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Sanidade animal

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Sanidade animal (Cesar Alejandro)
Aula 1- Introdução a Sanidade animal 
Na sanidade animal a informação depende de diferentes áreas da medicina veterinária 
Na clínica: 
· Objeto: o indivíduo doente (animal ou pessoa) 
· Local de atividade: clínica ou hospital 
· Objetivo: diagnóstico (Com base nos sinais clínicos) 
· Perguntas: que doença ? como tratar? 
· Objetivo final: tratar/ curar o individuo
Patologia/ Laboratório clínico: 
· Objeto: o indivíduo morto/ tecido/órgão/amostra
· Local de atividade: laboratório
· Objetivo: diagnosticar, descrever a doença
· Perguntas: o que é? O que causou? 
· Objetivo final: obter informações para beneficiar indivíduos futuros 
Epidemiologia: 
· Objeto: a população (Saudável, doente ou morta) 
· Local de atividade: Campo (local onde a população vive) 
· Objetivo: identificar os fatores responsáveis 
· Perguntas: quantos e quais indivíduos afeta? Onde ocorre? Quando ocorre iniciou? Por que ocorre? Como prevenir/controlar? 
· Objetivo final: controle e prevenção da doença. 
Vemos somente os animais que mostram casos clínicos da doença, porém ocorre um número muito maior de portadores assintomáticos que podem estar transmitindo doenças para outros, sem saber. 
Tríade epidemiológica: em algum momento algum desses fatores e causa a doença. 
Componentes de estudo epidemiológico: 
1. Objeto > População 
2. Meios > Obter informações 
3. Objetivo > Controle e prevenção 
Sanidade animal 
1- Determinar a origem de uma doença cuja causa é desconhecida. 
2- Aspectos abordados: Distribuição temporal
· Quando iniciou
· Ocorrência
· Dinâmica (Velocidade de disseminação) 
3- Usos da epidemiologia: 
· Determinar a origem de uma doença cuja causa é conhecida 
· Investigação e controle de doenças cuja causa é inicialmente desconhecida/ já conhecidas 
· Estudo da ecologia e história natural das doenças 
· Planejamento e avaliação de programas e ações de combate á doenças 
· Determinação do impacto econômico e análise do custo-benefício de programas de combate á doenças. 
“Estudo das doenças onde elas ocorrem, longe das condições controladas das clínicas e laboratórios” 
Métodos de combate: 
1. Métodos preventivos
2. Métodos de controle
3. Métodos de erradicação 
Conclusões: 
· Estudo das distribuições e dos determinantes da saúde e do desempenho nas populações, com reflexão sobre prevenção, controle e erradicação das doenças, considerando as características do hospedeiro, dos agentes etiológicos e do meio ambiente. Estudo sobre os programas de sanidade animal, com análise de estratégias para as ações de proteção, promoção da saúde, vigilância e sanidade animal. 
· Compreender as distribuições e determinantes da saúde e do desempenho nas populações com base científica para prevenir, controlar e erradicar doenças. 
· Identificar os fatores causados de problemas sanitários e discutir normas de prevenção dos mesmo. 
· Reconhecer os principais programas de sanidade animal que afetam os rebanhos brasileiros bem como suas formas de ação e controle. 
· Propor método de investigação epidemiológica e desenvolvimento de estratégias para proteção da saúde e bem-estar da população. 
· Compreender o papel do médico veterinário na área da Sanidade animal. 
Coronavírus
O que é Covid-19: é a doença infecciosa causada pelo novo Coronavírus, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na china. 
Pandemia: a organização mundial da saúde (OMS)declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo Coronavírus (Covid-19) constitui uma Emergência de Saúde Publica de Importância Internacional- o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no regulamento sanitário internacional. Em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. 
Novo Coronavírus (nCoV-2019): são RNA vírus causadores de infecções respiratórias em uma variedade de animais, incluindo aves e mamíferos. Sete Coronavírus são reconhecidos como patógenos em humanos. Os Coronavírus sazonais estão geralmente associados a síndromes gripais. Nos últimos 20 anos, dois deles forma responsáveis por epidemias mais virulentas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A epidemia de SARS que emergiu em Hong Kong (China), em 2003, e a síndrome respiratória do oriente médio (MERS) que emergia na Arábia Saudita 2012. 
Quais são os sintomas do Coronavírus (Covid-19): Os sinais e sintomas são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. 
· Febre
· Tosse
· Dificuldade para respirar
· Sequência genômicas de Vírus de 5 casos demonstram ser quase idênticas entre si, com homologia de 97,5% para SARS-CoV e 86-96% para um Coronavírus do tipo morcego SARS (Bat-SL-CoVZC45) em todo genoma O surto, portanto, representa uma nova doença viral emergente devido ao salto de espécies de um vírus para humanos. 
· Inicialmente, pensava-se que a infecção não mostrava ou limitava transmissão de humano para humano. No entanto, logo depois ficou evidente que a transmissão entre humanos constitui o principal mecanismo de disseminação da infecção, na comunidade, nos serviços de saúde e em casa. 
· Testes de diagnóstico baseado na detecção da sequência viral por transcriptase reversa reação em cadeia da polimerase (PT-PCR) ou plataformas de sequenciamento de próxima geração em breve tornou-se disponível. Isso permitiu a confirmação do diagnóstico e melhores estimativas de atividade de infecção, que foi encontrada para aumentar em velocidades alarmantes. 
Marcadores do Coronavírus: 
· Morbidade Incidência; E prevalência (vamos saber quando acabar).
· Mortalidade 2,3 a 3%; 3 pessoas a cada 100 infectadas. 
· Letalidade 2,19% 
Esses números mudam, e vão mudando e só saberemos completamente quando a pandemia acabar. 
Colocaram toda a população do Brasil para fazer a conta, e a prevalência foi dada de 0,08%; não é perfeita, da uma ideia.
1 pessoa doente contamina 3; 
Letalidade por doença: 
· Média de 3,6% desde dezembro (Esse número sempre muda). 
· Mers: 34% 
· Sars: 10% 
· Grupe (influenza, como H1N1 e outras gripes comuns): de 0,01% a 0,08% 
· Sarampo: 1,42% em 2019 no mundo 
· Ebola: de 25% a 90%; na república democrática do congo, 65% no último ano.
Coronavírus já existiam há 293 milhões de anos; em vários animais. 
O que é Coronavírus? 
· Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do Coronavírus (NCoV-2019) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. 
· Os primeiros Coronavírus humanos foram identificados em meados da década de 1960. A maioria das pessoas se infecta com os Coronavírus comuns ao longa da vida, sendo crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os Coronavírus mais comuns que infectam humanos são o Alpha Coronavírus 229E e NL63 e beta Coronavírus OC43, HKU1. 
Talvez esses Coronavírus que já existiam pode ter causada a algumas pessoas a imunidade para os novos Coronavírus. 
O Coronavírus é: 
· RNA vírus 
· Envelopados (os vírus envelopados não duram muito no ambiente); 
· Família Coronaviridae 
· Infectam grande variedade de espécie animal 
· Infectam o homem 
A espicula S é importante pois é a chave para o vírus causar a doença; 
A nucleoproteína e RNA genoma (no PCR procura-se esses alvos na amostra);
O diagnóstico é feito através da espicula S; que vai dizer se a espécie tem ou não o Coronavírus. 
Os tipos de Coronavírus conhecidos até o momento são: 
· Alpha Coronavírus 229E e NL63.
· Beta Coronavírus OC43 e HKU1.
· SARS-CoV (Causador da síndrome respiratória aguda grave ou SARS). 
· SARS-CoV (Causador da síndrome respiratória do oriente médio ou MERS). 
· NCoV-2019: novo tipo de vírus do agente Coronavírus, chamado de novo Coronavírus, que surgiu na china em dezembro de 2019. 
Coronavírus
· Doença sistêmica em gatos (PIF)
· Doenças entéricas em cães;
· Doença entérica e sistêmica em suínos;
· Doenças respiratória em aves domésticas; 
· Doenças entéricas em bovinos.Espicula S, é a parte redonda, que no corona se rearranjou e ficou muito causadora de infecções em humanos. 
Sistema chave -fechadura. 
Angiotensina ECA 2 (Conhecida a 20 anos) e é um receptor que está distribuído em diferentes órgãos do corpo, e a espicula S, e a ECA2 se reconhecem e encaixam perfeitamente, vírus com o receptor ECA 2; e quando eles se encaixam o vírus e colocado para dentro da célula; 
Com isso temos consolidado que: 
· A infecção, se deve ao alto grau de afinidade do receptor com o vírus (ex. Sars-Cov-2 e ACE2). 
· Essa afinidade fez com que ele se adaptasse e encontrasse condições citoplasmáticas de cada célula e hospedeiro para se replicar, causando viremia e a doença. (Reaplicação);
· Disseminação pelo organismo e manifestação clínicas: resposta imune. 
· Transmissão: todas anteriores. 
Coronavírus felino: a maioria dos gatos possuem o Coronavírus entérico ferinos, e ele sai do entérico e vai para o organismo, podendo causar Coronavírus da peritonite infecciosa felina. 
O SARS-CoV-2 é agora um vírus HUMANO.
O SARS-CoV-2 Tem alta afinidade pelo receptor humano ACE2. 
O receptor ACE2 em outras espécies é estruturalmente diferente do ACE 2 humano. 
SISTEMA CHAVE FECHADURA. 
Cães e felídeos: 
· Centenas de animais testaram negativos para SARS-CoV-2 
· Raríssimos foram positivos. 
· Não transmitem entre si e para seres humanos.
· São maus hospedeiros para SARS-CoV-2; 
Começaram a falar que os animais tinham pois fizeram:
· RT-PCR: Que indica presença de RNA VIRARAL, e NÃO PROVA que o vírus está VIVO. 
· Sorologia: sugere a exposição e talvez infecção, não necessariamente doença (o vírus forço e se encaixou). 
DEVERIAM FAZER:
· Indica presença do vírus VIVO. 
Vacinas existem contra o Coronavírus canino: OS VETERINARIOS NÃO devem usar vacinas contra o Coronavírus canino diante do surto atual, acreditando que pode haver alguma forma de proteção contra a COVID-19; 
Os veterinários NÃO DEVEM usar vacinas contra o Coronavírus que causa diarreia em cães porque ela é considerada uma vacina não recomendada, pelo grupo de diretrizes de vacinação de cães e gatos da WSAVA. 
Cães e gatos podem ser infectados por sars-cov-2 ? 
· Possivelmente. 
· Susceptibilidade de cães é menor do que em gatos pois alguns gatos desenvolveram SARS; não existe evidencias que os cães e gatos podem causar a doença. 
· Não existe evidência de que cães e gatos podem transmitir a doença para humanos; 
· Mesmo que cães e gatos fiquem doentes é pouco provável que possam agir como fômites. 
Cuidados importantes para tutores com COVID-19 
· Evitar contato próximo. 
· Evitar circulação de animais em ambientes onde existe uma pessoa infectada. 
· Uso de máscaras caso necessário. 
Aula 2- Enterites Virais 
 
