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Direito Processual Civil - Resumo sobre Litisconsórcio, Intervenção de 3º e mais

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direito processual civil
LITISCONSÓRCIO
CONCEITO
É a pluralidade de sujeitos (pessoa física ou pessoa jurídica) em um ou em ambos os pólos da relação processual.
PRINCÍPIOS
- ECONOMIA: redução de gastos com nova demanda
- SEGURANÇA JURÍDICA DAS RELAÇÕES: evita decisões antagônicas
- CUMULAÇÃO SUBJETIVA DE AÇÕES: junta várias ações em uma só demanda
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO A POSIÇÃO DAS PARTES:
- LITISCONSÓRCIO ATIVO: pluralidade de autores
- LITISCONSÓRCIO PASSIVO: pluralidade de réus
- LITISCONSÓRCIO MISTO OU RECÍPROCO: pluralidade de ambos
QUANTO AO MOMENTO DE SUA FORMAÇÃO:
- INICIAL (OU ORIGINÁRIO): é o litisconsórcio que surge com a formação da relação processual, na P.I.
- ULTERIOR (OU SUPERVENIENTE OU INCIDENTAL): é o litisconsórcio que se forma no curso do processo, após a P.I. Existem três hipóteses que podem gerar a formação de um litisconsórcio ulterior: a conexão, a sucessão e a intervenção de terceiro
QUANTO A OBRIGATORIEDADE DA FORMAÇÃO
- LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO: o litisconsórcio será facultativo quando não é obrigatória a sua formação, ficando a critério das partes a sua ocorrência. O litisconsórcio facultativo se subdivide em irrecusável e recusável. Será irrecusável quando requerido pelos autores, não pode ser recusado pelos réus. Será recusável quando permitir rejeição pelos demandados. É previsto no art. 113:
Art. 113 Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
- LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: O litisconsórcio será necessário quando as partes não puderem acordar quanto à sua existência. A natureza da relação jurídica ou a lei determina que seja formado um litisconsórcio obrigatoriamente, já que nessas hipóteses o juiz terá que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, conforme a leitura do art. 114.
Art. 114 O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
+ é obrigatório sob pena de extinção do processo sem a resolução de mérito.
QUANTO A UNIFORMIDADE DA DECISÃO
- LITISCONSÓRCIO SIMPLES: quando a decisão de mérito dada pelo juiz não será necessariamente idêntica para todos os litisconsortes, podendo inclusive ser procedente com relação a um e improcedente com relação ao outro.
- LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO: quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes, conforme artigo 116.
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO
- previsto no artigo 114:
Art. 114 O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
- não pode ser descumprido no pólo passivo;
- no pólo ativo, parte da doutrina diz existir, já que ninguém é obrigado a entrar com ação (conforme o P. do dispositivo).
Ex: dissolução parcial de sociedade
Ex: consignação em pagamento
NÃO SENDO OBSERVADO:
A) sentença nula para o L. Unitário – é necessário fazer outra sentença
B) sentença ineficaz para o simples – válida para quem participar
REGIME DE TRATAMENTO DOS LITISCONSORTES
- CONDUTA DETERMINANTE – potencialidade de causar prejuízo, não se comunicam um com o outro.
- CONDUTA ALTERNATIVA – conduta boa ao outro réu, beneficia o litisconsorte unitário e se comunicam.
>> EXCEÇÕES<<
- PROVAS (Art. 371): O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
- CONTESTAÇÃO (art. 345, I): Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
PRAZO EM DOBRO:
- art 229: Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos
LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO
O art. 113, § 1º, estabelece que: “o juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença”.
- não pode ser no necessário, SOMENTE FACULTATIVO
- litisconsórcio monstro (muita gente)
- o juiz pode desmembrar em grupo de litigantes
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
CONCEITO
É um fato jurídico processual que implica modificação de processo já existente. Trata-se de ato jurídico processual pelo qual um terceiro, autorizado por lei, ingressa em processo pendente, transformando-se em parte.
