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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
1. Conceito
	A competência tributária significa a aptidão constitucionalmente conferida aos entes federativos para que eles criem ou instituam tributos. Quais tributos? Os 5 que nós acabamos de estudar.
	Traz a reboque a capacidade tributária ativa. O que significa? Significa a faculdade do ente federativo de cobrar, arrecadar e fiscalizar os tributos por si criados.
	Então duas atividades: 1. O exercício da competência mediante editar uma lei que crie a contribuição; 2. O exercício da capacidade ativa: cobrar, arrecadas e fiscalizar.
	A CF não cria tributos. A CF apenas outorga competência. O entende federativo competente cria o tributo, após editar lei.
	Para que sejam cobrados é necessário lei do ente federativo competente.
	Competência tributária enseja ao ente federativo uma competência legislativa.
	Competência concorrente não é o caso da competência tributária. A competência tributária é, em regra, privativa de cada ente federativo.
2. Características
	Há 4 essenciais. Agora foca só na competência tributária, deixa-se de lado a capacidade ativa.
2.1. Facultativa
	A competência tributária é facultativa, segundo entendimento doutrinário majoritário.
	O ente federativo não está obrigado a exercer a competência tributar, ele vai exercer a competência tributária mediante lei, se ele quiser. Pode ser que se gaste mais criando instituição de fiscalização do contribuinte, do que a contribuição.
	EX: município recém criado, foi desmembrado de município que desempenava atividades rurais. Será que vale a pena criar impostos de serviços? Há custos. E a tributação será ínfima. 
	Ex: municípios próximos a bacia de campos: já recebem altas quantias decorrentes dos royalties do petróleo. Município vai se preocupar a arrecadação de ICMS? Não vale a pane. 
	Se for interessante o ente federativo cria e cobra o tributo. Se não for, não há nada que se possa fazer para obrigar este federativo a cria-lo.
	PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO: o ente deve arrecadar o suficiente e necessário para custear suas despesas. Apenas o necessário.
	Então, tem de ser analisado a viabilidade econômica ao tributo que será criado.
	OBS: imposto sobre grandes fortunas IGF: é previsto na CF, mas até então ele não foi criado. União não foi sancionada por não ter criado este tributo.
DOUTRINA MINORITÁRIA: entendem que a competência tributária é dever do ente federativo de criar o tributo. E o ente federativo que não exercê-la deverá ser sancionado. Esse entendimento se ampara no art. 11, parágrafo único, da Lei Complementar 101/2000: é a lei de responsabilidade fiscal. Se o município x instituir apenas um dos impostos de sua competência, deixando de instituir o ISS esse município é irresponsável fiscalmente. E há sanção: obsta transferência voluntária ao ente. A transferência voluntária é o repasse de recursos de um ente federativo ao outro. Mas consegue fugir dessa sanção se o ente federativo provar ao Tribunal de Conas fatores alheios, por exemplo, o gasto para criar o tributo seria maior do que a arrecadação com ele.
DOUTRINA INTERMEDIÁRIA: alguns tributos a competência tributária seria uma obrigatória, mas há outros tributos que a competência tributária seria uma faculdade. Então, divide o raciocínio conforme os tributos. 
Seria a competência tributária uma obrigação aos tributos que sofrem repartição da receita tributária: Ex: união arrecada imposto de renda (IR) e também imposto sobre produtos industrializados (IPI): essa arrecadação não fica toda nos cofres na união: 48% são distribuídos aos estados/distrito federal/municípios. Como que a União vai deixar de criar IR ou IPI se na verdade não é só ela que depende desta receita? Se não instituir estes impostos, iria prejudicar todos os estados, todos os municípios e o distrito federal. O ICMS também acontece isso, não é só para os estados, 20% vai para os municípios que geraram essa arrecadação.
E aos impostos que não sofrem repartição: como o imposto de importação (II) e imposto de exportação (IE) a união fica 100% com a arrecadação. Nestes tributos seria uma FACULDADE a competência tributária.
2.2. Mutável
	Significa que o quadro de delimitação de competência, a partir do art. 145, 148, 149, pode ser mudado desde que seja aprovado uma emenda à CF. E não é só o ato formal de aprovar a emenda, é preciso um pacto entre os entes federativos.
	Então, pode acontecer no futuro que percebendo o desinteresse da união de criar tributo sobre imposto sobre grandes fortunas, pode haver emenda constitucional para os estados criar e cobrar este tributo.
	Não é matéria de cláusula pétrea.
	Pode amplicar a competência tributária, pode reduzi-la. Pode atribuir a outro ente federativo. Mas é preciso emenda constitucional
	
