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TEMPOS MODERNOS NO CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

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2
UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
PROJETO INTEGRADOR
ENGENHARIA CIVIL
“TEMPOS MODERNOS” NO CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Cláudia Cristina Moreira Rodrigues – RGM 351064
MOGI DAS CRUZES, SP
2016
CLÁUDIA CRISTINA MOREIRA RODRIGUES – RGM 351064
“TEMPOS MODERNOS” NO CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Análise do Filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin
 
 Monografia solicitada como trabalho para avaliação na disciplina
 Projeto Integrador, no curso de Engenharia Civil, 1° período,
 orientada pela professora Marina Alvarenga
MOGI DAS CRUZES, SP
2016
Dedico este trabalho primeiramente a DEUS. Em ti confio. 
A minha família pelo amor, incentivo e paciência.
A minha mãe, pela sua generosidade e amor incondicional.
Ao meu falecido pai, que sempre estará presente em minha vida. 
A minha orientadora Marina Alvarenga.
Agradecimentos
A Deus e a todos que me incentivaram nesta nova caminhada.
RESUMO DO FILME “TEMPOS MODERNOS”
Charles Chaplin transformou seu filme “mudo” “Tempos Modernos” em uma crítica gritante ao modelo do capitalismo que surgia após a depressão econômica de 1929.
Nesta época a maioria da população encontrava-se desempregada e sem alternativas de sobrevivência. Na cena inicial do filme de Chaplin, as ovelhas brancas são comparadas à grande massa de operários prestes a entrar em seu turno de trabalho, enquanto a única ovelha negra é o próprio Carlitos, aqui um trabalhador em uma fábrica, apertando parafusos sem parar em uma linha de montagem, submetido a um ritmo de trabalho estressante, tendo que aumentar a velocidade de seu trabalho, conforme a vontade de seu patrão, este somente visando ao aumento da produção e do lucro da empresa, sem nenhum critério, não levando em conta o desgaste físico e mental dos trabalhadores. Carlitos supostamente enlouquecido, mergulha na máquina em que trabalha, fazendo uma alusão ao operário que passa a ser mais uma engrenagem do maquinário de uma fábrica. Carlitos então é internado e tratado. Recuperado, sai do hospital, desempregado e sem rumo, e é confundido como líder sindical e é preso. Ao sair da prisão, é contratado para trabalhar no porto e como consequência de sua falta de habilidade e conhecimento, não consegue executar uma simples tarefa de separar calços de madeira, lançando inadvertidamente um navio ao mar. Desempregado novamente, consegue um emprego de vigia em uma loja de departamentos, sem conseguir impedir um assalto. É preso novamente. Solto, consegue novo emprego em um restaurante. Sem levar jeito para a função de garçom, consegue finalmente descobrir sua vocação: a de improvisador musical, até criar mais uma confusão no restaurante e fugir com sua namorada órfã. Até que esta, a certa altura desesperada, lhe pergunta: - “para que tudo isso? ”, e Carlitos confiante e esperançoso responde: - “levante a cabeça, nunca abandone a luta! ”, e seguem em frente sem rumo, subentendendo-se aqui, uma analogia à falta de perspectiva e rumo na vida dos trabalhadores da época.
Palavras-chave: Trabalhador/ Desemprego/ Revolução Industrial/ Depressão Econômica
FRASES DE CHARLES CHAPLIN
“Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar … os que não se fazem amar e os inumanos! ”.
“Mais do que máquina precisamos de humanidade. Mais do que inteligência precisamos de afeição, doçura. Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido! ”.
“Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza de seus ideais”.
“Nunca se afaste de seus sonhos, pois se eles se forem, você continuará vivendo, mas terá deixado de existir”.
“O verdadeiro significado das coisas é encontrado ao se dizer as mesmas coisas com outras palavras”.
 Charles Chaplin
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1 
1 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 1
2 A CRISE DE 1929 1
3 A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR 2
4 A CRÍTICA DE TEMPOS MODERNOS NA ADMINSTRAÇÃO CIENTÍFICA 3
5 TOYOTISMO 4
6 CONCLUSÃO 4
REFERÊNCIAS 5
	
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é relacionar as cenas apresentadas no filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, com a teoria da Administração Científica desenvolvida por Frederick W. Taylor, mostrando o impacto das transformações ocorridas no modo de vida dos trabalhadores com o advento da grande depressão ocorrida em 1929 e as novas formas de relação de trabalho nos dias de hoje.
