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semana 11

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No Plano de aula : Semana Aula: 11 
Aula de 18/04/2018
Pequeno Resumo das Aulas 1 a 10 (Sintetizando até agora):
1 – Premissas Gerais do Direito Administrativo – origens, regime jurídico direito público 
2 – Princípios Administrativos previstos na CF (LIMPE – Art. 37 CF) e Reconhecidos (Supremacia do Interesse Público, Indisponibilidade, Autotutela, Razoabilidade e Proporcionalidade, Finalidade, Motivação, Segurança Jurídica, Insindicabilidade do Mérito Administrativo (jurisdição revê a forma não o mérito da decisão) e Economicidade. 
3 – Organização da Administração Pública – TEORIA DO ÓRGÃO - Desconcentração (repartir atribuições) e Descentralização (repartir entidades). Finalidade: políticas públicas. Administração Direta (entes U, E, DF, M) e Indireta (Entidades). Estudamos cada uma das ENTIDADES da Administração Indireta – Autarquias, Soc Economia Mista, Empresa Pública, Fundações Públicas. Também Agências Reguladoras , Agências Executivas, Associações Públicas, Consórcios Públicos. Novo Estatuto da Empresa Pública e Soc Economia Mista 13.303/16 (Lei de Responsabilidade das Estatais – corrupção contra a Adm Pública)
4 – TEORIA DO ATO. Os 5 elementos necessários ao ato (competência, forma, objeto, motivo, finalidade). Atos normativos, ordinatórios, negociais, enunciativos, punitivos. Imperatividade do ato, presunção de legitimidade. Extinção do ato, revogação do ato, delegação do ato, avocação do ato, invalidação do ato, anulação do ato (ilegalidade) . Ato nulo e anulável. 
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Pequeno Resumo das Aulas 1 a 10 (Sintetizando até agora):
5 – TEORIA DO PODER. Os 6(seis) poderes da Adm Púb. Poder vinculado, discricionário, regulamentar, hierárquico, disciplinar e poder de polícia. Uso e abuso de poder. TEORIA DO DEVER. Dever de agir, dever prestar contas, dever de eficiência, dever de probidade. 
6 – O poder de polícia administrativa (diferente poder de polícia judiciária - diferenças – principal: polícia administrativa atua sobre a atividade e a polícia judiciária sobre a pessoa que comete o ilícito penal). Poder de polícia a atividade (ou intervenção) da Adm Púb em limitar direitos das pessoas em nome do interesse público. Poder de Polícia administrativa atributos: discricionariedade (oportunidade e conveniência da Adm Púb), autoexecutoriedade (não precisa de outro poder para executar), coercibilidade . A Adm Pública atua com poder de polícia administrativa: quando fiscaliza, quando aplica sanções, quando regulamenta, quando expede determinação ou consentimento. Prescrição da Adm Públ contra o particular é de 5 anos. Remuneração do poder de polícia administrativa é através do tributo TAXA (Art. 145, II CF + Art. 77 CTN). Usamos o Código de Posturas da Cidade do Rio de Janeiro como exemplo de Poder de polícia da Administração Pública. 
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Aula de 18/04/2018
Bens Públicos
Tema
Bens Públicos
Palavras-chave
Afetação; impenhorabilidade; alienação
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Entender que Estado pode dar aos bens integrantes do seu patrimônio diferentes destinações, desde que não seja contrária à Constituição e atendam ao interesse da sociedade; Analisar e conhecer, paralelamente, os institutos da afetação e da desafetação; Entender as características dos bens públicos, conforme a categoria que eles integram.
Estrutura de Conteúdo
1. Introdução.
1.1. Domínio Público;
1.2. Domínio Eminente.
2. Conceito.
3. Classificação.
4. Afetação e Desafetação.
5. Regime Jurídico.
5.1. Alienabilidade Condicionada;
5.2. Impenhorabilidade;
5.3. Imprescritibilidade.
6. Forma de Aquisição.
7. Formas de Uso.
8. Instrumentos Específicos.
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Bens Públicos
São bens do Estado ou bens da coletividade? 
