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Direito civil Sucessões

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1 - Quais são as duas formas de sucessão?
As duas formas de sucessão são a sucessão legítima e a sucessão testamentária. A primeira refere-se a sucessão pelos descendentes, antecedentes ou colaterais do autor da herança, sendo estes em concorrência com o cônjuge sobrevivente se este estiver casado com o falecido.
Já a sucessão testamentária ocorre por ato de última vontade do autor da herança, deixando seus bens a seus herdeiros por meio de testamento. O ato é revestido da solenidade requerida por lei, prevalecendo as disposições normativas.
2 - Quando é cabível a sucessão legítima?
A decisão legítima ocorre quando não houver testamento, bem como em situações de invalidade deste (ou por caducar ou por ser anulado por decisão judicial).
3 - Quais são os destinatários da sucessão testamentária?
Na sucessão testamentária a herança ou legado são deferidos aos herdeiros instituídos ou legatários indicados no ato de última vontade, sem que haja individualização de bem. Isto é, o herdeiro sucede o autor da herança em seu patrimônio, não em sua pessoa.
4 - A liberdade de testar é absoluta?
Quando há herdeiros necessários, isto é, cônjuges, filhos, netos, pais ou avós, a liberdade testamentária se torna relativa, uma vez que 50% da herança líquida é reservada aos herdeiros legítimos, de modo que o testamento só poderá abranger a outra metade disponível. Se, porém, não houver herdeiros necessários, a liberdade de testar é absoluta, e toda a herança é disponível, podendo o testador distribuí-la livremente
5 - É possível a coexistência das duas formas de sucessão?
Sim. Admite-se a coexistência das duas formas de sucessão quando o testamento não abranger todos os bens do autor da herança, aplicando as regras de sucessão legítima aos bens não contemplados no testamento.
6 - O que é princípio de Saisine?
O princípio de saisine ocorre quando, com a morte do autor da herança, esta transmite-serança transmite-se desde logo aos herdeiros legítimos e testamentários, ainda que estes ignorem o falecimento. A transmissibilidade abrange o domínio e a posse da herança (CC, art. 1.207) logo que se abre a sucessão, independentemente de qualquer ato do herdeiro. Aliás, além da propriedade e da posse, transmitem-se também aos herdeiros todos os direitos, pretensões, ações e defesas que o falecido era titular, exceto os direitos personalíssimos. 
7 - Qual a diferença entre sucessão universal e sucessão singular?
Enquanto na sucessão universal ocorre a transferência da totalidade ou de um percentual do acervo deixado pelo autor da herança aos herdeiros legítimos e instituídos, sendo que não há individualização dos bens.
Em contrapartida, a sucessão singular é a que recai sobre uma coisa individualizada pelo
testador ou sobre um percentual dela. 
8 - O herdeiro do testamento sucede a título singular ou universal? E o Legatário?
O legatário sempre sucede a título singular. Assim, é legatário quem recebe, por testamento, uma determinada coisa ou percentual dela. Já o herdeiro é quem recebe, por testamento, um terço de toda a herança.
9 - Elenque os herdeiros legítimos e depois explique o significado de cada um deles.
Os herdeiros legítimos podem ser:
necessários: são os descendentes, ascendentes e cônjuge;
facultativos: são o companheiros e colaterais até quarto grau;
universal: aqueles que recebem a totalidade da herança.
10 - A nova lei pode retroagir a sucessões abertas antes da sua vigência?
A capacidade para suceder é regulada pela lei vigente no tempo da abertura da sucessão (art. 1.784), logo a nova lei não pode retroagir a sucessões abertas antes da sua vigência.
11 – A capacidade para suceder é sempre regida pela lei vigente ao tempo da abertura da sucessão?
Seja o herdeiro instituído ou legatário, estes devem ser capazes de suceder ao tempo da abertura da sucessão, ainda que não o seja ao tempo da feitura do testamento. Se, porém, a nomeação se fizer mediante condição, a capacidade é apurada pela lei vigente ao tempo do implemento da condição.
12 – O que é sucessão irregular ou anômala?
A sucessão irregular ou anômala é aquela ditada por normas especiais, que alteram a ordem de vocação hereditária prevista no Código Civil.
13 – Quem são os destinatários dos valores previstos na Lei 6.858/80? Há necessidade de alvará judicial?