 1 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A revolução industrial teve início na Inglaterra, aproximadamente entre 1760 e 1830, se alastrando para a Europa Ocidental e EUA. Pode ser considerada como a transição da produção artesanal para a produção industrial, aumentando vertiginosamente a produção de produtos e o lucro das empresas, ao mesmo tempo que utilizava mão-de-obra barata e pouco qualificada. A revolução industrial também gerou insatisfação dos trabalhadores frente as más condições de trabalho da época e da pesada carga horária de trabalho, com até 16 horas diárias de trabalho. Para compensar o investimento de novas máquinas e manter o máximo lucro, a chamada mais-valia, utilizava-se mão-de-obra mais barata, recorrendo para isso, ao trabalho de mulheres e crianças. No entanto, deveria ser evitada a ociosidade do trabalhador. Foi nesta época que começaram a despontar os sindicatos, para proteger os trabalhadores diante de tamanha exploração.
2 A CRISE DE 1929
A crise de 1929, também conhecida como “A Grande Depressão” ou “Quebra da Bolsa de Nova York”, foi a mais grave crise econômica do século XX, ocorrida no entre guerras, isto é, entre o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) até o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, os EUA aumentaram substancialmente suas exportações para os países da Europa, atingidos pela guerra, já que estes não conseguiam atender ao mercado interno europeu. Ao mesmo tempo, os EUA passaram a emprestar dinheiro a estes países, tornando-se assim o país mais rico e poderoso do mundo. Com a reconstrução e recuperação econômica dos países europeus atingidos pela guerra, não houve mais a necessidade de importação dos produtos industrializados e agrícolas dos EUA. Com a diminuição das exportações nos EUA, as indústrias americanas ficaram com a maioria de seus estoques parados, já que o mercado americano não comportava os enormes estoques produzidos pelas indústrias para toda a Europa. Deste modo, as grandes indústrias americanas foram obrigadas a diminuir sua produção e demitir funcionários. O consumo dos americanos diminuiu sensivelmente, com a queda do poder aquisitivo da população americana. As ações da maioria das empresas sofreram forte desvalorização, ocasionando a falência de muitas empresas. Como a economia americana era a propulsora da economia mundial, muitos países também quebraram. Para conter a crise, em 1933, o presidente Roosevelt, criou uma série de reformas com o objetivo de recuperar a economia americana,um novo acordo ou trato, denominado “New Deal”. Entre as reformas estavam: o aumento do investimento em obras públicas, o controle de preços e da produção das indústrias, a destruição de grandes estoques, a diminuição da jornada de trabalho e a criação dos direitos trabalhistas e proteção aos desempregados. Com isso, as indústrias voltaram a crescer e a controlar seus estoques, voltando a empregar maciçamente, o que diminuiu sensivelmente o desemprego. Devido ao êxito do plano, os EUA, voltaram a ser novamente uma potência mundial, a partir de 1940.
3 A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR
Também conhecida como Taylorismo, a Administração Científica, criada no começo do século XX, pelo engenheiro mecânico e economista Frederick W. Taylor, é um conjunto de práticas utilizadas para otimizar a indústria. O principal objetivo destas práticas é aumentar a produtividade, eliminando o desperdício e dando ênfase nas tarefas, afim de racionalizar o trabalho do operário. Taylor não só criou a divisão de tarefas, como cronometrou o tempo mínimo para a realização das tarefas e os movimentos necessários para executá-las, através de treinamento do trabalhador para aperfeiçoar suas habilidades. Para reduzir os custos e aumentar a produtividade, o operário deveria exercer a mesma função repetidamente, simplificando-se assim as tarefas, ao mesmo tempo que o operário se tornava cada vez mais especializado em uma única função. Taylor também pregava o incentivo ao trabalhador através de recompensas salariais, bem como, o controle do processo produtivo, através da supervisão de todo o produto fabricado. 
4 A CRÍTICA DE TEMPOS MODERNOS NA ADMINSTRAÇÃO CIENTÍFICA 
No filme Tempos Modernos de Charles Chaplin identificamos em diversas cenas os efeitos que a Administração Científica de Taylor refletia nos trabalhadores da época.
A primeira cena a ser identificada, com a teoria de Taylor, seria do trabalhador entrando extremamente cedo e saindo extremamente tarde do trabalho, com uma carga horária excessiva a ser cumprida pelos operários, de até 16 horas diárias, criticando a teoria de Taylor, pelo excesso de carga horária afim de se obter o máximo rendimento sem se importar com o estado de fadiga dos trabalhadores. 
A segunda cena relacionada com a teoria de Taylor, seria o do relógio de ponto da fábrica, marcando o horário da entrada, do almoço e da saída, indicando a medição do tempo de Taylor através de um cronômetro para executar tarefas e avaliar o tempo-padrão, com isto haveria um aumento da produtividade e redução dos custos, para uma produção em larga escala.
