Buscar

AULAS; DIREITO CRIANÇA, ADOLESCENTE E JOVEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CRIANÇA, ADOLESCENTE E DO JOVEM
17/07/14
	Não se chama mais ECA, há estatuto do jovem também.
	Antes só tinha Direitos para alguns menores. Só no século XX, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, surgiu a necessidade de proteger as crianças e adolescentes. A se pensar neles não como “menores” mas como em crescimento.
	Dois marcos: CF obrigação do Estado, família cuidar deles; ECA: crianças de 0 a 12 anos adolescentes de 12 a 18 anos
	Depois: Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852/13). Quem é o jovem? Sujeito de 15 a 29 anos. Sujeito que está entre 15 a 18 anos é adolescente e jovem.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FONSECA, Antonio Cezar Lima da. Direitos da Criança e do Adolescente. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
PEREIRA, Tânia da Sukva e OLIVEIRA, Guilherme de. O cuidado como valor jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
TOLEDO, Martha de Machado. A proteção constitucional de crianças e adolescentes e os direitos humanos. Barueri, SP: Manole, 2003.
BARBOSA, Danielle Rinaldi e SOUZA, Thiago Santos de. Direito da criança e do adolescente: proteção, punição e garantismo. Curitba: Juruá, 2013.
24/07/14
PERCURSO HISTÓRICO
	Menor é objeto de pena de imputação penal ou ter um sujeito em desenvolvimento que está submetido a intervenção prestacional do Estado – de promoção de direitos, como o da educação. Este embate sempre esteve presente no percurso histórico.
	“menor” é um termo que se estabelece quando se quer fazer uma comparação. Menor é um adjetivo que sempre faz comparando com um outro sujeito. A ideia de chamar criança e adolescente de “menor”, surge porque por muito tempo não se pensavam neles como “menor”, mas como “criaturas”. É “menor” em relação a um sujeito adulto, um sujeito completo.
1. Início século XVI: Período colonial
	3 conjuntos de crianças: a) crianças que vinham com os português; b) crianças indígenas; c) crianças dos escravos negros.
	Todos os 3 conjuntos de crianças sofreram, inclusive as que eram filhos de portugueses.
	A ideia de criança e infância não fazia sentido no séc XVI, XVII e XVIII. 
	Infância é um conjunto de associações: alguém que deveria estar estudando, brincando... E isso é uma ideia moderna, veio no séc XIX. Antes disto, a criança era uma “criatura” que era “menor” que ainda não tinha chego na fase adulta.
	Criança é um não sujeito antes do séc XIX.
2. Século XIX:
	A ideia de adolescência é só do final do séc XIX e início do séc XX.
	1º lugar em que o Estado trata da criança são nos Códigos Penais
- Código Penal de 1830 e CP de 1890
	Se referia a responsabilidade penal de menores.
	Os sujeitos que tivessem entre 9 e 14 anos, quando cometessem a algum ato delituoso, seriam submetidos ao Poder Judiciário e o juiz iria julgar a existência ou não de discernimento. Se tivesse discernimento: responsabilidade penal. Se não tivesse: criança não seria responsabilizada.
	Hoje o nosso critério é cronológico: tem mais de 12 e menos 18 e cometeu ato infracional: medida socioeducativa. Hoje a medida é cronológica, naquela época o critério era discernimento.
	Se o critério é discernimento é o juiz que faz a avaliação. E não é ele, com suas técnicas jurídicas, avaliar este discernimento. Esta análise era EXCLUSIVA do Judiciário.
	No mundo, neste período ocorreu a Revolução Industrial e, com ela, uma mudança nos padrões de todo o mundo. O Brasil recebeu a Revolução Industrial foi um pouco tardia, se começa a falar de industrialização no final do século XIX.
- 1854:
	Estabeleceu-se o ensino obrigatório. Mas, nesta época, ainda havia escravidão. Este ensino obrigatório não é universalizado, filhos de escravos, indígenas... Não participavam.
3. Século XX:
	Nas fábricas: mínimo 10h por dia, condições precárias. Crianças e mulheres todas empregadas.
- Decreto 1313 de 1891
	Regulamentou a idade de 12 anos a mínima para trabalhar.
ATÉ AINDA NÃO HAVIA NADA SISTEMATIZADO PARA PROTEGER CRIANÇAS DE ADOLESCENTES.
- Proclamação da República:
	A partir daí, começa a ter conquistas mais substanciais de intervenção do estado na criança e adolescente. Antes da Proclamação a intervenção do Estado era meramente punitiva.
- 1923: Primeiro Juizado de Menores
	É a primeira vez em que há uma Justiça especializada para os menores. É o primeiro juizado de menores de toda a América Latina. Também é chamado de juizado “Mello Matos” – nome do desembargador.
- 1927: 1º Código de Menores
	Permanecia na lógica punitivista. Isto é, não se dedicava a todos os menores do Brasil. Se dedicava a uma parcela deste menores: os menores em “situação irregular”.
	Os menores em “situação irregular” eram: os menores abandonados (não tinham permanecido em suas famílias de origem), e os menores “delinquentes”.
	Os menores abandonados: passa a ser um grande problema. Importamos da Europa a “Roda dos expostos”: tinha as casas de misericórdia mantidas pela Igreja e na frente tinha uma porta rotatória e a família quando não queria o bebê ou criança e colocava na porta e girava. As “Rodas dos expostos” foram uma saída para a dificuldade de se criar crianças nesta época.
	Até o Código de Menores quem dava conta dos menores abandonados era a Igreja e caridade (filantropia). E com o Código, pela primeira vez, o Estado afirma que os menores abandonados são um problema de Estado. Um dos motivos da criação disto é para o Estado se desvincular da Igreja, na busca de se tornar um Estado laico.
	E com o Código: o menor abandonado ou delinquente, com menos de 18 anos, será submetido a autoridade competente para que ela resolva.
- 1942: Consolidação das Leis do Trabalho (Vargas – Estado Novo)
	Criação do Serviço de Atendimento ao Menor (SAM): é coordenado pelo Ministério da Justiça. Tem a orientação de ser um estabelecimento correcional-repressiva de menores. Segue a mesma lógica punitivista.
	Os menores abandonados são mandados para internatos (patronatos agrícolas ou escolas urbanas de aprendizado de ofício). E os menores delinquentes eram mandados para as casas correcionais, no modelo de internato também.
	Então, em ambos os casos a solução do Estado é a mesma: internar o menor em “Instituição total” - > menor dorme, come, bebe... faz tudo nestas instituições.
	Estas instituições são críticas até hoje, porque o sujeito rompe o seu vínculo com o exterior. E, com isso, ele perde a capacidade de “se virar” no mundo, de estabelecer sociabilidades. 
