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Apostila Axial

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA I 
PROFA. DRA. ALINE DE MAMAN 
 
 
Esqueleto Axial 
 
O esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, sustentam e 
protegem os ossos da cabeça, pescoço e tronco.Os componentes do esqueleto axial são os 
seguintes: Crânio, ossículos da audição, osso hióide, coluna vertebral e caixa torácica. 
 
 Crânio 
O crânio consiste em dois conjuntos de ossos: os ossos do crânio que formam o crânio, 
ou caixa encefálica, e os ossos da face que dão suporte aos olhos, ao nariz e formam o 
arcabouço ósseo da cavidade oral. Os ossos da face também sustentam os dentes e fornecem 
fixações para vários músculos que movimentam a mandíbula e provocam as expressões 
faciais. 
Os ossos do crânio envolvem e protegem o encéfalo e os órgãos dos sentidos (audição, 
visão, olfato, paladar). 
 
Osso Frontal: o osso frontal forma a parte anterior do teto do crânio, a fronte, o teto da 
cavidade nasal, e os arcos superiores das órbitas que contêm os bulbos dos olhos. O osso 
frontal se desenvolve em duas metades que crescem conjuntamente e, de modo geral, estão 
completamente fundidas em torno dos 5 ou 6 anos de idade. Uma sutura, as vezes, persiste 
entre essas duas partes além da idade de 6 anos e chama-se sutura metópica. O osso frontal 
também contém o seio frontal que está em comunicação com a cavidade nasal. Esse seio, 
juntamente com os outros seios paranasais, diminuem o peso do crânio e agem como câmaras 
de ressonância para a produção da voz. 
 
Osso Parietal: Os dois ossos parietais formam as partes laterais superiores e o teto do 
crânio. A superfície côncava interna de cada osso parietal, como também as superfícies 
côncavas internas dos outros ossos do crânio, estão marcadas por impressões rasas das 
circunvoluções do cérebro e dos vasos que se destinam ao encéfalo. 
 
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Osso Temporal: Os dois ossos temporais formam as paredes laterais inferiores do 
crânio. Cada osso temporal tem quatro partes: 
- Parte Escamosa: A parte escamosa é uma lâmina achatada de osso nas laterais do 
crânio. Projetando-se para diante está o processo zigomático que forma a parte posterior 
do arco zigomático. Na superfície inferior da parte escamosa está a fossa mandibular 
que forma uma articulação com o processo condilar da mandíbula, a articulação 
temporomandibular (Figura 1). 
- Parte Timpânica: A parte timpânica do osso temporal contem o meato acústico externo, 
ou canal da orelha, que é posterior à fossa mandibular. Um fino e pontiagudo processo 
estilóide projeta-se inferiormente a partir da parte timpânica. 
- Parte Mastóidea: O processo mastóide, uma projeção arredondada posterior ao meato 
acústico externo, corresponde à massa da parte mastóidea. O processo mastóide do 
osso temporal pode ser facilmente palpado como uma protuberância óssea 
imediatamente atrás da orelha. 
- Parte Petrosa: A parte petrosa pode ser vista na base do crânio. As estruturas do ouvido 
médio e ouvido interno estão alojadas nesta parte do osso temporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osso Occipital: O osso occipital forma a parte posterior do crânio e a maior parte da 
base do crânio. O forame magno é o grande buraco do osso occipital através do qual passa a 
medula espinhal para se ligar ao tronco encefálico. Em cada lado do forame magno estão os 
côndilos do occipital, que se articulam com a primeira vértebra (Atlas) da coluna vertebral. A 
protuberância occipital interna é uma proeminente projeção na superfície interna do osso 
occipital. Já a protuberância occipital externa é uma proeminente projeção na superfície 
Processo 
Estilóide 
Figura 1 
Processo 
Mastóide 
Arco 
Zigomático 
Meato 
Acústico 
Externo 
Fossa 
Mandibular 
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externa do osso occipital que pode ser percebida logo debaixo da pele. A linha nucal superior é 
uma crista óssea que se estende lateralmente à protuberância occipital externa para a porção 
mastóidea do osso temporal. 
 