Outra cena a ser evidenciada é a das ovelhas num curral, pois a ovelha é o único animal que não reclama ao ser sacrificada, não foge, comparando-as aos trabalhadores que se sacrificam, são alienados. 
Uma cena que critica Taylor, seria o operário executando uma única função repetitivamente. Taylor pregava a qualificação do operário. O ofício de Carlitos era apertar parafusos repetidamente na esteira da linha de produção. Percebemos o trabalho repetitivo, a divisão de tarefas, a especialização do operário, na eficiência de Taylor. Carlitos exausto, passa a ter espasmos decorrente do trabalho estressante, com reações involuntárias, até cair dentro das engrenagens da máquina onde trabalha. Aqui, Chaplin critica a forma de tratamento dispensado ao trabalhador, pois este passa a ser tratado como uma máquina, uma engrenagem da linha de produção, causando sérios danos físicos aos trabalhadores.
Devemos também relatar os avanços tecnológicos apresentados no filme, onde o trabalhador executa seu trabalho repetidamente em uma linha de produção, sendo supervisionado por outro trabalhador para verificar a qualidade do produto produzido. Podemos verificar no filme a prática da organização racional do trabalho, que impõe uma divisão de responsabilidades: o planejamento, a supervisão e a execução. A gerência pensa e o trabalhador executa. O filme também mostra as péssimas condições de trabalho, o trabalho extenuante, a repetição de tarefas; Carlitos aperta parafusos ininterruptamente na esteira de produção.
Outra cena a ser considerada é a da máquina alimentadora, onde a ideia seria que os operários tivessem reduzida a sua hora de almoço, para que voltassem a produzir imediatamente e assim ampliariam suas horas de trabalho para aumentarem a produção e consequentemente os lucros e assim ultrapassar a concorrência, ratificando a Teoria de Taylor, que recomendava o máximo rendimento através do aumento de produção.
5 TOYOTISMO
O Toyotismo, ou acumulação flexível, é um modelo de produção industrial idealizado por Eiji Toyoda nos anos 60, que se contrapôs ao modelo de Ford, ou Fordismo, de produção em massa. Ford se baseava nas técnicas usadas na linha de produção de Taylor, com a máxima especialização de cada funcionário, afim de baratear os custos de produção, aumentando a sua eficiência e diminuindo a ociosidade e o desperdício, tendo como objetivo aumentar a sua produção por meio da força de trabalho dos trabalhadores. Ford também preconizava a máxima estocagem de matérias-primas e seus produtos manufaturados. Toyoda, ao contrário, pregava a eficiência, sem acúmulo de estoque, ou seja, produzir para atender a procura pelo produto. Assim concebeu o sistema just-in-time, ou em cima da hora, onde a importação de matéria-prima e a produção do produto deve acontecer de forma “casada”, conforme a entrada de pedidos dos compradores, ajustando um prazo de entrega combinado. Desta maneira, a oferta de produtos será compatível com a procura destes, não existindo risco de estoque parado e a consequente perda dos lucros das indústrias. 
 6 CONCLUSÃO
Charles Chaplin, concebeu um filme a fim de criticar o sistema de trabalho adotado na época, onde as pessoas se submetiam a longas jornadas de trabalho, péssimas condições de trabalho, remuneração baixa e ausência de garantias trabalhistas. Sem dúvida, este sistema mostrava-se profundamente desumano, gerando a extrema pobreza e falta de perspectivas ao trabalhador. Atualmente, o método de trabalho em destaque é o Toyotismo, com ênfase no just-in-time, qualidade de produção e bem-estar social. Assim podemos concluir que a indústria evoluiu com a percepção de melhorar a qualidade de vida para seus funcionários. O funcionário antes tratado como uma engrenagem da produção de trabalho de uma fábrica, submetido a fadiga e a falta de perspectiva, hoje, passa a ser considerado como uma das principais preocupações de uma empresa, visando ao seu bem-estar físico, mental e social. Mas as teorias de Taylor ainda são postas em prática, através da redução de custos, ou “saving” praticados nas empresas e o treinamento dos funcionários. 
REFERÊNCIAS
ARRUDA, José Jobson de Andrade. A Revolução Industrial, ed. Ática, 1988.
CHAPLIN, Charles. Tempos Modernos, Vintage Films, EUA, 1936.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: abordagens prescritivas e normativas, capítulo 3 - Administração Científica, ed. Barueri, SP, 2014.
GOUNET, Thomas. Fordismo e Toyotismo, ed. Boitempo, 1999.
MOURA, Reinaldo Aparecido. A simplicidade no controle de produção, ed. IMAN, SP, 1989.

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