Evolução Histórica: 
Direito Romano: dividiam as coisas entre commercium e extra commercium. O que era extra commercium tinha outra divisão: res communes (mares, portos, estuários, rios – não podiam ser apropriados por pessoas), a res publicae (terras, escravos, de propriedade de todos e comerciáveis) e a res universitatis (fórum, ruas, praças públicas). 
BENS DO POVO: res publicae. 
Na Idade Média os bens públicos eram considerados de propriedade do Rei e não mais do povo. Nesse momento, não necessitava de distinção, ou classificação dos bens públicos. Com a evolução histórica os bens passaram a ser do povo e o Rei (absoluto) detinha o poder de polícia sobre os bens. Nesse momento (séculos XVII e XVIII) devido ao poder de polícia já classificavam os bens públicos em: coisas públicas (de uso público – cursos de água, rios, estradas, etc.) nesses o Rei não tinha direito de propriedade, mas tinha direito de guarda e poder de polícia. Os bens de propriedade do Rei eram os integrados ao domínio da coroa. 
 ESTADO MODERNO: ESTADO É UMA PESSOA JURÍDICA – ASSUME A PROPRIEDADE DOS BENS PÚBLICOS. 
RAPIDAMENTE – RELEMBRANDO CÓDIGO CIVIL.... 
Artigos 79 a 103 
LIVRO II
DOS BENS
 TÍTULO ÚNICO
Das Diferentes Classes de Bens
 CAPÍTULO I
Dos Bens Considerados em Si Mesmos
 Seção I
Dos Bens Imóveis
Seção II
Dos Bens Móveis
Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
RAPIDAMENTE – RELEMBRANDO CÓDIGO CIVIL.... 
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
RAPIDAMENTE – RELEMBRANDO CÓDIGO CIVIL.... 
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Prerrogativa : DOMÍNIO EMINENTE DO ESTADO > BENS LOCALIZADOS NO SEU TERRITÓRIO ( Função social da propriedade, limitações, servidões e desapropriações).
Doutrina de Direito Administrativo: 
DOUTRINA BANDEIRA DE MELO: além dos bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público, somam-se aqueles que, embora não pertençam a tais pessoas, estão afetos à prestação de serviços públicos;
Versus
DOUTRINA HELY MEIRELLES: são bens públicos todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações que pertençam, a qualquer título às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais. 
RAPIDAMENTE – RELEMBRANDO CÓDIGO CIVIL.... 
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO DE BENS PÚBLICOS (ART. 99 CÓDIGO CIVIL)
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II -os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
A doutrina chama de DIVISÃO TRIPARTITE
A doutrina chama de DIVISÃO TRIPARTITE a classificação de BENS PÚBLICOS 
OBSERVEMOS QUANTO A DESTINAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS ESTA DIVISÃO, nos incisos I, II e III:
RAPIDAMENTE – RELEMBRANDO CÓDIGO CIVIL.... 
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
QUANTO AO DESTINO, ESTÁ CLARO OS INCISOS I E II: 
CRITÉRIO DA DESTINAÇÃO (OU AFETAÇÃO) DOS BENS
Para uso coletivo - por natureza ou por lei
Para uso da Administração (a fim de praticar seus objetivos) 
O DESTINO OU DESTINAÇÃO DO BEM PÚBLICO ESTÁ BEM CLARIFICADO NA LEI, QUE AINDA USA DE EXEMPLOS.... 
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
Mas, NÃO ESTÁ CLARO NO INCISO III: 
Pela leitura do inciso III pode-se dizer que os BENS DOMINICAIS são para uso coletivo ou para uso da Administração? Não. Apenas coloca a Administração como proprietária. 
Art. 99. São bens públicos:
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado
Não há destinação pública no inciso III, logo esses bens SÃO DE DOMÍNIO “PRIVADO” DO ESTADO, FAZEM PARTE DO PATRIMÔNIO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO. 
*Dominicais: origem latim dominus – que tem o domínio
Vamos fazer um exercício? 