- 1964: FEBEM
	Cria a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor. Mas não é um espaço do bem-estar do menor. 
	Pela primeira vez surge um discurso não mais a ideia só de correção, punitivista, mas a ideia de recuperação dos menores para a sociedade. Mas ficou só no plano discursivo – não se realizou
	FEBEM é criada em âmbito federal e cada estado deveria criar as suas. As FEBEM’s não são iguais em todos os estados. Hoje, as do Rio de Janeiro e São Paulo são as piores.
	Tem falta de estrutura que não permite ressocialização e não faz nenhum tipo de divisão dentro do projeto, nem considerando a ideia nem o ato cometido: criança de 12 anos pode ficar junto com aquele que está com quase fazendo 18. E isso não permite a ressocialização.
- 1979: Novo Código de Menores
	Ainda no regime militar. A lógica de controle social sobra a infância e adolescente permanece. Então, em nenhum momento se preocupa com direito prestacional, só fala em punição: no menor em situação irregular.
	Não tinha outros atores, como Conselho Tutelar. A exclusividade continuava sendo da autoridade policial e judiciária. Judiciária como sempre foi.
	Então, este Código praticamente não muda o que havia no outro.
4. Década de 80
- Movimento, organização social, pela luta de reconhecimento de direitos dos menores. 
Este movimento se chamou Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente.
Conseguiram fazer pressão política. Foi criado a Comissão “Criança e Constituinte” e, por isso, há o que tem hoje na CF hoje sobre criança e adolescente.
A grande demanda desta época era: PRECISAMOS MUDAR DE PARADIGMA: transformar os “menores” em sujeitos de direito. 
É a primeiralegislação do Brasil que fala da criança e adolescente sob uma perspectiva prestacional – que a criança tem direitos, por ser um sujeito em desenvolvimento.
- Art. 227 CF:
	Fixa os direitos fundamentais para criança e adolescente. 
- Art. 228 CF:
	São inimputáveis os menores de 18 anos.
PROBLEMA NESTE MOMENTO HISTÓRICO:
	Aprovou o texto constitucional, mas não eram operacionais em um primeiro momento. Houve um texto constitucional bem progressista, mas ainda não operacionais.
	Só deixam de ser promessa em 1990.
5. 1990: Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
	Traz um pouco de como sair do papel e tornar estes direitos concretos. 
	Lei 8.069.
	Acompanha esta mudança de racionalidade: as crianças e adolescentes não são mais “menores” (objeto de intervenção do Estado) mas, sim, sujeitos de direitos em formação.
	Quem são crianças e adolescentes? ECA utiliza critério cronológico, idade. Problema: pode ter crianças e adolescentes da mesma idade, mas com desenvolvimento, discernimento muito diferentes. 
CRITÉRIO ETÁRIO:
- 0 a 12 anos incompletos: sujeito é criança.
- 8 a 18 anos incompletos: sujeito é adolescente.
	12 anos é a “grande virada”: deixam de ser crianças e passam a ser adolescentes e isso gera efeitos jurídicos diferentes: Ex: adoção: antes dos 12 anos a criança será ouvida, com 12 a criança determina se quer ou não ser adotada. Ex 2: até 12 anos criança comete delito terá medidas protetivas, com 12 anos e comete delito será punido como medida socioeducativa.
6. 2013: Estatuto da Juventude Lei 12852
	Por que precisa existir? Razão de existir: temos população de jovens imensas no Brasil, jovens é entre 15 e 29 anos, esses jovens sãos as maiores vítimas de violação de direitos humanos.
	Cria políticas e normativas específicas.
31/07/14
DIREITO DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO JOVEM
1. Princípios
	O que diferencia princípios de regras? Princípio é mais abstrato, regra é mais específica. A grande diferença de aplicação entre princípios e regras, é que princípios não estão submetidos a regra do “tudo ou nada”. Isto é, situação fática ou aplica a regra ou não aplica a regra. Princípios estão sujeito a ponderação. Não tem antinomia de princípios, tem colisão de princípios. Quando colidem os princípios tem de ser ponderados, em função do caso concreto. Princípios também são normas e também podem ser aplicados para a resolução de casos.
- Princípio do superior interesse ou do melhor interesse de crianças e adolescentes
	Toda vez em que o juiz se deparar com uma situação em que se tenha vários interesses em conflito, deve prevalecer, obrigatoriamente, o melhor interesse de criança e adolescente.
	Este melhor interesse é carregado de subjetividade.
	Ex: adoção, os pais realizaram adoção “intuitu personae”. Esta adoção é aquela que escolhe uma criança e adota a criança que escolheu. A nossa legislação não permite isso. Neste caso, um casal fez esta adoção e, depois de 8 meses, foi feito denúncia contra este casal. Então, juiz teve que ponderar: entre o ato ilícito de adotar desta forma e o vínculo que foi feito com a criança. Juiz decidiu que, mesmo apenas tendo 8 meses de vida, o princípio do melhor benefício da criança seria uma exceção e se enquadraria no caso.
	Então, isso seria discutível. 8 meses é pouco tempo de vida, da criança, para que esteja feito o vínculo afetivo. 
	Não pode a adoção intuitu personae, mas boa parte da doutrina critica isso, dizendo que deveria pode – como Maria Berenice Dias.
	Esse princípio surge na Convenção dos Direitos da Criança, convenção internacional. Essa convenção é anterior a CF atual. E traz a ideia de que a criança tem de estar em primeiro lugar.
- Princípio da prioridade absoluta
	Em situações que se trate de direitos fundamentais, de direitos da criança e do adolescentes, eles tem que ter prioridade absoluta em relação aos outros sujeitos. Está previsto no art. 227 da CF.
	O que significa prioridade absoluta de forma prática? Significa dizer que toda sociedade tem de priorizar a criança, mas principalmente o Estado Legislativo, Executivo e Judiciário, devem priorizar crianças e adolescentes. Então, prioridade legislativa, prioridade executiva ou orçamentária e prioridade nas ações.
	Então, crianças e adolescentes tem de ter aplicação absoluta, prioritária, em relação ao resto da sociedade.
	Ex: judicialização na obtenção de remédios. As pessoas, sobretudo aquelas que dependem de um remédio mais caro, não conseguiam mais pelo SUS, começaram a judicializar: que o Poder Judiciário ordenasse ao Executivo para que o Estado fornecesse os remédios. Hoje é pacífico a possibilidade de judicializar direitos fundamentais quando eles não são fornecidos. Problema: que em geral o Executivo se vale do argumento da “reserva do possível”. Isto é, não adianta o Judiciário pressionar, senão tem o orçamento. No caso: criança precisava do remédio: Judiciário garantiu o remédio, porque a criança e adolescente tem prioridade aos demais na fila. Essa lógica, vale para criança e adolescente, e, também, para idoso. 
