Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO DE CASO PROJETO V Professor(a): Clarisse Borges Turno: Manhã Matéria: Ateliê de Projeto V YANA VICTÓRIA RAMOS PEREIRA SUMARIO INTRODUÇÃO OBRAS REFÊNCIAS E INSPIRAÇÕES REGIONAIS INFORMAÇÕES ARQUITETONICAS SOBRE CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. INFORMAÇÕES ARQUITETONICAS SOBRE Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO Pesquisando exemplos e referências para desenvolvimento do projeto de um centro cultural, me chamou atenção pesquisar o que seria e o que necessitaria ter um projeto de alta relevância a população como esse. Ao falar centro cultural, levei em consideração o significado da palavra cultura, que significa: “Cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade.” Com isso, obtive de forma clara, o meu principal objetivo no desenvolvimento e conclusão desse projeto: Fazer algo que seja de uso diário da população, com referências arquitetônicas místicas, vindo tanto das várias inspirações locais do estado do Piauí e da cidade de Teresina-PI, quanto de obras externas que me identifiquei. O principal intuito desse projeto, é fazer com que o real significado do papel de centro cultural seja cumprido. Que é dar meio ao individuo conhecer, desenvolver e criar novos olhares sobre o mundo. Centros culturais podem ser considerados como locais de conhecer, de pensar, de elaborar, de criar. Espaços de ação continua e não linear, não convencional, de fazer a cultura viva. Espaço de fortalecer as individualidades para atuarem coletivamente, de maneira criativa, elaborando a cultura com as próprias mãos. OBRAS Centro Cultural de Exposições e Eventos – Paraty. CENTRO CULTURAL DE EVENTOS E EXPOSIÇÕES EM PARATY / FILIPE GEBRIM DORIA Os projetos citados a cima e descritos ao decorrer do trabalho, fazem parte de um concurso para o Centro Cultural de Exposições e Eventos de Paraty – RJ, com premiação: Menção Honrosa. O centro cultural (1) ficou em terceiro lugar na sua modalidade e o centro cultural (2) Filipe Gebrim foi o campeão do concurso. Ambos me chamaram atenção, pela simplicidade, organização e desenvoltura do projeto, com toques minimalistas, modernos, sofisticados e todos adaptados ao seu entorno, pensando no bem comum da população. REFERÊNCIAS E INSPIRAÇÕES REGIONAIS Teresina conhecida como cidade verde, por suas ruas serem bem arborizadas, tem vegetações características, que se tornam uma de suas referências. Para o meu projeto, irei utilizar 3 delas como marco referencial local: A carnaúba, o caneleiro e os famosos ipês. REFERÊNCIAS E INSPIRAÇÕES REGIONAIS Teresina também é conhecida como cidade do sol, por sua alta temperatura na maior parte do ano. Usando disso como um ponto positivo, irei utilizar ao máximo da iluminação natural do local, usando técnicas e instrumentos para a elaboração funcional no projeto. Teresina tem grande destaque na arte santeira e no artesanato, irei integrar ambos de forma com que a população praticante dessas atividades e usuários simpatizantes sintam-se parte daquele local. Preservando caractériscas e costumes locais do entorno preexistente. CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. Autores: André di Gregorio, Rodrigo Maçonilio Sergio Vieira Anariá Ladeira Henrique Menezes Colaboradores: Lucas Dalcim, Thais Midori, Raphael Takano Consultor iluminação Luis Tagliavini Localização Paraty, Rio de Janeiro Projeto Abril de 2014 Centro Cultural de Exposições e Eventos de Paraty - RJ CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. Intenções dos Arquitetos: Intervir em uma cidade histórica da importância de Parati solicita que o projeto respeite sua condição temporal e cultural e que não compita com o que está consolidado. Conciliar a contemporaneidade do novo conjunto com a tradicional e histórica atividade turística de Paraty foi tido como premissa para elaboração do projeto, buscando ao mesmo tempo o desenvolvimento desejável e também servir ao que já existe. O resultado é uma proposta que complementa o sentido do turismo da cidade, servindo como palco de uma atração já existente. CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. PARTIDO O desenho é resultado da preocupação da equipe em não agredir ou marcar o entorno - histórico e atual - orientando o desenvolvimento construtivo do bairro do Jabaquara e dos demais bairros