Enterites Virais
Definições: entidades mórbidas infectocontagiosas do sistema digestório que acometem principalmente animais neonatos, manifestando-se sob a forma de variados graus de enterite, causada por vírus dos gêneros Coronavírus, Rotavírus, Adenovírus, Bredavírus, e Parvovírus. 
Principalmente Coronavírus e Rotavírus 
Impacto em saúde publica e produção: 
· A cada 24h: 200 milhões de pessoas com gastroenterites;
· Ubiquitária em crianças < 5 anos;
· A cada ano: 500.000 mortes infantis por rotavírus. 
Tanto em produção quanto em saudade publica é importante entendermos que a cada 24 causam problemas entéricos em 200 milhões de pessoas. 
· Zoonoses Clássicas (Rotavírus); 
· Zoonoses potenciais- realidade (Coronavírus);
São doenças que muitas vezes estão relacionados a problemas de saúde pública. 
Impacto em saúde pública e exploração animal: 
Na exploração animal e saúde publica os que sofrem são os animais jovens e indivíduos neonatos por não terem sistema imunológico eficiente.
· Neonatos: Retardo no crescimento e mortalidade
· Adultos: diminuição da produção de leite, diminuição do ganho de peso e perda de condição corporal. 
· Adultos/neonatos: infecções secundários e custos com tratamento. 
Distribuição e formas de ocorrência:
· Distribuição: mundial.
· Mais comum: endêmica.
· Adultos: epidêmica. 
Distribuição e formas de ocorrência: 
· Tendência de ser sazonal de diarreias virais: depende muito de temperatura, de oferecimento de luz ultravioleta, diminuição da umidade, estresse térmico, aumento de densidade populacional. 
Coronavírus: 
Qualquer um deles microscopicamente são parecidos; 
É um vírus RNA ENVELOPADO, NÃO SEGMENTADO. 
O Coronavírus entérico: 
· PH 5 a 7,4 (37ºC)
· PH 3 a 10 (4ºC)
Ele se adapta no ambiente e consegue se manter. 
O Coronavírus entérico tem como células alvo: 
· Enterócitos das vilosidades (intestino delgado);
· Enterócitos das criptas (intestino grosso); 
· Eles tem tropismo por epitélio respiratório. 
Outros Coronavírus tem como células alvo: 
· Sistema nervoso central;
· Macrófagos; 
· Trato reprodutivo; 
· Rins;
· Fígado.
Rotavírus: 
Dentro do Rotavírus temos várias famílias: A, B, C ,E; 
Dentro do Rotavírus A vamos ter um vírus que vai apresentar um vírus apresentado RNA SEGMENTADO, NÃO ENVELOPADO, e capsídeo duplo
Esses Vírus do Grupo Rotavírus A: vão ter as proteínas P e G que são importantes; 
Sorogrupo A: 
· 12 tipos de proteínas G
· 14 tipos de proteínas P
Imunidade específica para cada sorotipo; 
Consequência: não sabemos, mas os vírus segmentados podem se misturar com outros vírus segmentados e criar um novo; o que pode ser preocupante. 
Essa mistura é mais fácil pois eles são segmentados e podem trocar segmentos mudando e se juntando formando novos vírus; 
E a variedade é grande porque temos 12 tipos G para combinar com 14 Tipos P; 
Adenovírus: DNA; 
Parvovírus: conhecemos 2; é um vírus DNA, não envelopado, não segmentado; é importante saber que por não ter envelope vive por muito tempo no ambiente. 
Fisiopatologia: 
O corona entérico entra via orofecal e vai direto causar doença dentro do intestino. 
O Parvovírus causa viremia; o que causa maior lesão no intestino; atua muito rápida, destruição grande de epitélio do intestino. 
Esses agentes vão atuar em: Dobras, vilosidades, microvilosidades intestinais; 
O Coronavírus atua nos ápices, causando uma diarreia mais branda, sendo menos agressivo; 
O Parvovirus atua nas criptas, causando diarreia agressiva, sanguinolenta, sendo muito agressivo, em 48 horas esse animal se não tiver cuidado pode vir a óbito. 
O rotavírus em humano, suínos: atua nos ápices; 
O Coronavírus bovino: atua nos ápices e nas criptas; 
Esses agentes infecciosos entram, se replicam em enterócitos, células, paredes celulares ou criptas (dentro do intestino); 
Esses vírus ao se replicar levam a morte celular, a necrose. 
Para tratar o animal, primeiramente precisamos repor a hidratação e controlar a infecção; repovoar com probióticos; antibióticos para prevenir processos secundários. 
Coronavírus e Rotavírus em diversas espécies 
Coronavírus Bovino (BCoV) 
· Diarreia neonatal: em bezerros 
· Processos respiratórios: em bezerros
· Disenteria “de inverno”: em bovinos adultos
· Ruminantes silvestres 
· Vírus RNA, envelopado, não segmentado; 
Coronavírus Bovino (BCoV) em Adultos: 
· Disenteria de inverno 
· Winter Dysentery; 
· Diarreia ipizoótica de bovinos adultos 
· Diarreia sanguinolenta 
· Surtos anuais de mais ou menos 10 dias 
· Tendência sazonal > Inverno 
· Taxa de ataque: 100% 
· Diminuição de 90% a produção de leite. 
Coronavírus Canino (CCoV) 
· Gastroenterite (Vírus CCoV)- tem 2 sorotipos (! E 2); que causam infecção respiratória (Coronavírus respiratório canino). 
· Não é tão importante a doença nesse animal; 
Coronavírus Felino (FCoV): 
· PIF; 
· Para diagnosticar PIF e Corona precisamos entender da patogenia do vírus; 
· Os felinos têm o Coronavírus no intestino, que muta e pode ser o vírus da peritonite infecciosa felina, então temos o mesmo vírus mutando; 
Coronavírus aviário (IBV):
· Responsável 
· Bronquite infecciosa das galinhas; todas as aves do brasil são imunizadas; 
· Grande perda econômica.
Coronavírus Suíno (PEDV) 
· Aconteceunos estados unidos e trouxe perdas econômicas enormes. 
Rotavírus aviário:
· Descrito do tipo A; que apresenta sorotipos próprios; 
Rotavírus Bovino: 
Rota RNA, não envelopado, segmentado; e se misturam, causando doença em diversas espécies 
Rotavírus suínos:
· Processo infecciosos muito graves; 
Todos dão diarreia; destruindo o epitélio intestinal; causando necrose, atrofia e fusão de vilosidades
Hiperplasia de criptas; 
Diagnóstico dessas doenças entéricas: 
Fatores de risco: 
· Fêmeas primíparas (geralmente mães ruins no primeiro parto).
· Falhas colostrais.
· Animais de idades diferentes em mesmo espaço.
· Localização do bezerreiro, canil etc.
· Coleções de água.
· Vetores.
· Outras criações.
Diagnóstico
Diagnóstico Direto: 
· Colheita de amostras ( manter refrigerado a mais ou menos 4ºC) 
· 1º dia de sintomas (Reto) > 108 – 109 partículas virais/ML de fezes.
Métodos diagnósticos: 
· Microscopia eletrônica 
· Isolamento viral 
· Elisa
· PCR
· Eletroforese em gel de poliacrilamida (rotavírus) – é a extração do RNA; comparando com amostras de campo; não é fácil de ser feito. 
AMOSTRA: SORO
Uma única amostra não tem significado diagnóstico. 
Diagnóstico indireto: 
· 2 amostras pareadas de soro
· Indica infecção recente se houver soroconversão 
Diagnóstico diferencial: 
Agentes infecciosos não virais (Diarreia não viral)
· Escherichia Coli 
· Salmonella SP
· Clostridium perfringens 
· Campylobacter SP 
· Cryptoscoridium Parvum 
· Eimeria SP
· Giardia SP
· Alterações em dieta 
· Stress
Prevenção e controle:
Medidas aplicáveis as fontes de infecção 
· Diagnóstico periódico 
· Ambientação 
· Separação entre idades
· Separação de animais com sintomas 
Vias de transmissão: 
· Destino de excretas adequado 
· Higienização 
· Controle de vetores 
· Desinfecção: 
· Rotavírus: Fenol, Formol, Cloro, Beta-Propiolactona, Etanol 95% 
· Coronavírus: Formol, Cloro, Iodo, Amônia quaternário.
Medidas aplicáveis aos susceptíveis: 
· Biosseguridade
· Colostro (IgA) Nas primeiras horas pós- nascimento
· Banco de colostro (-20ºC) 
· Vacinação (ruminantes), em vacas prenhes, 7 e 9 meses de gestação, IM; para aumentar a IgA no colostro. 
· Vacinação em carnívoros; 
· Vacinas. 
Tratamento: 
· Tratamento de suporte
· Hidratação 
· Melhorar microbiota/ probióticos
· Antibióticos para evitar infecções secundárias; 
Aula 3- Cadeia epidemiológica e tríade epidemiológica 
Mecanismos de propagação de doenças
Tríade epidemiológica: 
É uma interação na tríade entre agente casual, ambiente e hospedeiro 
O aparecimento de doenças é um processo de diversa interações ou alterações de um desequilíbrios dos fatores relacionado ao agentes, hospedeiro e ambiente, faz com que alguma coisa se altere e desenvolva a doença/ desequilíbrio da saúde. 
Definição de saúde: Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente ausência de doenças (OMS) 
Formas de ocorrência de doenças em populações
· Formas básicas 
Forma endêmica: a doença está, normalmente, presente na população de uma determinada área geográfica, mantendo-se dentro de limites considerados esperados; 
Forma epidêmica: a frequência da doença na população de uma determinada área geográfica ultrapassa os limites esperados. 
Exemplo de epidemia na população humana
Peste bubônica ou peste negra 
· Agente: Yersinia pestis
· Fonte de infecção: roedores e humanos
· Vias de transmissão: pulgas e ar
· A maior epidemia ocorreu no século XIV
· Matou milhões de pessoas na Ásia e na Europa 
Estudos epidemiológicos: 
Exemplos
· Surto de cólera em Londres; doença intestinal aguda, causada pelo enterotoxinas do Vibro Cholerae. 
· Peste bovina: agente morbilivírus; tendo como fonte de infecção os ruminantes e suínos; 
· A via de transmissão: contágio 
· A maior epidemia ocorre no século XVIII; matando metade dos bovinos da França. 
Sempre temos que pensar no equilíbrio entre o agente infeccioso, o hospedeiro e ser um ambiente propicio para o agente infeccioso; 
Definição de bem estar: O bem estar de um individuo é o seu estado em relação as suas tentativas de se adaptar ao ambiente. 
Definição de saúde populacional: Saúde populacional é o valor médio resultante do agrupamento dos diferentes graus de saúde dos indivíduos que compõem a população. 
Graus de saúde dos indivíduos de uma população: 
· Sem sinais clínicos, sem lesões, sem problemas comportamentais graves. 
· Sem sinais clínicos, sem lesões aparentes, sem problemas comportamentais graves, mas apresentando infecções, infestações, tumores... 
· Com leves alterações de saúde. 
· Com sinais clínicos, com lesões aparentes, com problemas comportamentais graves. 
Qualquer doença, causada pelo hospedeiro, ambiente, agente; 
A raiva não causa viremia, ocorre uma multiplicação no local de entrada, onde ocorre multiplicação, e começa a andar de pouquinho em pouquinho, por sinais nervosos, até chegar no sistema nervoso central, temos como barrar antes com medidas profiláticas e controlar essa doença. 
Determinantes da cadeia epidemiológica; agente
· Infectividade: é a capacidade dos agentes de infectar e multiplicar no hospedeiro. Vírus da gripe apresentam elevada infectividade; 
· Virulência: é a capacidade do agente em produzir casos graves ou fatais (casos graves/ casos da doença). 
· Patogenicidade: é a qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo, produzir sinais clínicos em maior ou menos grau, dentre os hospedeiros infectados (Casos da doença/ total de infectados). 
· Estabilidade: é o tempo que o agente infeccioso resiste fora do hospedeiro. 
Determinantes de cadeia epidemiológicas; Hospedeiro
· Susceptibilidade: pode se restringir a uma espécie ou a várias espécies de agentes infecciosos, como no caso da febre aftosa que acomete animais de diversas espécies (animais com o casco biangulados); resistência
· Transmissibilidade: se refere a duração do período no qual o animal pode infectar e a quantidade de agentes infecciosos que o hospedeiro pode transmitir.
· Período de incubação: período entre a entrada do agente até os primeiro sintomas. 
Determinantes de cadeia epidemiológica; ambiente 
· Manejo produtivo
· Bem estar
· Contaminação do ambiente
· Condições higiênico-sanitárias
· Educação 
· Aspectos culturais
· Saneamento básico 
Questões epidemiológicas: 
· Por que alguns adoecem e outros não? 
· Onde a doença ocorre e porque naquele lugar? Há vetores envolvidos?
· Quando a doença ocorre e porque existem variações na sua ocorrência? 
· Qual o risco associado a esta infecção? 
· Análise descritiva/ distribuição/ indicadores
· Construção de hipóteses cientificas 
· Busca etiológica/ fatores de risco 
· Aplicação do método científico para descrição da cadeia epidemiológica 
 