Osso Esfenóide: O osso esfenóide constitui parte da base anterior do crânio. Esse osso 
lembra a forma de uma borboleta. Consiste em um corpo e lateralmente projetam-se as asas 
maior e menor que participam do contorno da órbita. O corpo contém o seio esfenoidal e uma 
proeminente depressão em forma de sela, a sela turca que aloja a glândula hipófise. Um par de 
processos pterigóides projeta-se inferiormente a partir do osso esfenóide e contribui para a 
formação das paredes laterais da cavidade nasal. 
 
Osso Etmóide: O osso etmóide está localizado na parte anterior da base do crânio entre 
as órbitas, formando o teto da cavidade nasal. Uma projeção inferior do osso etmóide, 
chamada lâmina perpendicular, forma a parte superior do septo nasal ósseo que divide a 
cavidade nasal em duas câmaras chamadas cavidades nasais. Em cada lado da lâmina 
perpendicular encontra-se uma delicada massa de osso recobrindo as células aéreas etmoidais 
que no conjunto formam o seio etmoidal. A espinha da lâmina perpendicular, a crista etmoidal, 
projeta-se superiormente na cavidade do crânio e serve de fixação para as meninges que 
recobrem o encéfalo. Em ambas as paredes laterais da cavidade nasal estão duas lâminas 
espiraladas do osso etmóide, as conchas nasais superior e média. Em ângulo reto com a 
lâmina perpendicular, na base do crânio, está a lâmina cribriforme que tem numerosos forames 
cribriformes para a passagem das raízes do nervo olfatório da cavidade nasal. 
 
As suturas são articulações em que os ossos estão firmemente ligados através de tecido 
conjuntivo fibroso, elas são encontradas apenas no crânio. As suturas se formam em torno dos 
18 meses de idade e substituem os flexíveis fontículos do crânio de uma criança (popularmente 
chamados de “moleiras”). A sutura coronal separa o osso frontal dos ossos parietais. A sutura 
sagital, ao longo da linha mediana, separa o parietal direito do parietal esquerdo. Cada osso 
temporal está unido ao osso parietal adjacente pela sutura escamosa. Já o osso occipital 
articula-se com os ossos parietais pela sutura lambdóide. 
 
Maxila: As duas maxilas se unem na linha mediana para formar a arcada dentária 
maxilar, que contém os dentes superiores. Dentes incisivos, caninos, pré-molares e molares 
(Figura 3) estão ancorados nos processos alveolares da maxila. O processo palatino, uma 
lâmina horizontal da maxila, forma a maior parte do palato duro, ou teto da boca. Um forame 
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infra-orbital localiza-se embaixo de cada órbita e serve como passagem para o nervo e a 
artéria infra-orbitais em direção ao nariz. A fissura orbital inferior localiza-se entre a maxila e a 
asa maior do esfenóide, servindo de passagem para o nervo maxilar e vasos infra-orbitais. O 
grande seio maxilar localizado no interior da maxila é um dos quatro seios paranasais. 
Observação: Se os dois processos palatinos não se unirem durante o início do 
desenvolvimento pré-natal (em torno de 12 semanas), resulta em fenda palatina. Uma fenda 
palatina pode ser acompanhada por um lábio leporino. Essas condições podem ser tratadas 
com resultados estéticos excelentes. Um problema imediato, contudo, é que o recém nascido 
com fenda palatina pode ter dificuldades para se alimentar porque está impossibilitado de criar 
a necessária sucção dentro da cavidade oral para deglutir eficientemente. 
 
Osso Palatino: O osso palatino em forma de L constitui o terço posterior do palato duro, 
uma parte da órbita e uma parte da cavidade nasal. As lâminas horizontais dos palatinos 
contribuem para a formação do palato duro (Figura 4). 
 
Osso Zigomático: Os dois ossos zigomáticos (“maças do rosto”)formam os contornos 
laterais da face. Um prolongamento posterior deste osso, o processo temporal, une-se com o 
processo zigomático do osso temporal para formar o arco zigomático. O osso zigomático 
também forma a margem lateral da órbita. 
 
