em 
colônias ou que convivam com pessoas imunossuprimidas
l Vacinas com adjuvantes devem ser evitadas
l Vacina contra FeLV para filhotes e depois adultos “sob risco”
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2011
Reações vacinais
l O uso de vacinas não está fora de riscos. A 
virulência e toxicidade residuais, os efeitos 
alérgicos, a doença nos hospedeiros 
imunodeficientes e os efeitos nocivos nos fetos 
são os riscos mais significativos associados ao 
seu uso (MEYER, 2001). 
l As reações associadas ao uso das vacinas 
podem ser divididas em locais e sistêmicas
MEYER, E.K. Vaccine-associated adverse events. Vaccines and Vaccinations. The Veterinary Clinics of North America – Small Animal
Practice, v.31, n.3, p.493-514, 2001.
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2011
Reações vacinais
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2011
Reações vacinais
l As reações sistêmicas inespecíficas desencadeadas pela 
aplicação de vacinas são extremamente variáveis, 
incluindo-se anorexia, letargia, febre e sonolência horas 
após a vacinação, podendo persistir por 24 a 36 horas, e 
são consideradas normais, podendo ocorrer em 1,2% dos 
casos segundo um estudo clínico envolvendo 2288 gatos 
vacinados nos EUA (STARR, 1993).
l As reações de hipersensibilidade são consideradas 
sistêmicas e podem se manifestar de diferentes formas, de 
acordo com o processo envolvido
STARR, R.M. Reaction rate in cats vaccinated with a new controlled-titer feline panleukopenia-rhinotracheitis-calicivirus-Chlamydia
psitacci vaccine. Cornell Veterinary, 83, p.311-323, 1993.
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2011
Reações vacinais
l As reações de hipersensibilidade do tipo I, ou imediata, são 
relacionadas à uma resposta ao antígeno que pode ocorrer 
minutos ou horas após a exposição 
l São também chamadas de reações anafiláticas: processos 
mediados por anticorpos tipo IgE que se ligam aos antígenos 
presentes na vacina e então aos mastócitos, desencadeando 
sua degranulação e consequente liberação de aminas 
vasoativas (como a histamina), produção de mediadores 
inflamatórios e citocinas 
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2011
Hipersensibilidade tipo I
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2011
Hipersensibilidade tipo I
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2011
Reações vacinais
l Reação de hipersensibilidade do tipo IV, sendo comum a 
formação de um granuloma no local de aplicação
l Isso pode ser decorrente de uma resposta a adjuvantes de 
depósito que contenham metais ou óleo
l Considera-se normal a manutenção de um granuloma no local de 
aplicação por um período de até 3 meses após a administração da 
vacina, e a partir de então, deve-se preconizar a realização de 
medidas diagnósticas precisas, como a biópsia incisional ou 
excisional
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2011
Reações vacinais
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2011
Hipersensibilidade tipo IV
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2011
Reações adversas: sarcomas no 
ponto de aplicação
l A partir de 1980 houve um aumento na ocorrência de sarcomas de 
tecidos moles em felinos na América do Norte (MORRISON e START, 
2001).
l Estudos epidemiológicos têm ainda relacionado a ação dos adjuvantes 
à base de metais, como o alumínio, no desenvolvimento dos sarcomas 
vacinais em decorrência da identificação de resíduos deste adjuvante 
no núcleo destas neoplasias (PICKLER e ROTH, 2003). 
l Os adjuvantes são substâncias que potencializam a resposta 
imunológica por desencadearem uma reação inflamatória no local de 
aplicação da vacina, o que aumenta a resposta imune, porém, 
aumenta o risco de reações alérgicas e a formação de neoplasias 
malignas no local da aplicação (fibrossarcomas)
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Reações adversas: sarcomas no 
ponto de aplicação
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2011
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2011
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Reações adversas: sarcomas no 
ponto de aplicação
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Reações adversas: sarcomas 
no ponto de aplicação
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2011
Reações adversas: sarcomas no 
ponto de aplicação
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2011
l Aparentemente a resposta inflamatória causada 
pelos adjuvantes pode levar ao desenvolvimento 
de sarcomas vacinais nos felinos susceptíveis
l Vários pesquisadores têm recomendado a 
utilização preferencial de produtos biológicos 
(vacinas) isentos de adjuvantes quando se trata 
de vacinação em felinos 1,2
1 FORD, R. Vaccines and vaccinations. The Veterinary Clinics of North America – Small Animal Practice, v.31, n.3,
p.439-453, 2001.
2 SPICKLER, A.R.; ROTH, J.A. Adjuvants in veterinary vaccines: models of action and adverse effects. Journal of Veterinary
Internal Medicine, v.17, p.273-281, 2003.