Cadeia epidemiológica (ou ecologia das enfermidades)
· Conceito: Processo de identificação dos mecanismos envolvidos no processo de propagação das doenças que envolve os hospedeiros, ou agentes patogênicos, o ambiente (Ecossistema) e os meios pelos quais os agentes infectam os susceptíveis. 
Entendendo a cadeia epidemiologia da doença conseguimos entender como controlá-la.
Objetivo: Racionalizar o controle 
Ecologia das enfermidades: parasitismo (relacionamento harmônico ou desarmônico)
Infecção X doença: Desequilíbrio 
Determinantes da cadeia epidemiológica- Conceitos 
· Transmissão horizontal: doença é transmitida de uma fonte de infecção para um hospedeiro 
· Transmissão vertical: é aquela transmitida de uma geração para a próxima. 
· Fonte de infecção: hospedeiro que alberga o agente etiológico com potencial de transmissão. 
· Hospedeiro: pode ser uma planta, animal, ou artrópode que pode se infectar por, e permitir a manutenção (replicação e desenvolvimento), dos agentes infecciosos 
· Hospedeiro doente: típico, atípico ou em fase podrômica. 
· Hospedeiro portador: não manifesta sinal clínico da doença. 
Portador sadio (Sem sinal clínico e não está na fase de incubação), em incubação (mas já eliminam o agente) e em convalescência(em recuperação, porém ainda eliminado).
· Hospedeiro primário (mantém o R0>1), secundária (mantem o R0<1) e acidental (Não transmite). 
R0 é a capacidade de um sujeito contaminar o outro. (ex-corona: 1 para 3).
· Reservatório: os animais vertebrados capazes de atuar como fontes de infecção no processo de disseminação da doença; podem manifestar os sinais clínicos
· Vetores: transmissores vivos dos agentes infecciosos
· Vetor mecânico: um animal que carreia fisicamente um agente infeccioso para os hospedeiros primários ou secundários. O agente infeccioso não se desenvolve e nem se multiplica no vetor mecânico. 
· Vetor biológico: 
· Transmissão por desenvolvimento: o agente etiológico cresce e muda, porém não se multiplica. Ex. Dirofilaria Immitis, causadora da Dirofilariose, e mosquitos culex. 
· Transmissão propagativa: apenas se multiplica, não muda de forma ou tipo; ex; encefalomielite ovina, que transmite ou ser humano via picada de carrapato da família Ixodidae. 
· Transmissão ciclo propagativa: além das mudanças, se multiplicam no vetor. Ex. Plasmodium e anófeles (malária).
· Fômites: veículos inanimados de doença; 
Fonte de infecção(FI): Hospedeiro vertebrado que alberga e transmite um agente etiológico. 
Por que é importante saber as vias de eliminação? POIS A VIA DE EXCREÇÃO DETERMINA O MECANISMO DE TRANSMISSÃO 
Cada doença causa a infecção de uma maneira e temos que barrar esse processo de transmissão; um dos processos mais usados é isolar o indivíduo/sacrificá-lo; 
Vias de transmissão (VT)
· Etapa crítica na sobrevivência do agente 
· Pode ser imediata ou demorada meses/anos
· Resistência do agente é muito importante 
· Etapa de eleição para interromper a cadeia 
· Forma vertical: da mãe para o feto; 
· Forma horizontal: de animal para animal (Contato direto, vetores, fômites, hídrica...)
Definição de rotas de transmissão: 
· Aerógena: partículas são passadas através do ar de um animal a outro (Aerossóis ou poeira).
· Oral: consumir agentes causadores de doença em alimentos contaminados, água (hídrica), lambendo ou mastigando objetos contaminados. 
· Contato direto: um animal susceptível fica exposto quando o agente da doença atinge diretamente feridas abertas, membranas mucosas ou pele, através do sangue, saliva, nariz para nariz contato, fricção, ou mordedura. 
· Reprodutiva: um subtipo de contato direto que inclui doenças propagadas através do acasalamento ou do feto durante a gravidez. 
· Fômite: um objeto inanimada portador de um agente patológico de um animal susceptível a outro .
· Veículo animado: um subtipo de transmissão de fômites em que um animal ou humano distribui material orgânico para outro local. 
· Vetores: um invertebrado adquire um agente da doença de um animal e transmite-o a outro;
Vetor mecânico e vetor biológico 
A contaminação ambiental sempre deve ser levada em consideração. 
SUSCETÍVEL- NOVO HOSPEDEIRO
· Susceptibilidade X Resistência
· Susceptibilidade natural X Experimental 
· Resistência natural X Adquirida 
· Refratariedade
· Infecção X infestação 
· Relação infecção-Doença 
Podemos ter pequenas quantidades de alguns agentes, que podem ser consideradas quantidades normais. 
FI= Fonte de infecção 
VE= via de eliminação 
VT= via de transmissão 
PE=Porta de entrada 
S= Susceptível 
O conhecimento da cadeia epidemiológica da enfermidade é passo fundamental para que sejam aplicadas as medidas de profilaxia e controle adequados e eficazes. 
Fases do processos infeccioso- Doença
· Período de incubação (definição, duração, importância) 
· Período pré-patente
· Período de transmissibilidade 
· Período prodrômico 
· Fase de convalescença
Fases do processo infeccioso – doença 
A- Período de incubação: 
É o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. 
B- Período prodrômico: 
Apresenta sinais e sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico nesse período (Exemplo de tosse, febre, mal estar). Tem curta duração, geralmente alguns dias, e alta transmissibilidade. Praticamente ausência de sinais patognomônico. 
C- Período Pré-Patente:
Período decorrido entre a invasão (penetração) do agente etiológico no organismo até o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente (formas jovens iniciais como ovos, larvas, oocistos). 
D- Período de Latência: 
Período no qual os sintomas de uma doença desaparecem, apesar do hospedeiro estar infectado, e ser capaz de transmitir a doença. 
E- Período de transmissibilidade:
É o intervalo de tempo em que há eliminação do agente etiológico, pelo hospedeiro, para o ambiente ou por meio de um vetor. Pode ser determinado por critérios clínicos ou por exames laboratoriais, sendo que o animal ou homem infectado pode ou não ter sintomas. 
 
Infecções localizadas: 
· Respiratórias (Flu, Rinovírus, Pasteurella);
· GI (rota,corona, protozoários, helmintos, salmonela, coli). 
· Derme (papiloma, sarna, micoses). 
· Conjuntiva (moraxela, adeno).
· Genitais (vibriose, tricomonose). 
Infecções disseminadas ou sistêmicas: 
· Retrovírus em geral (AIEV, CAEV) 
· BVDV (infecção persistente)
· Cinomose (pode ser disseminada)
· Dengue, febre amarela
· Malária
· Babesiose, anaplasmose 
Mecanismo de propagação de doenças: 
1- Quem hospeda e elimina o agente etiológico? Fonte de infecção. 
2- Como o agente etiológico deixa o hospedeiro? Via de eliminação.
3- Que recurso o agente utiliza para alcançar um novo hospedeiro susceptível? Via de transmissão. 
4- Como o agente etiológico penetra no novo hospedeiro? Porta de entrada. 
5- Quem pode adquirir a doença? Hospedeiro susceptível. 
Aula 4- Indicadores de Saúde ou indicadores epidemiológicos 
Os indicadores epidemiológicos representam a expressão numérica de diversos EVENTOS que podem ocorrer numa POPULAÇÃO e dentre eles destacam-se como principais os Coeficientes de Natalidade, Morbidade, Letalidade e Mortalidade. 
Morbidade: casos de indivíduos doentes. 
O termo distribuição pode ser observado em qualquer definição de Epidemiologia. Distribuição, neste sentido, é entendido como “o estudo da variabilidade da frequência das doenças de ocorrência em massa, em função de variáveis ambientais e populacionais ligados ao tempo e ao espaço”. 
Dessa fora, um primeiro passo em um estudo epidemiológico é analisar o padrão de ocorrência de doenças segundo três vertentes: pessoas, tempo e espaço, método este também conhecida como “epidemiologia descritiva” e que responde às perguntas quem? Quando? E onde? vai afetar? 
Todo indicador está relacionada a um: 
· Local: Município, estado, pais, continente....
· Espaço de tempo: horas, dias, semanas, mês, ano, década...
· Determinada população: espécie, gênero (macho ou fêmea), idade, raça... 
Por que utilizar? 
· Analise a situação atual de saúde; 
· Fazer comparações; 
· Avaliar mudanças ao longe do tempo. 
Como analisamos: 
Exemplo: 
Anemia infecciosa equina, é obrigatório sacrifício do animal. 
Minas gerais tem mais animais positivos, que não significam nada; 
 O que importa é a prevalência, que em minas é baixa por exemplo;
Fazer comparações;
Avaliar mudanças ao longo do tempo;
Pessoas alérgicas a ovos não podem tomar a vacina da febre amarela. 
FREQUENCIAS RELATIVAS 
Coeficientes (ou taxas):
Expressa o Risco, a probabilidade, que um individuo do denominador tem de apresentar o atributo ou evento que consta no numerador: 
NÚMERO DE ÓBITOS POR TUBERCULOSE NA CIDADE “X” NO ANO “Y” = 0,035
NÚMERO DE CASOS DE TUBERCULOSE NAQUELA CIDADE NAQUELE ANO 
Morbidade: 
Frequência de doentes, ou infectados, numa população.
Avalia a probabilidade de um individuo estar doente, ou infectado, numa dada população. 
· Incidência (“i” ou coeficiente de morbidade incidente): 
Avalia a frequência com que surgem os casos novos numa população. 
I = CASOS NOVOS DE DETERMINADA DOENÇA NA LOCALIZADA “X” NO PERIODO “Y” 
 POPULAÇÃO SUSCEPTIVEL Á DOENÇA NA MESMA LOCALIDADE E PERIODOExemplo: Leptospira; 
Cada faixa preta, é um animal doente; 
Para facilitar: analisamos os últimos 6 meses. 
Nesses 6 meses temos 8 animais doentes; 
Destes 8, 4 são novos. 
Cálculo de incidência: 
Situação 1 semestre de 2006 
População 200 bovinos 
Total de casos: 8 
Total de casos novos: 4 
População 200 ------ 100% = 200X-I = 4X100% 
Casos novos 4 -------- i I= 400% = 2% 
 200 
 
