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Resumo História - República do Brasil

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República do Brasil 
1889-1904: República da Espada. 
1894-1930: República Oligárquica (República do 
Café-Com-Leite) 
A República do Brasil foi relevante para a 
afirmação de direitos, pelo início da distinção 
das esferas públicas e privadas, 
reconhecimento da cidadania, diversos 
movimentos sociais no campo e modernização 
na sociedade. 
República da Espada 
Proclamação da República: 15 de novembro de 
1889 (realizada através de um golpe militar 
chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca – 
teve apoio dos cafeicultores e de intelectuais 
de orientação positivista). 
Os interesses continuaram restritos a um 
pequeno grupo privilegiado. 
A imagem da República: 
Diferentes pontos importantes das cidades 
brasileiras tiveram os seus nomes alterados. 
Imagens de Dom Pedro II impressas no papel-
moeda também foram retiradas. 
Houve um esforço para consagrar a figura de 
Tiradentes (“Tiradentes, que perdeu a vida por 
um ideal: o Brasil independente” ). 
 Grupos políticos: 
CAFEICULTORES EXÉRCITO JACOBINOS 
Liberalismo 
Descentralização 
Agrário-
exportador 
Democracia de 
fechada 
Modelos 
federalistas 
Positivista 
Industriali-
zação 
Autoritário 
Interven- 
ção 
Centraliza-
ção 
Industrializa- 
ção 
Propostas 
populares 
Liberdade 
Participação 
popular 
Democracia 
 
Governo Provisório (1889-1891): 
Deodoro da Fonseca foi proclamado 
presidente provisório do Brasil. 
Exército foi um dos condutores desse projeto. 
CONSTITUIÇÃO DE 1891 
 República Presidencialista e Federalista. 
 Voto universal, masculino, aberto, a 
partir dos 21 anos. 
 Separação dos 3 poderes (Executivo, 
Legislativo e Judiciário). 
 Autonomia dos estados. 
 Poder Moderador foi extinto. 
 Separação Estado e Igreja. 
 Primeiro presidente e vice seriam 
eleitos indiretamente. 
 Disposições transitórias – algumas leis 
não precisavam ser cumpridas desde 
que houvesse justificativas que 
manteriam a ordem e a manutenção do 
regime. 
 Vice-presidente deveria ocupar o cargo 
máximo da República em caso de 
ausência do chefe eleito. 
Constituição contemplou os interesses das 
elites agrárias. 
O GOVERNO DE DEODORO DA 
FONSECA (1891) 
Presidente: Deodoro da Fonseca x Prudente de 
Morais. 
Vice-presidente: Floriano Peixoto (oposição à 
chapa de Deodoro). 
Nomeou o intelectual Rui Barbosa (jacobino) 
como Ministro da Fazenda. 
 Liberou empréstimos para projetos 
industriais. 
 Política protecionista. 
 Encareceu os produtos importados 
incentivando o consumo de produtos 
nacionais. 
 Expandiu a emissão de papel-moeda 
(gerou grande inflação). 
 Falta de fiscalização e regulamentação 
do Estado nas atividades especulativas. 
 Crise econômica que ficou conhecida 
como Encilhamento. 
Legislativo tentava a todo o momento limitar o 
poder do presidente por meio de um projeto 
denominado Lei das Responsabilidades. 
Em resposta, Deodoro ordenou o fechamento 
do Congresso Nacional e decretou estado de 
sítio (aumentavam os poderes do presidente 
em relação ao Legislativo e ao Judiciário). 
Deodoro queria instalar uma Ditadura do país. 
Perde apoio de todos. 
A revolta da Armada, comandada pelo 
almirante Custódio de Melo, foi o estopim da 
renúncia, Deodoro abandona e Floriano 
Peixoto assume. 
O GOVERNO DE FLORIANO 
PEIXOTO (1891-1894) 
Centralização. 
Intervenções estaduais. 