As modalidades de Intervenção de Terceiros do Novo CPC são:
Assistência;
Denunciação da Lide;
Chamamento ao processo;
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica;
Amicus Curiae.
Há dois modos de intervenção:
a) intervenção espontânea: terceiro entra por vontade própria, por querer
b) intervenção provocado: o terceiro é chamado para participar da lide
- a intervenção é um incidente processual que deve ser resolvido pelo juiz
- aceitar ou negar terceiro é uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, tendo como recurso o AGRAVO DE INSTRUMENTO, o qual por sua vez tem o prazo de 15 DIAS.
RAZÕESEFICIÊNCIA PROCESSUAL
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO
CONTRADITÓRIO
- NÃO gera processo novo
- cabimento
- procedimento comum – todos
- juizado especial: incidente de desconsideração da personalidade jurídica
EXECUÇÃOINCIDENTE DE DESC. DA PERSON. JURID.
AMICUS CURIAE
ASSISTÊNCIA
1) ASSISTÊNCIA
CONCEITO
A assistência é uma modalidade de intervenção onde um terceiro interessado alheio ao processo, espontaneamente solicita ingresso no processo para auxiliar uma das partes, pelo seu próprio interesse jurídico (não familiar, econômico, sentimental e etc). É o ingresso de 3º no processo com o fim de auxiliar uma das partes assistido a obter vitória no processo.
Esta modalidade pode ser admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição.
Quando um terceiro faz o pedido de assistência, as partes tem o prazo de 15 dias (agravo de instrumento, recurso da decisão interlocutória) (intervenção é uma decisão interlocutória) para impugnar o pedido, se houver impugnações pelas partes, o juiz decidirá o incidente sem suspender o processo.
Caso não haja impugnação pelas partes no prazo, ou ainda, se não for o caso de rejeição liminar (quando faltar ao terceiro, interesse jurídico) o pedido será deferido e o assistente ingressará no processo, sem a repetição de atos já realizados, ou seja, o processo seguirá à partir daquele momento.
HÁ ASSISTÊNCIA:
a) simples
b) litisconsorcial
A) ASSISTÊNCIA SIMPLES
ART. 121: O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.
CONCEITO
O assistente tem interessejurídico próprio que não está diretamente posto em disputa no processo, mas que pode ser preservado na medida em que a sentença seja favorável ao assistido.
- eficácia reflexa e indireta
- assistente revel ou omissão – assistente pode ser substituído processualmente (o terceiro pode continuar o processo)
- utiliza os mesmos meios colocados a disposição da parte
- poderes: os mesmos do assistido
- pagar custas
EFICÁCIA PRECLUSIVA DA INTERVENÇÃO – art. 123:
Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
- se houver dolo ou culpa do assistido na omissão de um documento, o assistente pode discutir/entrar
B) ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
CONCEITO
Quanto 3º assume essa posição, sendo ela na defesa direta de direito próprio contra uma das partes. A posição do interveniente, então, passará a ser de litisconsorte e não mais de mero assistente, esse assistente entra no processo em que a relação material que o envolve já se acha disputada em juízo, embora a propositura da demanda tenha ocorrido sem a sua participação, o assistente não figurou como litisconsorte na origem do processo, mas poderia ter figurado como tal. 
Um exemplo claro desta situação é uma ação de despejo entre locador e locatário, e que ainda há um contrato de sublocação. Neste caso, o sublocatário poderá intervir como assistente litisconsorcial do locatário, já que será influenciado pelo resultado da sentença a ser proferida na demanda. --- EX DAS GAROTAS UNIVERSITÁRIAS QUE SUBLOCARAM O LOCAL PARA UM GAROTO ESTUDIOSO QUE PAGAVA PARA ELAS, MAS ELAS USAVAM PARA FESTAR
Art. 124.
Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
- o 3º vira parte (litisconsorte)
- efeito jurídico direto
SITUAÇÕES
O 3º precisa demonstrar para seu ingresso que, em razão da sua relação jurídica com o adversário do assistido, poderá ser atingido pela sentença. Há interesse jurídico imediato em duas situações
1) Assistente afirma-se titular da relação jurídica
2) Assistente afirma-se colegitimado extraordinário em juízo da relação jurídica que está sendo discutida. 