Classifiquemos em BENS DE USO COMUM, BENS ESPECIAIS E BENS DOMINICAIS: 
Estacionamento rotativo nas ruas (logradouros municipais) cobradas por guardadores: 
 Estrada de Rodagem que cobra pedágio (DER nos Estados da Federação): 
Torre de transmissão de sinal de celular: 
Poste (equipamento) instalado em logradouro que instala cabos de transmissão energia elétrica: 
Terreno do Cemitério: 
Edificação – Escola: 
Praia: 
Academia de ginástica que instala “barraca” na PRAIA e explora atividade física no logradouro público: 
Jazigo: 
Museu:
Mercados: 
 Veículos oficiais: 
Vamos fazer um exercício? 
Classifiquemos em BENS DE USO COMUM, BENS ESPECIAIS E BENS DOMINICAIS: 
Estacionamento rotativo nas ruas (logradouros municipais) cobradas por guardadores: BEM DE USO COMUM
 Estrada de Rodagem que cobra pedágio (DER nos Estados da Federação): BEM DE USO COMUM
Torre de transmissão de sinal de celular: SE INSTALADO EM BEM DE USO COMUM PODE O ESTADO EXPLORAR (RENDA)
Poste (equipamento) instalado em logradouro que instala cabos de transmissão energia elétrica: BEM USO COMUM
Terreno do Cemitério: BEM DE USO ESPECIAL
Edificação – Escola: BEM DE USO ESPECIAL
Praia: BEM DE USO COMUM
Academia de ginástica que instala “barraca” na PRAIA e explora atividade física no logradouro público: SE INSTALADO EM BEM DE USO COMUM PODE O ESTADO EXPLORAR (RENDA)
Jazigo: BEM DE USO ESPECIAL
Museu: BEM DE USO ESPECIAL 
Mercados: BEM DE USO COMUM
 Veículos oficiais: BEM DE USO ESPECIAL
FUNDAMENTO DOS EXEMPLOS: 
Torre de transmissão de sinal de celular: SE INSTALADO EM BEM DE USO COMUM PODE O ESTADO EXPLORAR (RENDA)
Academia de ginástica que instala “barraca” na PRAIA e explora atividade física no logradouro público: SE INSTALADO EM BEM DE USO COMUM PODE O ESTADO EXPLORAR (RENDA)
FUNDAMENTO: 
Art. 103 CC: 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
DOMÍNIO PÚBLICO – conceito :
MUITO AMPLO – conjunto bens pertencentes à pessoas jurídicas de direito público interno, políticas e administrativas.
AMPLO – bens afetados a um fim público – bens de uso comum do povo e de uso especial (conforme vimos no Art. 99 incisos I e II CC) (Direito francês)
RESTRITO – só remete aos destinatários e somente os bens de uso comum do povo (destinatário POVO) (direito italiano) 
(*) Pessoas jurídicas de direito público interno: (CÓDIGO CIVIL) 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;         (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
DOMÍNIO PÚBLICO – conceito
(Atenção, o conceito de domínio público é impreciso na doutrina)
Neste conceito de DOMÍNIO PÚBLICO muito amplo: 
Uma vez que o Estado tem o poder de regulamentar sobre TODOS OS BENS, logo, tem o poder de dominação sobre TODOS OS BENS sejam públicos (óbvio), privados e insuscetíveis de apropriação. 
Já o conceito de DOMÍNIO PÚBLICO mais estrito: são os bens de uso comum e especial – PORQUE ESTÃO “AFETADOS” A UM FIM PÚBLICO. 
DOMÍNIO PÚBLICO - conceito:
Neste conceito de DOMÍNIO PÚBLICO muito amplo: 
Uma vez que o Estado tem o poder de regulamentar sobre TODOS OS BENS, logo, tem o poder de dominação sobre TODOS OS BENS sejam públicos (óbvio), privados e insuscetíveis de apropriação. 
Já o conceito de DOMÍNIO PÚBLICO mais estrito: são os bens de uso comum e especial – PORQUE ESTÃO “AFETADOS” A UM FIM PÚBLICO. 
“AFETAÇÃO” é um instituto para o Direito Administrativo:
Tem relação com a “UTILIZAÇÃO” do bem público. 
Se um BEM está sendo usado para uma finalidade pública usa-se:
O bem está afetado a um fim público. 
Ao contrário, se não está sendo usado, diz-se: 
desafetado ao fim público. 
Bens públicos afetados NÃO PODEM SER ALIENADOS (não podem ser transferidos).
Vejamos um acórdão.... 