Conflitos centrados entre o poder Federal e 
Estadual. 
Governo teve apoio de positivistas e jacobinos. 
Teve, como opositores, cafeicultores e ingleses. 
Opositores tentam derrubá-lo e utilizam o 
argumento legal. 
Segunda Revolta da Armada 
*Estimulado pelo sucesso da primeira, o 
almirante Custódio de Melo ameaçou 
bombardear o RJ caso o presidente não 
renunciasse. 
*A Revolta expressava o descontentamento 
de muitos oficiais da Marinha, saudosos da 
Monarquia. 
*Floriano resistiu: RJ foi palco de troca de tiros 
entre navios dos insurgentes da Revolta e a 
baterias de terra fiéis a Floriano. 
 
Revolução Federalista 
*Conflito regional que adquire caráter 
nacional em 1894. 
*Partido Republicano Riograndense 
(positivistas, castilhistas, classe média + 
colonos) conhecidos como pica-paus. Tinham 
o apoio de Floriano Peixoto. Forma-se a 
brigada militar do RS. 
*Partido Federal/Federalista (parlamentarista, 
gaspardistas, pecuaristas) conhecido como 
maragatos. Era liderado por Silveira Martins. 
Tinham apoio dos rebeldes da Armada. 
Defendiam a descentralização. 
*Conflito tomou proporções por todo o sul do 
país. Floriano consegue conter. 
 
Em meio à pacificação. Prudente de Morais 
(cafeicultor) é eleito das eleições diretas. Inicia-
se um longo controle do PRP no Brasil. 
República Oligárquica 
POLÍTICA 
Oligarquia – poder na mão de poucos. 
Com a vitória de Prudente de Moraes, instalou-
se o governo civil da República. 
 Ascensão do Partido Republicano 
Paulista. 
 Esforço em pacificar os conflitos do país. 
 Garantir os interesses da elite 
cafeicultora de São Paulo. 
 Indústria deixada em segundo plano. 
 Modelo agroexportador. 
O poder político foi monopolizado pelas 
poderosas oligarquias agrárias (pequenos 
grupos de grandes proprietários que 
controlavam o poder em escala municipal, 
estadual e federal). 
O federalismo acarretou no surgimento de 
partidos estaduais. 
O poder político estadual era monopolizado 
pelos partidos estaduais. 
Os estados tinham destacada autonomia 
política para governar. 
 Aprovava leis estaduais. 
 Estabelecia cobranças de impostos. 
 Próprio código de justiça. 
 Os pleitos eram convocados e 
conduzidos pelos chefes e cada estado 
da federação. 
As oligarquias agrárias, lideradas por SP e MG, 
estabeleceram um regime de alianças políticas 
que garantiram a elas o acesso às instituições 
administrativas do país. 
No interior do país, a situação continuava 
inalterada: populações excluídas da vida 
econômica sem acesso a terras e empregos. 
A POLÍTICA DOS GOVERNADORES 
Respeitar o poder das oligarquias locais e 
unificar os interesses das diversas elites 
regionais em torno de um único projeto 
político e econômico. 
Procurou reduzir ao máximo as disputas 
políticas dentro dos estados. Dessa forma, as 
unidades da federação deveriam agir coesas e 
em harmonia com as decisões do poder 
central. 
As fraudes eleitorais eram frequentes. 
 Eleição de “bico de pena” – prática da 
manipulação feita pelas mesas 
eleitorais, como a falsificação de 
assinaturas e adulteração das cédulas 
eleitorais. 
 Eleição da “degola” – não 
reconhecimento do eleito pela 
Comissão Verificadora de Poderes. 
 Voto de Cabresto – coronel controlava 
os eleitores em sua área de influência, 
garantindo os votos por meio da 
intimidação dos eleitores, roubo, troca 
de urnas e falsificação do título de 
eleitor. 
