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Imigração e Economia na Primeira República

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Podemos afirmar sobre as imigrações no Brasil, no final do século XIX e início do século XX,
	
	Modificaram demograficamente a região nordestina do Brasil na mesma proporção que mudaram a composição dos habitantes do sul do país.
	
	Ganharam força até para o vale amazônico, em torno do ciclo da borracha e seu peso no mercado externo.
	
	Desenvolveram-se de forma bastante aleatória, sem uma política de migrações discutida pelas elites econômicas e políticas do país.
	
	Não aconteceram de fato, sendo um grande mito criado a partir da década de 30.
	 
	Conferiram um perfil radicalmente distinto à economia nacional até praticamente os anos 30 com a intensa chegada de portugueses, italianos e alemães.
Durante a Primeira República a imigração europeia para o Brasil foi bastante volumosa e exerceu um grande impacto na formação do Brasil contemporâneo. Sobre as condições de vida e trabalho desses imigrantes, apenas NÃO podemos afirmar que:
	
	No sistema de parceria, o fazendeiro fornecia pequenos lotes de terra aos colonos, que podiam cultivar também alguns gêneros alimentícios e os imigrantes se responsabilizavam pelo cultivo do cafezal.
	
	O incentivo à imigração não foi uma novidade estabelecida pelos governos republicanos, já fazia parte dos planos das elites proprietárias desde o início da década de 1870, com o fortalecimento do movimento abolicionista.
	
	A principal função dos imigrantes seria ocupar o lugar dos escravos e garantir que a abolição do trabalho compulsório não prejudicasse demasiadamente a economia brasileira.
	
	No sistema de colonato não havia a divisão de lucros entre o proprietário e o trabalhador, os colonos praticamente não recebiam salários, mas poderiam utilizar a terra para produzir gêneros de interesse próprio, que poderiam ser destinados tanto à subsistência quanto ao comércio local.
	 
	A relação entre os imigrantes e os proprietários era lucrativa para ambos os grupos, o que tornou essa relação harmoniosa e duradoura por todo o período, deixando de existir apenas em 1930.
Devido a grave crise econômica na qual o Brasil se encontrava, o recém eleito presidente Campos Sales viajou para a Inglaterra para negociar a dívida brasileira e assinou, em 1898, um acordo com os principais credores do Brasil. Segundo os termos do acordo, o governo brasileiro adquiria um novo empréstimo no valor de 10 milhões de libras e em troca se comprometia a adotar uma rígida política de austeridade econômica, o que na prática significava o controle dos gastos públicos e a elevação dos impostos. Tal acordo ficou conhecido como:
	
	Degola
	
	Convênio de Taubaté
	
	Política dos Governadores
	 
	Funding Loan
	
	Política de Valorização do Café
José de Souza Martins, em O cativeiro da terra, analisou o processo de constituição da força de trabalho e das relações de produção que se definiu com a crise do escravismo e a imigração na segunda metade do século XIX, notadamente no Sudeste, mantendo-se por quase um século. Tratase do regime de trabalho
	
	Capitalista, baseado na imigração subvencionada pelo Estado e no envio dos trabalhadores às fazendas, onde faziam contratos de parceria.
	
	De parceria, no qual o trabalhador livre, geralmente um imigrante europeu, dividia os lucros da produção com o proprietário da terra.
	 
	De colonato, com um pagamento fixo no trato do cafezal e uma parte de acordo com a produtividade, além do direito de produzir alimentos.
	
	Tipicamente assalariado, constituído principalmente de trabalhadores nacionais e europeus, remunerados em dinheiro pelas atividades realizadas.
	
	Misto, que combinava salário em dinheiro e em produtos, exigindo-se do trabalhador livre uma série de serviços na fazenda fora das épocas de colheita.
Sobre a relação entre o desenvolvimento industrial e a economia cafeeira durante a Primeira República podemos afirmar que:
	 
	A burguesia industrial organizada questionava a política de proteção do café implementada pelo governo executivo
	 
	A indústria brasileira, principalmente na área de São Paulo, teve seu desenvolvimento atrelado e subordinado ao capital gerado na economia cafeeira.
	