DOMINIO PÚBLICO. REGIME JURÍDICO. - CLASSIFICACAO. 4
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 746487 RS 2005/0069697-4 (STJ)
Jurisprudência•Data de julgamento: 26/08/2008
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DECLARATÓRIA MOVIDA POR PARTICULARES CONTRA MUNICÍPIO OBJETIVANDO A DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA OBRIGACIONAL ENTRE AS PARTES EM LITÍGIO OU DECLARAÇÃO DE ILEGALIDADE DA EXIGÊNCIA DE DEMOLIÇÃO DO PRÉDIO CONSTRUÍDO EM TERRENO DO QUAL O MUNICÍPIO SE DIZ PROPRIETÁRIO. DISPENSA DE REGISTRO NO REGISTRO IMOBILIÁRIO DOS BENS DE USO COMUM DO POVO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE PERMISSÃO DE USO. BEM AFETADO AO DOMÍNIO PÚBLICO. REEXAME DO CONJUNTO-FÁTICO PROBATÓRIO. ANÁLISE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA N.ºS 05 E 07 DO STJ. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. 1. Ação declaratória e embargos à execução calcados em contrato de permissão de uso no qual previu-se o destino das eventuais acessões que se erigiram no imóvel. (...) Como demonstram os documentos juntados (certidões imobiliárias contidas às fls. 132/140), desde a partilha de bens de Henrique Cantergiani, na década de trinta, o espaço ora em litígio destinou-se à abertura de passagem que ora se denomina Rua Irmã Valiera. As transcrições imobiliárias datadas de 13.10.45 a 30.10.58 todas informam, quando descrevem os lotes, que os mesmos confrontavam com o prolongamento de uma passagem que é a Rua Irmã Valiera. 
2) (TJ/PA. Juiz. FGV.2009) Assinale a alternativa queindique, respectivamente, os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial.
a) Rios navegáveis e veículos oficiais
b) Aeroportos e praças
c) Museus e bibliotecas
d)Terras devolutas e veículos
e) Mercados e praças.
. 
Classificação
Os bens públicos são classificados conforme a sua TITULARIDADE podendo ser tipo de bem móvel ou imóvel: 
Bens públicos federais, estaduais, distritais, municipais.
 (U, E, DF e M)
Observar o Art. 20 da Constituição Federal:
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;                        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
O Art. 20 CF É EXEMPLIFICATIVO (NÃO TAXATIVO). Os critérios foram: proteção da segurança nacional, proteção à economia do país, interesse público nacional etc... 
Observar o Art. 20 da Constituição Federal:
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;                        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
E BENS DO ESTADOS FEDERADOS? 
TAMBÉM CONSTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ART. 26: 
E BENS DO ESTADOS FEDERADOS? 
TAMBÉM CONSTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ART. 26: 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
E BENS PÚBLICOS DOS MUNICÍPIOS? 
NÃO ESTÃO EXPRESSOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
SUA PROPRIEDADE DECORRERÁ DA LEI. 
Bens públicos municipais: as ruas, praças, jardins públicos, os logradouros públicos pertencem ao Município. Bem como, edifícios públicos e os vários imóveis que compõem seu patrimônio. 
ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS:
EM REGRA SÃO INALIENÁVEIS (OU SEJA, NÃO PODEM SER VENDIDO, CEDIDO, DOADO)
Art. 100 do Código Civil que dispõe: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Que qualificação se trata? 
OS BENS PÚBLICOS AFETADOS ou seja, TEM FINALIDADE PÚBLICA 
*** IMPOSSÍVEIS DE ALIENAR *** 
> Bens públicos de uso comum e bens públicos especiais 
BENS DOMINICAIS NÃO SÃO AFETADOS, logo, podem ser alienados, desde que observadas as exigências legais (processo de licitação, entre outras) 
Art. 101 Código Civil: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
DOUTRINA : Alienabilidade Condicionada
Impenhorabilidade dos bens públicos: 
Nas dívidas da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA os BENS PÚBLICOS não podem sofrer penhora judicial (apreensão judicial) 
As “DIVISAS” da Fazenda Pública são através de PRECATÓRIOS e REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)*. 