2.3. Imprescritível
	Art. 8 do CTN. O não exercício da competência tributária por determinado tempo não tem o condão de transferi-la a outro ente federativo. Deixar de criar o imposto de sua competência.
	Há isso no Brasil sobre o imposto sobre grandes fortunas (IGF), a União desde a edição da CF não criou o tributo. Mas isso não significa que o Estado do Paraná possa cria-lo. Só poderia se houvesse emenda constitucional mudando isso. Até hoje nenhum ente federativo tentou pegar esta competência para si.
2.4. Indelegável
	A competência tributária não pode ser delegada a outro ente federativo. 
	Competência tributária = competência legislativa
	Não se admite que transfira essa competência de legislar, criar lei instituindo o tributo, para outro ente federativo.
CAPACIDADE ATIVA:
	Art. 153 da CF: Ex: se União não quiser COBRAR, ARRECADAR E FISCALIZAR O TRIBUTO, pode transferir, por convênio à outro ente federativo. É delegação de capacidade ativa. E o ente federativo que fez o convênio que agora irá cobrar, arrecadar e fiscalizar o tributo, ficará com 100% das contribuições. Isso é só para o imposto sobre terra rural (ITR). O mesmo não seria válido para imposto de renda. (ler o art. 153 da cf para ter certeza).
Art. 7 do CTN: diz sobre a diferença entre competência tributária e capacidade tributária ativa. 
3. Espécies de competência tributária
3.1. Competência privativa
	Diz respeito aos impostos. Art. 153, 155 e 156 da CF. 
	Competência privativa daquele ente: só aquele ente pode criar o tributo.
	A União te 7 impostos, os estados tem 3 e o município tem 3. 
Essa supremacia da União pode ser ampliada, porque apenas a União tem a possibilidade de criar outros impostos do que aqueles que estão previstos na CF. Essa criação de novos impostos vem pela via da competência residual.
3.2. Competência residual
	O que sobra de novos impostos que poderão ser criados, só poderão ser criados pela União.
	Para exercer essa competência residual, União tem de respeitar art. 154, I e art. 195 parágrafo 4º, são esses requisitos:
Criar Lei Complementar
Que não sejam iguais aos tributos já previstos em sua competência tributária
Não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na CF: 
Isto é: tributar conduta que já é tributada pelos estados ou municípios, ou tomar base de cálculo que já serve para cobrar imposto estadual ou municipal.
Ex: imposto sobre veículos não motorizados. Não tem na lei brasileira. Então, fato gerador “ok”. Mas se União disser que a base de cálculo é o valor da propriedade de valor não motorizado: também não há problema: porque a base de cálculo que há é sobre o valor de propriedade de valor motorizado. Então poderia, desde que por meio de lei complementar. Não poderia usar base de cálculo do valor da propriedade dos veículos automotores. 
Não cumulativos
Ex: indústria comprou tinta pra produzir veículo automotor, a tinta tem IPI. Quando fabrica este veículo automotor e quando for vendido para a concessionária, incide IPI sobre o valor total que está sendo praticado da venda. Esse valor de IPI não vai ser integralmente devolvido da União, porque a União tem de descontar tudo desse IPI que ela gastou com o IPI de outros produtos utilizados para produzir o veículo.Isso para que não se tenha imposto incidindo sobre imposto. Isso é não cumulativo. 
Se a União criar imposto residual tem de ser não cumulativo: para que o imposto não incida sobre outro tributo e não sucessivamente sobre a mesma riqueza.
Essa competência residual também pode ser exercida nas contribuições. Para criar nova contribuição tem de se observar essas mesmas condições (art. 195, parágrafo 4º). Contudo podem ser fato gerador ou base de cálculo iguais aos dos impostos.
PESQUISA: contribuição social sobre o lucro – foi exercida a partir da contribuição residual. Problema: essa contribuição também tem como base de cálculo o lucro. Como o imposto de renda convive no ordenamento jurídico com a contribuição social sobre o lucro? 
	
3.3. Competência extraordinária
3.4. Competência cumulativa
3.5. Competência comum

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