A assistência litisconsorcial é hipótese de litisconsórcio unitário facultativo ulterior.
2) DENUNCIAÇÃO À LIDE
Art. 125.
É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
CONCEITO
Uma das partes originárias do processo formula demanda conta 3º, trazendo para dentro do processo, nessa demanda, a parte que a formula, que é chamado de denunciante, pretende um direito de regresso ou reembolso contra 3º (denunciado), a fim de ressarcir-se dos prejuízos de eventual sucumbência que venha a sofrer na demanda principal daquele processo.
- Intervenção PROVOCADA
- pólo ativo ou passivo
- economia processual
- facultatividade na denunciação
- posição do litisdenunciado:
 - na demanda principal: litisconsorte
 - na demanda incidental: réu
- denunciação formada pelo autor: P.I
- denunciação formada pelo réu: contestação
ESPÉCIES
a) EVICÇÃO
É a perda de um direito material em decorrência de uma decisão judicial que tenha como fundamento um fato anterior a aquisição do bem.
b) Quando a lei prevê direito de regresso.
TERMINOLOGIA
- denunciante
- denunciado
A DEMANDA
POSSUI TODAS ESSAS
CARACTERÍSTICAS- incidente
- regressiva
- eventual
- antecipada
A denunciação da lide é uma ação regressiva eventual, ou seja, o denunciante demanda contra o terceiro para a hipótese de perder a causa contra o seu adversário. É uma demanda eventual, pois está sob condição. Também é chamada de demanda antecipada, porque o denunciante se antecipa ao prejuízo e já promove a ação contra o terceiro.
Vale dizer que a denunciação da lide não gera processo novo, e sim que traz pedido novo em processo já existe. Ocorre uma ampliação objetiva do processo.
DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA
É a denunciação contínua. No entanto, não é permitido, podendo denunciar somente uma vez.
 J 3º 
A R – R – R | R – R – R 
PERMITIDO DEVERÁ SER OUTRO PROCESSO
Art. 125: § 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
DENUNCIAÇÃO “PER SALTUM”
Significa dizer que, nos casos em que o adquirente, denominado evicto, quiser exercer os direitos resultantes da evicção, poderá notificar qualquer componente da cadeia negocial, MAS NÃO É ADMITIDA NO BRASIL.
3) CHAMAMENTO AO PROCESSO
CONCEITO
Trata-se de um instrumento de formação de litisconsórcio passivo por iniciativa do próprio réu, neste sentido, é uma exceção, pois a facultativa do litisconsorte está normalmente ligada a figura do autor e não a do réu.
- só o réu pode chamar
- casos previstos no artigo 130:
 Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
- TERMINOLOGIA:
CHAMANTE – réu
CHAMADO – terceiro
- é uma intervenção provocada
- finalidade: constituição de dois títulos executivos
- momento: na contestação, é uma chance única sob pena de preclusão
- juiz pode indeferir liminarmente
- juiz ouve ambas as partes para decidir
- cabe agravo de instrumento (recurso, 15d)
4) INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
- É a mais usada
- Não se confunde com despersonalização
- É uma intervenção provocada
- Desconsideração da p.j em sentido estrito
- Grupo societário
- Não pode ser de ofício, deve ser provocada por requerimento
- art. 28, CDC:
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 1° (Vetado).
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3º As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4º As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5º Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
- art. 50, CC:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidadejurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
- art. 1062, CPC, juizados especiais:
Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais.
- cabe agravo interno (15d)
- cabe apelação (15d)
- cabe agravo interno (15d)
- suspende o processo, salvo se requerida na P.I
- MP 178 (?????)
- se a desconsideração de personalidade jurídica for requerida na PETIÇÃO INICIAL, não será instaurado o incidente
- agravo interno: recurso utilizado para quando o relator decide algo por conta própria, sem ouvir os relatores restantes.
