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farmacologia geral

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CONCEITOS GERAIS 
EM FARMACOLOGIA 
Profa. Dra. Patrícia Corrêa Dias 
 
INTRODUÇÃO 
CONCEITOS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
Fármaco 
 Substância química, com estrutura definida, que produza efeito sobre o 
organismo vivo (maléfico ou benéfico). 
Medicamento 
 Produto farmacêutico, tecnologicamente obtido (indústria ou farmácia com 
manipulação), que incorpore fármaco(s) ou princípio(s) ativos e, são utilizados com 
finalidade curativa, profilática ou diagnóstica. 
 
AAS (fármaco) Aspirina® (medicamento) 
John Vane 
Prêmio Nobel de 
Medicina e Fisiologia - 1982 
Remédio 
 Dispositivos ou medidas medicamentosas e não medicamentosas utilizadas para 
tratamento do paciente. 
INTRODUÇÃO 
CONCEITOS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
Forma Farmacêutica 
 Forma de apresentação de um medicamento: 
 - Sólidas: comprimidos, cápsulas, pós ... 
 - Líquidas: xaropes, soluções orais, elixires ... 
 - Semi-sólidas: pomadas, cremes, loções, géis ... 
Fórmula 
 Descrição qualitativa e 
quantitativa das substâncias 
químicas presentes no medicamento 
(ativas ou não). 
 
 - Fármaco/Princípio ativo 
 - Coadjuvante técnico 
 - Coadjuvante terapêutico 
 - Corretivos 
 - Excipientes (sólidos) q.s.p. 
 - Veículos (líquidos) q.s.p. 
 
INTRODUÇÃO 
CONCEITOS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
Exemplo de Fórmula 
PRINCÍPIOS ATIVOS E COADJUVANTES TERAPÊUTICOS 
EXEMPLO - CIRURGIAS 
Anestésico Local + Vasoconstritor 
(Lidocaína) (Adrenalina) 
Anestésico 
Local 
Vasoconstritor 
 ( anestesia) 
MEDICAMENTOS 
CLASSIFICAÇÃO GERAL 
Especialidade Farmacêutica 
 Medicamento industrializado, registrado em órgãos competentes (“marcas” de 
propriedade da indústria farmacêutica). 
Magistral 
 Medicamento, cuja fórmula é definida pelo profissional 
prescritor (médico ou dentista), para ser encaminhada à uma 
farmácia com manipulação, para produção e dispensação. 
GÉIS 
CÁPSULAS 
MEDICAMENTOS 
CLASSIFICAÇÃO GERAL 
Oficial 
 Presente na farmacopeia. 
 
Oficinal 
 Medicamentos de formulação simples, que podem ser elaborados em farmácias, a 
partir de indicações da farmacopeia. 
Tintura de Iodo 
(Anti-séptico) 
http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/index.htm 
Farmacopeia Brasileira - Código Oficial Farmacêutico do País, que estabelece a qualidade dos 
medicamentos em uso no Brasil. 
 
Função da Farmacopeia – estabelecer requisitos de qualidade que os medicamentos devem 
obrigatoriamente obedecer. Esses requisitos incluem TODOS os componentes empregados na 
fabricação dos medicamentos. 
 
Farmacopeia Brasileira - textos técnicos como, por exemplo, testes ou métodos de análises; 
monografias para matéria-prima (ingrediente ativo do medicamento na sua forma básica, que 
pode ser, por exemplo, pó ou líquido) e especialidades farmacêuticas (comprimidos, cápsulas, 
pomadas, injetáveis e etc.). 
MEDICAMENTOS 
CLASSIFICAÇÃO GERAL 
Arnica montana L. Helenalina 
Marcador 
(anti-inflamatório) 
Gel para 
uso tópico 
Fitoterápico 
 Produto farmacêutico, obtido por processos 
tecnologicamente adequados, empregando-se 
exclusivamente matérias primas vegetais (plantas secas em 
pó ou extratos brutos), sendo o efeito farmacológico, 
relacionado com o sinergismo de ação dos PANs, com 
definição de um marcador principal. 
Biodisponibilidade 
Parâmetro quantitativo, relacionado à velocidade e à extensão de absorção de um 
princípio ativo em uma determinada forma farmacêutica e dosagem específica, a 
partir de sua curva concentração/tempo, na circulação sistêmica ou sua excreção na 
urina. 
 