· Prevalência (“P” ou Coeficiente de morbidade prevalente): mede a frequência de casos de doenças existentes numa população em um determinado momento ou intervalo de tempo restrito, sem distinguir os casos novos dos casos antigos. 
NÚMERO DE CASOS DE DETERMINADA DOENÇA NUM DADO PERÍODO E LOCAL 
 POPULAÇÃO EXISTENTE NAQUELE PERÍODO E LOCAL 
Aqui não diferenciamos casos novos, e sim TODOS OS ANIMAIS QUE ESTÃO DOENTES. 
A prevalência é o número de caso total na minha população. 
Letalidade (ou fatalidade): 
Expressa o risco de morrer, por determinada doença, a que estão expostos os indivíduos por ela acometidos e oferece elementos para o prognóstico da doença. 
NÚMERO DE ÓBITOS POR DETERMINADA DOENÇA NA LOCALIDADE “X” E PERIODO “Y” 
 NÚMERO DE CASOS DA DOENÇA NA MESMA LOCALIDADE E PERIODO 
 50% de letalidade para o exemplo acima. 
 
 
Mortalidade: 
O Coeficiente geral de mortalidade reflete o risco que um individuo de determinada população morrer por qualquer causa, durante o período considerado. 
Expressa de maneira muito genérica a qualidade de vida da população. 
NÚMERO DE ÓBITOS POR TODAS AS CAUSAS NA LOCALIDADE “X” E PERIODO “X” 
 POPULAÇÃO DA LOCALIDADE NO PERIODO 
Tabela mortalidade
Natimortalidade: 
NÚMERO DE NASCIDO MORTOS NA LOCALIDADE “X” E PERIODO “Y” 
NÚMERO TOTAL DE NASCIMENTOS OCORRIDOS NA LOCALIDADE E PERIODO
Mortalidade intrauterina: 
NÚMERO DE ABORTOS OCORRIDOS NA LOCALIDADE “X” E PERIODO “Y” 
NÚMERO CONCEPÇÕES EFETIVAS NA LOCALIDADE E PERÍODO 
Fecundidade: 
NÚMERO DE CONCEPÇÕES EFETIVAS NA LOCALIDADE “X” E PERIODO “Y” 
NÚMERO DE FÊMEAS EFETIVAMENTE COBERTAS NA LOCALIDADE E PERÍODO 
Natalidade: 
· O coeficiente geral de natalidade avalia a intensidade do crescimento populacional. 
· Mede a velocidade relativa com que os nascimentos estão ocorrendo numa população. 
NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS NUMA LOCALIDADE “X” E PERIODO “Y” 
POPULAÇÃO DA LOCALIDADE NO PERÍODO CONSIDERADO
EXERCICIOS DE INDICADORES 
1- EXERCÍCIO: (PREFEITURA DE SÃO PAULO) No ano de 2006, em um Município que possui uma população estimada em 61.841 pessoas, foram registrados 1.778 casos de leptospirose, dos quais 20 morreram. Os coeficientes de morbidade, letalidade e mortalidade por leptospirose, expressos em percentual, são, respectivamente, de
a) 0,032; 2,88 e 1,12.
b) 0,032; 1,12 e 2,88.
c) 1,12; 0,032 e 2,88.
d) 2,88; 1,12 e 0,032.
e) 2,88; 0,032 e 1,12.
Resposta: Alternativa D 
D) 2,88; 1,12 e 0,032.
Coeficiente de morbidade: 
CASOS NOVOS DE DETERMINADA DOENÇA NA LOCALIDADE “X” NO PERÍODO “Y” x 10n
 POPULAÇÃO SUSCETÍVEL À DOENÇA NA MESMA LOCALIDADE E PERÍODO
Conta: 
1778 X 10 = 2,88 COEFICIENTE DE MORTALIDADE 
61841
Coeficiente de letalidade: 
NÚMERO DE ÓBITOS POR DETERMINADA DOENÇA NA LOCALIDADE “X” E PERÍODO “X” x 100
NÚMERO DE CASOS DA DOENÇA NA MESMA LOCALIDADE E PERÍODO
Conta: 
20 x 100 = 1,12 COEFICIENTE DE LETALIDADE
1778 
Coeficiente de mortalidade:
Conta: 
2- EXERCÍCIO: (VUNESP) Durante a campanha de vacinação anti-rábica canina, realizada no mês de agosto de 2002, o Serviço Municipal de Controle de Zoonoses de Monte Azul, SP, realizou um inquérito sorológico para a leptospirose no qual, de 400 animais examinados, 100 foram classificados como soro-reatores, título ≥ 100 para o sorovar canicola. Os reatores ao teste sorológico tiveram um acompanhamento clínico e laboratorial e, destes, 15 morreram com clínica sugestiva de leptospirose que foi confirmada pelo exame de suspensões de tecido hepático submetidas à microscopia de campo escuro, ao cultivo e à técnica de PCR. Os coeficientes de morbidade, letalidade e mortalidade por leptospirose, expressos em percentual, são, respectivamente, de
a) 3,75; 15,00 e 25,00.
b) 15,00; 25,00 e 3,75
c) 20,00; 10,00 e 3,5.
d) 25,00; 3,75 e 15,00.
e) 25,00; 15,00 e 3,75.
Resposta: Alternativa E 
E) 25,00; 15,00 e 3,75.
3- EXERCÍCIO: Foi realizado um estudo para determinar a soro prevalência de cinomose no ano de 2014, em uma população de caninos não vacinados de um bairro de Santa Maria, estimada em 1000 animais. Dessa forma, 470 amostras de soro foram consideradas soro reatores para o vírus. Durante o ano seguinte, 2015, considerando a população de 1000 animais, foi feito um acompanhamento da doença na população, e os pesquisadores constataram 100 casos novos no bairro e 47 destes morreram comprovadamente de cinomose.
a) Qual a soro prevalência para cinomose detectada pelo estudo nessa população para o ano de 2014, em percentual?
b) Calcule a incidência de cinomose para o ano de 2015, em percentual.
c) determine a letalidade para o ano de 2015, em percentual.
Resposta: 
a) 1000 x 0,47 = 470 
0,47 x 100= 47% resposta alternativa A 
b) 1000 animais ---------100% 
100 novos casos ----- X 
X= 100x 100 = 20% de incidência de novos casos para 2015. 
 1000
c) 470 amostras ------- 100% 
47 ---------x 
X= 47 x100 = 10% 
 470 
10-
 a) Calcule o coeficiente de mortalidade geral (por mil habitantes) para os municípios de Salvador e Porto Alegre em 2000.
b) Preencha as células vazias com os coeficientes de mortalidade (por mil habitantes) para os municípios de Salvador e Porto Alegre em 2000.
	
	SALVADOR
	
	
	
	
	PORTO
	ALEGRE
	
	
	