Osso Lacrimal: Os delicados ossos lacrimais formam a parte anterior da parede medial 
de cada órbita, e são os menores ossos da face. Cada um tem um sulco lacrimal – um sulco 
que ajuda a formar o ducto nasolacrimal. Esta abertura permite que as lágrimas do olho 
escoem para a cavidade nasal. 
 
Osso Nasal: Os pequenos ossos nasais unem-se na linha mediana para formar o dorso 
do nariz. Os ossos nasais suportam as flexíveis lâminas cartilagíneas, que participam do 
arcabouço do nariz. Fraturas dos ossos nasais ou fragmentação das cartilagens associadas 
são lesões comuns da face. 
 
Concha Nasal Inferior: As duas conchas nasais inferiores são frágeis ossos em espiral 
que se projetam horizontalmente e medialmente das paredes laterais da cavidade nasal, em 
direção à cavidade imediatamente abaixo das conchas nasais superior e média que são partes 
do osso etmóide. As conchas nasais inferiores são as maiores dos três pares de conchas e, 
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como as outras duas, também são recobertas por um tecido mucoso para aquecer, umedecer e 
limpar o ar inalado. 
Vômer: O vômer é um osso fino, plano, que forma a maior parte do septo nasal ósseo. 
Juntamente com a lâmina perpendicular do osso etmóide, sustenta as cartilagens que formam 
a parte anterior do septo nasal (Figura 4). 
 
Mandíbula: A mandíbula é o maior e mais forte osso da face, está ligado ao crânio pela 
articulação temporomandibular e, é o único osso móvel do crânio. A parte anterior da 
mandíbula constitui o corpo, estendendo-se verticalmente na parte posterior do corpo estão os 
dois ramos. Na margem superior de cada ramo encontra-se o processo condilar 
assemelhando-se a um botão que se articula com a fossa mandibular do osso temporal, e um 
processo coronóide para a fixação do músculo temporal. O ângulo da mandíbula é o local onde 
o corpo e o ramo se encontram (Figura 2). A mandíbula de um adulto sustente 16 dentes 
dentro dos processos alveolares que completam o fechamento da boca com 16 dentes da 
maxila (Figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Osso Hióide 
O osso hióide é a única parte do esqueleto que não se liga diretamente a nenhum outro 
osso. Está localizado na região do pescoço, debaixo da mandíbula, ligado à laringe e ao 
processo estilóide do osso temporal através de músculos e ligamentos. O osso hióide 
proporciona fixação para alguns músculos da língua. Este osso pode ser palpado colocando o 
Figura 2 Figura 3 
Processo 
Coronóide 
Processo 
Condilar 
Corpo 
Ramo 
Ângulo 
Incisivo 
Central 
Incisivo 
Lateral 
I Pré-molar 
II Pré-molar 
I Molar 
II Molar 
III Molar 
Canino 
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dedo polegar e o dedo indicador em ambos os lados da parte superior do pescoço, debaixo das 
porções laterais da mandíbula e apertando com firmeza medialmente. O osso hióide é 
examinado cuidadosamente em uma autópsia quando se suspeita de estrangulamento, pois 
ele é freqüentemente fraturado quando isso ocorre (Figura 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ossículos da Audição 
O ouvido médio é uma câmara cheia de ar situada na parte petrosa do osso temporal. 
Três pequenos pares de ossos, chamados ossículos da audição, estão localizados no ouvido 
médio. De fora para dentro, estes ossos são: martelo, bigorna e estribo (Figura 6). A membrana 
timpânica separa o ouvido médio do ouvido externo. A tuba auditiva conecta o ouvido médio, 
anteriormente, com a parte nasal da faringe e iguala a pressão do ar em ambos os lados da 
membrana timpânica. 
Os ossículos da audição estão fixos à parede do ouvido médio por ligamentos. 
Vibrações da membrana timpânica causam movimentos nos ossículos da audição que 
transmitem ondas sonoras para o ouvido interno. A vibração desloca um líquido no ouvido 
interno e estimula os receptores da audição (Figura 7). 
Figura 5 
Osso 
Vômer 
Osso 
Palatino 
Figura 4 
Osso 
Hióide 
 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Coluna Vertebral 
A coluna vertebral consiste em uma série de ossos irregulares chamados vértebras, 
separadas umas das outras por discos fibrocartilagíneos intervertebrais. As vértebras envolvem 
e protegem a medula espinhal, sustentam o crânio, se articulam com a caixa torácica e 
fornecem fixação para os músculos do tronco. Os discos intervertebrais dão flexibilidade à 
coluna vertebral e absorvem os impactos verticais. Quando vista lateralmente, pode-se 
identificar quatro curvaturas na coluna vertebral: Cervical, Torácica, Lombar e Pélvica (sacro e 
cóccix). Estas curvaturas são importantes porque aumentam o equilíbrio da parte superior do 
corpo e permitem a posição bipodal. As quatro curvaturas vertebrais não estão presentes no 
recém-nascido. A curvatura cervical começa a se desenvolver em torno dos 3 meses quando a 
criança começa a movimentar a cabeça. A curvatura lombar se desenvolve quando a criança 
começa a andar. As curvaturas torácica e pélvica são chamadas curvaturas primárias porque 
mantêm a forma fetal, enquanto as curvaturas cervical e lombar são chamadas secundárias 
porque modificam a forma fetal. 
Uma vértebra típica consiste em: 
 Corpo vertebral – situado anteriormente em forma de tambor e está em contato 
com os discos intervertebrais em cima e em baixo. 
 Arco vertebral – fixado à superfície posterior do corpo e formado por dois 
pedículos e duas lâminas 
 Forame vertebral – espaço formado entre o arco vertebral e o corpo, através do 
qual passa a medula espinal 
Entre os pedículos de duas vértebras adjacentes formam-se os forames intervertebrais, 
através dos quais emergem os nervos espinais quando seus ramos saem da medula espinal. 
Figura 6 
Martelo 
Bigorna 
Estribo 
Figura 7 
Meato 
Acústico 
Externo 
Membrana 
Timpânica 
Tuba 
Auditiva 
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Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra típica: o processo 
espinhoso, dois processos transversos, dois processos articulares superiores e dois processos 
articulares inferiores. O processo espinhoso e os processos transversos servem para fixações 
musculares e os processos articulares superior e inferior limitam a torção da coluna vertebral. 
 