	Processos da vara da infância e juventudo, tbm tem preferência.
	No ECA, esse princípio está no art. 4º.
- Princípio da proteção integral
	Criança e adolescentes são titulares de uma gama de direitos e estes direitos devem ser obrigatoriamente prestados de forma integrada. Estes direitos, então, tem de ser prestados de forma educação. Como o direito a educação, a moradia, ao transporte...
	Tem uma gama de direitos, que compõe a rede de atendimentos. 
	Ex: disputa de guarda, discutia que na família natural (original da criança) a criança não tinha condições de acessar direitos. Então discussão: deixa a criança na família natural ou manda a criança para família substituta? A inclusão da criança em família substituta pode se dar: a) pela guarda; b) pela tutela; c) pela adoção. Juiz decidiu que precisava ser avaliado qual espaço familiar atenderia os cuidados básicos da criança, para o seu desenvolvimento. Como, no caso, a família natural não tinha como oferecer os cuidados básicos e nem condições de suprí-los, a criança iria para família substituta. 
2. Direitos fundamentais de crianças e adolescentes
	Estão previstos na primeira parte do ECA.
	O ECA trabalhou com alguns direitos universais, para toda a população, mas que foram modulados em função das especificidades de crianças e adolescentes. Ex: quando fala da saúde, ECA regula como deve ser o acompanhamento dos pais com a criança/adolescente internado. 
	E tem alguns direitos que são próprios da criança e do adolescente. 
- Direito à convivência familiar
	Está previsto no art. 1º do ECA. É um direito próprio de crianças e adolescentes e, também, de idosos. É próprio das crianças e adolescentes, pq estão de desenvolvimento, precisam de apoio familiar. E dos idosos, pq estão no final da vida e, também, precisam de apoio familiar.
	Tem de servir como um direito e não ônus. Isto é, no caso em que a convivência cause prejuízos a criança, deixa de ser um direito.
	A ideia é de que todos se mantenham na família natural. Família natural: o núcleo familiar mais próximo (pai, mãe, filhos) ou família extensa (tios, avós, primos). Até família colateral de 4ºgrau fazem parte da família natural.
	Ex: mãe é usuária de crack e avó está disposta a guarda. Família natural seria preferência.
	Mas, alguns casos não é possível manter na família natural e vai pela guarda, tutela, adoção, para família substitua.
	Família substituta é excepcional. Para ir para substituta é preciso que os pais da família natural tenha descumprido deveres, não só que não tenham dinheiro.
	A falta de condições econômicas não é condição suficiente para suspensão ou perda do poder familiar – art. 23 do ECA. E ninguém perde o poder familiar sem participar do processo, apresentar contraditório. 
	Previsão disto está no art. 19 do ECA.
	Se família é podre, em vez de destituir a criança, é melhor incluir toda família em programa social de geração de renda.
- Direito à educação ***
	Previsto no art. 6, art. 205 e art. 208 da CF. ECA: art. 53.
	ECA pensa em um conteúdo material desta educação. Art. 53, III: a criança pode contestar critério de avaliação, podendo recorrer as instâncias escolares superiores. Então, inclusive avaliação pode ser contestada. IV: direito a grêmios estudantis. V: direito a escola pública, gratuita e próxima a sua residência. Existe um raio de abrangência da escola: são as pessoas, cuja proximidade se enquadra pela exigência do ECA; em geral é um raio de 2km.
	Teve ação civil pública pela ausência de creche perto. Decidiu-se que caso o município persista em não ter vagas em creche de proximidade da região, a solução seria que o município iria custear o valor em creche particular. 
	Outro caso: não tinha escola pública próxima, juiz determinou a construção de nova escola pública na região. 
	Outro caso: creche fechava em julho e janeiro, mãe não tinha com quem deixar a criança, Defensor Público faz o quê? É possível entrar com ação civil pública pela continuidade do serviço público, fazendo comparação com unidade de saúde, propondo revezamento entre os trabalhadores. O fato de os trabalhadores tirarem férias, não justifica que o Estado deixe de prestar o serviço público. O serviço público é ininterrupto. 
	Art. 54 ECA delimita o que está no conteúdo de educação. Assegurar ensino fundamental obrigatório e gratuito: não faz restrição de idade. Ensino médio é de maneira progressiva e gratuita. Atendimento educacional para pessoas com deficiências (ECA errou na nomenclatura, não se usa mais portares de deficiência, mas, sim, pessoas com deficiência). Obrigação creche de 0 a 6 anos. Acesso aos níveis mais elevados de ensino, de acordo com a capacidade de cada um. 
14/08/14
PODER FAMILIAR
Será abordado o exercício do poder familiar; suspensão e destituição do poder familiar; família substituta ou unidade acolhimento institucional.
1. Poder familiar
	Conjunto de deveres e responsabilidade: cuidado, sustento, alimentação...
	Também tem características patrimoniais: se tem filho menor, os bens desse filho serão pelos pais administrados e fruídos. 
	Se falta com um dos deveres do poder familiar: é assunto que tange normas de ordem público e vai ser suscetível a fiscalização do Estado.
	Não havendo cumprimento dos deveres, é possível que o Estado entre na esfera privada e suspenda ou destitua o poder familiar. Destituição é mais gravosa e é permanente. Suspensão: é mais leve, é temporária, serve para situações em que se vislumbra, por exemplo, a possibilidade de retornar a criança ou adolescente a sua família original.
	Só existe destituição e suspensão com sentença em ação judicial. Só o Poder Judiciário.
2. Modelos familiares previstos no ECA:
- Família natural
	Núcleo formado pelos ascendentes mais imediatos e filhos. Ex: pai, mãe e filhos. Art. 25 ECA.
- Família extensa
	Parentes com os quais a criança estabeleça vínculos de afinidade e de afetividade. Ex: avós/tios/primos. Art. 25 ECA.
- Família substituta
	Aquela em que a criança será reinserida quando não puder mais ficar na família natural e extensa. É formalizada de três formas: guarda (temporária), tutela (temporária) e adoção (definitiva, tem que ter ocorrido a destituição).
4. Hipóteses destituição e suspensão
- Suspensão: art. 1.637 CC
Pai ou mãe abuse de sua autoridade, criança estiver em risco porque pai/mão faltavam com o poder familiar.
- MEDIDAS PROTETIVAS: ECA.
	Toda vez que criança estiver em risco porque pai/mão faltavam com o poder familiar. Quando ocorrer isso SEMPRE TEM MEDIDAS PROTETIVAS DO ECA, pode até suspender.
	PRIMEIRO MANTÉM NA FAMÍLIA NATURAL. 