	Faixa etária
	POP
	%
	OBITOS
	%
	CM*
	
	POP
	%
	OBITOS
	%
	CM*
	<1
	41888
	1,71
	1237
	9,75
	29,53
	
	21171
	1,56
	349
	3,54
	
	1 a 4
	166531
	6,82
	157
	1,24
	0,94
	
	82905
	6,09
	60
	0,61
	0,72
	5 a 9
	206311
	8,44
	72
	0,57
	0,35
	
	102252
	7,52
	26
	0,26
	
	10 a 14
	223746
	9,16
	93
	0,73
	
	
	107317
	7,89
	53
	0,54
	0,49
	15 a 19
	281938
	11,54
	294
	2,32
	
	
	125149
	9,20
	127
	1,29
	1,01
	20 a 29
	503201
	20,60
	854
	6,73
	1,70
	
	229941
	16,90
	473
	4,80
	2,06
	30 a 39
	399208
	16,34
	940
	7,41
	2,35
	
	208102
	15,29
	587
	5,95
	
	40 a 49
	292184
	11,96
	1341
	10,57
	4,59
	
	192396
	14,14
	822
	8,34
	
	50 a 59
	163064
	6,67
	1652
	13,03
	10,13
	
	130816
	9,61
	1187
	12,04
	9,07
	60 a 69
	93847
	3,84
	1944
	15,33
	
	
	87005
	6,39
	1701
	17,26
	19,55
	70 a 79
	49888
	2,04
	2070
	16,32
	41,49
	
	52961
	3,89
	2199
	22,31
	41,52
	80 e +
	21301
	0,87
	2028
	15,99
	95,21
	
	20575
	1,51
	2274
	23,07
	110,52
	total
	2443107
	100
	12682
	100
	
	total
	1360590
	100
	9858
	100,00
	
* Coeficiente de mortalidade por faixa etária (por mil habitantes)
NÚMERO DE ÓBITOS POR TODAS AS CAUSAS NA LOCALIDADE “X” E PERÍODO “X” X 1000
POPULAÇÃO DA LOCALIDADE NO PERÍODO
Coeficiente de mortalidade geral Salvador: 
12682 x 1000 = 5,19 
2443107 
Coeficiente de mortalidade geral Porto Alegre: 
9859 x 1000 = 7,24 
1360590 
Aula 5- Testes diagnósticos 
O uso do PCR e da Imunologia em doenças infecciosas e parasitárias 
(PCR, Imunofluorescência indireta (Rifi), Fixação do complemento ELISA, Imunocromatografia, Hemaglutinação, WESTERN BLOTTING) 
· Existem testes que melhor se aplicam a uma determinada situação do que em outras. 
· Vantagens (aplicações) x Desvantagens (Limitações). 
Sensibilidade x Especificidade 
Relacionado aos resultados do método: 
Qual o objetivo do método? 
· Confirmar a presença de uma doença em um animal. 
· Destino do animal: tratamento? Eutanásia? 
· Confirmar a ausência de uma doença em um animal 
Finalidade: 
· Introdução de um animal em umapopulação? 
· Acompanhamento após tratamento? 
· Emissão de guia de trânsito animal (GTA) 
Qual o objetivo do método? 
· Estimar a prevalência, manter a vigilância, de uma doença em uma população e fazer análise de fator de risco. 
Utilização de testes imunológicos e/ ou testes moleculares
 Importante: 
1- O que o método diagnóstico PESQUISA e qual a INFORMAÇÃO pode nos oferecer
2- Conhecimento sobre a ENFERMIDADE: características do agente, patogenia, sintomas 
3- Eventuais INTERFERENCIAS que poderiam ocorrer 
4- Exame clínico, histórico do animal, epidemiologia, presença ou ausência de manifestações clínicas resultados de outros exames auxiliares. 
5- CARACTERISTICAS dos métodos diagnósticos
6- Qual o MELHOR MÉTODO a ser utilizado para cada enfermidade. 
1- O QUE O METODO DIAGNÓSTICO PESQUISA? 
TESTES IMUNOLOGICOS: 
Os testes imunológicos ou imunoensaios são técnicas para a DETECÇÃO e a/ou QUANTIFICAÇÃO de antígenos* ou Anticorpos. 
Para pesquisá-los precisamos manipular em laboratórios. 
*Antígenos: substâncias químicas ou orgânicas capaz de produzir anticorpo. 
-Agentes infecto-parasitários, drogas, hormônios, citocinas, receptores de células. 
Objetivo dos testes imunológicos
Detectar antígenos ou anticorpos a partir de uma reação imunológica. 
1. Qual a informação que pode nos oferecer? 
· Presença ou ausência do antígeno na AMOSTRA
· Presença ou ausência do anticorpo na AMOSTRA 
Imunocromatografia: 
Exemplo: teste de gravidez 
Esses testes têm que ter uma faixa de segurança, o controle para saber se essa reação está funcionando, se o teste está funcionando.
 (Primeira marca na fita); se só essa primeira fita aparecer o teste é negativo; se aparecer uma segunda fita colorida, significada o resultado positiva. 
Funciona pelo amostra que entra por capilaridade, a partir do momento que amostra entra em contato com o conjugado a primeira fita aparece, após a amostra ai reagir com a segunda amostra, emitindo o sinal de luz no caso de positivo, e sem fita no caso de negativo. 
Elisa: 
Princípio parecido: reação antígeno, anticorpo; metodologia diferente. 
Teremos diferentes tipos de metodologias de Elisa; 
Os Elisas precisam de alguma lavagem, 	que faz com que fixemos, e tiremos excedentes para que ele emita um sinal de luz; 
É um teste QUALITATIVO; POSITIVO OU NEGATIVO
Mostra u quem a reação funcionou, e outro se tem a doença ou não; SEMPRE DEVE MOSTRAR A REAÇÃO DE CONTROLE. 
Os Elisas também podem ser quantitativos; 
Imunofluorescência indireta: 
Nesse teste precisamos de um microscópio de imunofluorescência e um treinamento maior para visualização; e pesquisar a presença ou ausência de sinais de luz. 
Pode ser QUALITATIVO E QUANTITATIVO. 
Hemaglutinação: 
Uma reação antígeno- anticorpo; 
Tira a amostra, trata o sangue, e deixando somente hemácias puras; pingo um pouco de hemácia na reação (antígeno), se a reação for positivo, ocorrerá a Hemaglutinação se for positivo e a amostra ficara emaranhada se positivo, se as hemácias se acumularem no fundo a reação foi negativa. 
Precisamos de substâncias auxiliares; 
 Podemos quantificar também; 
PCR: 
A técnica da PCR, permite que uma amostra específica de um paciente que contenha ácidos nucleicos, DNA ou RNA, de doenças infecciosas e parasitárias, sejam amplificados milhares de vezes em curto espaço de tempo. 
O teste mostra que o individuo teve a doença, NÃO QUE ESTÁ TENDO. 
Objetivo do PCR: multiplicar trechos específicos de ácidos nucleicos, DNA ou RNA, resultando na presença ou ausência do agente na amostra analisada; 
1. Qual informação pode nos oferecer?
Resulta na presença ou ausência do agente na amostra analisada. 
Dependendo do tipo de PCR não é necessário que o agente esteja em replicação ativa. 
QPCR: é a quantificação do PCR; funciona com o mesmo princípio, porém não precisa fazer o gel de agarose. 
2. Conhecimento sobre a enfermidade: característica do agente, patogenia, sintomas;
 
3. Eventuais interferências que poderiam ocorrer: 
Fatores que poderiam levar a resultados falso negativos ou falso positivos
Pesquisa de anticorpos: 
· Presença de anticorpos maternais? 
· Animal vacinado? 
· Tempo pós infecção X produção de AC (período de incubação)
· Resposta imunológica individual: humoral X celular 
Pesquisa de antígenos (agente): sorologia 
Pesquisa de DNA ou RNA molecular: 
· Animal vacinado? 
· Fases da doença X Presença do agente na(s) amostra(s)
· Amostra adequada 
4. Exame clínico, histórico do animal, epidemiologia, presença ou ausência de manifestações clínicas, resultados de outros exames auxiliares. 
O resultado do teste sempre deve ser interpretado com as demais informações do paciente como histórico, manifestações clínicas, contactantes, espécie, outros resultados diagnósticos. 
5. Características do método diagnóstico 
Métodos Imunológicos com AUMENTO da sensibilidade e DIMINUIÇÃO da especificidade 
Exemplo: imagens
Como um teste de alta sensibilidade analisa cada uma das amostras? 
Ou seja, um teste de alta sensibilidade temos menos chance de termos falso negativo. 
Por não ser especifico tudo que parecer com a estrela do exemplo, ele vai dar como positivo. 
Utilização de testes com maior SENSIBILIDADE 
· Utilizado em emergências clínicas para avaliação rápida de doenças potencialmente graves; 
· Método de triagem; 
· Populações em que a doença possui alta prevalência. 
Métodos Imunológicos com AUMENTO da especificidade e DIMINUIÇÃO da sensibilidade 
Exemplo fotos
Como um teste de alta especificidade analise cada uma das amostras; 
Portanto no teste de alta especificidade teremos menores número de falsos positivos. 
Utilização de testes com maior ESPECIFICIDADE: 
· Utilizado como teste confirmatório, quando o animal é positivo no teste de triagem; apenas animais positivos nos dois testes são considerados infectados; 
· Muito utilizado em programas de erradicação, quando se pratica a eutanásia de animais (necessário ter certeza de resultados positivos); 
· Em situações de baixa prevalência. 
ERLIQUIOSE: 
Doença do carrapato
Período de incubação: 8 a 20 dias 
Fase aguda: 
· 2 a 4 semanas de período de incubação 
· Multiplicação e disseminação do parasita/sintomas inespecíficos 
Fase portador assintomático:
· Persistência da bactéria e altos níveis de anticorpos 
· Todos os parâmetros tendem a normalidade
Fase crônica:
· Sintomas exacerbados 
· Hipoplasia de medula
Diagnóstico de Erliquiose: 
A persistência de anticorpos pode durar por 34 meses após a cura
Pesquisa de anticorpos( se tiver positivo, animal está com a doença agora) + contagem de plaquetas +PCR 
· Imunofluorescência indireta (Gold) 
· Elisa (Dot-blot-elisa): Efetividade= 98%
· Snap IDEXX; Efetividade =100% 
Diagnóstico molecular (PCR) 
Amostra: soro
· Sensível e procede (4 dias Período de incubação). 
· Falso positivo: padronização inadequada; contaminação presente; amplificação não específica 
· Falso negativo: amostra de fígado é a melhor, de medula óssea depois de fígado e a de sangue total é a pior amostra; porem é a que mais temos. 
Hemoparasitoses: diagnóstico molecular
· Painéis que combinam agentes etiológicos de acordo com as alterações clínicas e epidemiológicas da região. 
LEISHMANIA- Sorodiagnóstico: 
Amostra: soro 
Triagem: pesquisa de AC
· Falso negativo: resposta individual, fase da doença. 
· Falso positivo: reação cruzada (erliquiose; tripanossomose)
· Confirmatório: PCR, imunocitoquímicos, imunocitoquímicos; 
RIFI (S= de83 a 100% e E= + ou – 80%)
Elisa: 
· Antígeno RK 39 (s=97,1% e E= 90 a98,8%) 
Imunocromatografia: 
· RK 39 (S=72 a 94% e E =61 a 96% 
O ministério da saúde no Brasil tem um teste de triagem o DPP, com o ELISA como teste confirmatório
· Cães sintomáticos (98%) e; 
· Cães assintomáticos (47%) 
Utilizar kits registrados no ministério: 
· Imunocromatográficos 
· Elisa
· Imunofluorescência 
É necessário fazer todos possíveis , para confirmar 100% o diagnóstico (triagem) 
PCR: Melhor amostra se aspirado de medula óssea, linfonodos; o sangue é o pior amostra; podemosusar Swab conjuntival também. 
 