Os dependentes previdenciários do de cujus a sucessão de créditos previdenciários, trabalhistas, FGTS, PIS, PASEP e conta bancária de 500 OTN, desde que não haja outros bens. Dispensa-se o alvará judicial para levantamento desses valores em favor dos dependentes. Se, porém, não houver dependentes, atribui-se a sucessão aos herdeiros legítimos, mediante alvará judicial, dispensando-se, contudo, o inventário.
14 – É correto afirmar que, no Brasil, a sucessão é regida pelas leis brasileira?
A sucessão é regida pela lei do domicílio do autor da herança, qualquer que seja a natureza dos bens. Se, por exemplo, morrer um argentino, domiciliado no Paraguai, deixando bens no Brasil, aplicar-se-á o Código Civil paraguaio. Este estatuto que designará os herdeiros e os respectivos direitos, sendo certo, porém, que o inventário se realizará no Brasil, de acordo com as nossas leis processuais.
15 – A capacidade para suceder é regida por qual lei?
A capacidade para suceder não é regida pela lei do domicílio do autor da herança, mas pela lei do domicílio do herdeiro ou legatário, conforme § 2º do art. 10 da LINDB. É esta lei que solucionará os problemas referentes à renúncia, deserdação, indignidade e falta de legitimação para suceder.
16 – O herdeiro, antes da partilha, pode alienar coisa certa e determinada da herança?
Antes da partilha, o coerdeiro pode alienar apenas a sua quota ideal, isto é, os seus direitos hereditários. Não se pode alienar coisa certa e determinada, salvo se houver alvará judicial ou autorização de todos os demais herdeiros.
17 – Antes de alienar os seus direitos hereditários, os demais herdeiros devem ser notificados?
Antes de alienar os seus direitos, os demais herdeiros devem ser notificados, os quais poderão exercer o direito de preferência na aquisição do quinhão. Se a alienação ocorrer sem essa notificação, os herdeiros preteridos poderão ajuizar ação reivindicatória, dentro do prazo de 180 dias após a transmissão, depositando em juízo o preço (art. 1.795).
18 – Por que qualquer um dos coerdeiros pode ajuizar ações petitórias e possessórias em face de terceiros?
No intuito de proteger a herança, qualquer um dos coerdeiros pode ajuizar ações petitórias e possessórias.
19 – O direito à herança é bem móvel ou imóvel? Qual a consequência disso?
O direito à herança é considerado bem imóvel para efeitos legais (art. 80, II, do CC). Neste caso, as consequências são:
A cessão de direitos hereditários depende de escritura pública ou termo nos autos do inventário;
A aludida cessão depende de outorga do cônjuge, salvo no regime de separação obrigatória;
Exige-se a outorga do cônjuge para que o herdeiro possa estar em juízo;
Exige-se, também, a outorga do cônjuge para mover ação em face do herdeiro, se o litígio versar sobre direitos sucessórios (CPC, art. 10).
20 – O que é delação sucessória?
A delação sucessória é o ato de colocar a herança à disposição de quem possa adquiri-la, isto é, com a morte do autor da herança é desencadeado o processo com a aplicação das regras de direito sucessório, deferindo a herança para os sucessores, o que se fará mediante a partilha.
21 – A aceitação da herança é obrigatória?
Como a aceitação da herança é o ato pelo qual o herdeiro manifesta sua concordância no recebimento da herança, é indispensável sua anuência, sendo obrigatória sua manifestação, seja de forma expressa ou tácita ou presumida para que se torne sucessor.
22 – Quais as formas de aceitação da herança?
São admitidas três formas de aceitação da herança:
Forma expressa: neste caso, a aceitação do herdeiro é feita por escrito, em documento público ou particular,onde se declara o desejo em receber a herança. 
Forma tácita: o herdeiro demonstra sua aceitação em receber a herança, realizando ato positivo que somente pode ser feito por aquele que tem a qualidade de herdeiro. 
Forma presumida: quando não há herdeiro demonstrando sua aceitação, nesse caso o interessado na aceitação do herdeiro poderá requerer ao juiz, após 20 dias da abertura da sucessão, prazo de 30 dias para providenciar a aceitação do herdeiro, é justamente do silêncio que nasce a aceitação presumida, conforme reza o artigo 1807, do Código Civil.
23 – Qual a forma de renúncia?
Renúncia própria: também conhecida como pura e simples, nesta modalidade de renúncia o herdeiro abre mão de seus direitos hereditários, não fazendo qualquer menção a aquele que irá se beneficiar do seu direito ali descartado.
