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República do Brasil 1889-1904: República da Espada. 1894-1930: República Oligárquica (República do Café-Com-Leite) A República do Brasil foi relevante para a afirmação de direitos, pelo início da distinção das esferas públicas e privadas, reconhecimento da cidadania, diversos movimentos sociais no campo e modernização na sociedade. República da Espada Proclamação da República: 15 de novembro de 1889 (realizada através de um golpe militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca – teve apoio dos cafeicultores e de intelectuais de orientação positivista). Os interesses continuaram restritos a um pequeno grupo privilegiado. A imagem da República: Diferentes pontos importantes das cidades brasileiras tiveram os seus nomes alterados. Imagens de Dom Pedro II impressas no papel- moeda também foram retiradas. Houve um esforço para consagrar a figura de Tiradentes (“Tiradentes, que perdeu a vida por um ideal: o Brasil independente” ). Grupos políticos: CAFEICULTORES EXÉRCITO JACOBINOS Liberalismo Descentralização Agrário- exportador Democracia de fechada Modelos federalistas Positivista Industriali- zação Autoritário Interven- ção Centraliza- ção Industrializa- ção Propostas populares Liberdade Participação popular Democracia Governo Provisório (1889-1891): Deodoro da Fonseca foi proclamado presidente provisório do Brasil. Exército foi um dos condutores desse projeto. CONSTITUIÇÃO DE 1891 República Presidencialista e Federalista. Voto universal, masculino, aberto, a partir dos 21 anos. Separação dos 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Autonomia dos estados. Poder Moderador foi extinto. Separação Estado e Igreja. Primeiro presidente e vice seriam eleitos indiretamente. Disposições transitórias – algumas leis não precisavam ser cumpridas desde que houvesse justificativas que manteriam a ordem e a manutenção do regime. Vice-presidente deveria ocupar o cargo máximo da República em caso de ausência do chefe eleito. Constituição contemplou os interesses das elites agrárias. O GOVERNO DE DEODORO DA FONSECA (1891) Presidente: Deodoro da Fonseca x Prudente de Morais. Vice-presidente: Floriano Peixoto (oposição à chapa de Deodoro). Nomeou o intelectual Rui Barbosa (jacobino) como Ministro da Fazenda. Liberou empréstimos para projetos industriais. Política protecionista. Encareceu os produtos importados incentivando o consumo de produtos nacionais. Expandiu a emissão de papel-moeda (gerou grande inflação). Falta de fiscalização e regulamentação do Estado nas atividades especulativas. Crise econômica que ficou conhecida como Encilhamento. Legislativo tentava a todo o momento limitar o poder do presidente por meio de um projeto denominado Lei das Responsabilidades. Em resposta, Deodoro ordenou o fechamento do Congresso Nacional e decretou estado de sítio (aumentavam os poderes do presidente em relação ao Legislativo e ao Judiciário). Deodoro queria instalar uma Ditadura do país. Perde apoio de todos. A revolta da Armada, comandada pelo almirante Custódio de Melo, foi o estopim da renúncia, Deodoro abandona e Floriano Peixoto assume. O GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO (1891-1894) Centralização. Intervenções estaduais. Conflitos centrados entre o poder Federal e Estadual. Governo teve apoio de positivistas e jacobinos. Teve, como opositores, cafeicultores e ingleses. Opositores tentam derrubá-lo e utilizam o argumento legal. Segunda Revolta da Armada *Estimulado pelo sucesso da primeira, o almirante Custódio de Melo ameaçou bombardear o RJ caso o presidente não renunciasse. *A Revolta expressava o descontentamento de muitos oficiais da Marinha, saudosos da Monarquia. *Floriano resistiu: RJ foi palco de troca de tiros entre navios dos insurgentes da Revolta e a baterias de terra fiéis a Floriano. Revolução Federalista *Conflito regional que adquire caráter nacional em 1894. *Partido Republicano Riograndense (positivistas, castilhistas, classe média + colonos) conhecidos como pica-paus. Tinham o apoio de Floriano Peixoto. Forma-se a brigada militar do RS. *Partido Federal/Federalista (parlamentarista, gaspardistas, pecuaristas) conhecido como maragatos. Era liderado por Silveira Martins. Tinham apoio dos rebeldes da Armada. Defendiam a descentralização. *Conflito tomou proporções por todo o sul do país. Floriano consegue conter. Em meio à pacificação. Prudente de Morais (cafeicultor) é eleito das eleições diretas. Inicia- se um longo controle do PRP no Brasil. República Oligárquica POLÍTICA Oligarquia – poder na mão de poucos. Com a vitória de Prudente de Moraes, instalou- se o governo civil da República. Ascensão do Partido Republicano Paulista. Esforço em pacificar os conflitos do país. Garantir os interesses da elite cafeicultora de São Paulo. Indústria deixada em segundo plano. Modelo agroexportador. O poder político foi monopolizado pelas poderosas oligarquias agrárias (pequenos grupos de grandes proprietários que controlavam o poder em escala municipal, estadual e federal). O federalismo acarretou no surgimento de partidos estaduais. O poder político estadual era monopolizado pelos partidos estaduais. Os estados tinham destacada autonomia política para governar. Aprovava leis estaduais. Estabelecia cobranças de impostos. Próprio código de justiça. Os pleitos eram convocados e conduzidos pelos chefes e cada estado da federação. As oligarquias agrárias, lideradas por SP e MG, estabeleceram um regime de alianças políticas que garantiram a elas o acesso às instituições administrativas do país. No interior do país, a situação continuava inalterada: populações excluídas da vida econômica sem acesso a terras e empregos. A POLÍTICA DOS GOVERNADORES Respeitar o poder das oligarquias locais e unificar os interesses das diversas elites regionais em torno de um único projeto político e econômico. Procurou reduzir ao máximo as disputas políticas dentro dos estados. Dessa forma, as unidades da federação deveriam agir coesas e em harmonia com as decisões do poder central. As fraudes eleitorais eram frequentes. Eleição de “bico de pena” – prática da manipulação feita pelas mesas eleitorais, como a falsificação de assinaturas e adulteração das cédulas eleitorais. Eleição da “degola” – não reconhecimento do eleito pela Comissão Verificadora de Poderes. Voto de Cabresto – coronel controlava os eleitores em sua área de influência, garantindo os votos por meio da intimidação dos eleitores, roubo, troca de urnas e falsificação do título de eleitor. CORONEALISMO O coronel exercia o poder militar e político em sua área de atuação. Era uma presença de uma figura patriarcal, referência em ordem e poder. Pratica do clientelismo – manipulação de votos e fraudes eleitorais por meio do controle sobre as populações locais. Incluía uma rede de privilégios garantidos por meio das relações de cordialidade entre determinados indivíduos e os chefes locais. “Para ter acesso a cargos, privilégios e vantagens, era necessário aliar-se ao coronel”. Os coronéis dependiam do presidente do estado para legitimar seu poder, possibilitando de proporcionar muitos benefícios esperados pelos eleitores. O coronel era o elo entre o poder estadual e a sua localidade. A POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE: Comissão Verificadora de Poderes – fiscalização das dinâmicas eleitorais, aprovava os candidatos, contava os votos e concedia o diploma eleitoral aos candidatos vencedores. Ações arbitrárias. Sem fiscalização adequada. Os candidatos só eram reconhecidos se aprovados pelo chefe do Executivo. Por terem significativo poderregional, os governadores aceitariam com mais facilidade uma aliança que se formou entre dois partidos: Partido Republicano Paulista e Partido Republicano Mineiro. Paulistas e mineiros tornaram-se a supremacia política na presidência da República – revezando o cargo máximo numa política conhecida como “café com