periféricos que darão lugar a novos empreendimentos fora do perímetro do centro histórico da cidade. A implantação do conjunto favorece o acesso por quase todo o perímetro da quadra, resultando em uma permeabilidade que atenda aos diversos fluxos de pedestres e de automóveis, que podem acessar vindos a partir do bairro residencial próximo, da rodovia Rio Santos e também do centro histórico. Esta aposta de múltiplas entradas tem por fim abraçar os visitantes criando uma extensão do espaço público em seu miolo de quadra. CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. ESTRUTURA Levando em consideração o clima e topografia local, configuramos os pavimentos internos 45 cm acima do nível da rua, tendo em vista o conforto térmico e a proteção contra os alagamentos periódicos que ocorrem no local. A base do conjunto – fundações e pilares do pavimento térreo, em concreto armado, protegido contra a ação dos elementos corrosivos naturais – e a estrutura dos pavimentos superiores em estrutura metálica possibilitam grandes vãos e uma planta livre CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. SETORIZAÇÃO O programa está disposto em volumes perimetrais de gabarito baixo, até 8m de altura, formando uma praça interna. Este partido visa um melhor aproveitamento do terreno para a disposição do programa em áreas livres, de circulação, e áreas fechadas. As exposições e eventos podem ser acomodados de maneira livre: no pavilhão fechado e salas modulares, nas áreas abertas sob os volumes suspensos e na praça livre que conta com estrutura para cobertura removível. CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. SUSTENTABILIDADE Implantar um conjunto destas proporções em uma área protegida por sua história e meio-ambiente demandou cuidados maiores com as questões de sustentabilidade. Uma proposta com o menor impacto ambiental, energético e visual possíveis foi tido como um segundo partido pela equipe. Foram incluídas soluções que garantem o menor impacto durante a construção do centro cultural bem como durante sua utilização, como: baixa intervenção no terreno, consideração dos recursos hídricos e seu dinamismo, utilização de materiais de baixo impacto ambiental, inclusão da biodiversidade nativa, manter uma grande porção de área permeável, dentre outros. CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. PLANTA BAIXA TÉRREO CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. PLANTA BAIXA- 1 PAVIMENTO CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. COBERTURA CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. CORTES CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. CROQUI CENTRO CULTURAL DE EXPOSIÇÕES E EVENTOS – PARATY. IMAGENS 3D ÁREA DE CONVIVÊNCIA INTERNA ÁREA DE CONVIVÊNCIA EXTERNA Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria Arquiteto: Filipe Gebrim Doria. Colaboradores: Fernanda Mangini, Luiza Itokazu e Sérgio Zancopé (imagens 3D), Rulian Nociti de Mendonça. Localização Paraty, Rio de Janeiro Projeto Abril de 2014 Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria Intenções do arquiteto: Pensar um projeto para a cidade de Paraty, dada a sua relevância como patrimônio edificado, nos leva antes de tudo a uma reflexão acerca das condições urbanas existentes. Trata-se de uma cidade histórica, onde tanto as áreas antigas como as novas possuem uma urbanização com lotes de tamanho reduzido, a escaladas construções é basicamente a do gabarito dos sobrados, os quarteirões são bem consolidados, definindo o espaço público por excelência, a rua. A área escolhida para o CCEE está situada em um bairro fora do centro histórico, o mesmo possui urbanização mais recente, ainda pouco consolidada. O terreno encontra-se no limiar entre a área loteada e o início da mata Atlântica que se estende em direção a Serra do Mar. A partir de uma primeira abordagem chega-se a duas condicionantes que irão direcionar o partido do projeto: O tipo de urbanização da cidade, tendo em sua grande maioria construções de escala e gabarito reduzido. O local no qual o edifício se insere, tendo contato direto com a natureza a seu redor. O programa proposto vem de encontro a isso na medida em que se caracteriza pelo uso público, o que fortalece e propicia a idéia de integração entre o edifício e o meio que o cerca. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria PARTIDO O partido adotado responde em um só tempo a todas as questões. O que se propõe não é um único edifício mas um conjunto de elementos edificados e não edificados que gere um espaço que atenda ao programa e se insira no meio urbano e na paisagem de forma clara e precisa. Um grande pavilhão de 100x60 metros, com malha modular de 5x5 metros materializada por um conjunto de vigas e pilares de madeira. “Uma cobertura que constrói o território, que protege sem subtrair a luz do sol, que realiza a grandeza do espaço, independentemente das suas dimensões, na medida em que estabelece um centro contíguo a tudo, onipresente tanto no plano horizontal como no vertical – o lugar onde o dentro é maior que o fora”. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria PARTIDO Os volumes internos que abrigam os espaços fechados são dispostos a partir de uma rígida lógica baseada no atendimento funcional e na modulação racional. O projeto explora essa tensão tornando uma aparente limitação em um fator de criação de espaços diversos. Mantem-se dentro de uma forma prismática a flexibilidade necessária para abrigar a variação de usos e espaços, todas elas contidas pelas proporções precisas dos limites. “Na tensão entre a afirmação da ordem e a aleatoriedade da vida encontra-se um sentido”. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria A disposição rompe com o usual para este tipo de programa, alterando a relação entre circulações, espaços de permanência e usos, tornando o um espaço uno, onde a noção de começo e fim, dentro e fora, abrigado e não abrigado passa a ser questionada. A transição entre a área externa e interna se dá de maneira gradual, como uma experiência sensorial. Para quem chega pela Avenida Vera Cruz há uma esplanada entre a calçada e o prédio, esse recuo permite ao observador uma contemplação do conjunto e da escala do edificado. Caminhando pela mesma, que cumpre o papel urbano de uma pequena praça, livre para todo tipo de apropriação, acompanha-se o espelho d água e a vegetação que permeiam o edifício, fazendo alusão as mares altas que invadem as ruas de Paraty nas cheias. 23 Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria A entrada se dá através de um platô que faz a transposição do nível da calçada para o nível do pavilhão. Já dentro do mesmo, abrigado pela cobertura com pé direito de 4.5m, composta por 3 camadas; tela metálica, vidro e pergolado de madeira, que filtram e dão forma a luz, tem-se acesso a todas as áreas do programa, dispostas dentritranslo de volumes de vidro autoportante semúcidos que fazem a transição final entre espaço externo e interno de forma poética. A materialidade do vidro contrasta com o aconchego da madeira e do paisagismo dando um ar contemporâneo ao conjunto. A semitransparência esvazia o sentido de massa e permite que o observador crie mentalmente uma imagem abstrata do que ocorre no interior sem desvendá-lo previamente. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria ESTRUTURA / FUNCIONALIDADE O programa está distribuído de forma a hierarquizar e ordenar os usos e as circulações. Os espaços fechados que abrigam o programa possuem estrutura independente, com vigas e pilares metálicos e cobertura em telha dupla com isolamento termo acústico. O pé direito atende as necessidades funcionais dos usos propostos, com altura livre e generosa e entre forro para instalações. Particularmente no volume que abriga o espaço multiuso cria-se uma área da edificação com 2 pavimentos para abrigar espaços do programa que não demandam pé direito elevado, como os banheiros, o escritório da administração e as áreas de apoio. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria Na fachada noroeste, dispõem-se o auditório e o salão multiuso, que são as maiores concentrações de área do programa e caracterizam-se como espaços com menor relação com o exterior. Para vencer o vão de 20 metros que ambos possuem foi adotado o sistema de vigas vagão. O mesmo contribui com a espacialidade das salas na medida em que se compõe de um belo conjunto de extrema leveza visual. O espaço multiuso, com possibilidade de compartimentação, conta com ampla flexibilidade, podendo servir a todo tipo de evento. Um corredor lateral organiza o acesso as áreas de apoio podendo garanti-lo ou restringi-lo conforme a necessidade de cada utilização. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria Pelas duas laterais do edifício ocorre o acesso de carga e descarga, por elas chega-se a todas as áreas de serviço ou restritas como depósitos, cozinhas, banheiros, administração, camarins, etc. Sem interferir no fluxo dos usuários. Voltados para a fachada frontal estão os espaços fechados que usufruem mais do contato com o exterior; salas de reunião, café e restaurante. A circulação, externa aos volumes fechados, se dá por espaços amplos, que funcionam como uma espécie de rua coberta. As 4 faces do edifício possuem tratamento semelhante, não subjugando ou hierarquizando sua relação com o entorno. Os volumes fechados possuem fachadas compostas por portas em chapa metálica, vidro semitranslúcido autoportante e vidro criando uma composição dinâmica que possibilita a variação funcional necessária, possibilitando uma relação visual maior ou menor entre interior e exterior conforme a proporção adotada para cada um dos elementos. Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria IMAGENS 3D Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria IMAGENS 3D Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria PRANCHAS EXPLICATIVAS Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria PRANCHAS EXPLICATIVAS Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria PRANCHAS EXPLICATIVAS Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Filipe Gebrim Doria PRANCHAS EXPLICATIVAS CONCLUSÃO No primeiro projeto da proposta de um Centro Cultural em Paraty- RJ, tirei referências na parte estrutural, sustentável e na volumetria. Que ambos mesmo sendo em áreas distintas se interligam no projeto de forma simples e funcional. O desenho é resultado da preocupação da equipe em não agredir ou marcar o entorno - histórico e atual - orientando o desenvolvimento construtivo do bairro. O programa está disposto em volumes perimetrais de gabarito baixo, formando uma praça interna. Este partido visa um melhor aproveitamento do terreno para a disposição do programa em áreas livres, de circulação, e áreas fechadas. . Foram incluídas soluções que garantem o menor impacto durante a construção do centro cultural bem como durante sua utilização, como: baixa intervenção no terreno, consideração dos recursos hídricos e seu dinamismo, inclusão da biodiversidade nativa, dentre outros. CONCLUSÃO No segundo projeto proposto, o Centro Cultural em Paraty/ Fiilipe Doria, tireireferências na disposição internas do edifício e no uso de vegetações nativas para implementar o projeto. Sua volumetria e características plásticas também serviram de expiração para projeção do Centro Cultural. A disposição rompe com o usual para este tipo de programa, alterando a relação entre circulações, espaços de permanência e usos, tornando o um espaço uno, onde a noção de começo e fim, dentro e fora, abrigado e não abrigado passa a ser questionada. A transição entre a área externa e interna se dá de maneira gradual, como uma experiência sensorial CONCLUSÃO Analisando vários contextos, exemplos e pesquisas para o desenvolvimento do projeto de um centro cultural, logo pensei em fazer algo que seja 100% funcional, para o povo, do povo. Um cenário que englobe o cidadão independentemente do seu estilo, sexo, etnia ou religião, algo que faça com que o espaço seja voltado para interação social da população, algo duradouro, não apenas momentâneo, que sirva hoje mas que também atenda as necessidades em tempos futuros. Pensando nisso, busquei exemplos e referências de estruturas arquitetônicas que tivessem um desenvolvimento estrutural organizado, amplo, moderno, acolhedor, que chame atenção do publico e faça com que eles permaneçam e retorne ao local. Concluindo, busco trazer traços minimalistas, modernos, amplos, integrados, organizados, mantendo a originalidade do seu entorno e implantando características nativas do mesmo. REFERÊNCIAS https://www.archdaily.com.br/br/01-187428/mencao-honrosa-no-concurso-para-o-centro-cultural-de-eventos-e-exposicoes-em-paraty-slash-filipe-gebrim-doria https://www.archdaily.com.br/br/623538/mencao-honrosa-no-concurso-para-o-centro-cultural-de-exposicoes-e-eventos-de-paraty-rj http://www.estudiobra.com/CENTRO-CULTURAL-DE-EVENTOS-E-EXPOSICOES http://estradasecaminhos.blogspot.com/2011/04/teresina-capital-do-piaui-e-chamada.html
Compartilhar