 
Bioequivalência 
Demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a 
mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa 
de princípio (s) ativo (s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando 
estudados sob um mesmo desenho experimental; 
MEDICAMENTOS 
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A LEI 9.787 / 99 
REFERÊNCIA, GENÉRICO E SIMILAR TERAPÊUTICO 
MEDICAMENTOS 
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A LEI 9.787 / 99 
Genérico 
Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser 
com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da 
proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua 
eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI; 
 
Medicamento Equivalente 
Desde 2003, com a publicação da Resolução RDC 134/2003 e Resolução RDC 133/2003, 
os medicamentos similares devem apresentar os testes de biodisponibilidade relativa e 
equivalência farmacêutica para obtenção do registro para comprovar que o 
medicamento similar possui o mesmo comportamento no organismo (in vivo), como 
possui as mesmas características de qualidade (in vitro) do medicamento de referência. 
 
Referência 
Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e 
comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas 
cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro; 
 
MEDICAMENTOS GENÉRICOS 
IDENTIFICAÇÃO 
Art. 2º Será considerado intercambiável o medicamento similar cujos estudos de 
equivalência farmacêutica, biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou 
bioisenção tenham sido apresentados, analisados e aprovados pela ANVISA. 
 
Parágrafo único. A ANVISA publicará em seu sítio eletrônico a relação dos 
medicamentos similares indicando os medicamentos de referência com os quais 
são intercambiáveis. 
MEDICAMENTOS GENÉRICOS 
IDENTIFICAÇÃO 
Referência Genérico 
Na mesmas forma e dose e após o mesmo tempo de 
administração, devem apresentar-se na mesma 
quantidade (biodisponibilidade) na corrente 
circulatória, disponíveis no local de ação. 
 
Equivalente 
CONSIDERAÇÕES 
IMPORTANTES 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
ENTERAL - ORAL - SÓLIDOS 
Pós 
Pequenas partículas, sólidas, livres e secas e de 
aspecto aproximadamente homogêneo 
 
Granulados 
Pequenos grãos/grânulos, formados pela agregação 
de fármacos com açúcares ou outros excipientes e 
agregantes 
 
Comprimidos 
Sólidos de formato variado, obtidos pela 
compressão de pós e granulados 
 
Cápsulas 
Constituídas por envoltório duro ou mole, que 
abroga no interior os componentes da fórmula 
 
Drágeas 
Comprimidos (núcleos) geralmente lenticulares, 
revestidos por camadas de gomas, resinas e 
açúcares 
VIA ORAL 
COMPRIMIDOS - TIPOS 
- Não Revestidos (“mais simples e comuns”) 
- Revestidos 
- Mastigáveis 
-Efervescentes 
- Liberação Programada / Prolongada 
- Comodidade terapêutica 
 
- Garantia de nível plasmático efetivo 
VIA ORAL 
COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO PROGRAMADA 
VIA ORAL 
COMPRIMIDOS REVESTIDOS - GASTRORRESISTENTES 
Diminuição do HCl gástrico, 
necessária no tratamento 
das reações adversas 
relacionadas ao uso de 
AINES 
Omeprazol 
Instável em meio ácido; proteção do fármaco no estômago, para absorção intestinal 
VIA ORAL 
DRÁGEAS 
Comprimidos (núcleos) lenticulares, revestidos por camadas de gomas, resinas 
e açúcares. 
VIA ORAL 
CÁPSULAS 
Constituídas por envoltório, que abriga no interior os componentes da fórmula 
(duras, moles, gastrorresistentes e de liberação prolongada). 
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS 
OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Dinitrato de Isossorbida 
Via sublingual 
Vasodilatador 
Crises de Angina 
Diminui o metabolismode 1ª passagem 
Ocorre quando o fármaco (via oral) é 
absorvido no trato gastrintestinal e, 
pela circulação porta, vai 
inicialmente para o fígado, onde é 
biotransformado e degradado, 
podendo ser inativado e não 
atingindo níveis na circulação 
sistêmica na sua forma ativa. 
 