Características Regionais das vértebras 
Vértebras Cervicais: As vértebras cervicais se distinguem pela presença de um forame 
transversário em cada processo transverso. Esses forames servem de passagem para a artéria 
vertebral, responsável pelo fluxo sanguíneo ao encéfalo. As vértebras cervicais de C2 a C6 
geralmente tem um processo espinhoso bífido. Os processos articulares estão voltados para 
superior e para inferior. 
O Atlas (C1) é a primeira vértebra cervical. Ao Atlas falta um corpo, mas tem um 
processo espinhoso pequeno e arredondado chamado tubérculo posterior do Atlas, e faces 
articulares superiores côncavas que se articulam com os côndilos occipitais do crânio. Essa 
articulação atlanto-occipital suporta o crânio e permite a inclinação da cabeça para o 
movimento de “afirmação”. 
O áxis (C2) é a segunda vértebra cervical, tem um dente (processo odontóide) para 
rotação com o Atlas, virando a cabeça como no movimento de “negação”. 
 
Vértebras Torácicas: Doze vértebras torácicas se articulam com as costelas, formando o 
suporte posterior da caixa torácica. Os processos espinhosos das vértebras torácicas são mais 
longos e verticalizados. Fóveas costais estão presentesno corpo e nos processos transversos 
para a articulação das vértebras com as costelas. Os processos articulares estão voltados para 
anterior e posterior. 
 
Vértebras Lombares: As cinco vértebras lombares apresentam processos espinhosos 
mais pesados e espessos, são as maiores vértebras da coluna vertebral. Os processos 
articulares estão voltados para medial e lateral. 
 