Curiosidade sobre pagamento DIVISAS: 
Precatório: > 60 salários mínimos
RPF federal: < 60 salários mínimos 
RPV estadual: < 40 salários mínimos
RPV municipal: < 30 salários mínimos 
RPV - prazo pagamento 60 dias
CF Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
Imprescritíveis os bens públicos: 
Não perde a validade . A Administração Pública não perde o direito mesmo que não esteja sendo usado . Não extingue pelo decurso do tempo. 
Bens Públicos não estão suscetíveis a usucapião. 
Fundamentos:
Art 102 CC
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Súmula 340 STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, bem como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. 
Parágrafo único do Art. 191 CF: 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Não oneração dos bens públicos: 
Não pode ser garantia de CREDOR (NÃO PODE HIPOTECAR, PENHORAR OU ANTICRESE) 
Somente quem PODE ALIENAR pode ONERAR. 
E os bens domicais? 
BENS DOMINICAIS PODEM SER ALIENADOS (NA FORMA DA LEI) LOGO PODEM SER ONERADOS – DADOS EM GARANTIA DE DÍVIDA. 
Pergunta-se: 
Os bens pertencentes as Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Públicas são considerados BENS PÚBLICOS ou BENS PRIVADOS? 
AQUELES BENS – MESMO PRIVADOS – QUE ESTIVEREM PRESTANDO UM SERVIÇO PÚBLICO SERÃO CONSIDERADOS BENS PÚBLICOS. 
Exemplo: 
LEI Nº 6066 DE 20 DE ABRIL DE 2016.
AUTORIZA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL QUE MENCIONA
Autor: Poder Executivo
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eusanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado, nos termos do art. 232 da Lei Orgânica Municipal e da Lei federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a alienar os bens imóveis que compõem o Patrimônio municipal, constantes dos Anexos I e II desta Lei, mediante desafetação, avaliação prévia e licitação, e desde que assegurado o direito de preferência aos atuais ocupantes dos referidos imóveis, através do pagamento do valor da maior proposta ofertada.
§ 1º Os bens imóveis poderão ser alienados à vista ou a prazo.
§ 2º Nas alienações a prazo, os editais de licitação respectivos deverão prever, dentre outras, as seguintes condições: (...) 
Anexo I
Predio Av Mem de Sá nr. 25 antigo nr. 19 e domínio útil do terreno área com 210 m2
Rua Real Grandeza nr. 382 Botafogo descrição: (...) 
Etc... Etc.... SEMPRE PAUTADO NO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E POR PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO 
Formas de USO DOS BENS PÚBLICOS POR PRIVADOS (PARTICULARES) 
Autorização de uso - é o ato unilateral, discricionário e precário (PRECARÍSSIMO) 
Administração Pública consente a atividade individual “SOBRE” um bem público. 
Ex.: autorizações para a ocupação de um terrenos de propriedade do município. 
Permissão de uso - é o ato negocial, pode ter condições, pode ser gratuito ou oneroso, por qualquer tempo. Unilateral, discricionário e precário . 
Administração Pública consente a utilização de determinado público. 
Ex.: bancas de jornais, os vestiários em praias, ... 
Pode ser revogado a qualquer tempo, desde que no ato de permissão não conste condições. 
Formas de USO DOS BENS PÚBLICOS POR PRIVADOS (PARTICULARES) 
Cessão de uso - é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ou indeterminado.
É ato de colaboração entre repartições públicas, em que aquela que tem bens desnecessários aos seus serviços cede o uso a outra que deles está precisando. 
• A cessão de uso entre órgãos da mesma entidade (não precisa lei)
. Cessão para outra entidade (precisa de lei) 
Concessão de uso - é o contrato administrativo pelo qual o poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica. 
A concessão pode ser remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado. 
Exige Lei e/ou procedimento (licitação). 
Ex. concessão de uso remunerado para bares e restaurantes em logradouro público. 
Formas de USO DOS BENS PÚBLICOS POR PRIVADOS (PARTICULARES) 
Concessão de direito real de uso - é o contrato pelo qual a Administração transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular. 
Observação: 
Enfiteuse (aforamento ) e Laudêmio – são institutos do Direito Civil. 