	Não é tipificado, o juiz pode até suspender, mas não é obrigado.
- Destituição: art. 1.638
Hipóteses:	
a) Castigar imoderadamente o filho:
	Não é só colocação de limites, precisa ser castigo imoderado físico ou psicológico.
b) deixar o filho em abandono:
c) praticar atos contrários a moral e aos bons costumes
d) incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente – sobre suspensão:
	A ação SEMPRE tem que ser realizada pelo Judiciário e pode ser feita: pelo outro genitor, pelo MP
5. Ação de suspensão/destituição
- Competência:
Qual é o juízo competente? Se a criança estiver em risco, é SEMPRE VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.
Se a criança não está mais com os pais, mas está com guarda de algum familiar: aí há possibilidade da VARA DA FAMÍLIA. 
Com risco pra criança: vara da infância e juventude.
Sem risco pra criança: vara da família.
6. Suspensão liminar ou incidental
	Não dá para esperar todo o trâmite da ação para a suspensão. Então é possível pedir a suspensão liminar ou incidental, prevista no art. 157 do ECA. 
7. O que fazer com criança depois da suspensão ou destituição?
	Não há família extensa, ou, se tem, não há vínculo de afinidade/afetividade.
a) Acolhimento institucional
	Descende da ideia de orfanato.
	Problema: apesar que tenha projeto pedagógico novo, não buscando aprisionar, mas de, temporariamente, tutelar sua existência, CONTINUA SENDO UMA INSTITUIÇÃO TOTAL.
	Não é pra ser uma instituição total, mas na prática acaba sendo.
	Prazo máximo de 2 anos que o sujeito fique lá, até voltar pra família natural/família substituta. Mas se não dá pra voltar pra família natural e não tem família substituta: o sujeito tem que ficar até os 18 anos na instituição. Isso ocorre muito na prática.
	Outro problema: superlotação.
	Apesar do ECA ter proposta interessantes para essas unidades de acolhimento, nenhuma proposta será efetivada com essa superlotação.
~ TRÊS HIPÓTESES DE UNIDADE DE ACOLHIMENTO:
	Podem ser públicos ou privados. Podem ser filantrópicos ou não. 
Abrigo:
Deve comportar, no máximo, 20 usuários. É a versão mais convencional: crianças vivem e moral lá.
Casa lar:
Tenta se aproximar, ao máximo, de uma casa normal. O ideal é, até, 10 usuários. 
Casas de passagem:
A rigor, não são equipamentos para criança e adolescente. A rigor são para adultos e para famílias. Lugares em que as pessoas estão passando muito rapidamente se instalem: Ex: índios. Mas, na prática, inúmeras crianças e adolescentes ficam lá. Casas de passagem só tem o equipamento, não tem um plano pedagógico.
	
b) Família substitua
8. Medidas de proteção ECA:
Art. 98 Eca: são aplicáveis quando: 
- ação/omissão da sociedade ou do Estado
- 
Art. 101: prevê inúmeras medidas de proteção: juiz aplica o que for melhor pra criança
9. Responsabilidade diretor da entidade
Eca equipara a condição de guardiões. É como se tivessem a guarda de todas as crianças e adolescentes. Respondem pelo ponto de vista civil e criminal. Art. 92, parágrafo 2º.
10. Princípios que a unidade tem que observar:
Art. 92 ECA
- Não pode ser instituição total: tem que promover a reintegração familiar.
- Atendido personalizado ou em pequenos grupos. Mas não é o que ocorre na prática.
- Desenvolvimento de atividades de co-educação: além da escola.
- O não desmembramento de grupos de irmãos: para que os irmãos não tenham mais um vínculo rompido. Existem casos em que se flexibilizou esse princípio, inclusive para adoção.
- Evitar a transferência: ir para outra e depois para outra unidade...
- Preparação gradativa para o desligamento com a instituição aos 18 anos.
- Participação da comunidade
11. Quem pode mandar para acolhimento institucional em abrigo?
	É o juiz.
	ÚNICA EXCEÇÃO: não pode deixar criança em situação de risco e nem esperar pelo Judiciário: criança é imediatamente indicada para a instituição e 24h depois o juiz da infância e juventude é comunicado.
12. Famílias acolhedoras
	Outra medida de proteção do ECA.
	Em vez de fazer essa permanência temporária em um lugar coletivo, escolhe famílias temporárias para acolher estas criança. Há várias programas, como “pais de plantão”.
	No final não pode adotar, porque se proíbe a adoção intuito personae.
13. Apadrinhamento
	Ir a uma instituição e se tornar “padrinho”, vai esporadicamente.
21/08/14
Famílias Substitutas
É a terceira opção para quandoocorre suspensão ou destituição. A primeira é acolhimento institucional, a segunda é famílias acolhedoras.
1. Quais as formas de vincular a criança a uma família substituta
	Preferencialmente a família substituta é alguém da família extensa.
	São três formas: guarda, tutela e adoção (não vamos estudar tutela).
 - Guarda
	No direito de família trata as modalidades: guarda compartilhada, guarda unilateral, guarda alternada e o aninhamento.
	A partir de 2008 a guarda privilegiada no CC é a guarda compartilhada. Isso significa que em todos os momentos, de maneira continua, o pai e a mãe terão a guarda da criança.
	Mas nem sempre é a melhor modalidade, é preciso analisar o caso concreto.
	Guarda unilateral: só um dos membros tem a guarda. Em regra é péssimo para a criança. 
	Guarda alternada: é uma distorção da guarda compartilhada. Não tem previsão do CC, deve ser evitada. É a guarda em que a criança fica em períodos exclusivamente sob a guarde de um pai e depois exclusivamente em períodos sob guarda do outro. É ruim, porque não há compartilhamento de responsabilidade, há divisão da criança em duas.
	Aninhamento: hipótese acadêmica: ideia de que, tendo em vista o desgaste do deslocamento da criança na guarda, deveriam os pais ter 3 casas. Uma casa pra mãe, uma casa pro pai e uma pra criança. Aí em vez da criança se deslocar, pai e mãe se deslocariam para a casa. Na realidade brasileira não dá certo, muita despesa manter 3 casas.
	Essas são as noções de direito de família. No ECA há guarda com sentido diverso.
	No ECA pensa nos pais que suspenderam ou perderam o poder familiar das crianças, crianças estão em risco e precisam ter família substituta sob guarda de terceiro.
	Então, ECA aborda na guarda só os casos em que pai e mãe não tem mais poder familiar.
	PRERROGATIVAS DO GUARDIÃO:
Todos os deveres que decorrem do poder familiar se transferem para o guardião: vai inclusive poder se opor a qualquer pessoa que venha a violar e a perturbar a relação de guarda, inclusive os pais.