CINOMOSE: 
Amostra: soro 
· IgG: Anticorpos séricos 
· Falso negativo 
Os resultados são variáveis e dependem do estágio da doença (Fase aguda: títulos baixos ou não detectáveis); 
Falso positivo em animais vacinados. 
Pesquisa de antígeno: amostras podem ser sangue EDTA(boa na viremia), Swab conjuntival(Depois da viremia) ou urina (melhor amostra). 
Muitos cães irão eliminar o vírus por semanas após a recuperação e alguns podem eliminar por até 4 meses. 
RT-PCR: podemos usar sangue EDTA, Swab conjuntival e urina. 
Podemos detectar o material genérico viral dependendo da localização do vírus. 
Valor de diagnóstico: posso ter falso positivos, que são possíveis dentro de 1 a 4 semanas após a vacinação; 
· A quantificação relativa permite diferenciar cães vacinados de infecção natural, com exceções (Ex. início de infecção). 
PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF) 
Pesquisa de anticorpos: Quando der negativo confiamos, mas o falso positivo ocorre muito; 
· ImmunoComb FCoV Antibody 
· (S= 95% e E=83%) 
· Somente o vírus mutado se replica em macrófagos e causa a doença.
· O complexo imune vírus + anticorpos+ complemento= vasculite 
· Comum a infecção de gatos com 6 a 8 semanas 
Amostra: líquido peritoneal
 Podemos fazer: 
· RT PCR 
· RNAm PCR 
· Histopatológico e imuno-histoquímica (Gold) 
· Localizado em macrófagos, neutrófilos, linfócitos e plasmócitos. 
IMUNODEFICIÊNCIA VIRAL FELINA (FIV)
Transmissão: por mordidas, brigas, em raras ocasiões na hora do nascimento e durante amamentação. 
Elisa
· Por amostra sanguínea. 
· Pesquisa de anticorpos
· Falso positivo: com menos de 5 meses de idade (AC colostrais)- retestar a cada 60 dias até complementar 6 meses. 
· Faso negativo: infecção recente; os gatos devem ser testados 1-3 meses após a sua última exposição conhecida. 
Amostra: sangue EDTA ; para saber se o vírus está se replicando internamente (pesquisa RNA, replicando)
· PCR Positivo- infecção provável 
· PCR Negativo- Não exclui infecção 
LEUCEMIA INFECCIOSA FELINA (FELV) 
Transmissão: saliva, diretamente ou através de objetos contaminados; urina ou fezes (Raro); transplacentária. 
Pesquisa de antígenos- ELISA AG
· Amostra: sangue EDTA, soro 
· Se o sangue total foi utilizado para o teste inicial, deve ser repetida em soro (Entre 30 dias) e/ou realização da prova de RIFI quando positivo. 
ELISA > Sensível que a RIFI
· Falso negativo: fase inicial da infecção 
· Os gatos devem ser testados 1-3 meses após a sua última exposição conhecida 
· Pesquisar dentro de macrófagos- vírus não circulante = IFA ou PCR
· Em casos negativos- tumor imuno-histoquímica 
· PCR negativo: infecção improvável (maior sensibilidade) 
AIE- ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 
Resenha: Teste de AIE, amostra= SORO. 
Sorologia:
· IDGA- Falso negativo durante as 2 A 3 semanas de período de incubação. 
· Elisa- mais sensível e mais falso positivo 
Confirmar com IDGA, PCR
Biologia molecular: 
· RT-PCR- Teste confirmatório 
· Animais de até 6 a 8 meses de idade (Diferenciação de anticorpos colostrais). 
BRUCELOSE BOVINA 
Sorologia: grumos e aglutinação, animais positivos; 
Se deu negativo, é NEGATIVO 
Sorologia: 
1- Teste do antígeno 
2- Os animais reagirem ao teste de triagem poderão ser submetidos a um teste confirmatório, o 2-Mercaptoetanol, que é mais específico, e é executado por laboratórios credenciados ou por laboratórios oficiais credenciados; 
TUBERCULOSE BOVINA
Tuberculose: teste diagnóstico alérgico- cutâneo 
O diagnóstico alérgico-cutâneo com tuberculina é o instrumento básico para programas de controle e erradicação da tuberculose bovina em todo o mundo. 
Pode revelar infecções incipientes a partir de 3 a 8 semanas de exposição ao Mycobacterium, alcançando boa sensibilidade e especificidade. 
Teste no bovino: se aplica o antígeno, e em questões de 72 horas, olhamos e o animal vai apresentar um aumento de volume, um processo inflamatório, processo alérgico, causado pois o animal já está sensibilizado, ele já tem a Mycobacterium (mostra que o animal já entrou em contato com a doença). 
PARVOVIROSE
Causa viremia, destrói as microvilosidades e criptas intestinais. 
1- Replicação: tecidos linfoides da faringe, placas de Peye e linfonodos mesentéricos. 
2- Viremia: tecidos em multiplicação ativa e continua. 
Órgãos afetados: 
· Medula óssea = Imunossupressão (leucopenia e trombocitopenia) 
· Timo e baço
· Intestino 
· A destruição dos tecidos linfoides da mucosa intestinal e a dos linfonodos mesentéricos contribuem para a imunossupressão; 
Diagnóstico: 
· Laboratorial
Imunodiagnóstico: pesquisa de AG ou AC; 
Kits para parvovirus canino comercialmente disponíveis podem ser usados para detecção de Ag do vírus da panleucopenia felina. 
Aula 6- Vacinas e Vacinação 
A vacinação consiste na administração de um antígeno ao animal, de maneira que responda eficazmente frente a este e desenvolva uma memória imunitária especifica. A exposição posterior ao mesmo AG ocasionará uma segunda resposta mais rápida e de maior intensidade e duração. 
Normalmente precisamos de 1,2 ou mais aplicações para que seja efetiva. 
Imunidade passiva: 
Imunidade pode ser adquirida sem que o sistema imune seja estimulado por um antígeno. Isso é feito pela transferência de soro ou gamaglobulinas (AC) de um doador imune para um indivíduo não imune (receptor). 
· Imunidade passiva natural: é a imunidade transferida da mãe para o feto através da transferência placentária de igG ou transferência pelo colostro de IgA. 
· Imunidade passiva artificial: imunidade é frequentemente transferida artificialmente pela injeção com gamaglobulinas (AC) de outros indivíduos ou gamaglobulinas (AC) de um animal imunidade. A transferência passiva de AC é praticada em numerosas situações agudas ou infecções (tétano) ou envenenamento (insetos, répteis, botulismo). Enquanto esta forma de imunização tem a vantagem de prover proteção imediata, gamaglobulina heterólogas são eficientes durante apenas por uma curta duração. 
Imunidade ativa: 
Está se refere a imunidade produzida pelo corpo após exposição a antígeno. Produção de memória imunológica. 
· Imunidade ativa natural: exposição a diferentes patógenos resulta em uma resposta imune protetiva contra esses patógenos.
Ex: infecção natural a vírus, bactérias, entre outros; 
· Imunidade ativa artificial: imunização pode ser conseguida ao administrar patógenos vivos ou mortos ou seus componentes. Vacinas usadas para imunização ativa consistem em organismos vivos (Atenuados), organismos completos mortos, componentes microbianos ou toxinas secretadas (que tenham sido detoxificados); Exemplo: Vacinação. 
O QUE FAZ UMA VACINA? 
Ela estimula a respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para combater o patógeno invasor. 
Que conhecimento é necessário para produzir uma vacina? 
1. Entender o ciclo de vida do patógeno e encontrar o melhor estágio para servir de alvo.
2. Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelos patógenos; resposta imune celular/Humoral. 
Tipos de imunização: 
· Tornar imune.
· Imunização passiva(receber anticorpos) vs. Imunização ativa (gerar anticorpos). 
Resposta imune-Vacina 
Defina, descreva a técnica para confecção (abreviada) e cite vantagens e desvantagens, das seguintes tecnologias vacinais: 
A. Vacina morta ou inativada 
B. Vacina atenuada ou modificada 
C. Vacina de subunidade 
D. Vacina de DNA
E. Vacina comestível 
F. Outras técnicas 
As vacinas mortas ou inativadas: 
São formadas pelo microrganismo completo, mas inativados por algum método físico ou químico, sem que se alterem suas propriedades imunológicas. 
Também são consideradas vacinas mortas as produzidas a partir de exotoxinas bacterianas inativadas, denominadas de toxoides (ex: toxoides tetânico). 
Vacinas atenuadas (vivas ou modificadas): 
São constituídas por agentes infeccioso vivos não virulentos. A atenuação é geralmente de forma natural (como a adaptação de um hospedeiro diferente), por métodos de laboratório clássicos (ex: mediante passagensou subcultivos, adaptação a outra temperaturas), ou mediante manipulação genética. Estas vacinas podem proporcionar um bom nível de proteção, mas são menos seguras que as inativadas (possível reversão a virulência). 
Organismo atenuado: 
· Febre amarela, Polio (Sabin), Rubéola, sarampo, caxumba, catapora, tuberculosa. 
· Rubéola: células embrionárias de pato.
· Sabin: células de macaco.
Vacinas genéticas ou de DNA: 
Baseiam-se na utilização de técnicas de engenharia genética para clonar, em diferentes vetores os genes que codificam proteínas imunogênicas de um agente infeccioso, ou para eliminar os genes que codificam proteínas relacionadas com a virulência de um patógeno. 
· Vantagens: Imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação, baixo custo, fácil escalonamento, termoestáveis. 
· Desvantagens: Baixa expressão, o DNA pode se incorporar ao DNA genônico do hospedeiro ou ao genoma de células da linhagem germinativa, aparecimento de anticorpos anti-DNA (doença autoimune). 
Acelulares ou Subunidade: 
As vacinas de organismos inativadas, as vacinas sintéticas e de subunidade atuam como antígenos exógenos induzindo uma resposta do tipo humoral (Produção de AC e geração de linfócitos B de memória). Nestes casos pode-se incorporar diferentes tipos de ADJUVANTES, que melhoram a resposta imunitária. 
Exemplos de vacinas comestíveis em estudo: 
· Batata transgênica que produz subunidade B da toxina da cólera (CTB);
· Batata transgênica para o antígeno de superfície da hepatite B (HbsAG); 
· Proteína de fusão do vírus sincicial respiratório (RSV-F) foi expressa em tomates transgênicos. 
· Alfaces transgênicos que expressa HbsAG;
· Batata transgênica contendo vacina comestível contra E.coli enterotoxigênica; 
· Expressão do vírus da raiva em folhas de espinafre. 
O que são adjuvantes? Quando devem ser empregados? Quais as diferenças entre eles? 
Adjuvantes:
É qualquer substância que quando adicionada a uma fórmula vacinal, aumenta sua imunogenicidade. 
Tipos de Adjuvantes: 
· Imunoestimulatórios;
· Particulados (Sais minerais, partículas lipídicas, micropartículas); 
· Mucosa;
Vetores recombinantes: 
Nas vacinas atenuadas os microrganismos vivos se replicam no hospedeiro. As vacinas de vetor recombinante e as vacinas de DNA não são replicadas no animal, mas dão lugar a síntese das proteínas antigênicas. Em todos estes casos a síntese destes AG endógenos estimula uma resposta celular (Th1) e a geração de linfócitos de memória. 
· Composição: gene de interesse inserido em vírus (Adenovírus, febre amarela). 
· Vantagens: imunogenicidade. 