5) AMICUS CURIAE
- intervenção espontânea, mas o juiz pode determinar de ofício
- é um auxiliar do juiz, colaborador, utilizado em casos de repercussão
- possui conhecimento técnico o suficiente para julgar, mas não é perito
- serve para esclarecer e não precisa ser imparcial
- tem conhecimento técnico, interesse jurídico institucional, conhece as peculariedades
- a decisão do julgador (juiz) é irrecorrível, não cabendo recurso
- também serve em juizados especiais
- pode opor embargos de declaração
- sua manifestação pode ser juntada com seu requerimento para ingresso no processo
- não precisa de advogados para manifestações regulares, apenas se quiser recorrer
- pode existir mais de um amicus curiae
- juiz NÃO se vincula a manifestação do amicus curiae, mas precisa se pronunciar na sentença sobre ele
ED CABE EM TUDO, a qualquer momento e tem prazo de 5 dias; serve para clarear/dar satisfação a respeito de:
O - omissão
C - contradição
O - obscuridade
E – erro material
Art. 138.
O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º.
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
ATOS E PRAZOS PROCESSUAIS
Os atos processuais servem para criar, modificar, extinguir ou conservar o processo. Portanto, não há atos processuais fora deste.
CONCEITO:
O Processo apresenta-se no mundo do Direito como uma relação jurídica que se estabelece entre as partes e o juiz e se desenvolve por meio de sucessivos atos de seus sujeitos até o provimento final destinado a dar solução ao litígio. (HUMBERTO THEODORO)
ATOS DO PROCESSO E ATOS DO PROCEDIMENTO
Ato processual são ações praticadas no andamento de um processo, por meio de procedimentos. O procedimento é um modelo que integra o processo. Para cada momento do procedimento, há uma forma, que consiste na maneira pela qual se desencadeia um ato processual.
ATOS DO PROCESSO:
São aqueles que provocam a instauração da relação processual, documento aos fatos alegados e solucionam a lide. Ex: Petição Inicial, Contestação, PRODUÇÃO DE PROVAS, SENTENÇA E ETC.
ATOS DE PROCEDIMENTO:
Refletem sobre o rito, ex: prorroga competência do juiz por convenção ou ausência de declinatória do foto, adiamento de uma audiência por acordo das partes ou deliberação do juiz quando se convenciona substituir um rito especial pelo ordinário, etc.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
CRITÉRIO OBJETIVO: leva em conta o objeto do ato praticado;
CRITÉRIO SUBJETIVO: leva em conta o sujeito que pratica o ato.
No chamado critério subjetivo, os atos processuais se classificam em atos do órgão jurisdicional e atos das partes.
- Da forma, tempo e lugar: art. 188 para frente
FORMA
FORMALISMO:
Segurança e democracia são garantidas graças a forma (formalismo) do processo.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
- Art. 188: Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
- Art. 283: O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.
A regra é que os atos processuais não tenham forma prescrita para a sua realização, mas quando a lei prescrever determinada forma, ela deverá ser obedecida, sob pena de nulidade. Mas, ainda assim, não será declarada a nulidade do ato se, ainda que não obedecida as formas prescritas, o ato atingir sua finalidade sem causar prejuízo as partes.
PUBLICIDADE
ART. 93, IX, CF
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;
ART. 11, NCPC:
Art. 11: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. 
Art. 189, NCPC:
Art. 189: Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
MEIOS DE EXPRESSÃO
- oral, escrita
- uso do vernáculo (língua portuguesa), conforme art. 192
 Art. 192: Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
- Art. 162
Art. 162: O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para:
I - traduzir documento redigido em língua estrangeira;
II - verter para o português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;
III - realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado.
NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitamautocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
HÁ NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS (atos processuais) QUE:
A) Atos que produzem eficácia por força da própria convenção entre litigantes, sem depender de qualquer autorização judicial.
Ex: cláusula de eleição de foro e renúncia ao direito de recorrer.