CORONEALISMO 
O coronel exercia o poder militar e político em 
sua área de atuação. Era uma presença de uma 
figura patriarcal, referência em ordem e poder. 
Pratica do clientelismo – manipulação de votos 
e fraudes eleitorais por meio do controle sobre 
as populações locais. Incluía uma rede de 
privilégios garantidos por meio das relações de 
cordialidade entre determinados indivíduos e 
os chefes locais. “Para ter acesso a cargos, 
privilégios e vantagens, era necessário aliar-se 
ao coronel”. 
Os coronéis dependiam do presidente do 
estado para legitimar seu poder, possibilitando 
de proporcionar muitos benefícios esperados 
pelos eleitores. 
O coronel era o elo entre o poder estadual e a 
sua localidade. 
A POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE: 
Comissão Verificadora de Poderes – 
fiscalização das dinâmicas eleitorais, aprovava 
os candidatos, contava os votos e concedia o 
diploma eleitoral aos candidatos vencedores. 
Ações arbitrárias. Sem fiscalização adequada. 
Os candidatos só eram reconhecidos se 
aprovados pelo chefe do Executivo. 
Por terem significativo poderregional, os 
governadores aceitariam com mais facilidade 
uma aliança que se formou entre dois partidos: 
Partido Republicano Paulista e Partido 
Republicano Mineiro. 
Paulistas e mineiros tornaram-se a supremacia 
política na presidência da República – 
revezando o cargo máximo numa política 
conhecida como “café com leite”. 
Consequências: 
A política dos governadores garantiu a 
manutenção dos interesses políticos e 
econômicos das elites agrárias através do voto 
de cabresto, das alianças política e da fraude 
eleitoral. 
Interesse econômico e político na mão de um 
pequeno grupo de latifundiários. 
Convênio de Taubaté (1906) – estabelecia a 
compra de excedentes da produção de café 
pelo governo, enquanto medidas sociais 
fundamentais, como a reforma agrária, eram 
ignoradas, evidenciando o caráter 
exclusivamente oligárquico do governo. 
ECONOMIA 
Modelo exportador de matérias primas. 
A expansão do comércio internacional, 
aumento da população mundial, 
industrialização e desenvolvimento dos 
transportes favoreciam o modelo exportador 
de matérias-primas. 
Escravidão + fluxos de imigrantes contribuíram 
para o crescimento da economia nacional. 
Situação do BR: 
 Produções de gêneros alimentícios para 
consumo interno caíram. 
 Endividamento externo (déficit público) 
por conta dos gastos militares + crédito 
externo. 
 Encilhamento. 
Campos Sales buscou renegociar a divida 
externa, porém o governo iriam contrair mais 
dívidas futuramente. 
 Não pagar juros por 3 anos. 
 Não pagar prestações por 11 anos 
 Funde todas as dívidas numa única. 
 Prazo de 63 anos para pagar. 
 Fez novo empréstimo. 
Medidas tomadas por Campos Sales: 
 Equilibrou as contas públicas contento 
os gastos. 
 Aumentou os impostos. 
 Retirou a circulação da moeda (visando 
a valorização). 
Os setores internos da economia, como 
comércio e indústria, passaram por 
dificuldades significativas, o que colaborou 
para baixos níveis de crescimento econômico. 
O café 
Principal produto da agricultura brasileira. 
70% da exportação. 
Atividade cafeeira sempre foi marcada por 
crises. 
Aumento da procura internacional -> elevação 
da exportação -> aumento do preço da safra -> 
aumento da produção. 
Diante da superprodução, os preços caíram, 
levando a uma crise econômica. 
1895: queda radical dos preços internacionais. 
Em 1906, cria-se o Convênio de Taubaté 
(governadores de MG, SP e RJ). Primeira 
intervenção estatal para a valorização de um 
produto nacional. 
 Garantia de preços mínimos para os 
cafeicultores. 
 Organização de serviços permanentes 
de programas de café. 