· Desvantagens: instabilidade da preparação (Sensível a temperatura), mutação reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos imunocomprometidos. 
Novas tecnologias para o desenvolvimento de vacinas 
A vacina ideal: 
· Única dose
· 100% Eficaz 
· 100% segura
· Proteção de longo prazo
· Baixo custo 
COMO É: 
· Múltiplas doses
· Efetividade variável 
· Segurança variável 
· Geralmente proteção de curto prazo 
Quais as vias mais recomendadas de aplicação de vacinas? Vantagens e desvantagens de cada uma delas? 
A administração das vacinas: 
A administração das vacinas em cães e gatos pode ser subcutânea ou intramuscular. Algumas vacinas vivas são aplicadas também por via intranasal, como no caso da vacina contra a “tosse dos canis” ou a vacina termossensível contra a PIF. Em geral as vacinas inativadas, sintéticas e de subunidades, podem necessitam de várias doses para proporcionar uma boa proteção. 
Descreva os efeitos colaterais mais comumente descritos em vacinas e em qual tecnologia vacinal esses efeitos são mais descritos e por quê? 
Efeitos e reações secundárias:
As vacinas comerciais são seguras e raramente provocam efeitos ou reações secundárias como consequência de sua aplicação. Algumas vezes podem ser observados efeitos secundários leves no ponto de inoculação, como dor, alopecia localizada, formação de abcessos ou, mais raramente, sarcomas (em felinos). 
Reações adversas: 
Em algumas ocasiões após a aplicação de uma vacina aparecem reações adversas sistêmicas, como febre ou mal-estar. Menos frequentemente podem aparecer outros problemas mais sérios como abortamento reações de hipersensibilidade, doenças autoimunes ou imunossupressão; (as reações podem aparecer dias ou semanas depois).
As falhas vacinais: 
As vacinas não conferem uma proteção imediata após sua aplicação, já que é necessário que se ative o sistema imune e se desenvolva a memória. A efetividade e duração da memoria imunitárias depende de diversos fatores relacionados com a vacina, sua administração e as condições do animal vacinado. As vezes ocorrem falhas vacinais (o animal não fica protegido) por distintos motivos, relacionados com estes fatores. 
A janela de suscetibilidade: 
A janela de suscetibilidade é o período de tempo em que o nível de imunoglobulinas maternais adquiridas por meio do colostro é demasiado baixo para proporcionar proteção frente a patógenos, mas demasiado alto para que desenvolva uma resposta eficaz á vacinação. Sua duração varia entre indivíduos, inclusive da mesma ninhada e depende da qualidade de IG no colostro, assim como da quantidade de colostro ingerido e absorvido pelo neonato. 
O animal deve tomar vacinas de cinomose e parvovirose; nos primeiro meses de vida, depois com os anticorpos alto dos filhotes, fazemos as outras vacinas; 
Por que é tão limitado o sucesso para o desenvolvimento de vacinas contra parasitas? 
· Parasitas evitam, confundem e escapam do sistema imune do hospedeiro. 
· Ciclos de vida complexos e dificuldade de identificar bons antígenos alvo. 
· Dificuldade de se identificar correlatos de proteção. 
Recomendações para a vacinação de indivíduos:
Os programas devem ser delineados em função de diversos fatores do animal e seu entorno. De especial interesse são:
· Estado imunitário e fisiológico. 
· Hábitos, atividade, convivência e atitude.
· Áreas geográficas. 
Os calendários de vacinação devem ser flexíveis e prescrito por veterinário. 
Objetivos do programa de vacinação:
Os objetivos principais do programa de vacinação devem digerir-se a: 
· Diminuir ao mínimo o risco de exposição, a transmissão de agentes patogênicos e a gravidade e incidência de doenças. 
· Conseguir um estado sanitário ótimo dos animais 
Recomendação para a vacinação de cães e gatos: 
· A vacinação é uma ferramenta a mais nos programas sanitários aplicáveis tanto em indivíduos quanto em coletividade. 
· Em gatos a combinação desta medidas com outras a reduzir o estresse no manejo é especialmente importante. 
Esses fatores condicionarão: 
· Frente a que doenças se deseja prevenir, em função de sua categoria patogênica e incidência na área geográfica onde vive o animal. 
· A eleição do tipo de vacina (inativada, subunidade ou atenuada). Segundo se adeque as características do individuo a proteger. 
· O número de doses e o intervalo de administração. Em função do tipo de vacina, da idade e dos estados fisiológico e sanitário do indivíduo. 
· O emprego de vacinas monovalentes ou polivalente. Em função da idade e estados fisiológicos e sanitários do indivíduo. 
· O emprego do produto com a CEPA mais adequada ao lugar onde reside o animal, já que existem diferenças importantes entre as CEPAS que circulam nas diferentes áreas geográficas. 
· A eleição do produto comercial específico, uma vez analisadas as diferenças entre vacinas equivalentes, associadas ao título ou concentração do microrganismos ou ao tipo de adjuvante. 
Características de uma vacina ideal 
· Vacinas contem antígenos que são alvos do sistema imunológico. 
· A vacinação deveria gerar uma imunidade efetiva (Anticorpo e células T). 
· Vacinas devem produzir imunidade protetora. 
· Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose de reforço. 
· Segura: uma vacina não pode causar doença ou morte. 
· Considerações práticas: baixo custo por dose, fácil de administrar, estável biologicamente,pouco ou nenhum efeito colateral. 
Vacinação: 
A vacinação é um procedimento médico, e o clínico tem por obrigação avaliar o estado de saúde do paciente, sua idade, o meio ambiente em que vive o risco de exposição e desenvolvimento da infecção, antes de determinar o protocolo a ser instituído. 
Objetivo da vacinação: 
· Vacinar o maior número possível de animais na população de risco;
· Não vacinar nenhum individuo mais de que o necessário. 
· Vacinar apenas contra agentes infeccioso a que o individuo realmente tem risco de se expor com subsequente desenvolvimento da doença. 
Imunidade de rebanho: 
· Vacinação é importante não só para proteger o individuo mas para reduzir o número de animais susceptíveis na população e, dessa forma, a prevalência da doença. 
· Imunidade de rebanho depende da % de animais vacinados e não do número da vacinações que cada animal recebe. 
· Reduzir “carga vacinais” nos animais para minimizar o potencial de reações adversas e reduzir o ônus financeiro dos donos. 
CHECK-UP VACINAÇÃO 
· Verificar estado nutricional/dieta
· Controle de ectoparasitas e endoparasitas 
· Avaliação hematológica e bioquímica
· Fundação renal de idosos
· Monitoramento de doença crônicas 
· Avaliação dentária 
· Vacinação esse ano? PRECISA MESMO???? 
Vacinação é segura 
· Nenhuma vacina produz imunidade na totalidade dos animais vacinados
· Qualquer vacina pode causar uma reação adversa
· Sabemos muito pouco sobre reações pós-vacinação:
· Falta de notificação 
· Dificuldade de identificar eventos que ocorreram após dias a semanas
ATIVIDADE CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO! 
Aula 7- Doença respiratória canina; Cinomose e Parvovirose 
Doença respiratória canina
Infecção respiratória canina em abrigos de animais/Canine respiratory Infections in Animal Shelters
· Infecções respiratórias contagiosas são a causa mais comum de doença em cães em abrigos; 
· Essas infecções representam uma drenagem significativa e frequente dos recursos do abrigo, incluindo custos de tratamento;
· Manter cães para tratamento e recuperação aumenta o número de dias de cuidado com os animais até a adoção. 
· O que, por sua vez, afeta a capacidade de espera do abrigo e contribui para o potencial de aglomeração;
· Muitos abrigos não possuem áreas de isolamento adequadas para abrigar cães com infecções respiratórias contagiosas; 
· Por isso são frequentemente mantidos na população geral, garantindo a transmissão e a perpetuação do patógeno, para que ele se torne um problema endêmico aceito; 
· Em outras palavras, as infecções respiratórias são geralmente aceitas como “fato da vida” nos abrigos.
Agentes: 
· Parainfluenza vírus (CPiV)
· Adenovírus type 2 (CAV2)
· Distemper vírus (CDV)
· Herpes vírus (CHV)
· Influenza vírus H3N8 (H3N8 CIV) 
· Influenza vírus H3N2 (H3N2 CIV) 
· Respiratory Coronavírus (CRCoV)
· Pneumovirus (CnPnV) 
· Bordetella Bronchiseptica bactéria (Bordetella) 
· Streptococcus zooepidemicus bactéria (Strep zoo)
· Mycoplasma cynos bactéria (Mycoplasma)
Infecção por: 
· Parainfluenzas caninas 
· Adenovírus caninos
· Bordetella Bronchiseptica canina 
· Mycoplasma 
Embora a maioria desses patógenos possa causar uma infecção primária, a maioria dos cães frequentemente apresenta coinfecções virais e bacterianas misturadas. 
Etiologia: 
Vírus parainfluenza canina 
· Pertence à família Paramyxoviridae (Vírus RNA com envoltório), gênero Paramyxovírus.
Adenovírus canino tipo 2 (o que causa doença respiratória)
· Da família Adenoviridae (vírus DNA sem envoltório), gênero Mastadenovírus. 
Bordetella Bronchiseptica
· É um cocobacilo, Gram negativo, móvel por flagelos, possui fimbrias e produz toxinas. É um parasita obrigatório de trato respiratório superior de cães, gatos, coelhos, cervos e roedores, e é capaz de produzir doenças respiratórias nos mesmos. 
Mycoplasma 
· São bactérias de pequeno tamanho, sem parede celular, pertencentes a classe Mollicutes; 
Etiologia: 
· Bordetella, CAV2 e CPiV causam infecções transitórias na maioria dos cães. 
· No entanto, a Bordetella pode causar pneumonia grave com risco de vida em filhotes, se não for reconhecida e tratada com antibióticos apropriados. 
· De fato, Bordetella estabelece infecções crónicas em cães não tratados, resultando em recaídas intermitentes e via de eliminação de bactérias por até 3 meses. 
Nas doença respiratória canina, também conhecida por traqueobronquites infecciosa canina ou “tosse dos canis’, podem intervir outros vírus respiratórios, como o da Cinomose, Herpesvírus tipo 1, vírus influenza e cepas respiratórias de Coronavírus canino. 
Além destes, diversas bactérias podem atuar como agentes secundários. 
Epidemiologia: 
· Excreção: os agentes produtores desta doença estão presentes na secreção respiratória dos animais infectados. 
· Transmissão: Via aerógenas. 
· Apresentação: a doença respiratória canina apresenta-se de forma brusca e estende-se rapidamente entre cães alojados em aglomerações, podendo chegar a afetar a todos os animais do grupo. 
· A doença é mais grave em animais jovens e com maior número de agentes implicados. 
Principais fatores de risco nas coletividades.
· Temperaturas extremas e ventilação reduzida. 
· Elevada densidade animal;
· Carga microbiológica ambiental alta; 
· Deficiência nas medidas de higiene e desinfecção; 