RESUMINDO OS INSTRUMENTOS PARA USO DOS BENS PÚBLICOS: 
Autorização de uso - é o ato unilateral, discricionário e precário (PRECARÍSSIMO)
Permissão de uso - é o ato negocial, pode ter condições, pode ser gratuito ou oneroso, por qualquer tempo. Unilateral, discricionário e precário
Cessão de uso - é a transferência gratuita da posse
Concessão de uso - é o contrato administrativo pelo qual o poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular
Concessão de direito real de uso - é o contrato pelo qual a Administração transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno (real) público a particular. 
ANALISES DE CASOS REAIS QUE TRATAM DA MATÉRIA BENS PÚBLICOS
 VIGÉSIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL 
AGRAVO INTERNO 
AGRAVO DE INSTRUMENTO n.º 0063074-72.2013.8.19.0000 
Ação Originária n° 0024648-43.2013.8.19.0209 – Rescisão Contratual c/c pedido liminar de reintegração de posse - 3ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca 
AGRAVANTE : ORLA RIO CONCESSIONÁRIA LTDA 
AGRAVADO: RESTAURANTE ESCRITÓRIO DA PRAIA LTDA-ME 
RELATORA: DES. MÔNICA SARDAS 
A hipótese é de Agravo Interno interposto por ORLA RIO CONCESSIONÁRIA LTDA em face da decisão monocrática proferida pela Relatora que, aplicando a norma contida no artigo 557 do Código de Processo Civil, negou provimento ao agravo de instrumento, assim ementado: 
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C PEDIDO LIMINAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CESSÃO DE USO E EXPLORAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA. QUIOSQUES DA ORLA MARÍTIMA DO RIO DE JANEIRO. INDEFERIMENTO DA LIMINAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. DECISÃO QUE NÃO SE MOSTRA TERATOLÓGICA, CONTRÁRIA À LEI OU À PROVA DOS AUTOS. SÚMULA 58 DO EGRÉGIO TJERJ. 
1. Agravante que celebrou com o Município do Rio de Janeiro Contrato de Concessão de Uso sobre os espaços de área pública, constituídos pelos quiosques e sanitários da orla marítima do Rio de Janeiro, e cedeu a exploração comercial dos quiosques QB 44 A e B à agravada, mediante contraprestação mensal pecuniária. 
 VIGÉSIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL 
AGRAVO INTERNO 
AGRAVO DE INSTRUMENTO n.º 0063074-72.2013.8.19.0000 
Ação Originária n° 0024648-43.2013.8.19.0209 – Rescisão Contratual c/c pedido liminar de reintegração de posse - 3ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca 
AGRAVANTE : ORLA RIO CONCESSIONÁRIA LTDA 
AGRAVADO: RESTAURANTE ESCRITÓRIO DA PRAIA LTDA-ME 
RELATORA: DES. MÔNICA SARDAS 
(...continua.... )
Recorre, tempestivamente, ORLA RIO CONCESSIONÁRIA LTDA em face da decisão que nos autos da Ação de Rescisão Contratual c/c pedido liminar de reintegração de posse por ela proposta em face de RESTAURANTE ESCRITÓRIO DA PRAIA LTDA-ME, indeferiu o pedido liminar de reintegração de posse. 
Pretende a parte autora, em sede liminar, a reintegração na posse de dois quiosques cedidos a ré, através de contraprestação mensal, para exploração econômica. Afirma que desde novembro de 2011 a parte ré mantém-se inadimplente quanto ao pagamento das contraprestações mensais, incidindo em grave infração contratual que autoriza a sua rescisão. 