leite”. Consequências: A política dos governadores garantiu a manutenção dos interesses políticos e econômicos das elites agrárias através do voto de cabresto, das alianças política e da fraude eleitoral. Interesse econômico e político na mão de um pequeno grupo de latifundiários. Convênio de Taubaté (1906) – estabelecia a compra de excedentes da produção de café pelo governo, enquanto medidas sociais fundamentais, como a reforma agrária, eram ignoradas, evidenciando o caráter exclusivamente oligárquico do governo. ECONOMIA Modelo exportador de matérias primas. A expansão do comércio internacional, aumento da população mundial, industrialização e desenvolvimento dos transportes favoreciam o modelo exportador de matérias-primas. Escravidão + fluxos de imigrantes contribuíram para o crescimento da economia nacional. Situação do BR: Produções de gêneros alimentícios para consumo interno caíram. Endividamento externo (déficit público) por conta dos gastos militares + crédito externo. Encilhamento. Campos Sales buscou renegociar a divida externa, porém o governo iriam contrair mais dívidas futuramente. Não pagar juros por 3 anos. Não pagar prestações por 11 anos Funde todas as dívidas numa única. Prazo de 63 anos para pagar. Fez novo empréstimo. Medidas tomadas por Campos Sales: Equilibrou as contas públicas contento os gastos. Aumentou os impostos. Retirou a circulação da moeda (visando a valorização). Os setores internos da economia, como comércio e indústria, passaram por dificuldades significativas, o que colaborou para baixos níveis de crescimento econômico. O café Principal produto da agricultura brasileira. 70% da exportação. Atividade cafeeira sempre foi marcada por crises. Aumento da procura internacional -> elevação da exportação -> aumento do preço da safra -> aumento da produção. Diante da superprodução, os preços caíram, levando a uma crise econômica. 1895: queda radical dos preços internacionais. Em 1906, cria-se o Convênio de Taubaté (governadores de MG, SP e RJ). Primeira intervenção estatal para a valorização de um produto nacional. Garantia de preços mínimos para os cafeicultores. Organização de serviços permanentes de programas de café. Impostos elevados para dificultar o surgimento de novos cafeicultores. Compra a retenção, pelo governo, dos excedentes de produção para impedir a queda dos preços. Destrói parte dos estoques. Socialização das perdas – privatizações dos lucros. No entanto, a queda da procura pelo café brasileiro, por conta da 1º Guerra Mundial, provocou uma nova crise. Em 1920, com a Queda da Bolsa de Valores de NY, afetaram a economia do café, pois diminuiu a procura externa desse produto. Então, era necessário garantir uma certa estabilidade no país, conciliando diversos interesses, atraindo investimentos estrangeiros e cuidando da questão da divida externa. A borracha O crescimento da indústria automobilística fez com que a borracha fosse um dos principais produtos de exportação do BR. Matéria-prima da borracha: látex, extraído das seringueiras (árvores típicas da Floresta Amazônica). Por conta da borracha, houve uma intensa migração para a região Norte e, a mesma, teve diversos avanços na construção de meios de transporte, linhas elétricas, água encanada e etc. No entanto, não houve uma diversificação das atividades econômicas (centrada só na borracha) e as relações sociais de exploração dos seringueiros foram constantes. No fim do século XIX, os ingleses levaram mudas de seringueiras para o Ceilão e Cingapura. Desastroso pra economia brasileira. Em 1919: produção de borracha foi de 423 mil toneladas (34 mil toneladas do BR). Tratado de Petrópolis: Em busca das seringueiras, áreas desocupadas na Amazônia começaram a ser ocupadas no território boliviano. Gera atritos BR x Bolivianos. Assinam o tratado de Petrópolis: Brasil anexaria o território do Acre. Brasil pagaria uma indenização e 2 milhões de libras para a Bolívia. O Brasil teria que construir uma ferrovia ligando a