O aparecimento de doenças pode ser sazonal, coincidindo com temperaturas baixas e grandes variações de temperatura, ou também pode coincidir com um histórico recente de variação, principalmente em animais jovens. 
Fatores que influencia a epidemiologia da doença 
· Fatores hospedeiros 
· Fatores patogênicos
· Filhotes X adulto = em geral os mais jovens são mais susceptíveis. 
· Virulência 
· Aglomeração 
· Período de incubação 
· Combinação aleatória 
· Estresse 
· Infecção subclínica 
· Ventilação 
· Estado portador (infecção persistente) 
· Umidade
· Proteção incompleta pelas vacinas 
· Equipe não treinada
· Estratégias de vacinação inadequadas. 
Características clínicas e epidemiológicas: 
· Todos os patógenos respiratórios virais e bacterianos caninos conhecidos causam sinais clínicos semelhantes: início agudo de tosse, espirros, secreção nasal e ocular (“tosse do canil”). 
· Todos os patógenos também têm a propensão de colonizar o trato respiratório inferior para causar pneumonia; 
· A maioria dos patógenos respiratórios tem baixas taxas de mortalidade e maioria dos cães se recupera em 1-2 semanas sem complicação. 
Patogenia: 
· Os vírus Parainfluenza caninos geralmente colonizam somente trato respiratório superiores de forma transitória e autolimitante. 
· Pode abrir portas para outros agentes. 
· O adenovírus canino tipo 2 replica-se geralmente das vias respiratórias superiores até o epitélio bronquiolar e é capaz de originar pneumonia. 
· O Mycoplasma desencadeiam um processo inflamatório das vias respiratórias e, em algumas ocasiões, são capazes de causar pneumonia. 
· Os vírus só podem ser isolados nos primeiros dias ou semanas pós-infecção, enquanto a excreção da B. Bronchiseptica e Mycoplasma pode durar até 3 meses. 
A Bordetella Bronchiseptica adere-se por meio de suas fimbrias, aos cílios da traqueia e brônquios e se multiplica rapidamente, aumentando seu número nas duas primeiras semanas pós-infecção para logo depois diminuir.
Mecanismos de patogenicidade: 
· Produção de toxinas (Dermonecróticas e traqueal) 
· Inibição da fagocitose 
· Paralisação de movimento ciliar: favorece a colonização de outras bactérias, que não tem a capacidade de aderir-se aos cílios da traqueia e dos brônquios dos cães. 
· Os vírus só podem ser isolados nos primeiros dias ou semanas pós-infecção enquanto a excreção de B. Bronchiseptica e Mycoplasma pode durar até 3 meses. 
Sinais clínicos e lesões: 
· A doença cursa com o aparecimento brusco de corrimento nasal tosse paroxistica e febre, podendo cursar de formas leves ou graves. 
Forma leve: 
· Caracteriza-se por tosse rouca e seca, além de emissão de sons laringeos caracteristicos, conhecidos como “tosse de cachorro”. 
· Em algumas ocasiõesa tosse pode induzir vômito por esforço; 
· Os sinais clínicos geralmente não se prolongam por mais de duas ou três semanas; 
Forma grave: 
· Apresenta-se em animais muito jovens ou com má nutrição; 
· Os sinais clínicos são tosse dolorosa e seca ou mucoide e progressiva, acompanhada de descargas nasais, oculares e broncopneumonia. 
· A destruição do epitélio respiratório ciliado favorece o aparecimento de infecções bacterianas secundárias. Neste caso pode cursar com mortalidade em uma pequena porcentagem de cães, devido a uma desidratação grave e de sinais clínicos multissistêmicos. 
Diagnóstico: 
· Diagnóstico clínico; 
· Apesar do fato de que outros processos de diversas etiologias podem cursar com sinais clínicos respiratórios, a apresentação brusca, a rápida difusão, a alta morbidade e o contexto epidemiológico nos permite suspeita de doença respiratória canina .
· A possível participação de múltiplos agentes dificulta o diagnóstico etiológico. 
Diagnóstico laboratorial: 
· Para identificar as diversos agentes virais associados a esta doença pode-se utilizar diversas técnicas. 
· PCR e qPCR. 
· Sorologia.
· Imunocromatografia IC.
· Imunofluorescência indireta I.
· Elisa.
Tratamento: 
· Em casos leves: melhorar as condições higiênicas sanitárias e de meio ambiente no entorno dos animais, proporcionando um local seco, limpo e tranquilo; 
· Antitussígenos, se os acessos de tosse persistirem;
· Monolíticos e expectorantes se a tosse persistir e for produtiva, para evitar acúmulo de exsudato nas vias respiratórias inferiores; 
· Broncodilatadores e anti-inflamatório, para melhor os sinais respiratórios; 
· Antibióticos para tratar as infecções por B. Bronchiseptica; antes de ter o diagnóstico. 
· Vacinas; 
Gestão de doença: 
· A remoção imediata de cães clinicamente afetados é a estratégia mais eficaz para controlar a disseminação de infecções respiratórias; 
· Isso reduz a dose infecciosa no ambiente e a ameaça de transbordamento da infecção para cães mais suscetíveis; 
· Esses animais devem ser alojados em uma sala de isolamento fisicamente fechada, pendente de testes de diagnóstico; 
· Se os abrigos tiverem espaço e equipe suficientes, os cães doentes poderão ser mantidos em isolamento. 
· Quarentena, 7 dias no mínimo. 
CINOMOSE: 
A cinomose canina é uma doença infectocontagiosa que afeta cães, principalmente filhotes, causada por um vírus da família Paramyxovírus, do gênero Morbilivírus. 
Agente: 
· Família Paramyxoviridae; 
· Gênero: Morbilivírus; 
· Filamento único de RNA envolto em um nucleocapsídio de simetria helicoidal e circundado por envelope de lipoproteína derivada da membrana celular. 
é um vírus intracelular obrigatório, que se replica dentro do citoplasma da célula; 
Ele sai por brotamento, causando viremia, e se replicando dentro de muitas outras células. 
Agente: diferenças entre cepas circulantes 
1. Genética e antigênica 
2. Patogenicidade
3. Infecção de diferentes tecidos e células 
· Epiteliais; 
· Mesenquimais;
· Neuroendócrinas;
· Hematopoiéticos; 
Resistência: 
· Suscetível a luz ultravioleta; 
· Sensível ao calor e ao ressecamento; 
· Em climas quentes não persiste em canis após a retirada dos cães infectados
· Viabilidade maior em temperaturas frias;
· Por ser um vírus com envelope é suscetível: 
· Solução diluída de formol (menos de 0,5%) 
· Fenol (a 0,75%); 
· Desinfetantes a base de amônio quaternário (a 0,3%). 
Epidemiologia: 
A apresentação clínica depende: 
· Idade 
· Virulência 
· Tropismo 
· Cepa infectante
· Ocorrência de 50% das infecções inaparentes 
A cinomose entra via respiratória, se replica nas tonsilas, pode causar doença respiratória, entérica ou neurológica;
Cadelas prenhes infectadas estão aptas a transmitir o vírus por via transplacentária, gerando abortos, fetos natimortos ou nascimento de filhotes fracos e imunossuprimidos.
Vai se replicar em células mononucleares (macrófagos, neutrófilos); tendo uma resposta; replicação em celular do sangue (Viremia). 
Manifestações: 
· Febre
· Anorexia
· Depressão
· Leucopenia
· Quadro respiratório, que pode se complicar 
· Sinais digestórios catarrais (consistência e coloração das fezes);
· Sinais cutâneos: 
· Impetigo 
· Hiperqueratose nasal e em coxins 
· Infecções neonatais perda de esmalte dentário). 
· Sinais neurológicos: 
· Meninges: rigidez nucal e hiperestesia; 
· Cerebelo e lóbulo temporal: diminuição e convulsão;
· Medula espinhal: paresia mioclonia, propriocepção anormal. 
Diagnóstico- pesquisa de antígeno 
· Vias de eliminação: sangue, urina, fezes, secreções nasais, secreção conjuntiva. 
· Amostra: Sangue EDTA, Swab conjuntival, urina; 
· Muitos cães irão eliminar o vírus por semanas após a recuperação e alguns podem eliminar por até 4 meses. 
Imunocromatografia: 
· Sangue- (S=89,7% e E=94,6%) 
· Nasal – (S=85,7% e E=100% ) 
RT-PCR:
· Pode detectar o material genético viral dependendo da localização do vírus. 
· Falso positivos são possíveis dentro de 1 a 4 semanas após a vacinação. 
Tratamento: 
· Antibiótico (infecções bacterianas secundárias) 
· Fluidoterapia 
· Complexo vitamínico B (adequada regulação e metabolismo de neurotransmissores). 
· Vitamina A (proteção e regeneração de epitélios).
· Anti-inflamatórios e anticonvulsivantes 
· Soro hiper imune
· Ribavirina (Inibidor da replicação de RNA) -30 mg/kg VO- 15 dias; 
Profilaxia: 
· Vacinas com antígeno não vivo; as vacinas com vírus total da cinomose inativado não proporcionam imunidade suficiente para evitar a infecção após desafio por exposição. 
· Vacinas com vírus vivo modificado; a vacinação com vacinas contendo VVM proporciona forte proteção contra a infecção pelo vírus da cinomose. 
· Monitoramento e duração da imunidade do anticorpo sérico. 
PARVOVIROSE 
· Vírus DNA de fita simples; 
· Não envelopado; 
· Simetria icosaédrica; 
· Replica-se no núcleo, formado corpúsculos de inclusão intranucleares. 
· Excretados em grandes quantidades nas fezes (106 a 109 partículas/g de fezes). 
· Requer células de rápida divisão celular para replicar-se 
· Muitos tem atividade aglutinante 
Portanto, estes vírus têm preferência por tecidos com intensa proliferação Celular, ou seja, sistema linfático, medula óssea, intestino e tecidos fetais. 
1- Replicação: tecidos linfoides da faringe; placa de Peyer; Linfonodos mesentéricos 
2- Viremia: tecidos em multiplicação ativa e continua. 
Órgãos afetados: 
· Medula óssea-imunossupressão (Leucopenia e trombocitopenia). 
· Timo e baço. 
· Intestino. 
A destruição dos tecidos linfoides da mucosa intestinal e a dos linfonodos mesentéricos contribuem para a imunossupressão; 
É um vírus de rápida destruição das criptas intestinais; o que faz abrir portas para as infecções secundárias. 
· Proliferação de bactérias Gram negativas, com invasão secundária dos tecidos intestinais lesados. 
· Pode ocorrer Endotoxemia conduzida ao choque endotóxico. 
Algumas raças são mais susceptíveis como: Rottweiler, Husky e Dobermann; 
Resistência e estabilidade no ambiente: 
· Resiste ao aquecimento, a solventes, a desinfetantes e variações de PH (3 a 9). 
· Podem resistir por seis meses em condições normais de temperatura, e umidade, em ambientes frios este período sobe para mais de um ano. 
· Sensível a formalina 1%, hipoclorito de sódio 5,25% diluído em água em 1:30; 
Diagnóstico: 
O diagnóstico é laboratorial; 
· PCR 
· Hemograma para detecção de leucopenia 
· Exame histopatológico de porções afetadas de intestino e de miocárdio. 
· Imunodiagnóstico: pesquisa de Ag ou AC; 
Kits para parvovirus canino podem ser usadas para detecção de AG do vírus da panleucopenia felina. 
No risco muito baixo ou em baixo risco: adotar ou transferir, não colocar em quarentena; 
Risco moderado: transferir de preferência para um lar temporário. 
Alto risco: quarentena por 14 dias, monitorado de perto. 
Risco altíssimo: separar em pares, quarentena por 14 dias, monitorando de perto.

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