A criança que está sob essa guarda: vai usufruir de todos os direitos como dependente de seu guardião, inclusive de direito previdenciário. 
EXCEÇÃO: direitos sucessórios. Apesar da guarda ser um instituto provisório, na pratica acaba se estendendo por muito tempo. E não existir direitos sucessórios pode deixar a criança em situação de vulnerabilidade (se pais foram destituídos do poder familiar, criança não terá direito sucessório dele).
Ação de guarda:
Qual é a vara competente? Olha para criança: se criança estiver em situação de risco, mesmo que acompanhada de familiar, a vara competente é da infância e juventude. SE criança estiver acompanhada de familiar e apenas vai regularizar essa posse de fato, a vara competente é a vara de família.
E o foro competente? É o de quem detém a guarda. 
- Adoção
	Como acontece a adoção? Tem que procurar a Vara da Infância e da Juventude da pessoa que quer adotar para se habilitar em cadastro. Existe cadastro que acontece nos três níveis federativos: municipal, estadual e federal. Quando se habilita, a grosso modo, tem que se identificar, dizer que está apta a adotar, e, também, identifica as crianças e adolescentes que está disposta a adotar. Ainda hoje existe preenchimento de formulário em que o adotante escolhe as características da criança/adolescente. Em razão disso, há os “inadotáveis”: parcela de crianças que estavam pra adoção, mas não conseguiram ser adotadas, porque fogem do perfil desejado. Quando aparece criança das características, o próximo passo é a realização de visitas a essa criança e o estágio de convivência (futuros pais convivem com os futuros filhos, para ver se conseguem conviver). Não há prazo na lei de estágio de convivência. Passado o estágio de convivência há sentença constitutiva de adoção. Transitada em julgado, esta sentença é irretratável. Desta sentença constitutiva não cabe ação rescisória. 
	HÁ EXCEÇÃO AO ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA: quando a criança já estiver sob a guarda de fato daquele que vai adotar, o estágio de convivência PODE ser dispensado.
	Nos casos de adoção internacional, além de ser obrigatório, tem de durar, no mínimo 30 dias: uma das grandes razões disso é pra evitar tráfico de pessoas internacional.
ECA E ADOÇÃO:
	Critérios para legitimidade de ser adotante:
Idade: 18 anos (individual); Idade: casamento ou união estável.
Independente do estado civil (casada/divorciada, etc.)
Se for casada, tem que comprovar que é casado ou tem união estável. Namorados, em regra não podem adotar. Quer proteger criança de instabilidade.
Exceção: começaram processo de adoção casados, mas no meio do processo se divorciaram. Neste caso, quando já existe vínculo de afetividade, o processo de adoção já está em curso e existe consenso entre o casal sob a guarda: é possível que seja deferida a adoção entre casal divorciado ou que não estejam mais em união estável.
No ECA não há previsão nem vedação a adoção homoafetiva. Depende da sensibilidade do juiz. 
Diferença de idade: a diferença de idade com o adotado tem de ser de 16 anos.
Essa diferença pode ser flexibilizada.
NO CC DE 16: adoção critérios: - não ter filhos e não puder ter, vínculo exclusivo (mãe do adotante não se torna avó do adotado), então eram vistos como uma “segunda categoria”. Só mudou isso em 1979 com o 2.º Código de Menores que estabeleceu a adoção plena.
No Brasil por muito tempo havia dois diplomas pra regular adoção: CC (regulava adoção de maiores) e ECA (regulava adoção de crianças e adolescentes.
Com a edição da Lei de Adoção (2009) APENAS O ECA regula a adoção.
No CC de 16 poderia haver adoção extrajudicial. Hoje 100% adoção com sentença constitutiva judicial.
04/09/14
Adoção Caráter excepcional CF/88 e ECA: 
projeto parental ------virou----- busca de uma família para as crianças (mais que uma mudança de discurso). 
1 Habilitação (vara da infância e da juventude) 
2 Cadastro: art. 50/ECA Cadastro Nacional, Cadastro estadual, Cadastro Municipal 
3 Estagio de Convivência (o juiz decreta o prazo necessário a partir do caso concreto; com exceção da adoção internacional que tem o mínimo de 30 dias em território nacional. 
4 Sentença, com caráter constitutiva, que tem efeito ex Nunc (ou seja, a sentença constitui um fato novo, e a partir dela que se produz efeitos). A partir desta sentença se tem a Adoção (com todos os vínculos jurídicos, vai para o registro civil; novo registro civil/de nascimento, nela não se distingue que se teve adoção, para evitar estigmas). Possível pensar na mudança do prenome da criança ou adolescente, pedido ao juiz. Porém, sendo um direito de personalidade, mesmo sendo criança é necessário que o adotado consinta. 
Em relacao a este consentimento, é preciso que se analise que este é um processo administrativo, que vira juridico. Neste processo os pais tem que consentir (se não foram destituídos do poder familiar, ou não são desconhecidos - havendo pais desconhecidos, solução oferecida formalmente, é necessário fazer uma citação por edital), permitir que seu filho seja adotado. 
Crianças: ouvidas, mediada por uma equipe multi disciplinar, para saber se ela quer uma nova família, ou quer ser adotada. Adolescentes (12 anos): tem que haver seu consentimento, para ser adotado por esta família substituta. Leitura além da tutela da criança e do adolescente, mas também da perspectiva da "Autonomia da vontade em Criança e Adolescente" 
Efeitos da Sentença: Reconstrói todo os laços familiares com a família adotiva, e desconstruir com a família adotiva, com exceção dos impedimentos matrimoniais. Decorre beneficiosprevidenciarios, quem adota pode usufruir de um salário maternidade, que varia de 120, 90, 60 e 30 dias; dependendo da idade da criança. 
Critica: recebe mais salário quem adota crianças mais novas, e na adoção se foca bem mais nos laços que deveram ser formados, e quanto mais velha a criança, mais atenção deve ser prestada a ela. 
Art. 48/ECA - Direito ao descobrimento/à ascendência genética. ECA permite que todo mundoa partir dos 18 anos, tenha acesso ao seu processo de adoção. direito de personalidade, de conhecer sua história, ainda que biologicamente, além de formação. Possível antes dos 18, mas necessária orientação psicológica e juridico. Equiparação??? destes filhos adivindos de adoção. Dos filhos advindos da reprodução assistida heteróloga (banco de espermas/óvulos). Alegam que não podem, um dos motivos, ninguem doaria, pois futuramente poderia ser procurado para uma filiação. Tem a possibilidade de ir atras do banco, para esta ache o pai, para que se tenha acesso ao histórico de doenças.