 Impostos elevados para dificultar o 
surgimento de novos cafeicultores. 
 Compra a retenção, pelo governo, dos 
excedentes de produção para impedir a 
queda dos preços. 
 Destrói parte dos estoques. 
Socialização das perdas – privatizações dos 
lucros. 
No entanto, a queda da procura pelo café 
brasileiro, por conta da 1º Guerra Mundial, 
provocou uma nova crise. 
Em 1920, com a Queda da Bolsa de Valores de 
NY, afetaram a economia do café, pois 
diminuiu a procura externa desse produto. 
Então, era necessário garantir uma certa 
estabilidade no país, conciliando diversos 
interesses, atraindo investimentos estrangeiros 
e cuidando da questão da divida externa. 
A borracha 
O crescimento da indústria automobilística fez 
com que a borracha fosse um dos principais 
produtos de exportação do BR. 
Matéria-prima da borracha: látex, extraído das 
seringueiras (árvores típicas da Floresta 
Amazônica). 
Por conta da borracha, houve uma intensa 
migração para a região Norte e, a mesma, teve 
diversos avanços na construção de meios de 
transporte, linhas elétricas, água encanada e 
etc. 
No entanto, não houve uma diversificação das 
atividades econômicas (centrada só na 
borracha) e as relações sociais de exploração 
dos seringueiros foram constantes. 
No fim do século XIX, os ingleses levaram 
mudas de seringueiras para o Ceilão e 
Cingapura. Desastroso pra economia brasileira. 
Em 1919: produção de borracha foi de 423 mil 
toneladas (34 mil toneladas do BR). 
Tratado de Petrópolis: 
Em busca das seringueiras, áreas desocupadas 
na Amazônia começaram a ser ocupadas no 
território boliviano. 
Gera atritos BR x Bolivianos. 
Assinam o tratado de Petrópolis: 
 Brasil anexaria o território do Acre. 
 Brasil pagaria uma indenização e 2 
milhões de libras para a Bolívia. 
 O Brasil teria que construir uma ferrovia 
ligando a fronteira entre os dois países. 
A construção da ferrovia era uma 
oportunidade de colocar em prática o projeto 
modernizador da República. 
As dificuldades para a construção foram 
inúmeras: 
 Instabilidade do terreno. 
 Epidemias que devastaram a mão de 
obra. 
Indústria na Primeira República 
Pouco investimento nas indústrias. 
Entre 1914-1918: surto industrial brasileiro. 
Por conta da Primeira Guerra, e a falta de bens de 
consumo, teve um evidente crescimento das 
indústrias (principalmente têxtil). 
Houve o crescimento da classe operária 
(trabalhadores portugueses, imigrantes italianos e 
espanhóis). 
Aumento da carga horária de trabalho = não 
aumento ou salários. 
Teorias socialistas e comunistas foram 
empregadas e ocasionaram a Greve Geral de 
1917. 
Em 1920, surgiram a Siderúrgica Belgo-Mineira 
(MG) e Companhia de Cimento Portland (SP). 
Diante da crise do capitalismo e a falta de 
incentivo à industrialização, essas empresas não 
se sustentaram. 
POPULAÇÃO E SOCIEDADE 
Crescimento acelerado com elevada taxa de 
natalidade (+ entrada de imigrantes) e elevada 
mortalidade. 
Estrangeiros viviam majoritariamente no 
ambiente rural. 
Maiores cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São 
Paulo, Salvador e Recife. 
Taxa de crescimento urbano acelerava-se = 
processo de urbanização. 
A economia urbana girava em torno de 
atividades comerciais e serviços (economia 
agrário-exportadora). 
Economia brasileira ainda era baseada na 
produção do campo. 
Escravos libertos – chegavam nas cidades e 
formavam um expressivo contingente 
populacional marginalizado s/ educação básica 
e condições de ascensão econômica. Ademais, 
tinham como concorrentes no mercado os 
imigrantes que, muitas vezes, tinham um maior 
prestígio social. 