	A economia cafeeira foi o principal empecilho para o desenvolvimento da indústria.
	
	A indústria beneficiou-se do capital gerado pela economia cafeeira reinvestindo-o na produção de bens de capital.
	
	A principal fonte de mão-de-obra da indústria paulista teve origem nos antigos escravos libertos das áreas rurais.
A parceria e o colonato foram duas formas de trabalho e remuneração utilizadas com relação aos imigrantes europeus que vieram trabalhar nos cafezais. Cada uma delas tinha características diferentes. Assinale, abaixo, a alternativa que melhor exprime uma característica da parceria.
	
	Na parceria não havia pagamentos em dinheiro nem a divisão de lucros entre o proprietário e o trabalhador.
	
	Na parceria os trabalhadores poderiam utilizar a terra para produzir gêneros destinados tanto à subsistência quanto ao comércio local.
	
	De acordo com o historiador Boris Fausto, os trabalhadores preferiam a parceria porque lhes proporcionava mais autonomia e não os deixavam tão dependentes dos resultados das safras.
	
	A principal transformação dessa época consistiu na substituição do colonato pela parceria.
	 
	Na parceria, os imigrantes se responsabilizavam pelo cultivo do cafezal, recebendo por isso dois pagamentos anuais: o primeiro acontecia no momento do plantio de um número previamente estabelecido de pés de café, e o segundo na ocasião da colheita.
Vimos que a gravíssima situação econômico-financeira que o Brasil atravessava nos primeiros anos da República levou o governo Campos Sales a assinar, em 1898, um novo acordo com os credores brasileiros no exterior. Assinale, abaixo, a alternativa que explica melhor as causas para essa gravíssima situação econômico-financeira do país.
	
	Os governos republicanos anteriores à Campos Sales não tiveram nenhuma capacidade para administrar a crise econômica herdada do Império.
	
	A queda nos preços do café impediu que o país acumulasse divisas suficientes para fazer frente aos seus compromissos.
	 
	Com a República, a grave crise econômica que abalava as contas do Estado brasileiro desde a década de 1870, devido à queda dos preços internacionais do café, piorou com os enormes gastos com as operações militares destinadas a reprimir as Revoltas da Armada, a Revolta de Canudos e a Revolução Federalista.
	
	A situação econômica do país no Império, que já era bastante delicada, piorou com a proclamação da República devido à vultosa indenização que o novo regime resolveu pagar à Família Imperial e às pensões que teve que pagar a partir de então.
	
	A crise política que aconteceu nos dois primeiros governos militares da República fez com que a produção de café fosse muito prejudicada, o que foi desastroso para a economia brasileira.
A Primeira Guerra mundial pode ser considerada fator de aceleração do processo econômico brasileiro porque:
	
	Provocou o desenvolvimento agropecuário no Nordeste para abastecer os Aliados.
	 
	Dificultou as importações, originando a  indústria de substituições.
	
	Aumentou as relações comerciais com os países do eixo.
	
	Desenvolveu no Brasil uma indústria bélica para abastecer os aliados.
	
	Desenvolveu no Brasil uma indústria de base, com intuito de fornecer máquinas para os países aliados.
Pode ser apontado como um importante laço entre a economia cafeeira e a indústria durante a Primeira República:
	
	O mercado consumidor externo que se beneficiava tanto da exportação de café quanto de bens industrializados a preços baixos.
	
	O trabalho compulsório de ex-escravos submetidos à intensa exploração de sua mão-de-obra.
	
	A Política dos Governadores que tendia a favorecer tanto a produção industrial, quanto a produção agrícola.
	
	A formação de uma legislação trabalhista que regulamentavao trabalho nas zonas rurais e na indústria.
	 