B) Quando o ato não depende de autorização, mas só produz eficácia depois de homologado
Ex: desistência da ação (art.485)
C) Atos que somente se aperfeiçoam com a participação do juiz na sua formulação
Ex: calendário processual e saneamento consensual.
PRÁTICA ELETRÔNICA DOS ATOS PROCESSUAIS
- CNJ: ideia de uniformização
- e-STJ
- e-STF
ATOS DA PARTE
- são atos praticados pelo autor, réu, terceiro interveniente ou MP.
ATOS DE OBSTENÇÃO
Atos de petição – para pedir, P.I
Atos de afirmação – para confirmar direito
Atos de prova – para dar prova
ATOS DISPOSITIVOS (para dispor do direito)
Atos de submissão – onde uma parte se submete a outra
Atos de desistência – onde uma parte desiste da ação, sendo necessária homologação do juíz
Atos de transação – as partes abrem mão de parcela de suas pretensões, visando a uma conciliação e composição do litígio.
EFICÁCIA DOS ATOS DAS PARTES
ART. 200
Art.200: Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Tem eficácia imediata, mas há algumas que precisam de participação/homologação do juiz.
PETIÇÕES E ATOS SUPLEMENTARES
 - é a cópia do processo, mas está em desuso
COTAS MARGINAIS E INTERLINEARES
- são notas nas margens e nas linhas, é PROBIDO, tendo como pena multa de ½ do salário mínimo.
Art. 202: É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.
ATOS DO JUÍZ
São atos decisórios (cabem recurso) e atos não decisórios (não cabem recurso, pois não há prejuízo).
PRONUNCIAMENTO DO JUÍZ
Art. 203.
Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Portanto, são:
- SENTENÇAS (203, p.1): podem ser terminativas (485) ou definitivas (487). 
Nas sentenças TERMINATIVAS, é possível a parte repropor a ação por 3 vezes. Na quarta, haverá PEREMPÇÃO. A perempção está configurada pelo sucessivo abandono da mesma causa pelo mesmo autor. Ela decorre da inércia do autor, que repropos por três vezes a extinção de um mesmo tipo de ação. Em sendo constatada a perempção, o juiz deve extinguir o feito sem resolução de mérito, impedindo o autor de ingressar com uma nova demanda idêntica. 
- DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS (203, p.2): As decisões são atos pelos quais o juiz resolve questões que surgem durante o processo, mas não são o julgamento dele por meio de sentença (não são o fim da lide). Essas questões que precisam ser decididas no curso do processo são denominadas de questões incidentes ou questões incidentais. São exemplos de decisões interlocutórias a nomeação de determinado profissional como perito, aceitação ou não de um parecer e intimação ou não de certa testemunha indicada pelas partes no curso do processo.
- DESPACHOS (203, p.3): Nos despachos, o objetivo não é solucionar o processo, mas determinar medidas necessárias para o julgamento da ação em curso. Tratam-se, portanto, de meras movimentações administrativas – por exemplo, a citação de um réu, designação de audiência, determinação de intimação as partes e determinação de juntada de documentos, entre outros.
DIFERENÇA ENTRE DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS E SENTENÇA
O que as diferencia não é o conteúdo da decisão, mas sim o seu resultado. Caso encerre a fase de cognição ou a execução, será sentença. Não basta que diga respeito a uma das situações do 485 ou 487 do NCPC, já que as decisões interlocutórias não possuem conteúdo apenas processual, podendo dizer respeito também a estas situações.
ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA
Escrivão: vira chefe de ofício por promoção
Chefe de Secretaria: chefe ou analista, vira por intermédio de concurso
- Auxiliar do juiz, tendo fé pública
- Pratica atos de documentação, comunicação e movimentação
ART. 208.
Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria.
ART. 209.
Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência.
§ 1º Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.
§ 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão.
ART. 210 - DESUSO
É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal.
ATOS PROCESSUAIS NO TEMPO E NO ESPAÇO
- Tempo dos atos – ART. 212
Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
ART. 214 – ATOS EM FÉRIAS E FERIADOS
Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2º; (citação, intimação e penhora)
II - a tutela de urgência.