Renúncia imprópria: pode ser vista também como translativa ou como uma doação. Esta ocorre quando o herdeiro renuncia em favor de alguém, desde que seja pessoa determinada. 
24 – O incapaz pode renunciar a herança?
Sim. Os responsáveis pelo incapaz podem administrar e tem o usufruto pela administração dos bens dos filhos, mas para renunciar à herança devem pedir uma autorização judicial para que a renúncia seja autorizada judicialmente. Nestes casos, o juiz autoriza quando, ao renunciar, o incapaz não sofra nenhum tipo de prejuízo à sua formação/criação/sustento/manutenção.
25 – A cessão gratuita da herança em favor de todos os herdeiros é um ato de aceitação ou de renúncia?
É um ato de renúncia imprópria, uma vez que o herdeiro comunica que não aceita a sucessão, e renuncia a herança em favor dos demais herdeiros.
26 – Qual o destino da quota do herdeiro renunciante?
Neste caso, o renunciante é tratado como se nunca tivesse sido chamado à sucessão; seus efeitos retroagem à data da abertura da sucessão. O que repudia a herança pode aceitar legado.
Já o quinhão hereditário do repudiante, na sucessão legítima, transmite-se de imediato aos outros herdeiros da mesma classe (direito de acrescer). Os descendentes do renunciante não herdam por representação. No entanto se ele for o único da classe seus filhos herdam por direito próprio e por cabeça.
Por fim, o renunciante não perde o usufruto e nem a administração dos bens que, pelo seu repúdio, foram transmitidos aos seus filhos menores.
27 – A aceitação e a renúncia podem ser parciais?
Conforme o art. 1808, não é possível a aceitação ou renúncia parcial da herança, isto é, ou o sucessor aceita toda a herança (com a massa patrimonial e obrigações que a mesma contiver) ou ele a recusa integralmente.
28 – A renúncia e a aceitação são retratáveis?
A renúncia da herança é irretratável. O herdeiro não pode apreender-se dela, pois a aceitação não é passível de retratação, nem poderá, se vier a renunciar, acarretar prejuízo aos credores. 
29 – Falecendo o herdeiro antes de aceitar a herança, o direito de aceitar ou renunciar a herança é transmissível aos herdeiros?
A lei chama parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia se vivo fosse. Assim, não se pode representar o renunciante para sucedê-lo, porém, caso em que o renunciante é o único da classe ou todos os herdeiros da mesma classe renunciarem, podem os filhos por direito próprio ou cabeça vir à sucessão
30 – Elenque as hipóteses de herança jacente.
A herança jacente ocorre quando não há herdeiro certo e determinado, quando não se sabe da existência dele ou quando o mesmo existe, mas a recusa.
31 – A herança jacente é pessoa jurídica?
Não. Ela consiste em um acervo de bens, administrado por um curador, sob fiscalização da autoridade judiciária, até que habilitem os herdeiros, incertos ou desconhecidos, ou se declare por sentença a respectiva vacância.
32 – Qual a diferença entre herança jacente e herança vacante?
A herança vacante ocorre quando esta é devolvida à fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência.
33 – A quem é atribuída a herança vacante?
É aquela declarada de ninguém, isto é, como nenhum herdeiro compareceu para reclamar seus direitos, a herança será atribuída ao poder público.
34 – Como se baseia a ordem de vocação hereditária?
A vocação hereditária é a convocação de pessoa com direito à herança, para que receba o patrimônio deixado pelo falecido, obedecendo a seguinte ordem de vocação:
Aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente se estiver casado este com o falecido no regime de comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens ou ainda no regime da comunhão parcial, caso o autor da herança não tenha deixado bens particulares;
Aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
Ao cônjuge sobrevivente;
Aos colaterais.
A vocação hereditária pode ocorrer por sucessão legítima ou por disposição de última vontade do falecido, por meio do testamento.
35 – Como é feito o chamamento dos herdeiros?
O chamamento dos herdeiros é feito de acordo com uma sequência da vocação hereditária, que é a relação preferencial, estabelecida pela lei, das pessoas que são chamadas para suceder o de cujus na sucessão legítima.
36 – Quais são as formas pelas quais sucedem os descendentes?
Por sucessão testamentária ou por sucessão legítima.
37 – Os ascendentes sucedem por cabeça ou por representação?
Sucedem por cabeça. Na sucessão dos ascendentes não existe direito de representação.

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