ECA 2 BIM
Modalidades (especificidades no procedimento ordinário de adoção)
A) Adoção Unilateral
- hibridismo: substituição de apenas um dos pais
- ex: abandono pelo pai biológico (ex: não constava no registro de nascimento, ou era abandono afetivo) e adoção pelo padrasto
- multiparentalidade: sujeito continua sendo pai, mas tem a possibilidade de incluir mais um pai, o adotivo, no caso apresentado o padrasto, com a mãe da criança. Vinculação socioafetiva.
B) De Maiores
- Conveniência (?)
- via judicial (intervenção do estado)
- desnecessário estagio de convivência
- anuência do conjugue do adotante (caso também não o seja) - art. 1651/CC 
Adoção "à Brasileira" -> proibida, pode incorrer até em falsificação de identidade.
Mas quando se tenta desfaze-la, dependendo da situação, pode se observar a sociafetividade.
Adoção Homoafetiva ->
2011 - reconhecimento da união estável e casamento homoafetivo.
STF - ADIN - incorporar no conceito não apenas de homens e mulheres, mas também de casais homoafetivos.
STJ - estendeu este entendimento.
CNJ - provimento, pois, os cartórios não aceitavam, ou submetiam a homologação judicial. Não precisa mais disso depois do provimento.
Adoção Post Mortem
ECA, art. 42, §6º: a adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.
Efeitos retroativos a data da morte do adotante, sendo assim que o adotado desfruta de todos os direitos de filho.
Adoção Internacional
Art. 227/ CF, §5º: a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação...
Considerada a exceção da exceção. Pois, a criança além de ir Lara uma família nova, vai para um pais novo.
Ocorre geralmente com a impossibilidade de brasileiros adotarem as crianças, devido a suas características. O cadastro que os adotantes fizeram, não bate com as características das crianças.
Estrangeiros ou brasileiros que residam no exterior.
Deslocação da criança ou adolescente para fora do território nacional.
ECA, art. 51.
Convenção de Haia e 1993 - países que adotaram a adoção de Haia, concordaram em seguir uma serie de regulamentações.
Conta com organismos internacionais de adoção que atuam nos países de acolhida, de destino. Esses organismos devem se cadastrar no Brasil junto com as autoridades competentes.
Inclusão dos candidatos a adoção internacional no cadastro. Ordem, primeiro os brasileiros que residem aqui, segundo os brasileiros que residem fora, os estrangeiros que residem fora.
Conjunto de normas dentro do ECA, que pensaram em políticas e sistema de direitos para a segurança da criança e do adolescente.
Três sistemas.
Sistema de prevenção: prevenir a violação de direitos.
Ex: classificado indicativa de programas de TV. Viagens***.
Sistema de direito de criança e adolescente: analisar os conselhos tutelares e os conselhos de direitos.
Prevenção
227/CF: obrigação do estado, sociedade, e da família zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Deveres que quando observados garantem a não violação de seus direitos.
70 e 71/ECA
Prevenção Geral: linhas bem generalidade que é dever de todos nós prevenir as ameaças e riscos a criança e adolescente.
Prevenções Especificas: elencos alguns assuntos que nos anos 90 representavam violações, preocupações, e regulou sobre elas. Porém nas eras de hoje, a informação é livre, estamos na era do YouTube, Netflix.
Vai falar sobre diversão e espetáculos públicos, produtos e serviços, viagens -> falando oq eles devem ou não produzir.
Diversão e espetáculos Públicos: sempre com classificação indicativa de acordo com o conteúdo, de acordo com a idade, e horário. Art. 75. Os produtores devem fazer. Art. 76.
Rádios, TV e Filmes -> Ministério da Justiça, com uma secretaria própria para isso. TV geralmente aberta, ou com os programas gravados; o que fica cada vez mais difícil com as novas televisões que se pode construir sua própria programação.
Os avisos publicitários/propaganda não são exatamente regulamentados.
Não pensa exatamente na regulamentação de jogos eletrônicos nem internet.
Das 06 às 20h - livre para todos os públicos, viável para aqueles que tenham até 12 anos.
Para maiores de 16, a partir das 21h.
Para maiores de 18, só depois das 23h.
Crianças com MENOS de 10 anos não podem entrar sozinhas em espetáculos públicos, ou qualquer espaço público desacompanhadas, em razão de sua vulnerabilidade.
Os donos e empregados da locadora, que permitir o acesso de crianças e adolescentes a conteúdo impróprio podem ser responsabilizados pessoalmente. Art. 77.
Revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não podem ter alusões a armas, tabacos munições, bebidas alcoólicas; e deverão respeitar valores éticos e sociais da pessoa e da família... Art. 79.
Revistas pornográficas deverão ser vendidas lacradas e com embalagem opaca, com advertência de seu conteúdo, em razão de seu material. Art. 78.
09/10/14
Prevenções (continuação)
Prevenções se dividem em geral e especiais. Nas especiais há três tópicos: divisões específicas, produtos e serviços, viagens.
1. Jogos e diversões
	Art. 80 ECA. Apenas prevê como jogos de bilhar e sinuca. O foco seria adolescentes
2. Produtos e serviços
	Proibido vender cigarro, bebidas alcóolicas, produtos que possam causar dependência física ou psíquica (como remédios).
	Proibida venda de fogos artifícios, exceto aquelas bombinhas – fogos que não podem causar dano em caso de má utilização.
	Também não pode revistas com produtos impróprio. Também não pode vender bilhetes de lotarias. 
	****Meios de hospedagem: PROIBIDA hospedagem de CRIANÇA/ADOLESCENTE em HOTEL/MOTEL/PENSÃO. Só pode com autorização dos pais, ou acompanhado pelos pais ou responsável.
3. Viagens
	Art. 83 e 84 ECA.
	Regra: vedada criança em viagem, desacompanhada de pais ou responsável.
	Para criança viajar sozinha: REGRA: precisa de autorização judicial. EXCEÇÕES: 
comarca contígua: Ex: ctba - são josé: vai para ctba pra estudar e mora em são josé
criança estiver acompanhada de ascendente ou colateral maior até o terceiro grau e comprovado documentalmente o parentesco
criança acompanhada de pessoa maior, expressamente, autorizada pelo pai/mãe/responsável.
Isso para viagens nacionais. 
No caso de viagens internacionais sem a participação dos pais: é preciso de autorização conjunta dos pais em nome do responsável que irá acompanhar a criança ou adolescente.
SISTEMA DE GARANTIAS DE DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
	O que é? O ECA não se restringiu a só o “deverá ser” criou políticas públicas e instrumentos para que se realizem os direitos das crianças e adolescentes. Só irá ter proteção integral se todo o sistema de garantias de direitos das crianças e adolescentes se realizar.