ART. 215: Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinarART. 216 – FERIADOS
Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.
- RECESSO NATALINO: 20/12 a 06/01
- FÉRIAS COLETIVAS: Superiores e Supremo, apenas
- Suspensão dos prazos: 20/12 a 20/01
- Prática em autos eletrônicos – até meia noite
LUGAR
RG: - sede do juízo
art. 217: Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
EXCEÇÃO:
- deferência 
- interesse da justiça (ex: inspeção judicial)
- natureza do ato
- o obstáculo arguido pela parte e acolhido pelo juiz 
- TCU, TCE E TCDF não são órgãos do judiciário, eles apenas fiscalizam. 
PRAZOS
- preclusão temporal (perda por conta do tempo)
- prazo fixado pelo juiz de acordo com a complexidade do ato. 
Art. 218.
Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
- Prazo Próprio: Prazo das partes. Caso percam, preclusão temporal
- Prazo Impróprio: Prazo do juiz. Nada ocorre caso o juiz perca o prazo porque ele é o juiz, dããã.
- Prazo Comum: Abre para todas as partes manifestarem ao mesmo tempo
- Prazo Particular: Abre para somente uma das partes
- O ato praticado antes do início da contagem é conhecido como tempestivo.
- Prazos Legais: Fixados por lei
- Prazos Judiciais: Fixados pelo juiz, quando não previsto em lei. Se ele não fixar, prazo de cinco dias.
- Prazos Convencionais: Fixados pelas partes, convencionam quando tal ato será praticado em tal dia, o qual deve ser homologado pelo juiz.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
NATUREZA DOS PRAZOS
- DILATÓRIOS: pode ser alterado pelas partes ou juiz.
- PEREMPTÓRIOS: RG: não podem ser alterados
EXCEÇÃO:
Art. 222.
Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.
INTERPRETAÇÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS
- Restritiva
- Havendo real dúvida, entende-se que o réu não perdeu prazo
CURSO DOS PRAZOS
- Exclui-se o dia do começo e inclui o do vencimento
- Dias do começo e vencimento são protraídos para o próximo dia útil se o expediente forense iniciar após o horário normal ou terminar antes.
Art. 224.
Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
PRAZOS EM MESES OU ANOS
30 dias é diferente de 1 ano
Dsclp gente n anotei nd
FÉRIAS COLETIVAS
ART. 93, XII, CF
XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente.
Art. 313 – suspensão de prazos (muito grande)
CONTAGEM DOS PRAZOS 
ART. 224.
Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
- dia da disponibilização (DJE)
- dia da publicação/intimação
- início da contagem
FIXAÇÃO DO “DIES A QUO”
224, § 3º: A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação
- ART. 231 É GRANDE MAS IMPORTANTE
- ART. 231, CPC: Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
- intimações realizadas no recesso natalino, férias e feriados, consideram-se efetivadas no 1º dia útil subseqüente.
- intimação em audiência
PRAZOS PARA RECURSO
- é tempestivo o ato praticado antes do início da contagem, 218, p.4:
Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
- CIÊNCIA INEQUÍVOCA, NÃO HÁ DUVIDAS 
- Temo final: 224, p.1- NUNCA TERMINA EM DIA >NÃO< ÚTIL
ART. 224.
Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
- PRECLUSÃO: 223
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
- Prazo geral: 5 dias (quando a lei não fixa e o juiz não determina)
- Renúncia: Expressa e não pode renunciar em prazo comum
- Litisconsortes: Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
PRAZO MÍNIMO DE OBRIGATORIEDADE DE COMPARECIMENTO
- 48 HORAS. 
Art. 218.
Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
 § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
PRAZOS PARA JUÍZ
- Sentença: 30 dias
- Decisão Interlocutória: 10 dias
- Despacho: 05 dias
Art. 226.
O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
E se ele não cumprir o prazo previsto em lei? O que ocorre?
Art. 235.
Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
§ 1º Distribuída a representação ao órgão competente e ouvido previamente o juiz, não sendo caso de arquivamento liminar, será instaurado procedimento para apuração da responsabilidade, com intimação do representado por meio eletrônico para, querendo, apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas após a apresentação ou não da justificativa de que trata o § 1º, se for o caso, o corregedor do tribunal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça determinará a intimação do representado por meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato.
§ 3º Mantida a inércia, os autos serão remetidos ao substituto legal do juiz ou do relator contra o qual se representou para decisão em 10 (dez) dias.
PRAZOS PARA AUXILIARES
- Remeter autos conclusos (quando o ato está concluso “concluído” para a observação e análise do juiz.) após o cumprimento do ato anterior: 1 dia
- Para executar demais atos: 5 dias
PRAZOS PARA:
- Ministério Público: Art. 180.
ART. 180: O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
§ 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
- Fazenda Pública: Art. 183
ART. 183: A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público.
- Defensoria Pública: Art. 186, P. 4
Art. 186.
A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
§ 4º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS
- Qualquer interessado pode verificar
Art. 233.
Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei.
§ 1º Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, na forma da lei.
§ 2º Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao juiz contra o serventuário que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei.
Art. 234.
Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.
§ 4º Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
§ 5º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito.
RESTITUIÇÃO DOS AUTOS
- 3 dias para restituir ou multa de meio salário mínimo
PRAZO IMPRÓPRIO – art. 235
CUMPRIMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS
- Carta de ordem: Uma autoridade judiciária determina a outra hierarquicamente inferior, a prática de determinado ato processual necessário à continuação do processo que se encontra no tribunal.
- Carta precatória: Instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos em comarcas diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro de outra comarca. Ou seja, de mesma hierarquia.
- Carta Rogatória: instrumento jurídico internacional pelo qual um País requer (roga) o cumprimento de um ato judicial ao órgão jurisdicional de outro País, pedindo que este coopere na prática de determinado ato processual.
- Carta Arbitral: consiste num procedimento específico de cooperação entre a jurisdição arbitral e estatal, por meio do qual o árbitro ou Tribunal arbitral pode solicitar a cooperação do Poder Judiciário, na área de sua competência, para prática de determinado ato. Deve conter a Convenção Arbitral e a Comprovação de que o Juízo Arbitral está instalado.
- EXEQUATUR: é o “cumpra-se” que o STJ dá
REQUISITOS DAS CARTAS:
Art. 260.
São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;
III - a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;
IV - o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1º O juiz mandará trasladar para a carta quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que esses documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, pelos peritos ou pelas testemunhas.
§ 2º Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
§ 3º A carta arbitral atenderá, no que couber, aos requisitos a que se refere o caput e será instruída com a convenção de arbitragem e com as provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da função.
Art. 261.
Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
§ 1º As partes deverão ser intimadas pelo juiz do ato de expedição da carta.
§ 2º Expedida a carta, as partes acompanharão o cumprimento da diligência perante o juízo destinatário, ao qual compete a prática dos atos de comunicação.
§ 3º A parte a quem interessar o cumprimento da diligência cooperará para que o prazo a que se refere o caput seja cumprido.
Art. 262.
A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim dese praticar o ato.
Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão expedidor, que intimará as partes.
Art. 263.
As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
Art. 264.
A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegrama conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente no que se refere à aferição da autenticidade.
Art. 265.
O secretário do tribunal, o escrivão ou o chefe de secretaria do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo em que houver de se cumprir o ato, por intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma vara, observando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
§ 1º O escrivão ou o chefe de secretaria, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ou enviará mensagem eletrônica ao secretário do tribunal, ao escrivão ou ao chefe de secretaria do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que os confirme.
§ 2º Sendo confirmada, o escrivão ou o chefe de secretaria submeterá a carta a despacho.
Art. 266.
Serão praticados de ofício os atos requisitados por meio eletrônico e de telegrama, devendo a parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato
Art. 267.
O juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada quando:
I - a carta não estiver revestida dos requisitos legais;
II - faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III - o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Parágrafo único. No caso de incompetência em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.

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