	Os trabalhadores imigrantes que foram importantes para formação do mercado consumidor e fundamentais para a formação de um mercado de trabalho.
Embora o café figurasse com o mais importante produto de exportação até 1930, ele passou por sucessivas crises de superprodução desde 1896. Sobre a política econômica relacionada ao café, apenas NÃO podemos afirmar que:
	
	a "política de valorização do café" também é conhecida como "socialização das perdas", porque o excedente de café era comprado com verbas públicas.
	
	o negócio do café continuou atrativo para os cafeicultores, uma vez que o governo lhes forneceu o subsídio para enfrentar suas crises.
	 
	as medidas propostas pelo Convênio de Taubaté não surtiram o efeito desejado, pois os presidentes da República não aceitaram colocar o acordo em prática.
	
	o Convênio de Taubaté, criado em 1906, teve como objetivo criar uma política oficial de proteção dos preços do café.
	
	a "política de valorização do café" consistia na compra do excedente de café pelo governo, com a finalidade de impedir que os preços do produto despencassem.
	
	
Com relação às transformações socioeconômicas ocorridas na Primeira Republica, leia, com atenção, as afirmativas abaixo:
Com a Primeira Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes para o Brasil aumentou consideravelmente, havendo uma diminuição nesse fluxo após o fim do conflito.
A imigração em massa foi um dos principais fatores responsáveis pelas transformações sociais e econômicas que caracterizaram os primeiros anos de vida da República brasileira.
O Brasil, junto com os Estados Unidos e a Argentina, foi o principal receptor de europeus e asiáticos que vieram para as Américas em busca de melhores condições de trabalho e ascensão social.
De acordo com os dados apresentados pelo historiador Boris Fausto, cerca de 2,8 milhões de estrangeiros entraram no Brasil entre 1889 e 1930.
Assinale, abaixo, a opção que indica as afirmativas corretas.
	
	As afirmativas I e III estão corretas.
	
	As afirmativas I, II e III estão corretas.
	
	As afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	As afirmativas I e II estão corretas.
	 
	As afirmativas II, III e IV estão corretas.
A Primeira República foi marcada pela hegemonia da elite cafeeira na política nacional. A respeito do desenvolvimento industrial neste período podemos afirmar:
	 
	A ênfase dada à cafeicultura durante a Primeira República não pode ser considerada como obstáculo ao desenvolvimento da indústria. Possibilitou acúmulo de capital pela elite cafeeira e sua diversificação em outras formas de capital, como o bancário e o comercial, que foram necessários para o desenvolvimento da indústria.
	
	Somente com a Primeira Guerra Mundial (1914-19178) a indústria nacional pode se desenvolver e ocupar espaço no mercado interno. A escassez de produtos importados da Europa favoreceu a produção local.
	
	A política de valorização do café implementada por consecutivos governos foi um obstáculo ao desenvolvimento da indústria nacional. Diante da falta de investimento ou qualquer tipo de incentivo não ocorreu a formação de indústrias.
	
	A concentração de mão-de-obra nas zonas rurais, principalmente nas zonas produtoras de café para exportação, impediu o desenvolvimento da indústria nacional, principalmente em São Paulo.
	 
	As indústrias de base (ligadas à extração de matérias primas da natureza) vinham tendo um bom desempenho devido ao fluxo continuo de capitais oriundos dos lucros do café exportado, atravessou grandes dificuldades devido à crise de abastecimento mundial em decorrência da I Guerra Mundial.
	
	
O chamado Convênio de Taubaté foi uma reunião entre os presidentes dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo para resolver problemas relacionados:
	
	Ao apoio dos presidentes desses três estados, dentro do espírito da Politica de Governadores, à celebração do empréstimo (funding loan) com a Inglaterra.
	
	À negociação do presidente da República, Campos Sales, com esses estados para obter deles apoio político.
	
	A Política dos Governadores idealizada pelo presidente Campos Sales.
	 
	A um plano para Valorização do Café cujas cotações estavam em queda devido à superprodução.
	
	Ao armistício para acabar com a revolta envolvendo Federalistas e Republicanos no Rio Grande do Sul.

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