O fármaco administrado via 
sublingual ou endovenosa não 
apresenta este efeito de primeira 
passagem 
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM E OS NITRATOS 
perda 
ganho 
VIA SUBLINGUAL - TRAJETO 
Do assoalho bucal, o fármaco é drenado pela veia cava superior e cai no 
átro direito, passa pelo ventrículo direito e vai para o pulmão pela artéria 
pulmonar, volta ao átro esquerdo pela veia pulmonar, passa ao ventrículo 
esquerdo e sai pela aorta, quando vai atinge na sequencia, as coronárias 
- Sólidos de forma cônica ou ovóide, 
contendo fármacos veiculados em 
excipientes de baixo ponto de fusão 
(glicerina, polietilenoglicóis) 
 
- Ações local e sistêmica 
- Administração sem cooperação do 
paciente 
- Administração em paciente com vômito 
e náusea 
- Controle de temperatura de 
armazenamento 
- Incomodidade de administração 
- Irregularidade na absorção pela mucosa 
retal 
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS 
OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Supositórios – Via intra-retal 
VIA ORAL 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
Soluções 
Líquidos de aspecto homogêneo, formados pela mistura/solubilização de 
sólidos em líquidos ou entre líquidos distintos. 
Solução Oral 
Gotas 
VIA ORAL 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
Suspensões 
Líquidos heterorgêneos, contendo partículas suspensas (não solúveis) em líquido 
viscoso. 
“Agite antes de usar” “agite antes de usar” 
Líquido 
Partículas “decantadas” 
Partículas em suspensão 
Ex.: Antiácidos 
 Antibióticos para preparo 
 extemporâneo 
VIA ORAL 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
Emulsão 
Sistemas formados pela dispersão de dois líquidos 
imiscíveis (fases aquosa e oleosa), com aspecto 
homogêneo. 
Ex.: Vitaminas lipossolúveis 
VIA ORAL 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
Xaropes 
Líquidos homogêneos, nos quais o fármaco está veiculado em uma solução de 
sacarose a 70%. 
Contra-indicação para diabéticos 
Elixires 
Líquidos homogêneos, nos quais o fármaco está veiculado em uma solução que 
contem álcool (etanol). 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Injetáveis 
Soluções ou suspensões, armazenadas em ampolas 
e frascos-ampola. 
Frasco-Ampola 
Ex.: Insulina 
Ampola 
Vias: 
- Endovenosa 
- Intramuscular 
- Intra-articular 
- Subcutânea 
- Intradérmica 
- Intra-peritoneal 
 
 
Ex.: Escopolamina 
VIA INTRAMUSCULAR 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
GLÚTEO 
 
DELTÓIDE 
(complicações) 
Absorção no endotélio dos vasos 
capilares e linfáticos que percorrem 
o músculo. 
Soluções e Suspensões 
VIA ENDOVENOSA 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
- Biodisponibilidade imediata 
 
- Somente na forma de solução 
 
- Administração de grandes volumes (soros para 
rehidratação ou veiculação de fármacos antibióticos e 
quimioterápicos, alimentação parenteral, etc) 
VIAS SUBCUTÂNEA E INTRADÉRMICA 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
INTRADÉRMICA 
SUBCUTÂNEA 
INTRAMUSCULAR 
Testes de alergia 
Insulina 
LIPODISTROFIA INSULÍNICA: PERDA DE GORDURA E PROCESSO IMUNE 
Symphronio Olympio Cesar Coutinho 
(1833 -1887) 
Colírios (uso tópico, pouca ação sistêmica) 
Ex.: - Pilocarpina no tratamento do glaucoma 
 (agonista M3 – Miose) 
 - Anti-inflamatórios e antibióticos 
VIA OCULAR 
SOLUÇÕES E SUSPENSÕES 
DA ADMINISTRAÇÃO AO EFEITO 
BIODISPONIBILIDADE RELATIVA DE 
FORMAS FARMACÊUTICAS - VIA ORAL 
Considerando as etapas... 
Desintegração, Desagregação e Dissolução 
Local de administração 
Com. Liberação prolongada 
Comprimido revestido 
Suspensão 
Solução 
Comprimido sem revestimento 
Sangue 
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS 
POMADA - USO TÓPICO 
Semi-sólidas de aspecto homogêneo, praticamente anidras, 
contendo excipientes untuosos 
 
Aplicação tópica sobre a pele, mucosa vaginal ou ocular 
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS 
CREMES - USO TÓPICO 
Semi-sólidas de aspecto homogêneo, que possuem fases 
aquosa e oleosa incorporadas 
 
Aplicação tópica sobre a pele, mucosa vaginal ou ocular

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