Sacro: O sacro fornece uma forte base para o cíngulo do membro inferior. Consiste em 
cinco vértebras sacrais que se fundem depois dos 26 anos de idade. O sacro tem uma face 
auricular extensa em suas laterais para a sua articulação com o osso ilíaco (articulação sacro-
ilíaca). Uma crista sacral mediana é formada ao longo da superfície posterior pela fusão dos 
processos espinhosos. Forames sacrais posteriores em ambos os lados da crista mediana 
permitem a passagem de nervos da medula espinal. O canal sacral é a cavidade tubular dentro 
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do sacro que é contínua com o canal vertebral. Um par de processos articulares superiores se 
articula com a quinta vértebra lombar. A superfície anterior lisa do sacro tem quatro linhas 
transversais que demonstram a fusão dos corpos vertebrais, nas extremidades destas linhas 
estão os pares de forames sacrais anteriores. 
 
Cóccix: O cóccix tem forma triangular e está composto por quatro vértebras coccígeas 
fundidas. Apenas a primeira vértebra do cóccix apresenta processos transversos. Articula-se 
com o sacro por meio de um disco intervertebral. 
 
 Caixa Torácica 
A caixa torácica, flexível, é formada por 12 vértebras torácicas, 12 pares de costelas, 
cartilagens costais e o esterno. A caixa torácica, achatada antero-posteriormente e mais 
estreita superiormente do que inferiormente, sustenta o cíngulo do membro superior e os 
membros superiores, protege e dá suporte às vísceras torácicas, e desempenha importante 
função na respiração. As vértebras, costelas e esterno contêm medula óssea vermelha para a 
produção de células sanguíneas (leucócitos, eritrócitos e plaquetas). 
 
Esterno: O esterno é um osso plano que consiste em três ossos separados: o manúbrio 
do esterno (mais superior), o corpo do esterno (central), e o processo xifóide (mais inferior). Em 
cada lado do esterno estão as incisuras costais onde as cartilagens costais se ligam. Na 
extremidade superior do manúbrio do esterno existe a incisura jugular, devido à passagem das 
veias jugulares nessa região. Em cada lado da incisura jugular está presente uma incisura 
clavicular para articulação do esterno com a clavícula. O manúbrio do esterno articula-se com 
as cartilagens costais da primeira e segunda costelas. O corpo do esterno liga-se às cartilagens 
costais da segunda até a décima costela. O processo xifóide não se prende a costelas, mas é 
um ponto de fixação para os músculos abdominais. 
 
Costelas: Existem doze pares de costelas, cada par se liga posteriormente a uma 
vértebra torácica. Anteriormente, os primeiros sete pares estão ligados ao esterno através de 
cartilagens costais individuais (costelas verdadeiras). As cartilagens costais da oitava, nona e 
décima costelas (costelas falsas) fundem-se e se prendem à cartilagem costal da sétima 
costela. Os dois últimos pares de costelas não se prendem ao esterno (costelas flutuantes). 
Cada um dos primeiros dez pares tem uma cabeça e um tubérculo para articulação com 
uma vértebra torácica. A cabeça da costela se articula com o corpo vertebral. O tubérculo se 
articula com o processo transverso da vértebra torácica. Os dois últimos pares tem uma 
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cabeça, mas não possuem tubérculos. O colo é a parte entre a cabeça e o tubérculo. O corpo é 
a parte principal encurvada da costela. Ao longo da face interna do corpo existe um canal 
deprimido chamado sulco da costela que protege os vasos intercostais e o nervo intercostal. Os 
espaços entre as costelas são chamados espaços intercostais e estão ocupados pelos 
músculos intercostais. 
 
 
Dangelo e Fattine. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2a edição. SP: Editora Atheneu, 
2002. 
 
Van De Graaff. Anatomia Humana. 6ª edição. Barueri, SP: Manole, 2003. 
 
Moore KL, Dalley, AF. Anatomia orientada para a clínica. Quarta edição. Rio de Janeiro, RJ: 
Editora Guanabara Koogan, 2001.

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