	Então, o objetivo é proteção integral. O que tem de acontecer para isso ocorrer? As “engrenagens” desse sistema precisam todas funcionar, essas “engrenagens” são: o Executivo, sistema de justiça e órgãos específicos.
	Centro de atendimento psíquico e social (CAPS): são uma estrutura pública: uma política pública estruturada, por vezes é terceirizado. Mas CAPS não é ONG. 
	CREAS/CRAS: Centro de Referência de Assistência Social, todo município tem. Ambos estão dentro de um sistema, chamado: SUAS (sistema único de assistência social) que foi criado ao espelho do próprioSUS. 
	Vamos estudar apenas duas “engrenagens” previstas no ECA: Conselho Tutela e o CMDCA (Conselho Municipal da criança e do adolescente).
1. Conselho Tutelar
	A ideia do Conselho Tutelar não fazia parte da lógica de proteção das crianças e dos adolescentes pré CF de 88. O Código de Menores (anterior a CF 88) prevê que quem cuida dos menores em situação de irregularidade seria o Juiz de menores, curador de menores e o delegado de polícia – eram eles que cuidavam dos menores em situação irregular.
	A CF 88 além de tornar a criança e adolescente sujeito de direito, preocupou-se em criar espaços popular na gestão de políticas públicas.Com isso, surge o Conselho Tutelar, a ideia é de que problemas referentes as crianças e adolescentes tem de ser resolvido a partir do envolvido da sociedade civil, por isso, era preciso de um órgão para fazer essa intermediação: tem o Estado, mas tem também um conjunto de pessoas da sociedade que é eleito.
- Características (art. 131):
a) É um órgão permanente
	É um órgão que pertence ao Estado, se mudar de governo o órgão continua existindo. 	Um exemplo disso: eleição dos membros é um ano após eleição do governo.	
b) É um órgão autônomo
	Estão vinculados ao poder executivo municipal pelo orçamento. Mas isso não significa uma vinculação funcional.
	Não há subordinação funcional. A autonomia funcional é absoluta: quem decide as práticas do Conselho é só o Conselho.
c) É um órgão não jurisdicional
	Tem capacidade de executar suas próprias decisões administrativas. Mas não tem capacidade de destituir o problema familiar, que só pode ser destituída com decisão judicial.
- Criação
	Todos os municípios e o DF tem que ter, no mínimo, um Conselho Tutelar.	Mas quando o município é grande um só não basta, é preciso de mais para ter eficácia.
O Conselho é criado por uma lei municipal de iniciativa do Poder Executivo.
A lei que institui o Conselho Tutelar vem normalmente atrelada (mas não vinculado) com a criação de um outro Conselho (que não é o Conselho Tutelar) que é o CMDCA (Conselho municipal de direitos da criança e adolescente). Conselho Tutelar não é a mesma coisa que CMDCA. Qual a diferença? Competência do Conselho Tutelar está no art. 136 do ECA. E o CMDCA é fundado para propor políticas, fiscalizar políticas que vem sendo realizadas, e monitorar os resultados (acompanhar a execução, os resultados, dessas políticas). O CMDCA tem estrutura paritária: são compostos por Poder Público e sociedade civil (quem for eleito pela sociedade civil nas conferências municipais). São estruturas diferentes, com funções diferentes, mas que normalmente são previstas na mesma lei.
Existe ainda um Fundo Municipal de Dtos das Crianças e Adolescentes, é um fundo orçamentário. O ideal seria ter um CMDCA para decidir em o que seria realizado esse orçamento. Na prática há uma série de conselhos consultivos, consulta não é vinculante, é opinativa: opinam, mas não decidem. Então, sociedade civil opina, mas não decide. Normalmente esse Fundo Municipa de Dtos criança e adolescentes é criado na mesma lei, junto com o Conselho Tutelar e o CMDCA. 
- Eleição Conselho Tutelar
	Tem eleição nominal: é votado no nome das pessoas. 
	Cada Conselho Tutelar tem 5 membros. E o mandato de 4 anos, podendo ser reconduzido (reeleito) por mais 4 anos. Só pode se reeleger 1x.
	As eleições são feitas no ano subsequente das eleições presidenciais. E vai acontecer no 1º domingo do mês de outubro desse ano subsequente.
	As eleições são também regulamentadas em lei municipal. 
	Critérios para ser Conselheiro Tutelar:
Reconhecida idoneidade moral
Idoneidade moral é um problema: conjunto jurídico indeterminado. ECA não definiu. O próprio regramento municipal das eleições que irá definir isso.
Idade superior a 21 anos
Residir no município
Conselheiro Tutelar é remunerado. A lei que regulamente o Conselho Tutelar que irá definir a remuneração.
- Benefícios Conselheiro Tutelar
	A Lei 12.696 estendeu benefícios: tem remuneração, cobertura previdenciária, férias anuais remuneradas, licença-maternidade, licença-paternidade, gratificação natalina.
- O que é Conselheiro Tutelar?
	Equiparados a servidores públicos lato sensu.
	Por realizarem função próxima de serviço público.
- Impedimentos para ser Conselheiro
	São todos voltados a nepotismo. Art. 140 ECA. Familiares não podem ocupar o mesmo Conselho Tutelar.
	Qual é a lógica de não ter parentes no mesmo Conselho? Evitar troca de favores.
	Também não pode se candidatar: parente da autoridade judiciária ou representante do MP com atuação no Conselho em que quer se candidatar
- Atribuições e competência (art. 136)
	Não faz nada que seja prerrogativa do Poder Judiciário (sentenças. Etc). Não faz internação compulsória.
	Requisita serviços administrativos para criança/adolescente ter seus direitos.
	Quando uma criança (0 a 12 anos) pratica ato infracional não sofre medida socioeducativa. Criança será submetida a uma medida protetiva. 
	Medidas socioeducativas: internação, semi-liberdade, prestação serviços comunidade, etc.
	Medida protetiva: tratamento de saúde, atendimento psicológico.
	Função do Conselho Tutelar é acompanhar essas medidas protetivas: quando a criança pratica ato infracional ou quando a criança precisa por outros motivos (ex: criança é espancada pelo pai, vai ser submetida a medida protetiva).
	Conselho Tutelar tem autonomia para executar suas próprias decisões. Ex: vai a uma família e para a família se reestruturar de prestações de serviços a, b, c. É o Conselho Tutelar que vai requisitar esses serviços. Ex: requisitar que a escola tenha vaga para a criança. Conselho não precisa de decisão do Poder Judiciário.
	O descumprimento das decisões do Conselho Tutelar gera infração administrativa.
	Quem controla o Conselho Tutelar? É fiscalizado pelo MP, pelo Poder Judiciário na Vara da Infância e da Juventude de acordo com art. 137. Mas deve ser fiscalizado, também, pelo CMDCA.