Os documentos carreados aos, em especial os de fls. 20/55 e 100/148 demonstram, respectivamente, que a autora é cessionária do espeça público para exploração econômica, tendo cedido a parte ré dois quiosques (...) não obstante, não há documento demonstrando que a parte autora tenha notificado a ré sobre o débito em comento. Limitou-se a autora a juntar aos autos cópias dos boletos mensais que alega terem sido inadimplidos. Não há prova da constituição em mora, de forma que entendo que não se encontra 
JAZIGO É BEM PÚBLICO DE USO ESPECIAL. Vejamos o acórdão: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO : APL 00020295819998190000 RIO DE JANEIRO CAPITAL 1 VARA ORFAOS SUC
APL 00020295819998190000 RIO DE JANEIRO CAPITAL 1 VARA ORFAOS SUC
Orgão Julgador DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL
Partes
APELANTE: SANTA CASA DE MISERICORDIA DO RIO DE JANEIRO(*), 
APELADO: ARMANDO DA CUNHA CALDAS
Publicação 16/04/1999
Julgamento 5 de Abril de 1999
Relator MAURO FONSECA PINTO NOGUEIRA
Ementa
Jazigo perpetuo. Bem público de natureza "extra commercium". O jazigo fica afetado ao uso especial de sepultamento, nele nao se consolidando os atributos dominiais. Logo, a concessao do jazigo nao transfere propriedade sobre o terreno, nem outro qualquer direito real. A concessao nao e' passivel de sucessao "mortis causa". Recurso provido. 
(*) SCM: ver constituição para saber a natureza jurídica. Pode ser: Fundação Privada, Associação Privada e outras naturezas jurídicas a verificar na constituição. 
DORIO 06/05/2015 p. 34.
Decreto nº 40074 de 06/05/2015.
/ Fica alterado de bem de uso comum, integrante do bem público, designado Praça
Egídio Citarella, em Campo Grande, reconhecida pelo Decreto nº 1.475 de 22/05/1978 , em sua parcialidade, situada entre a Rua Alfredo Peixoto, a Rua Roberto Santiago e a Rua JoséJanoni, figurada no Projeto Aprovado de Alinhamento (PAA) nº 8425 e no Projeto Aprovado de Loteamento (PAL) nº 26663, consistindo de 1.436,63 m², entre a Rua José Janoni e a Rua Alfredo Peixoto, passando a ser bem de uso especial destinado à unidade escolar, restando 751,77 m², afetados como área de praça. Fica também alterado de bem de uso destinado à escola, em sua totalidade , situado entre a Rua José Janoni e a Rua Felício Magaldi e a Rua Alfredo Peixoto, também figurado no Projeto Aprovado de Loteamento (PAL) nº 26663, consistido de 1093,00 m², passando a ser bem de uso destinado à praça /.
DORIO 07/05/2015 p. 3.
Comissao de Jurisprudencia Jurisprudencia Civel id: 1334286 TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
EMENTARIO DE JURISPRUDENCIA CIVEL No. 19/2012 COMISSAO DE JURISPRUDENCIA 
Presidente: DES. CHERUBIN HELCIAS SCHWARTZ Organizacao: Servico de Publicacao de Jurisprudencia (DGCON-SEJUR) da Divisao de Gestao de Acervos Jurisprudenciais (DGCON-DIJUR) - dijur@tjrj.jus.br Rua Dom Manuel 29, 2o andar, sala 208 Ementa numero
 1 ACAO CIVIL PUBLICA SERVIDAO DE ACESSO PUBLICO A PRAIA BEM COMUM DIREITO COLETIVO MUNICIPIO REU OBRIGACAO DECORRENTE DE Lei no. APELACAO CIVEL. ACAO CIVIL PUBLICA AJUIZADA PELO MINISTERIO PUBLICO. OBRIGACAO DE FAZER. ABERTURA DE SERVIDAO DE ACESSO PUBLICO A PRAIA DE MOMBACA, NO MUNICIPIO DE ANGRA DOS REIS (1o REU), QUE SE ENCONTRA ENCRAVADA PELO CONDOMINIO (2o REU). SENTENCA DE IMPROCEDENCIA. 