Reações adversas: sarcomas 
no ponto de aplicação
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2011
Resposta imune
l Idade 
lMansfield et al, 2004 – pior resposta humoral após 
a vacinação antirrábica em cães idosos
lHogenesch et al., 2004 – animais idosos tinham 
títulos contra a raiva maiores (pré-vacinação) do 
que animais mais jovens, mas tiveram o mesmo 
título pós-vacinal contra parvo, cinomose e raiva 
que animais mais jovens, apesar dos animais 
idosos terem apresentado menor resposta 
proliferativa linfocitária pós-vacinal
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2011
Resposta imune
• Apesar de haver 
menor relação 
CD4:CD8 em animais 
velhos*, os títulos pré-
vacinais (raiva) eram 
maiores e pós-vacinal 
iguais
• A idade pode afetar a 
resposta imune 
primária, mas não 
parece interferir na 
resposta de memória
• Jovens: idade média 3 anos
• Velhos: idade média 11,9 anos
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2011
Resposta imune
l Não existem estudos definitivos que 
demonstrem menor capacidade de montar uma 
resposta imune no paciente idoso
l A questão deve ser por que vacinar um paciente 
idoso?
l Risco de reações pós-vacinais?
l Animais com doenças imunomediadas conhecidas?
l Risco de adquirir doença?
l “Estilo” de vida do animal
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2011
Vacinação do idoso
l O animal idoso, vacinado de modo “adequado” 
durante sua vida, deve possuir imunidade sólida 
já formada
l A revacinação deve levar em conta os riscos a 
que esse paciente é exposto
l Devemos levar em consideração os riscos de 
exposição à patógenos e fatores que possam 
prejudicar a manutenção da imunidadesólida:
l Doenças intercorrentes (neoplasias)
l Medicamentos imunossupressores (quimioterápicos)
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2011
Falhas vacinais
l Vacinação não é sinônimo de imunização
l Mesmo um produto adequado não é 
capaz de imunizar 100% dos indivíduos 
de uma população
lMesmo produtos altamente eficazes, 
variações biológicas são responsáveis por 
falhas vacinais em uma pequena 
porcentagem de indivíduos vacinados
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2011
Curva de Gauss (efeitos biológicos)
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2011
Causas de falhas vacinais
Fonte: GREENE, C.E. Infectious diseases of the dog and the cat. 3ª Ed. Elsevier, 2006
Fatores ligados ao hospedeiro Fatores ligados às vacinas Erros humanos
Imunodeficiências, debilidade, 
desnutrição, deficiência de 
vitamina E e selênio
Armazenamento inadequado 
(temperaturas acima ou abaixo do 
indicado na bula)
Mistura imprópria de vacinas na
mesma seringa ou uso de uma
menor quantidade de vacina para
animais pequenos
Interferência dos anticorpos 
maternos
Vacinas não protegem 100% dos
indivíduos de uma população
(variação biológica)
Exposição do animal ao agente
infeccioso durante o período de
imunização
Idade: animais muito novos ou 
muito idosos (má resposta 
imunológica)
Uso de desinfetantes para
esterilização de agulhas ou seringas
utilizadas na vacinação
Uso concomitante de 
medicamentos imunossupressores e 
antibióticos 
Gestação Cepa (antígeno) inadequada Uso simultâneo de anti-soros no
momento da vacinação
Doenças concomitantes, 
verminoses, incubando a doença no 
momento da vacinação
Atenuação excessiva Vacinação muito freqüente (< 2
semanas de intervalo entre as
aplicações)
Hipertermia, hipotermia Via inadequada de administração
da vacina
Estresse como mudança de 
ambiente ou transporte do animal
Temperatura ambiente alta
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2011
Interferência vacinal
l E os mitos clássicos...
l Gestação: poucos estudos confirmam a menor capacidade de 
animais gestantes em responder adequadamente à vacinação.
l Deve-se EVITAR o uso de agentes vivos em animais gestantes
l Cio – por si só, não parece ser um fator capaz de 
inviabilizar a resposta vacinal – cuidado com o 
ESTRESSE!
l Procedimentos cirúrgicos/anestesia – NÃO!
l Reese, MJ et al. (JAVMA, 2008) – 32 gatinhos castrados com 7, 
8 ou 9 semanas e vacinados – Não houve diferença em relação 
à resposta pós-vacinal
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2011
Conclusão
l A vacinação deve ser encarada pelos veterinários como 
um procedimento que requer conhecimento e habilidade
l Não existe um protocolo geral de vacinação “ideal”, mas 
o mesmo deve ser adaptado para cada paciente
l As reações pós-vacinais devem ser avaliadas e os 
riscos e benefícios ponderados
l Apenas o Médico Veterinário é apto para selecionar a 
vacina mais adequada para cada paciente
leonardo.brandao@merial.com
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2011

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