“Não era raro que, nas cidades, os imigrantes 
competissem com ex-escravos por trabalho 
pouco qualificado”. 
População negra – forte preconceito por conta 
da propagação de teorias racistas + 
preconceito contra ex-escravos. Existia uma 
tentativa de apagar da memória o contingente 
negro. 
Indígenas – intenso debate sobre a catequese, 
extermínio e proteção oficial. Grupos 
republicanos rejeitavam a catequese. 
 Em 1910, foi criado o Serviço de 
Proteção aos Índios (SPI) com o objetivo 
de oferecer assistência e proteção a 
essa população. 
 Houve avanços significativos no que se 
refere à repressão à violência contra 
indígenas. 
 Por outro lado, houve uma postura 
decididamente paternalista, 
considerando que o indígena 
encontrava-se em um estágio inferior de 
civilização e, como tal, deveria ser 
protegido. Deveria ser ensinado e 
“civilizado”. 
Modernização e urbanização: 
Mentalidade da modernização a qualquer 
custo era visível na tentativa de apagar o 
passado monárquico escravista. 
Tal iniciativa resultava na radicalização da 
exclusão social ou até na transformação do 
avanço tecnológico em repressão policial e 
militar. 
A implantação dos telégrafos e das ferrovias 
era vista como uma forma de concretizar a 
modernização. Estações ferroviárias eram 
construídas como monumentos. Linhas férreas 
e telegráficas passaram a avançar em direção 
ao “sertão intocado”. 
Minas Gerais – foi construída a planejada 
cidade de Belo Horizonte para funcionar como 
capital no lugar da antiga e colonial Ouro Preto. 
O DECLÍNIO DA PRIMEIRA 
REPÚBLICA 
O interesse das oligarquias,o “voto de 
cabresto” e participação restrita da sociedade 
nas eleições deixava insatisfeita a maior parte 
da sociedade. 
O descontentamento dos grupos fora da 
política café com leite conduziu ao rompimento 
do pacto político, originando as oligarquias 
dissidentes (grupos políticos estaduais que 
estavam na oposição da política do café com 
leite). 
Situação do Brasil: 
 Primeira Guerra impulsionou o 
desenvolvimento industrial brasileiro, 
reduzindo a oferta de itens exportáveis. 
 Desvalorização cambial da moeda que 
contribuiu para diminuir a concorrência 
estrangeira. 
 Brasil passou a produzir bens de 
consumo não duráveis. 
 Capital proveniente da cafeicultura 
privilegiava os interesses da lavoura. 
 Comerciante e imigrantes enriquecidos 
se voltaram para a atividade industrial, 
integrando o quadro da burguesia 
industrial nacional. 
 A existência da burguesia industrial 
representava uma alternativa política 
para o monopólio do poder exercido 
pelas monarquias. 
 Novos grupos políticos (burguesia, 
classe média, operariado e oligarquias 
dissidentes) estavam dispostos a apoiar 
um novo projeto político. 
Os primeiros abalos nas alianças oligárquicas: 
Campanha Civilista – movimento da classe 
média urbana que se contrapôs aos interesses 
agrários. Foi encabeçado por Rui Barbosa na 
disputa presidencial (perdeu). Entretanto, 
conseguiu uma parcela significativa de fotos. 
Pinheiro Machado e Borges de Medeiros 
fundaram o Partido Republicano Conservador, 
no RS. Em pouco tempo, o PRC já controlava 
vários estados e surgiu como uma alternativa 
contra as oligarquias paulistas e mineiras. 
Nas eleições de 1910, os mineiros aceitaram a 
aproximação dos gaúchos. Para os paulistas, 
isso foi uma traição. 
O governo de Hermes da Fonseca foi marcado 
por disputas políticas entre as oligarquias. Para 
ele governar, precisava do apoio do Legislativo 
(maioria PRC), chefiado por Pinheiro Machado. 