	Quando Conselho Tutelar toma uma decisão e os destinatários não concordam: a revisão dessa decisão SÓ pode ser feita pela autoridade judiciária. Ex: Conselho manda a escola ter vaga para criança. Escola discorda. 
+xerox
23/10/14
AULA PASSADA: atos infracionais e medidas socioeducativas. Duas obras boas: Alexandre Moraes da Rosa – Introdução Crítica ao ato infracional; Karyna Batista Sposato – Direito Penal de Adolescentes.
	Atos infracionais são condutas que podem ser praticadas tanto por crianças quanto por adolescentes. E essas condutas se equiparam aos crimes e as contravenções penais tipificadas em lei. Para as crianças não se aplicam medidas socioeducativas, se aplicam medidas protetivas: previstas no art. 101 do ECA de maneira não exaustiva. No caso dos adolescentes a pratica de ato infracional é recepcionada pelo Estado que irá aplicar medida socioeducativas: previstas no art. 112 ECA.
	Quando a criança pratica ato infracional, ela será investigada? Sim. Quem investiga? Pela mesma Polícia Judiciária que faz a investigação em outras hipóteses. Quem escolhe a medida protetiva? O juiz da Vara da Infância e Juventude. E quem executa essas medidas? O Conselho Tutelar. Com isso, Conselho Tutelar não tem papel sancionatório.
	Possibilidades das medidas socioeducativas que vieram no ECA: 4 primeiras modalidades:
1. Possibilidades das medidas socioeducativas do ECA
- Advertência:
	Adolescente ser chamado a autoridade judiciaria ou Promotor para que seja reprimido, irá assinar. É só repreensão verbal. Serve para atos infracionais leves.
- Obrigação de reparar
	Adolescente tem que restabelecer aquilo que fez. 
- Prestação de serviço à comunidade
	Existe preocupação no ECA que essa pretação, como medida socioeducativa, não se confunda com trabalho forçado. É para ele recuperar as suas relações sociais. Por isso, ela tem limitações: prazo máximo de 6 meses e o número de 8 horas por semana – que não podem conflitar com o horário de ensino ou de trabalho.
- Liberdade assistida
	Comparecimento periódico do adolescente a autoridadejudiciária – o juiz indica um orientador, quando aplica essa medida. Orientador: plano individual de atendimento de cada adolescente e esse plano vai contemplar a família do adolescente também.
	Em vez de ter número máximo, tem número mínimo de 6 meses. Em razão de servir para redirecionar o percurso de adolescente que cometeu ato infracional.
- Semiliberdade
	Casos em que o adolescente praticou ato infracional relativamente grave
Adolescente fique, durante dia, em unidade de semiliberdade e a noite ele vai para a unidade educacional (educandário).
Pode ser aplicado como medida direta ou pode ser uma progressão de regime. Ex: adolescente estava internado e paulatinamente, para ir socializando o adolescente, se faz progressão de regime.
Unidade educacional: é uma unidade fechada, instituição total.
O mau comportamento na semiliberdade permite regressão na medida socioeducativa.
A escolarização e a profissionalização são obrigatórias na semiliberdade, previstas no art. 120 do ECA. Na prática além da escolarização e a profissionalização há uma série de cursos.
- Internação
	Medida mais rigorosa.
	Internação é medida realizada nas unidades educacionais.
	Problema: a proposta é boa, mas a política da internação é muito realizada na imagem e semelhança do sistema carcerário.
	Está prevista a partir do artigo 121 do ECA.
	Os princípios que norteiam a internação:
a) Brevidade
	Tem de ser a internação o mais breve possível.
b) Excepcionalidade
	A internação tem de ser dada de forma excepcional
c) Respeito a condição do adolescente
	A execução da medida tem de respeitar a condição do adolescente. O adolescente não é adulto. 
	Também tem de respeitar a diversidade do adolescente, porque, por exemplo, um adolescente com deficiência tem de ter a condição de ser um adolescente com deficiência.
	Esses princípios passam a ser exigidos em maior medida para o Poder Judiciária. Então, não são comuns, Ações Civis Públicas em que o MP demanda ao PJ a observar certas coisas.
	EX: diferenças de idades de adolescentes: também te de ser respeitados.
	Na internação, assim como na semiliberdade, pode ocorrer a saída eventual dos adolescentes. Nada impede que os adolescentes realizem atividade externa, desde que esteja previsto na sentença.
	Idade máxima para cumprir internação é de 21 anos. 
	E aos 21 anos existe a liberação compulsória. Então, em regra, não é nem um processo de desinternação, mas, sim, liberação compulsória.
	Internação não pode exceder prazo de TRÊS ANOS.
	A condição de internação é revisada a cada 6 meses, para ver se não seria caso de progressão de regime ou, simplesmente, desinterná-los. 
	O processo de desinternação: é determinado por sentença judicial, juiz da Vara da Infância, necessariamente, com a oitiva do MP.
	Hipóteses de cabimento da internação (art.122 ECA):
a) Situações em que o adolescente já foi submetido a outras medidas e elas foram ineficazes.
b) Perturbação de ordem pública
c) Quando não houver outra medida possível
d) quando houver risco a sociedade.
2. Garantias processuais
	Os atos infracionais praticados pelos adolescentes, assim como as crianças, também serão investigados.
	O ECA trouxe procedimento específico e garantias processuais.
	As garantias estão todas previstas no art. 111
- Adolescente possa participar, de igual para igual, no processo
	Não tem capacidade absoluta de participar no processo. ECA garante que adolescente participe no processo, seja: ouvido pessoalmente ou confrantando testemunhas/vítima.
	Discute-se como mediar essa oitiva do adolescente. Discute-se normatizar isso.
- Adolescente tem que ser esclarecido sobre o ato praticado e na detenção tem que ser cientificado
- Ele tem que saber a identificação de quem está o prendendo
- Ele tem direito a defesa técnica e ao acesso a justiça gratuito, quando necessário
- Pode solicitar a presença dos pais ou do responsável a qualquer tempo do processo
		
	Só da pra prender adolescente em duas situações: a) em flagrante o cometimento do ato infracional; b) ordem judicial.
	Na hora em que o adolescente é prese tem de notificar, na hora,família/pais/responsável.
	É possível que o adolescente fique internado por 45 dias NO MÁXIMO, antes da sentença que irá escolher a medida socioeducativa que irá ser aplicada.
	ECA diz que é suficiente a identificação voluntária do adolescente apreendido. Isto é, seria suficiente recolher os documentos do adolescente e identificá-lo alí, não seria necessário fichá-lo, SALVO em caso de dúvida da veracidade dos documentos apresentados.

Outros materiais