fronteira entre os dois países. A construção da ferrovia era uma oportunidade de colocar em prática o projeto modernizador da República. As dificuldades para a construção foram inúmeras: Instabilidade do terreno. Epidemias que devastaram a mão de obra. Indústria na Primeira República Pouco investimento nas indústrias. Entre 1914-1918: surto industrial brasileiro. Por conta da Primeira Guerra, e a falta de bens de consumo, teve um evidente crescimento das indústrias (principalmente têxtil). Houve o crescimento da classe operária (trabalhadores portugueses, imigrantes italianos e espanhóis). Aumento da carga horária de trabalho = não aumento ou salários. Teorias socialistas e comunistas foram empregadas e ocasionaram a Greve Geral de 1917. Em 1920, surgiram a Siderúrgica Belgo-Mineira (MG) e Companhia de Cimento Portland (SP). Diante da crise do capitalismo e a falta de incentivo à industrialização, essas empresas não se sustentaram. POPULAÇÃO E SOCIEDADE Crescimento acelerado com elevada taxa de natalidade (+ entrada de imigrantes) e elevada mortalidade. Estrangeiros viviam majoritariamente no ambiente rural. Maiores cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife. Taxa de crescimento urbano acelerava-se = processo de urbanização. A economia urbana girava em torno de atividades comerciais e serviços (economia agrário-exportadora). Economia brasileira ainda era baseada na produção do campo. Escravos libertos – chegavam nas cidades e formavam um expressivo contingente populacional marginalizado s/ educação básica e condições de ascensão econômica. Ademais, tinham como concorrentes no mercado os imigrantes que, muitas vezes, tinham um maior prestígio social. “Não era raro que, nas cidades, os imigrantes competissem com ex-escravos por trabalho pouco qualificado”. População negra – forte preconceito por conta da propagação de teorias racistas + preconceito contra ex-escravos. Existia uma tentativa de apagar da memória o contingente negro. Indígenas – intenso debate sobre a catequese, extermínio e proteção oficial. Grupos republicanos rejeitavam a catequese. Em 1910, foi criado o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) com o objetivo de oferecer assistência e proteção a essa população. Houve avanços significativos no que se refere à repressão à violência contra indígenas. Por outro lado, houve uma postura decididamente paternalista, considerando que o indígena encontrava-se em um estágio inferior de civilização e, como tal, deveria ser protegido. Deveria ser ensinado e “civilizado”. Modernização e urbanização: Mentalidade da modernização a qualquer custo era visível na tentativa de apagar o passado monárquico escravista. Tal iniciativa resultava na radicalização da exclusão social ou até na transformação do avanço tecnológico em repressão policial e militar. A implantação dos telégrafos e das ferrovias era vista como uma forma de concretizar a modernização. Estações ferroviárias eram construídas como monumentos. Linhas férreas e telegráficas passaram a avançar em direção ao “sertão intocado”. Minas Gerais – foi construída a planejada cidade de Belo Horizonte para funcionar como capital no lugar da antiga e colonial Ouro Preto. O DECLÍNIO DA PRIMEIRA REPÚBLICA O interesse das oligarquias,o “voto de cabresto” e participação restrita da sociedade nas eleições deixava insatisfeita a maior parte da sociedade. O descontentamento dos grupos fora da política café com leite conduziu ao rompimento do pacto político, originando as oligarquias dissidentes (grupos políticos estaduais que estavam na oposição da política do café com leite). Situação do Brasil: Primeira Guerra impulsionou o desenvolvimento industrial brasileiro, reduzindo a oferta de itens exportáveis. Desvalorização cambial da moeda que contribuiu para diminuir a concorrência estrangeira. Brasil passou a produzir bens de consumo não duráveis. Capital proveniente da cafeicultura privilegiava os interesses da lavoura. Comerciante e