A acao visa garantir a populacao o amplo, livre e franco acesso a Praia da Mombaca, localizada em frente ao Condominio Fazenda Mombaca (2o reu), 16 que fica na Rodovia BR 101, Km 91, em Angra dos Reis. Nao prevalece o interesse privado sobre o interesse publico, diante da mera falta de registro publico da passagem forcada (situacao que nao se confunde com mera servidao administrativa ou servidao civil), alem de afrontar a legislacao patria, usurpa da coletividade o direito ao uso do bem comum. As antigas falhas administrativas deixando a Praia da Mombaca encravada, sem acesso terrestre ao publico, nao pode ser motivo para julgar improcedentes os pedidos exordiais. Diante das legislacoes vigentes, impoe-se a condenacao dos reus para que tomem, em carater de urgencia, as medidas para garantir o acesso publico a referida praia. Mostram-se pertinentes e com o devido amparo legal os pedidos exordiais. Provimento parcial do recurso, determinando ao Municipio (1o reu/apelado) que tome as medidas cabiveis para compelir o Condominio Fazenda da Mombaca (2o reu/apelado) que deixe livre, franco e desimpedido o acesso publico a Praia da Mombaca, atraves da passagem ja existente, abstendo-se de pedir identificacao as pessoas que por ali passarem causando-lhes constrangimento vedado por lei, cabendo ao Municipio, tambem, manter a fiscalizacao, a limpeza e a desobstrucao da passagem, bem como a colocacao de placas indicativas de acesso publico aquela praia, em local de facil visualizacao, prevendo, para o caso de descumprimento das referidas medidas, a condenacao dos reus na multa diaria, no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). Provido parcialmente o recurso. 
 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
ÓRGÃO ESPECIAL 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 0025805-33.2012.8.19.0000 
REPRESENTANTE: EXMO. SENHOR PREFEITO DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA 
REPRESENTADO: CAMARA MUNICIPAL DE VOLTA REDONDA 
RELATORA: DES. MARIA INÊS DA PENHA GASPAR 
 “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITU-CIONALIDADE. Lei Municipal nº 4.783/2011. Lei local que autorizou em seu artigo 1º o Município de Volta Redonda a desafetar bem de uso comum do povo, para bem patrimonial, na condição de bem dominial, e proceder a investidura aos proprietários lindeiros das áreas constantes na lateral e fundos dos imóveis situados nas ruas que menciona, na forma dos artigos 2º, 3º e 4º do mesmo diploma legal. 
referida Lei municipal nº 4.783/2011, que criou “lei autorizativa”, sem lastro em projeto de lei de autoria do Poder Executivo, cujo vício de iniciativa a contamina por inteiro
declarar a inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 4.783/2011, em sua íntegra. Voto vencido” 
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 0025805-33.2012.8.19.0000, em que é representante o EXMO. SENHOR PREFEITO DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA e representado a CAMARA MUNICIPAL DE VOLTA REDONDA, acordam os Desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por maioria, em julgar procedente a ação direta e declarar a inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 4.783/2011, nos termos do voto do Relator, vencido o Des. Nagib Slaibi Filho, que não conhecia do pedido. 
Resumo do caso concreto: ACP contra Município de Esteio (RS) que doou bem imóvel municipal para a União construir uma agência INSS para atender a população local. 
(...) 
O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): O
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul ajuizou Ação Civil Pública contra
o Município de Esteio/RS, em vista da desafetação de área (praça) de uso comum do
povo para a categoria de bem dominical, nos termos da Lei municipal 4222/06,
permitindo-se a doação do bem ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
autarquia federal, para a instalação de nova agência.
A distinção entre bens de uso comum do povo, bens de uso especial e
bens dominicais, tradicional no nosso sistema jurídico e agasalhada no Código Civil e
na legislação de Direito Público, é velha conhecida do Superior Tribunal de Justiça.
Cito um dos precedentes mais recentes:
(...) Os bens de uso comum e os de uso especial estão destinados
a fins públicos; acham-se afetados a uma finalidade pública; enquanto que os
dominicais não ostentam destinação pública definitiva (REsp 799765, rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJ de
27/08/2009).
Assim, a doação em concreto apenas representou o efeito da desafetação
(modificação da categoria de bem imóvel da municipalidade), previsto na lei questionada.
Ressalto, por fim, que a nova agência do INSS já foi inaugurada noPMDB),
Assim, em tese, poderá o Ministério Público, se entender conveniente,
ingressar com Ação Civil Pública contra o Município recorrido, visando obter
compensação pelo espaço verde urbano suprimido, de igual ou maior área, no mesmo
bairro em que se localizava a praça desafetada. No entanto, não custa enfatizar, essa
questão não diz respeito ao objeto do presente Recurso Especial, razão por que a
referência é feita a latere.
CASO CONCRETO DA AULA 11 TRATA DO TEMA LICITAÇÃO, RAZÃO QUE FAREMOS NO MOMENTO OPORTUNO PARA AV2 .

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