Política da Salvação – Hermes da Fonseca 
iniciou uma serie de intervenções militares em 
vários estados controlados pelo PCR para que 
pudesse substituir a oligarquia local por uma 
que apoiasse o Governo Federal. 
Revolta do Juazeiro (1914) 
1913 – Pinheiro Machado restabelece maioria 
PRC no congresso. 
No Ceará, o estado era comandado pela 
tradicional família oligárquica dos Accioli. No 
entanto, o militar Franco Rabelo, apoiando-se 
na Política de Salvação, foi nomeado 
interventor do estado cearense. Diante disso, o 
prefeito de Juazeiro do Norte se recusou a 
aceitar as determinações do novo governo e 
reagiu com ataques militares à região. 
 
No final do mandato de Hermes da Fonseca, SP 
e MG restabeleceram a aliança do café-com-
leite, o que enfraqueceu o grupo político de 
Pinheiro Machado. 
Com o tempo, concluiu-se que a estabilidade 
política pretendida por Campos Sales, quando 
propôs a Política dos Governadores, além dos 
abalos sofridos durante o governo de Hermes 
da Fonseca, na década de 1920, estava 
bastante desgastada, o que possibilitou a 
ascensão de novos grupos políticos. 
Semana da Arte Moderna de 1922: 
Os anos 1920 inauguraram uma agenda de 
transformações no país. Naquele momento, 
generalizou-se a crítica às estruturas políticas 
da República Brasileira, ao mesmo tempo que 
se projetou um país moderno. 
O Tenentismo (1922-1927): 
Questionava as estruturas do Estado. Os 
oficiais, em sua maioria tenentes, pretendiam, 
por meio da luta armada, promover reformas 
no sistema republicano. 
Com o contexto da Primeira Guerra Mundial, 
surgiam novas transformações técnicas (armas 
e tanques) que empunhavam uma maior 
profissionalização às novas gerações de 
oficiais. 
Descontentamento do Exército com o 
abandono em que o governo oligárquico teve 
com eles. 
Diante disso, os tenentes almejavam um 
processo revolucionário para livrar as forças 
armadas da influência dos oligárquicos. 
 Moralização da administração pública. 
 Voto secreto. 
 Fim da corrupção. 
 Maior centralidade política eliminando o 
poder das oligarquias e dos coronéis. 
 Ensino gratuito e obrigatório a todos. 
Dessa forma, as revoltas tenentistas passaram 
a representar o principal elemento de ameaça 
ao regime oligárquico na década de 20. 
Os lemas da representação e da justiça 
conseguiram a simpatia das camadas médias, 
que buscavam maior participação política. 
A REVOLTA DO FORTE DE 
COPACABANA - 1922 
Os revoltosos tomaram o Forte de 
Copacabana, no RJ, e atacaram o quartel-
general do Exército. Decididos a morrer pela 
causa que defendiam, 17 oficiais e um civil 
deixaram o forte e marcharam para o 
confronto com as tropas governamentais. 
Apenas 2 sobreviveram. 
Embora derrotados, os 18 do forte de 
Copacabana passaram a ser admirados por 
jovens como mártires revolucionários. 
REVOLUÇÃO PAULISTA – 1924 
Almejava uma dimensão nacional, mas ficou 
centrada em SP, RS e AM. Os revoltosos 
tomaram pontos estratégicos da cidade e 
criticavam o governo do presidente Arthur 
Bernardes, exigindo a formação de um 
governo provisório, uma nova Constituição e a 
adoção do voto secreto. 
COLUNA PRESTES – 1925-1927 
Os paulistas alinharam-se com outra força 
tenentista, chefiada por Luiz Carlos Prestes 
(cavaleiro da esperança). Atravessaram 12 
estados brasileiros tentando convencer as 
pessoas a aderirem à revolução. O grande feito 
do Prestes foi manter a Coluna ativa, invencível 
e capaz de sobreviver às privações de uma 
campanha desgastante. No inicio de 1927, as 
ultimas lideranças do movimento refugiaram-
se na Bolívia. Artur Bernardes reagiu às 
manifestações com medidas autoritárias. 