imigrantes enriquecidos se voltaram para a atividade industrial, integrando o quadro da burguesia industrial nacional. A existência da burguesia industrial representava uma alternativa política para o monopólio do poder exercido pelas monarquias. Novos grupos políticos (burguesia, classe média, operariado e oligarquias dissidentes) estavam dispostos a apoiar um novo projeto político. Os primeiros abalos nas alianças oligárquicas: Campanha Civilista – movimento da classe média urbana que se contrapôs aos interesses agrários. Foi encabeçado por Rui Barbosa na disputa presidencial (perdeu). Entretanto, conseguiu uma parcela significativa de fotos. Pinheiro Machado e Borges de Medeiros fundaram o Partido Republicano Conservador, no RS. Em pouco tempo, o PRC já controlava vários estados e surgiu como uma alternativa contra as oligarquias paulistas e mineiras. Nas eleições de 1910, os mineiros aceitaram a aproximação dos gaúchos. Para os paulistas, isso foi uma traição. O governo de Hermes da Fonseca foi marcado por disputas políticas entre as oligarquias. Para ele governar, precisava do apoio do Legislativo (maioria PRC), chefiado por Pinheiro Machado. Política da Salvação – Hermes da Fonseca iniciou uma serie de intervenções militares em vários estados controlados pelo PCR para que pudesse substituir a oligarquia local por uma que apoiasse o Governo Federal. Revolta do Juazeiro (1914) 1913 – Pinheiro Machado restabelece maioria PRC no congresso. No Ceará, o estado era comandado pela tradicional família oligárquica dos Accioli. No entanto, o militar Franco Rabelo, apoiando-se na Política de Salvação, foi nomeado interventor do estado cearense. Diante disso, o prefeito de Juazeiro do Norte se recusou a aceitar as determinações do novo governo e reagiu com ataques militares à região. No final do mandato de Hermes da Fonseca, SP e MG restabeleceram a aliança do café-com- leite, o que enfraqueceu o grupo político de Pinheiro Machado. Com o tempo, concluiu-se que a estabilidade política pretendida por Campos Sales, quando propôs a Política dos Governadores, além dos abalos sofridos durante o governo de Hermes da Fonseca, na década de 1920, estava bastante desgastada, o que possibilitou a ascensão de novos grupos políticos. Semana da Arte Moderna de 1922: Os anos 1920 inauguraram uma agenda de transformações no país. Naquele momento, generalizou-se a crítica às estruturas políticas da República Brasileira, ao mesmo tempo que se projetou um país moderno. O Tenentismo (1922-1927): Questionava as estruturas do Estado. Os oficiais, em sua maioria tenentes, pretendiam, por meio da luta armada, promover reformas no sistema republicano. Com o contexto da Primeira Guerra Mundial, surgiam novas transformações técnicas (armas e tanques) que empunhavam uma maior profissionalização às novas gerações de oficiais. Descontentamento do Exército com o abandono em que o governo oligárquico teve com eles. Diante disso, os tenentes almejavam um processo revolucionário para livrar as forças armadas da influência dos oligárquicos. Moralização da administração pública. Voto secreto. Fim da corrupção. Maior centralidade política eliminando o poder das oligarquias e dos coronéis. Ensino gratuito e obrigatório a todos. Dessa forma, as revoltas tenentistas passaram a representar o principal elemento de ameaça ao regime oligárquico na década de 20. Os lemas da representação e da justiça conseguiram a simpatia das camadas médias, que buscavam maior participação política. A REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA - 1922 Os revoltosos tomaram o Forte de Copacabana, no RJ, e atacaram o quartel- general do Exército. Decididos a morrer pela causa que defendiam, 17 oficiais e um civil deixaram o forte e marcharam para o confronto com as tropas governamentais. Apenas 2 sobreviveram. Embora derrotados, os 18 do forte de Copacabana passaram a ser admirados por jovens como mártires revolucionários. REVOLUÇÃO PAULISTA – 1924 Almejava uma dimensão nacional, mas ficou centrada em SP, RS e AM. Os revoltosos tomaram pontos estratégicos da cidade e criticavam o governo do presidente Arthur Bernardes, exigindo a formação de um governo provisório, uma nova Constituição e a adoção do voto secreto. COLUNA PRESTES – 1925-1927 Os paulistas alinharam-se com outra força tenentista, chefiada por Luiz Carlos Prestes (cavaleiro da esperança). Atravessaram 12 estados brasileiros tentando convencer as pessoas a aderirem à revolução. O grande feito do Prestes foi manter a Coluna ativa, invencível e capaz de sobreviver às privações de uma campanha desgastante. No inicio de 1927, as ultimas lideranças do movimento refugiaram- se na Bolívia. Artur Bernardes reagiu às manifestações com medidas autoritárias. Decretação quase constante de estado de sítio. Restrições à liberdade de imprensa. Reforma constitucional de 1926. REVOLUÇÃO DE 1930 Razões para o fim da Primeira República: Surgimento das oligarquias dissidentes. Tenentismo. Acelerado crescimento urbano. Crescente presença do operariado. Mudança na mentalidade das camadas médias da sociedade. Semana da Arte Moderna. Crise e 29. Em outubro de 1929, as atividades cafeeiras entraram em colapso. Os efeitos da crise de 29 no Brasil acarretaram em mudanças drásticas nas estruturas econômicas, políticas e sociais. Acirraram-se as rivalidades oligárquicas. 1926 – foi fundado o Partido Democrático, que representava os interesses da burguesia industrial e das camadas médias dos principais centros urbanos. Defendiam o voto secreto, o voto feminino e a garantia de diretos aos trabalhadores (férias e aposentadoria). ELEIÇÕES DE 1930 Essa eleição foi marcada pela ruptura do pacto entre paulistas e mineiros. O presidente Washington Luís, em vez de indicar o governador de Minas, Antônio Carlos Andrada, decidiu apoiar a candidatura do governador paulista, Júlio Prestes. Os mineiros, então, participaram da Aliança Liberal, formado por oligarquias dissidentes, pelo partido Democrático. Lançou o candidato Getúlio Vargas e de João Pessoa para vice. Foi a eleição mais concorrida da República. Porém, com as máquinas de fraude o governador paulista Júlio Prestes foi eleito. Aliança liberal tenta organizar um levante armado contra o governo, com líderes do tenentismo. Em 26/07/1930, João Pessoa é morto. O crime foi por disputas locais paraibanas. No entanto, causou uma comoção popular e serviu de estopim para o movimento revolucionário de 1930. Revolução de 30 inicia-se em MG e RS e avançaram para São Paulo. A revolução tomou os estados do Nordeste também. Diante disso, os militares, no RJ, depuseram o presidente Washington Luís e o futuro presidente Júlio Prestes, exilando-se nos EUA. Encerrava-se, assim, a Primeira República, junto com a supremacia paulista. Vargas conseguiu unir em torno de seu nome os setores urbanos do país: a burguesia, parte da classe média e setores do operariado.Além disso, dialogava muito bem com as oligarquias dissidentes. O novo presidente trazia consigo as tradições agrárias e oligárquicas, ao mesmo tempo em que se apresentava com um projeto modernista. A um intenso debate sobre atribuir o nome de REVOLUÇÃO ou GOLPE de 1930. OBS: Novamente, não houve participação efetiva das camadas populares no processo político de 30 e também não evidenciaram lideranças políticas populares na elaboração do novo projeto de Estado para o país. No entanto, a Revolução/Golpe de 30 promoveu uma mudança na base social brasileira, pois até então, o poder exercido era voltado para a aristocracia rural escravocrata. Agora, o novo governo representava diferentes camadas sociais. A “Revolução de 30” rompeu com a institucionalidade política do país, cancelou a Constituição de 1891, fechou o Legislativo, destituiu praticamente todos os governadores dos estados e, consequentemente, assumiu uma agenda reformista que impactou significativamente a história do BRA.
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