 Decretação quase constante de estado 
de sítio. 
 Restrições à liberdade de imprensa. 
 Reforma constitucional de 1926. 
REVOLUÇÃO DE 1930 
Razões para o fim da Primeira República: 
 Surgimento das oligarquias dissidentes. 
 Tenentismo. 
 Acelerado crescimento urbano. 
 Crescente presença do operariado. 
 Mudança na mentalidade das camadas 
médias da sociedade. 
 Semana da Arte Moderna. 
 Crise e 29. 
Em outubro de 1929, as atividades cafeeiras 
entraram em colapso. 
Os efeitos da crise de 29 no Brasil acarretaram 
em mudanças drásticas nas estruturas 
econômicas, políticas e sociais. 
Acirraram-se as rivalidades oligárquicas. 
1926 – foi fundado o Partido Democrático, que 
representava os interesses da burguesia 
industrial e das camadas médias dos principais 
centros urbanos. Defendiam o voto secreto, o 
voto feminino e a garantia de diretos aos 
trabalhadores (férias e aposentadoria). 
ELEIÇÕES DE 1930 
Essa eleição foi marcada pela ruptura do pacto 
entre paulistas e mineiros. O presidente 
Washington Luís, em vez de indicar o 
governador de Minas, Antônio Carlos Andrada, 
decidiu apoiar a candidatura do governador 
paulista, Júlio Prestes. 
Os mineiros, então, participaram da Aliança 
Liberal, formado por oligarquias dissidentes, 
pelo partido Democrático. Lançou o candidato 
Getúlio Vargas e de João Pessoa para vice. 
Foi a eleição mais concorrida da República. 
Porém, com as máquinas de fraude o 
governador paulista Júlio Prestes foi eleito. 
Aliança liberal tenta organizar um levante 
armado contra o governo, com líderes do 
tenentismo. 
 Em 26/07/1930, João Pessoa é morto. O crime 
foi por disputas locais paraibanas. No entanto, 
causou uma comoção popular e serviu de 
estopim para o movimento revolucionário de 
1930. 
Revolução de 30 inicia-se em MG e RS e 
avançaram para São Paulo. A revolução tomou 
os estados do Nordeste também. 
Diante disso, os militares, no RJ, depuseram o 
presidente Washington Luís e o futuro 
presidente Júlio Prestes, exilando-se nos EUA. 
Encerrava-se, assim, a Primeira República, 
junto com a supremacia paulista. 
Vargas conseguiu unir em torno de seu nome 
os setores urbanos do país: a burguesia, parte 
da classe média e setores do operariado.Além 
disso, dialogava muito bem com as oligarquias 
dissidentes. 
O novo presidente trazia consigo as tradições 
agrárias e oligárquicas, ao mesmo tempo em 
que se apresentava com um projeto 
modernista. 
A um intenso debate sobre atribuir o nome de 
REVOLUÇÃO ou GOLPE de 1930. 
OBS: Novamente, não houve participação 
efetiva das camadas populares no processo 
político de 30 e também não evidenciaram 
lideranças políticas populares na elaboração do 
novo projeto de Estado para o país. 
No entanto, a Revolução/Golpe de 30 
promoveu uma mudança na base social 
brasileira, pois até então, o poder exercido era 
voltado para a aristocracia rural escravocrata. 
Agora, o novo governo representava diferentes 
camadas sociais. 
A “Revolução de 30” rompeu com a 
institucionalidade política do país, cancelou a 
Constituição de 1891, fechou o Legislativo, 
destituiu praticamente todos os governadores 
dos estados e, consequentemente, assumiu 
uma agenda reformista que impactou 
significativamente a história do BRA.

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